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Transcript

Sermão de Santo António aos Peixes

voadores

Trabalho feito por Adriano n1 2psi

Introdução

O "Sermão de Santo António aos Peixes", de Padre António Vieira, é um dos mais célebres sermões da literatura barroca portuguesa. Através de uma linguagem rica em metáforas e recursos estilísticos, Vieira utiliza o sermão para fazer uma crítica à sociedade da época, refletindo sobre problemas morais e sociais.

'Vedes ali os voadores, que, fugindo do peixe grande, se vão meter às unhas do passarinho.'

Os peixes voadores, ao fugirem de um predador, encontram outro, destacando a ironia de tentar escapar de problemas, apenas para enfrentar perigos ainda maiores.

'Oh peixe tolo! Tu foges do mar, onde és poderoso e senhor, e vai-te meter no ar, onde és fraco e alheio.'

Vieira critica a tolice dos peixes que deixam seu ambiente de segurança para se arriscarem fora dele, simbolizando o erro humano de buscar soluções em territórios desconhecidos.

'Fugiste do perigo, e meteste-te no dano.'

Ao evitar um problema, frequentemente se cai em outro pior, refletindo a imprudência das fugas superficiais em vez do enfrentamento direto dos desafios.

'No teu elemento ninguém te vence, fora do teu elemento ninguém te tem compaixão.'

Ao abandonar seu ambiente, os peixes perdem proteção e se tornam frágeis, ilustrando a vulnerabilidade de quem se afasta de seus valores e raízes.

Recursos expressivos

Ironia

Apostrofe

Antítese

Em memoria ao fabio cigano

obrigado mos nengues!

  • Exemplo: "Oh peixe tolo! Tu foges do mar, onde és poderoso e senhor, e vai-te meter no ar, onde és fraco e alheio."
  • Análise: Vieira se dirige diretamente aos peixes (“Oh peixe tolo!”), usando a apostrofe para personificá-los, como se pudesse aconselhá-los diretamente.
  • Exemplo: "Fugiste do perigo, e meteste-te no dano."
  • Análise: A antítese entre “perigo” e “dano” enfatiza o paradoxo da situação: ao tentar escapar de um problema, o peixe cai em outro, muitas vezes mais grave.
  • Exemplo: "Vedes ali os voadores, que, fugindo do peixe grande, se vão meter às unhas do passarinho."
  • Análise: Vieira usa a ironia para destacar a futilidade da fuga dos peixes.