Apresentação Marina

apresentação

sermão de santo antónio aos peixes

Trabalho de:Gustavo Santos; Nº5 Madalena Barreiros;Nº7 Matilde Pereira;N

Índice

1. Contexto do sermão de santo António aos peixes.

2. O peixe pegador.

3. características e consequências do seu comportamento.

4. tipo humano simbolicamente criticado.

5. Exemplos biblicos e a sua relevância no contexto que são utilizados.

6. funcionalidade e importância

7. intemporalidade da mensagem

8. Análise de texto.

• Sermão-discurso oral de assunto e proposito religioso ou moralizador.

• Foi pregado por Padre António Vieira.

• Foi pregado em São Luís do Maranhão.

• Ocorreu devido aos conflitos entre os colonos e os jesuitas.

Contexto do sermão de santo António aos peixes.

• É naturalmente conhecido por remora

• tem como nome cientifico-echeneis noucrates

• da família-Equeneídeos

• é um peixe de com a cabeça larga e achatada

• tem também um disco oval que contem laminas transversais que resulta numa ventosa.

• encontram-se nas regiões tropicais

• alimenta-se de pequenos crustáceos

O peixe pegador.

consequências

características

características e consequências do seu comportamento.

Peixe pequeno -Conhecido por nadar junto de peixes grandes. -não são considerados parasitas, mas tem sim uma relação de comensalismo. -Linha 52 a 54.

-aumentar o peso do seu hospedeiro e a fome do mesmo. -aproveita-se dos resto de comida do seu ospedeiro -utilizam o seu ospedeiro apenas como meio de locomoção e proteção dos animais amiores que eles. -Linha 54 a 58.

-Para comprovar o que foi dito iremos recorrer a exemplos do texto. -Ex1: Estes peixes são tão ignorantes e ambiciosos que chegam ao ponto de se deixar morrer se os animais maiores são abatidos : o tubarão navega a roda de uma nau com os seus pegadores tão presos a ele que, mal é pescado por "morre o tubarão, morre com eles os pegadores" linha- -Ex2: o orador relaciona o caso dos "pegadores" com episódio bíblico: os que criam "tirar a vida cristo Menino eram herodes e todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna". qual foi o resultado desta ação? A morte do poderoso Herodes; e de toda a sua corte. Linha- Logo, conclui-se que uma atitude de um "grande" provoca a queda de todos os que rodeiam porque vivem na sua dependência.

-O peixe pegador representa o parasita, que vive na dependência dos grandes e com eles morre

tipo de humano simbolicamente criticado

analise do texto

- Nesta viagem, de que fiz menção, e em todas as que passei a linha Equinocial, vi debaixo dela o que muitas vezes tinha visto, e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha, e pegado também aos peixes. "Pegadores" se chamam estes, de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram De alguns animais de menos força, e indústria se conta que vao seguindo de longe aos Leões na caça, para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto, como aqueles ao longe; porque o peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o peso, e mais a fome Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou, e pegou de um elemento a outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque não parte Vizo-Rei, ou Governador para as Conquistas, que não vá rodeado de Pegadores, os quais se arrimam a eles, para que cá lhes matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes, desenganados da experiência, despegam-se, e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê, e fortuna dos maiores, vem-lhes a suceder no fim o que aos Pegadores do mar. Rodeia a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cerzidos com a pele, que mais parecem remendos, ou manchas naturais, que os hóspedes, ou companheiros. Lançam- -lhe um anzol de cadeia com a ração de quatro Soldados, arremessa- -se furiosamente à presa, engole tudo de um bocado, e fica preso. Corre meia companha a alá-lo acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre o Tubarão, e morrem com ele os Pegadores. Parece-me que estou ouvindo a São Mateus, sem ser Apóstolo pescador, descrevendo isto mesmo na terra. Morto Herodes diz o Evangelista, apareceu o Anjo a José no Egito, e disse-lhe que já se podia tornar para a pátria, porque «eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino»: Defuncti sunt enim qui quae-rebant animam Pueri [Mt 2,20]". Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino eram Herodes, e todos os seus, toda a sua família, todos 80 os seus aderentes, todos os que seguiam, e pendiam da sua fortuna.

Pois é possível que todos estes morressem juntamente com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem também com ele os Pegadores: Defuncto Hero-de, defuncti sunt qui quaerebant animam Puerio. Eis aqui, peixezinhos ignoran-tes, e miseráveis, quão errado, e enganoso é este modo de vida, que escolhestes. Tomai o exemplo nos homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António. Deus também tem os Seus Pegadores. Um destes era Davi, que dizia: Mihi autem adhaerere Deo bonum est? [Sl 72, 289J22. «Peguem- -se outros aos grandes da terra, que eu só me quero pegar a Deus.» Assim o fez também Santo António, e senão, olhai para o mesmo Santo, e vede como está pegado com Cristo, e Cristo com ele. Verdadeiramente se pode duvidar, qual dos dois é ali o pegador: e parece que é Cristo; porque o menor é sempre o que se pega ao maior, e o Senhor fez-Se tão pequenino, para Se pegar a António. Mas António também se fez Menor', para se pegar mais a Deus. Daqui se segue, que todos os que pegam a Deus, que é imortal, seguros estão de morrer como os outros Pega-dores. E tão seguros, que ainda no caso, em que Deus Se fez Homem, e morreu, só morreu para que não morressem todos os que se pegassem a Ele, Bem se viu nos que estavam já pegados, quando disse: Si ergo me quaeritis, sinite hos abire IJo, 18, 8124 «Se me buscais a mim, deixai ir a estes.» E posto que deste modo só se podem pegar os homens, e vós, meus peixezinhos, não; ao menos devereis imitar 100 aos outros animais do ar, e da terra, que quando se chegam aos grandes, e se amparam do seu poder, não se pegam de tal sorte, que morrem juntamente com eles. Lá diz a Escritura daquela famosa árvore, em que era significado o grande Nabuco- Ci donosor?, que todas as aves do Céu descansavam sobre seus ramos, e todos os animais da terra se recolhiam à sua sombra, e uns, e outros se sustentavam de seus 105 frutos: mas também diz que tanto que foi cortada esta árvore as aves voaram, e os outros animais fugiram. Chegai-vos embora aos grandes; mas não de tal maneira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles. Considerai, Pegadores vivos, como morreram os outros, que se pegaram aquele peixe grande, e porquê. O Tubarão morreu porque comeu, e eles morreram pelo que 110 não comeram. Pode haver maior ignorância, que morrer pela fome, e boca alheia? Que morra o Tubarão, porque comeu, matou-o a sua gula; mas que morra o Pegador pelo que não comeu: é a maior desgraça, que se pode imaginar! Não cuidei que também nos peixes havia pecado original. Nós os homens fomos tão desgraciados26 que outrem comeu, e nós o pagamos. Toda a nossa morte teve princípio na gulodice 115 de Adão, e Eva; e que hajamos de morrer pelo que outrem comeu, grande desgraça Mas nós lavamo-nos desta desgraça com uma pouca de água", e vós não vos podei lavar da vossa ignorância com quanta água tem o mar.

obrigado!