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Transcript

Bibliografia aqui:

Fim

Diário de Bordo

Início

Dia 13/10/24

1ª Entrada

Olá a quem estiver a ler este meu diário! Sou a Beatriz Botelho, mas qualquer pessoa que me conhece chama-me Bia. Tenho 16 anos, nasci a 07/12/07, por isso sou do signo de Sagitário. Nesta primeira entrada irei falar um pouco de mim, sempre com a companhia de muitas fotos, que posso já dizer que é um dos meus grandes fascínios desde pequena. Fui incapaz de colocar qualquer outra foto para começar este meu auto retrato. Sempre que alguém quer ver uma foto minha antiga é esta que eu mostro.

O tema que decidi falar neste meu diário de bordo é o transtorno dissociativo de identidade ou também chamado de transtorno de personalidade múltipla. Escolhi este tema porque fiquei muito interessada, surpreendida e com vontade de saber mais sobre esta complexa condição psiquiátrica. Escolhi este tema pois num dos primeiros dias de aulas, quando nos estávamos a apresentar, eu falei num dos filmes que eu vou falar na próxima casa do jogo, e a professora disse-me que, já que era um assunto que eu tinha interesse poderia ser um bom tema para falar no diário de bordo.

Dia 03/11/24

2ª Entrada:

Comecei a fazer natação ainda não tinha 2 anos. Logo nas primeiras aulas deu para perceber que a água era uma grande paixão minha. Mas tive de parar de praticar o desporto aos 10 anos, quando estava prestes a entrar para a pré competição, porque durante todos esses anos de aulas tive demasiados problemas de ouvidos e tive de ser operada porque tinha muitas otites (havia sempre algumas gotas de água que acabavam por entrar para dentro dos ouvidos devido ao formato das minhas orelhas).

Natação

Dia 22/12/24

4ª Entrada:

As causas desta perturbação ainda são motivo de estudo mas acredita-se que, eventos traumáticos na infância tais como abuso físico, psicológico e sexual possam ser a explicação mais plausível para o seu aparecimento e desenvolvimento. Mesmo que estas sejam as causas mais prováveis e mais aceites pela comunidade ciêntifica, ainda assim não descartam as causas genéticas, tendo em conta que a probabilidade do aperecimento desta perturbação é maior quando existe um familiar antecedente com este transtorno.

O que pode originar o (TDI)?

Diferença entre:

Personalidade: é o conjunto de características psicológicas padronizadas como comportamentos e o modo de pensar, sentir e agir. No (TDI): cada uma das diferentes personalidades é chamada de alter ego.Identidade: é a perceção que um indivíduo tem de si próprio, isso inclui o nome, gênero, sexualidade e valores.

(no contexto do transtorno):

Definição de conceitos

  • "When Rabbit Howls" de Truddi Chase- file:///C:/Users/14314/Downloads/vdoc.pub_when-rabbit-howls-trudy.pdf
Filmes ou séries:
Livros:
  • As 24 Personalidades de Billy Milligan- https://www.netflix.com/br/title/81006619
  • Fragmentado- https://www.netflix.com/pt/title/80124506
  • The crowded room- https://tv.apple.com/pt/show/the-crowded-room/umc.cmc.495pmjg441gg3j70j3x2yufx9?l=en-GB
Sites:
  • https://www.medicare.pt/mais-saude/saude-mental/transtorno-personalidade-multipla
  • https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-dissociativos/transtorno-dissociativo-de-identidade
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_dissociativo_de_identidade
  • https://www.tuasaude.com/transtorno-dissociativo-de-identidade/
  • https://www.medicare.pt/mais-saude/saude-mental/transtorno-dissociativo-o-que-e
  • https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/159832/2/679830.pdf
  • https://www.lugarseguro.pt/web/transtorno-de-personalidade-multipla/
  • https://ualmedia.pt/diferentes-identidades-num-so-corpo/
  • https://www.infopedia.pt/artigos/$consciencia-(psicologia)

Bibliografia:

Nem sei como é que vou falar deste tema em tão pouco espaço, mas vale a pena colocar esta montagem só pelo facto de ver tantas boas memórias nestas fotos. Todas as minhas grandes aventuras de vida foram com as pessoas que aparecem aqui ao lado. Nos escuteiros vivi coisas que nunca pensei viver. Ao longo dos 7 anos de Escutismo conheci dezenas de pessoas, aprendi a trabalhar em equipa, aprendi com quem conhecia muito do mundo e ensinei o que sabia a quem conhecia menos que eu. Sou muito grata pelos anos de Escutismo que experienciei.

Escuteiros

Este mecanismo de defesa também chamado de amnésia dissociativa conduz o indivíduo a se “desligar” de traumas vividos, mas também leva a uma separação da personalidade original, nos casos de TDI esta separação é mais extrema e gera personalidades distintas (os alter egos), fazendo com que cada uma tenha as suas próprias memória e maneiras de lidar com a realidade ou até mesmo ocultando muitas partes. Estes alter egos ajudam o indivíduo a viver com o “peso” das situações pelas quais passaram, inconscientemente organizando e separando o que lhes tenha acontecido pelas várias identidades, para ser mais fácil de lidar com os traumas e para que cada uma delas tenha uma função diferente neste processo.

Continuação...

Como descobri o que era:

Faz mais ou menos 1 ano que fiquei a saber o que era este distúrbio devido ao “Monsters Inside: The 24 Faces of Billy Milligan”, este documentário fala sobre o caso verídico do criminoso Billy Milligan, que afirma que o seu comportamento durante os crimes é controlado por múltiplas personalidades. Vi também outro filme que na minha opinião apresenta este transtorno muito melhor mas é um filme de terror, então não recomendo de maneira alguma a professora ver ;) é um filme que nem toda gente consegue ver, o que compreendo porque ele é realmente perturbador e difícil de ver; mas vou meter aqui o nome na mesma: “Split”, ele mostra a vida de um homem com 23 personalidades completamente distintas, onde duas delas decidem rapta três adolescentes.

Há 16 anos atrás

Nos meus primeiros anos de vida tinha duas características muito acentuadas que me distinguiam de qualquer outra criança. Primeiro: uns olhos azuis/cinzentos lindíssimos e em segundo: orelhas com um formato invulgar (os médicos sempre me disseram que são em forma de conchinha). Mas se já me viste pessoalmente saberás que só uma delas se manteve. Infelizmente, por alguma razão, depois de mais ou menos 2 anos os olhos mudaram de cor e ficaram verdes. Estranho, eu sei.

O que é o TDI?

O Transtorno dissociativo de identidade (TDI) é uma perturbação mental onde um indivíduo apresenta mais de dois estados de personalidade distintos. Na maioria dos casos também é presente a amnésia dissociativa, que é a incapacidade de recordar eventos diários como por exemplo conversas, compromissos ou até mesmo informações pessoais importantes. Esta perda de memória muitas vezes é associada ao facto de serem "várias pessoas a comandar e controlar" o mesmo corpo, é como se pessoas completamente distintas estivessem a coexistir dentro de um só corpo.

  • Definição de conceitos;
  • O que é o Transtorno Dissociativo de Identidade?;
  • Estigmas relacionados;
  • O que pode originar este transtorno?;
  • Alterações de identidade e de memória;
  • Primeiros relatos e estudos;
  • Como é possível diferenciar esta condição de outras?
  • Debate sobre a validade do diagnóstico;
  • Métodos de tratamento possíveis.
Dia 06/12/24

3ª Entrada:

Muitas pessoas, incluindo profissionais de saúde duvidam da existência deste transtorno tanto pela sua complexidade em si como a do diagnóstico, este estigma dificulta o acesso a um tratamento adequado. Outro estigma ligado ao anterior é que as pessoas que sofrem desta perturbação estão só a tentar arranjar uma maneira de conseguir atenção. Por último temos um estigma que é muito "alimentado" por filmes e séries de televisão, "todas as pessoas com (TDI) são perigosas" estes indivíduos são quase sempre retratados como violentos criminosos. Na realidade, a grande maioria dos pacientes já diagnosticados são pessoas inofensivas e muito vulneráveis.

Estimas:

Outro sintoma que também a condiciona é as mudanças drásticas de humor, na maneira de falar e no seu comportamento: as mudanças entre as várias personalidades/ alter egos. Cristina relembra um episódio em específico onde tinha mudado de alter ego antes de fazer um teste de um disciplina em que ela era muito boa aluna, mas por causa da mudança ela não conseguiu fazer o teste e teve 0. Ela relata este momento como se estivesse aprisionada dentro da sua cabeça, onde só conseguia ser uma mera espectadora, sem qualquer capacidade de mudar o que seu outro alter ego fazia, ela conseguia ver o teste e pensar. Descreve então estes momentos com uma outra metáfora muita boa para pessoas que não sofrem deste transtorno conseguirem compreender, é como se o corpo dela fosse um avião onde “em vez de eu ser o piloto do meu próprio corpo, é como se eu me tivesse tornado apenas mais um passageiro”.Depois de passar por vários episódios semelhantes a estes, pôde chegar ao diagnóstico de TDI.

3ª Continuação...

Como é que já acabou um semestre??? Depois de meses com esta nova disciplina acho que já posso fazer um balanço do que sinto que correu bem e mal. Estou a gostar muito de fazer este diário de bordo, consegui escolher um tema que realmente sinto um grande interesse em explorar e estou a aprender muitos conceitos da parte da psicologia que considero importantes. No trabalho em duplas acho que tinha de ter mais organização na divisão de tarefas mas de um modo geral correu bem. Já os relatórios dos filmes é uma área que tenho de trabalhar mais, pois é a minha zona mais fraca mas vou tentar melhorar no próximo semestre.

Fim do semestre:

Os lapsos de memória e as trocas de identidade ocorrem de maneira involuntária e inesperada pela pessoa que sofre de TDI. Os lapsos de memória ocorrem para inconscientemente proteger o mental do indivíduo das lembranças de acontecimentos passados, sendo assim qualquer situação de gatilho ou de estresse que possam fazer com que esta pessoa se relembre do que aconteceu, é muitas vezes “apagada”. Já as trocas de identidade são feitas para proteger a pessoa de se voltar a lembrar do acontecido e assumem o papel de personalidade principal quando existem estímulos ao seu redor que possam acionar memórias já apagadas, ou então também podem acontecer em novos momentos de perigo ou trauma.

Continuação...

2ª Continuação...

Ao longo dos anos Cristina tentou “apanhar e colar os vários cacos para aos poucos reconstruir a tigela”, mas obviamente não foi um processo fácil. Durante o processo ela afirma que passou por um vício em se automutilar e que também desenvolveu transtornos alimentares na tentativa de alimentar a sua necessidade de se sentir no controle, ao contar cada caloria que ingeria ela tinha a impressão de que estava a conseguir controlar toda a sua vida. Um dos sintomas que a Cristina descreveu como “assustador” são os lapsos de memória provocados pelo TDI ela sempre se sentiu sem qualquer controlo sobre si mesma e também inferior às outras pessoas por consequência, ela conta um episódio que era por vezes recorrente onde apanhava um autocarro de manhã e de repente já estava numa rua que não conhecia depois de várias horas, as quais não se lembra de absolutamente nada do que fez ou onde esteve durante esse tempo, nesta época ela diz que não vivia e sim sobrevivia.

Dos 2:30 aos 5:08.

TED Talk: Cristina Pax-Rodriguez

Dia 21/02/25

7ª Entrada:

"When Rabbit Howls" de Truddi Chase é uma autobiografia com a história detalhada dos traumas vividos pela autora na sua infância. Esta mulher desde os dois anos que sofria de abusos severos vindos do seu padrasto, estes abusos vão desde sexuais a psicológicos e também agressão física. Todos estes eventos ao longo dos anos fizeram com que a mente se fragmentasse como tentativa de autoproteção (desenvolveu TDI). No livro é nos explicado que cada alter ego era "responsavél" por lidar com uma dor ou sentimento diferente como a dor fisíca, o medo ou a raiva reprimida que ela tanto sentia.

Caso verídico:

Ver até 2:30.
Introdução:

Nesta TED Talk ficamos a conhecer a Cristina Pax-Rodriguez que convive diariamente com este transtorno desde a sua infância. Tal como a maioria dos casos de TDI, Cristina afirma ter passado por diversos momentos traumáticos desde muito pequena, ela diz que o que conseguiu sobreviver a esses momentos, mas que estes também não a deixaram mais forte com diz a frase popular (“o que não mata torna-te mais forte”). Estes traumas “transformaram-na”, ela descreve o que lhe aconteceu de uma maneira muito simplista e muito comum quando se fala deste transtorno, “é como se eu quando era uma criança fosse uma tigela, e os traumas pelos que passei foram me partindo em vários pedaços”.

TED Talk: Cristina Pax-Rodriguez

Dia 22/01/25

6ª Entrada:

Como já foi dito anteriormente, a maioria dos indivíduos que sofrem deste distúrbio são pessoas que passaram por eventos traumáticos, tanto físicos quanto psicológicos. Esses acontecimentos, por vezes, levam a uma incapacidade de processar estas memórias fazendo com que haja as chamadas fragmentações de memória. Estas alterações de memória e "apagões" são um mecanismo de defesa produzido, para permitir que esta sobrecarga mental seja aliviada e consiga ter uma “fuga” da realidade e do sofrimento pelo qual está a passar.

Alterações de identidade e de memória

Dia 12/01/25

5ª Entrada:

Para o visual do meu diário, queria já utilizar algo que sempre esteve muito presente na minha vida: os jogos de tabuleiro. Neste jogo, vou organizar todas as minhas entradas pelos pontos de interrogação, distribuídos pelos espaços do tabuleiro. Irei separar todas as entradas com uma animação de estrelinhas/brilhinhos. Em todas a s fotos existe um efeito de ampliar. Para utilizar é só clicar na foto desejada; basicamente é igual ao efeito dos postos de interrogação.

Como vai funcionar o meu diário de bordo:

Para além das coisas que mencionei, também tenho outras coisa que adoro. Só vou meter aqui duas delas, se não acho que iria precisar de muitos mais slides. Animais e música!

Algumas outras coisas aleatórias

Na infância o cérebro passa por uma fase de desenvolvimento dos estados de consciência que irão fazer parte da identidade de cada pessoa no futuro. Neste caso, como o cérebro já estava sobrecarregado, e para sobreviver o mesmo teve de separar estes estados que normalmente depois de desenvolvidos deveriam de unificar em uma unidade, a que chamamos de personalidade e identidade própria, fazendo que se tornassem em várias. É como se o próprio cérebro se apercebesse que iria ter de sobreviver sozinho mas como é indefeso vai precisar de ajuda de “outras pessoas” de alguém ou algo que o consiga proteger, assim criando outras identidades que consigam pelo menos aliviar o peso dos traumas,numa tentativa de autoajuda. Assim, ao longo da vida Cristina foi desenvolvendo mais alter egos, na medida que atualmente tem 12 identidades diferentes que tomam controlo de si a qualquer hora.

1ª Continuação...

Cristina Pax-Rodriguez afirma ter 15 alter egos a viver “dentro de si”, diz que uma maneira mais simples explicar o que ela sente ao conviver com todas estas diferentes personalidades é imaginando um carro onde dentro dele viajam 15 pessoas completamente diferentes, nesta viagem os lugares no carro vão mudando ao longo do tempo: por vezes Cristina é o condutor, outras é o passageiro do lado do condutor, pode também estar na última fila sendo a mais longe do volante ou então na pior das hipóteses ela pode estar dentro do porta malas. Desta maneira ela consegue nos explicar melhor os níveis de controlo que o seu próprio cérebro lhe dá mediante a situação a que é colocada durante o seu dia a dia. Quando é ela a conduzir o carro significa que está no comando, no controlo da sua voz, do seu pensamento e na ação física do seu corpo. Quando diz que está no banco ao lado do condutor quer dizer que consegue entender o que está a acontecer mas se quiser intervir ou fazer alguma coisa não é capaz. Ocupando a última fila a noção no que está acontecer já se torna um pouco mais confusa e difícil de entender, sendo assim, quando está no porta malas ela não consegue sequer ver, ouvir ou pensar em nada, é um grande apagão sem ter noção de tempo ,do que está a fazer ou de onde está.

Dos 5:08 aos 8:32 .

4ª Continuação...

Dia 08/03/25

TED Talk: Cristina Pax-Rodriguez

8ª Entrada:

Ela então explica que entende que cada alter ego presente em si são personalidades criadas pelo seu cérebro para o desempenho de diversas funções, isto porque ele mesmo percebe a certa altura que já não consegue lidar com os traumas sozinho, então acaba por criar “alguém” (este alguém sendo os vários alter egos que vão sendo desenvolvidos ao longo dos anos de convivência com os traumas), que o ajude a processar e por vezes esquecer todos os traumas vividos na vida da Cristina. Estas personalidades são criadas pelo cérebro como um mecanismo de defesa, diferem de pessoas para pessoa e também depende muito dos abusos aos quais a pessoa foi submetida. No caso dela existem alter egos: que fazem o papel de protetores, os que cuidam da vida social dela, os que gerem o trabalho, e outras mais que acabou por não partilhar. Esta divisão de “tarefas” faz com que ela consiga levar a sua vida com um peso emocional muito menor, isto porque cada alter ego faz o seu papel, assim “ninguém” acaba por ficar sobrecarregado, é um sistema criado para a sua sobrevivência. Um alter ego de grande importância para a Cristina é a Violette, ela é mais velha que ela e desempenha o papel de mãe, diz que é a personalidade com quem tem mais memórias tem, sendo assim provavelmente, a primeira “divisão” que involuntariamente fez. Quando era pequena e estava a tentar lidar sozinha com os abusos que vivia, ela sentia desesperadamente a necessidade de uma mãe, então o seu cérebro decidiu criar uma, a Violette. Ela consegue se comunicar com Violette dentro da sua cabeça quando sente que precisa, não é como muitos podem pensar, uma alucinação que ela criou para conseguir sobreviver, é realmente um estado de consciência dela.

5ª Continuação...