Want to create interactive content? It’s easy in Genially!
Microsite Zen
chimene kiova
Created on October 10, 2024
Start designing with a free template
Discover more than 1500 professional designs like these:
Transcript
Narratologie
Viagens na minha terra
Almeida garrett
Narratologie
Paratexto
As Instancias Narrativas
O Tempo
Introducao
Conclusao
INTRODUCAO
Almeida Garret - "Viagens na minha terra"
O narrador comeca o prefacio com um tom provocador, dizendo que deveria ter escrito a obra, pois o mun do em que vivia estava mais voltado para "fabricas e estradas de ferro" do que para livros. Ele tambem comenta comenta a falta de interesse das pessoas por literatura e assuntos intelectuais, em comparacao com avanco material e industrial da sociedade.
2- Prefácio
1- O título
O INCIPT
Narratologie
Paratexto
+info
O título "Viagens na Minha Terra" já oferece pistas sobre o conteúdo da obra e o enfoque de Garrett. A palavra "Viagens" sugere uma narrativa de deslocamento, movimento e descoberta. Entretanto, não se trata apenas de uma viagem física. Garrett entrelaça elementos de viagem externa (uma jornada geográfica por Portugal, especialmente entre Lisboa e Santarém) com uma viagem interna, filosófica e emocional, tanto de reflexão sobre a sua terra natal quanto sobre si mesmo.
Editor
Narratologie
Paratexto
/01
Nome do Autor
+info
+info
/02
A capa do livro
+info
+info
/03
/04
Sinopse
Narratologie
As Instancias Narrativas
Narrador homodiegetico
"Lá vou, muito bem aviado de propósitos e resoluções de não me meter em histórias românticas, nem dar parte a ninguém de negócios de amor, nem de ciúmes, nem de ódios de namorados, nem de desesperos de enjeitados, que são com efeito misérias de muito pouca importância para a minha grande alma de filósofo (...) mas que queres? Se encontro histórias feitas e contadas, não tenho culpa. Quando as ouvi, achei-as engraçadas, ou por outra, doloridas. Agora a ti, leitor, se queres ou não queres escutá-las, pouco me importa."(Capítulo VIII).
Neste trecho, o narrador, identificado com o autor (Garrett), assume sua posição como **participante** da viagem, comentando de forma direta e reflexiva sobre os eventos e suas decisões. Ele está "lá" como parte da viagem, ouve histórias (como a de Carlos e Joaninha), mas **não é o protagonista** dessas histórias de amor e sofrimento que ele narra. Ele faz parte da narrativa como um observador, que encontra essas histórias durante sua jornada, reforçando sua posição de **narrador homodiegético**.
Narratologie
As Instancias Narrativas
Focalizacao interna
1. Subjetividade e Reflexão Pessoal O narrador constantemente expõe suas opiniões e sensações sobre os fatos que descreve: "Lá vou, muito bem aviado de propósitos e resoluções de não me meter em histórias românticas (...) mas que queres? Se encontro histórias feitas e contadas, não tenho culpa." Aqui, o narrador revela seu próprio pensamento, mostrando um conflito interno. Ele tem um propósito inicial (não se envolver em histórias românticas), mas admite que não consegue evitar contar essas histórias, expondo sua personalidade e contradições. Isso é uma característica da focalização interna, onde o narrador nos oferece acesso direto ao seu fluxo de consciência.
2. Diálogo com o Leitor O narrador se dirige diretamente ao leitor, como podemos ver na frase: "Agora a ti, leitor, se queres ou não queres escutá-las, pouco me importa." Esse tom de conversa íntima é outra marca da focalização interna. O narrador expõe seu próprio pensamento e deixa claro que é ele quem conduz a narrativa, compartilhando sua percepção direta dos fatos e seu desinteresse em agradar o leitor. A narração não é objetiva nem neutra, mas sempre filtrada pelas impressões do narrador.
Narratologie
O Tempo
Analise narratologica
/01
O Momento Da Narracao
+info
+info
/02
A Velocidade Da Narrativa
+info
+info
/03
A Frequencia
/04
A Ordem
Narratologie
Conclusao
Trecho:"E foi então que conheci Joaninha, a menina dos rouxinóis... Mas que me importa a mim Joaninha, ou a aldeia em que ela vivia? Eu ando a viajar, estou a viajar, em busca de Portugal... e é esse país desconhecido que procuro, é sobre ele que escrevo. Mas, quem me dera que este país fosse como ela, como Joaninha...! Mas era impossível. Esta pobre rapariga é um anjo, e o nosso país é um país de trapos."Nesse trecho, é possível ver como o narrador vai alternando entre a viagem que está a realizar (presente), as reflexões pessoais (suas opiniões sobre o país), e a introdução da história da personagem Joaninha (passado). Esse estilo intercalado é característico da obra, onde diferentes tempos narrativos e tipos de discurso (narrativo, descritivo, reflexivo) se misturam de forma fluida.
A viagem do narrador: O narrador descreve sua jornada de Lisboa a Santarém como um evento único e específico. Ele detalha os locais pelos quais passa, as impressões que tem e os acontecimentos dessa viagem sem sugerir repetição. A viagem é tratada como uma experiência única que está sendo narrada:"Partimos de Lisboa numa bela manhã de maio e atravessámos o Tejo em Alcântara; aí principiámos a nossa viagem em terra firme." A história de Carlos e Joaninha: A narrativa sobre Carlos e Joaninha, assim como a de Frei Dinis, também é contada como uma sequência de eventos específicos, que ocorrem uma única vez na história: "Carlos aproximou-se dela... Joaninha estremeceu, levantou-se rápida e correu para ele, dizendo com uma voz trêmula e abafada: 'Carlos! Carlos!'"
Prefácio
No prefácio de Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett apresenta sua obra como um relato pessoal de uma viagem, mas vai além de uma simples crônica de viagem. Ele descreve a obra como uma mescla de gêneros literários, incluindo elementos de romance, ensaio e crítica social. Garrett também estabelece um tom introspectivo e reflexivo, afirmando que o livro é tanto uma viagem pelo espaço físico de Portugal quanto uma viagem pela própria alma do autor.
Trecho : “Viagens na Minha Terra” de Almeida Garrett começa da seguinte forma: “Estou numa terra onde nunca vi nem me viram. Terra de outros tempos; terra dos mágicos e das fadas, dos milagres e das assombrações…”
O INCIPT
Exemplo de analepses (retorno ao passado): "Era então o caso que, em 1828, quando as tropas liberais saíam de Lisboa..." Exemplo de prolepse (antecipação do futuro): "A desgraça estava para vir, e não tardaria muito a envolver aqueles corações puros numa sombra irremediável."
Editor: A editora Martin Claret é conhecida por publicar clássicos da literatura universal, o que reforça o status canônico da obra.
Nome do autor:O nome de Almeida Garrett nos ajuda a esperar, em "Viagens na Minha Terra", uma obra com características do Romantismo, como subjetividade e nacionalismo, e uma forte crítica social e política, devido ao seu envolvimento nas lutas liberais. Além disso, Garrett é conhecido por sua inovação literária, misturando gêneros como crônica, ensaio e romance. Seu nacionalismo se reflete na valorização da cultura e da história portuguesas, enquanto seu estilo é marcado pela ironização e tom leve, mas com profundidade crítica. Assim, podemos esperar uma leitura híbrida, reflexiva e envolvente.
Sinopse
" viagens na Minha Terra é uma obra-prima de Almeida Garrett, que narra uma viagem de Lisboa a Santarém, onde o autor, com olhar atento, revela as belezas e as peculiaridades do Portugal rural. Combinando crônica, ensaio e romance, Garrett explora a identidade nacional e critica as realidades sociais e políticas de seu tempo. Entre descrições poéticas das paisagens e reflexões filosóficas, o leitor se depara com a trágica história de amor de Joaninha e Carlos, que ilustra os conflitos morais e emocionais da sociedade portuguesa do século XIX. Uma leitura imprescindível que une lirismo e crítica social"
Imagem: A imagem da capa, retrata uma paisagem rural com construções antigas e um homem com uma carroça carregando barris, sugere um cenário bucólico e uma viagem tradicional, talvez evocando a vida rural e costumes antigos de Portugal. A paisagem remete a algo mais introspectivo, focado no cotidiano simples da "terra", dando a entender que o livro explorará a cultura e tradições locais com um toque de nostalgia e romantismo.
1. Pausa (predominante): "E eu também queria fazer um livro para o público, com as modas da moda, o interesse do século, os segredos do dia... mas, ai de mim! Não é isso o que posso fazer, não é isso o que me sai; sai-me sempre este livro de recordações íntimas, de saudades pessoais." 2. Sumário: "Partimos de Lisboa numa bela manhã de maio e atravessámos o Tejo em Alcântara; aí principiámos a nossa viagem em terra firme. Deixámos à direita o convento de Nossa Senhora da Ajuda e ao longe à esquerda as muralhas de Almada." 3. Cena: "Carlos aproximou-se dela... Joaninha estremeceu, levantou-se rápida e correu para ele, dizendo com uma voz trêmula e abafada: 'Carlos! Carlos!'" 4. Elipse (menos comum): "Mas deixemos de lado estas minúcias da viagem, porque não têm importância."