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MANUELA ESTEVES manuelaesteves@pharmabsc.pt

Modulo 6

CURSO DE ESPECIALIAÇÃO EM SAÚDE INFANTIL A Pele da Criança: Importância da Dermofarmácia

  • A Pele
  • A pele do bébé vs pele do adulto
  • Cuidados diários com a pele do bébé
  • Problemas mais comuns com a pele do bébé

A PELE DO BEBÉ

Sensorial

Metabólica

Termo-Regulação

Proteção

Pele

A Pele e suas funções

Hipoderme

Derme

Epiderme

As camadas da pele

Epiderme

  • Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado que se auto-regenera.
  • Composto por 4 estratos:
  • Estrato Corneo
  • Estrato Granuloso
  • Estrato Espinhoso
  • Estrato Basal

Epiderme

As camadas da pele

Derme

  • Tecido fibroso, filamentoso e tecido conjuntivo amorfo.
  • Fornece uma base robusta e flexível à epiderme.
  • Vascular, sustentação metabólica da epiderme e termoregulação.
  • Dividida em duas zonas
- Papilar, superficial e delgada; feixes de colagénio mais finos. - Reticular, extensa e profunda; feixes de colagénio mais grossos
  • Fibroblastos
Responsáveis pela produção de colagénio e elastina.

As camadas da pele

Hipoderme

  • Reservatório de gordura e stock de energia
  • Proteção contra traumas físicos (proteção mecânica)
  • Proteção contra variações térmicas (Função termorreguladora)
  • Muitos anexos estendem-se até hipoderme
  • Rede vascular profunda de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos

As camadas da pele

Os apêndices ou anexos a pele

Glândula Sudorípara Apócrina Função: desconhecida Responsável: Libertação de odores Produz uma substancia viscosa que é libertada nos folículos pilosos Localização: Genitais, aurela da mama e axilas

Glândula Sudorípara Écrina Função: regulação do calor Quando o corpo precisa de arrefecer – aumenta produção de suor – pele resfria. Sudorese – medo, ansiedade e stress. Localização: mais abundantes nas solas dos pés e menos nas costas

Glândulas Sudoríparas

Glândulas Sebáceas Função: produção de sebo; importante fornecimento secundário de gotículas lípidos e lubrificação Localização: maior número do rosto e couro cabeludo.

Glândulas Sebáceas

  • A Pele
  • A pele do bébé vs pele do adulto
  • Cuidados diários com a pele do bébé
  • Problemas mais comuns com a pele do bébé

A PELE DO BEBÉ

Este estrato funciona como uma barreira cutânea e regula a hidratação pele.

No estrato córneo os corneócitos são constituídos por cerca de 70 a 80% de queratina, 20% de lípidos, dos quais ceramidas, triglicéridos e ácidos gordos essenciais (AGE) e 15% de água

Pele do Adulto

Este filme hidrolipídico ajuda na proteção da desidratação da pele

O filme hidrolipídico tem na sua composição: - compostos presentes no estrato córneo - o sebo segregado pelas glândulas sebáceas (fase oleosa) - o suor segregado pelas glândulas écrinas (fase aquosa)

Pele do Adulto

Os corneócitos, são menores e mais finos - uma pele mais permeável, mais fina e frágil do que nos adultos

A aderência entre as células também é menor

A relação entre a superfície corporal e o peso do recém-nascido é muito mais elevada do que no adulto - aumenta o risco de toxicidade por absorção sistémica de substâncias de aplicação tópica

A epiderme é menos espessa - cerca de 4 vezes menos

Pele do Bebé

  • A derme é menos espessa - cerca de 4 x menos
  • Derme papilar e reticular estão pouco diferenciadas - ao contrário dos adultos
  • As fibras de colagénio e elastina encontram-se ainda imaturas - existindo em menor quantidade e menos funcionais
  • Os fibroblastos encontram-se muito activos

Pele do Bebé

Pele do Bebé

Por este motivo que os bebés não apresentam odores desagradáveis

Glândulas sudoríparas aprócrinas

  • Apenas entram em funcionamento aos sete anos
  • Atingem o seu desenvolvimento total na puberdade, devido
à influência das hormonas sexuais

Pele do Bebé

Bébé não pode suportar elevadas temperaturas até cerca dos 2-3 anos.

Glândulas sudoríparas écrinas

  • São responsáveis pela transpiração e pela regulação da temperatura da pele
  • Estão presentes desde o nascimento mas não se encontram totalmente desenvolvidas

Pele do Bebé

Secura cutânea Um filme hidrolipídico menor

Glândulas sebáceas

  • Responsáveis pela produção de sebo,
  • Durante o período da gravidez e nascimento encontram-se estimuladas pelas hormonas maternas
  • Partir do período do nascimento até à puberdade, a secreção de sebo tende a diminuir

Pele do Bebé

Após o nascimento o pH da pele vai-se tornando progressivamente mais ácido, chegando, na idade adulta a apresentar um pH entre 4,5 e 6,7

Apresente uma maior probabilidade de desenvolver infecções oportunistas

À nascença o pH da pele dos bebés é mais elevado, próximo do neutro, variando entre 6,6 e 7,5

FRÁGIL

FINA

IMATURA

SENSÍVEL

POUCO PROTEGIDA

A PELE DO BÉBÉ

FRÁGIL

SENSIVEL

IMATURA

ESPESSA

PROTEGIDA

FINA

MADURA

A PELE DO BEBÉ

  • Pele
  • A pele do bébé vs pele do adulto
  • Cuidados diários com a pele do bébé
  • Problemas mais comuns com a pele do bébé

A PELE DO BEBÉ

Cuidados diários com a pele do bebé

Prepare tudo o que necessita previamente (Produtos de banho, toalha, fralda roupa)

A temperatura ambiente deve ser superior a 22C e a da água à volta dos 36C

Pode-se dar banho diário, em dias alternados, a qualquer hora do dia, tentando evitar dar a seguir a uma mamada

Cuidados diários com a pele do bebé

Após o banho deve limar ou cortar as unhas com tesoura própria

Secar o bebé sem esfregar, com especial cuidado atrás orelhas, entre os dedos, virilhas e rabinho

Os produtos utilizados para a pele do bebé devem ter pH neutro, não devem ter detergente, álcool, perfume e conservantes

Cuidados diários com a pele do bebé

Os olhos devem ser limpos com uma gaze estéril embebida em soro fisiológico ou com toalhitas adequadas

Limpar as orelhas com toalha fina e não usar cotonete, pois a cera dos ouvidos é uma protecção natural

A limpeza do nariz pode ser feita com soro fisiológico

Cuidados diários com a pele do bebé

Vestir o bebé rapidamente para que não fique com frio. Tecido mais recomendado é algodão e fibras naturais. Não esquecer de cortar as etiquetas.

Hidratar a pele logo a segui ao banho, para evitar a desidratação ou secura

Ter particular atenção se o bebé tiver pele atópica, sensível ou reactiva

Cuidados diários com a pele do bebé

Nota que depois do banho o bebe fica com pele seca ou irritada?

Quer produtos perfumados ou não?

A mãe ou pai tem alergias, rinite, asma ou problemas de pele?

Tem outros filhos? Eles têm problemas de pele, respiratórios, algum tipo de alergias?

Como escolher os produtos para o bebé?

MUDA DA FRALDA

Cuidados diários com a pele do bebé

  • A muda de fralda do bebé deve ser feita antes ou após cada mamada e sempre que o bebé tiver uma dejeção. Para além disso a fralda deve ser verificada a cada 2 a 3 horas, pois nas primeiras semanas os bebés evacuam e urinam várias vezes. Assim, evita-se que o bebé fique desconfortável por ter a fralda suja
  • Limpeza cuidada com agentes suaves ou água. Evitar o uso de toalhitas ou usar toalhitas sem alcool nem perfume
  • Deixar secar ao ar mais tempo possivel 
  • A limpeza deve ser feita de frente para trás, sendo a região anal a última a ser limpa, de modo evitar infecções 

Aplique cremes barreira ou pastas à base de óxido de zinco associado a substâncias como a vitamina A

Antes de colocar a fralda certifique-se que a área está bem limpa para evitar agravamento das irritações

MUDA DA FRALDA

Cuidados diários com a pele do bebé

Apesar de uma boa higiene, os bebés podem sofrer irritações causadas pelo uso das fraldas que podem ocorrer tanto no rabinho como na barriga

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    Mãe com Bebé de 4 meses dirige-se à farmácia e diz que na zona da fralda apresenta uma vermelhidão e um desconforto na área, envolvendo a zona das pregas e a pele em redor. Mostra esta fotografia

    CASO PRATICO

    ERITEMA DA FRALDA

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Medidas de higiene utilizadas nas mudas da fralda?
    • Exposição a substâncias e produtos de higiene?
    • Uso recente de antibiótico?
    • Aumento da frequência de evacuações e micções?
    • Frequência de troca de fraldas ?
    • Hábitos alimentares e mudanças nos mesmos ?

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    ERITEMA DA FRALDA

    • Perguntar se está apenas vermelho ou se tem borbulhas em redor das manchas?
    • Perguntar qual o aspecto da pele?
    Feridas, bolhas ou pus
    • Verificar se bebé está muito irritado ou com febre

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    ERITEMA DA FRALDA

    Medidas não farmacológicas

    • Mudar as fraldas húmidas mais vezes retirando as fezes aderentes com uma compressa em não tecido.
    • Usa água morna corrente ou em spray dado que permite limpar sem esfregar. Seque de seguida suavemente com uma compressa em não tecido ou uma toalha. Deixar secar bem ao ar.
    • Retirar a fralda o máximo de tempo que conseguir para ajudar a pele a recuperar e secar. Deixe o bebé de barriga para baixo a brincar com um resguardo.
    • A cada muda de fralda aplique um creme barreira contendo oxido de zinco que irá formar uma pelicula protetora.
    • Como são um pouco espessos e pastosos não é necessária a sua remoção completa.
    • Mude a fralda a cada 2 horas no máximo.
    • Pode ser necessária a utilização de medicamentos para o tratamento da dermatite a aplicando-se o creme barreira nas restantes mudas de fralda.

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    ERITEMA DA FRALDA

    • Quando existe sobreinfeção por Candida albicans, utilizam-se preparações tópicas com antifúngicos, (como miconazol ou clotrimazol , 2 vezes ao dia durante 7 a 10 dias , alternando com as pastas de óxido de zinco

    Medidas farmacológicas

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    ERITEMA DA FRALDA

    • Os antibióticos tópicos devem apenas ser utilizados no caso de haver sobreinfeção bacteriana, pois a sua aplicação na pele irritada pode agravar a DF;
    • Encaminhar para o médico caso a infeção secundária não apresentar melhoras passados 7 dias, apesar de se estar a fazer um tratamento adequado.

    Medidas farmacológicas

    Mãe com Bebé de 6 meses dirige-se à farmácia e diz que na zona da boca, e no queixo aparecem umas borbulhas pequenas, a pele está avermelhada e ressequida. O bebé saliva muito, usa chupeta e o rosto tem o seguinte aspecto:

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    CASO PRATICO

    DERMATITE PERIORAL

    Cuidados diários com a pele do bebé

    •  Este tipo de dermatite é comum quando se dá a erupção dos dentes e na altura introdução de alimentos e é causada pelo contacto direto da saliva mais ácida com a pele
    • Bebés que utilizam chupeta podem ter um aumento de lesões e de ressecamento, pelo fato da saliva ficar mais tempo em contato com a pele da criança.

    Medidas não farmacológicas

    CASO PRATICO

    DERMATITE PERIORAL

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Utilizar babete e trocá-lo sempre que estiver húmido
    • Seque sempre a região perioral com pano macio
    • Evite uso prolongado de chupeta
    • Use pomadas protectoras especificas para região perioral

    Mãe com Bebé de 2 meses dirige-se à farmácia e diz que a zona do rosto do seu bebé ficou vermelho e repuxada depois de ter apanhado frio e vento. Diz que o bebé tem tendência a ter pele seca. Pergunta o que pode aplicar na cara do seu bebe para além do creme hidratante habitual?

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    A pele do bebé é delicada sendo mais sensível a factores agressores externos tais como o vento, o frio, o calor ou agentes químicos. Por isso, quando exposta ao frio e ao vento tem tendência a tornar-se seca, rugosa e com sensação de repuxamento. Sugerir aplicação de cremes mais nutritivos e reparadores como os Cold Cream, após higiene diária.

    CASO PRATICO

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Mas apresentam uma menor concentração de melanina comparativamente aos adultos.

    Maior sensibilidade aos efeitos nocivos do UV.

    • As crianças têm um número elevado de melanócitos

    PROTECÇÃO SOLAR

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Até aos seis meses, a exposição ao sol é desaconselhada
    • As crianças não se devem expor ao Sol com Índices UV iguais ou superiores a 8
    • As medidas de protecção solar são :
    • uso de roupas frescas de manga comprida
    • chapéus, preferencialmente de abas
    • óculos de sol com filtro UV
    • aplicar protector solar a cada 2h ou após os banhos
    • Ter sempre água fresca disponível para manter a hidratação
    • Aumentar a ingestão de alimentos ricos em carotenos e vitaminas pois contrinbuem para protecção da pele contra agressão dos raios solares
    • Aplicar sempre um produto hidratante após exposição solar

    PROTECÇÃO SOLAR

    Cuidados diários com a pele do bebé

    Protetores Solares Químicos

    • Absorvem e retêm a radiação, impedindo que esta atinja a pele.
    • São mais fáceis de espalhar e devem ser aplicados 30 minutos antes da exposição solar.
    • Devem ser reaplicados a cada 2h ou após os banhos.
    • Podem originar alergias de contacto.
    • Devem ser usados por crianças com mais de 2 anos de idade.

    PROTECÇÃO SOLAR

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Refletem a radiação UV e são de largo espetro (eficazes para as radiações UVA e UVB).
    • Não causam alergias de contacto e são os mais adequados para crianças nos primeiros anos de vida.
    • Muitos destes protectores são espessos, de espalhamento difícil, deixam resíduo esbranquiçada, embora já existam formulas melhoradas 

    Protetores Solares Físicos ou Minerais

    PROTECÇÃO SOLAR

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Fazer um banho de água tépida/fria ou aplicar compressas de agua fria região afetada ou aplicar spray de água termal
    • Aumentar ingestão de líquidos
    • Aplicar posteriormente um produto hidratante e calmante
    • Se a queimadura parecer mais grave, ou caso surjam sinais de prostração ou febre, dar bastantes líquidos e procurar médico. 

    O que fazer em caso de Queimadura Solar?

    PROTECÇÃO SOLAR

    Cuidados diários com a pele do bebé

    • Pele
    • A pele do bébé vs pele do adulto
    • Cuidados diários com a pele do bebé
    • Problemas mais comuns com a pele do bébé

    A PELE DO BEBÉ

    • É uma inflamação crónica da pele
    • Muito comum na infância – surge no 1ºano de vida
    • Caracteriza-se:
    • Presença de prurido de intensidade variável
    • Lesões eritematosas
    • Pele seca (Xerose)
    • Liquenificação
    • Alternância entre períodos de exacerbação e períodos de remissão

    DERMATITE ATÓPICA

    Módulo 6 – A Pele da Criança: Importância da dermofarmácia

    DERMATITE ATÓPICA

    DERMATITE ATÓPICA

    TRATAMENTO - Identificação e eliminação dos factores de agravamento - Diminuir a secura - Acalmar o prurido - Controlar a inflamação

    DERMATITE ATÓPICA

    Terapêutica não farmacológica - Identificação e eliminação de factores agravantes como ácaros, pelos de animais, fungos e pólens, caso exista hipersensibilidade; -Preferir vestuário em tecidos suaves (p. ex. algodão) e evitar usar tecidos de lã; - Lavar a roupa com detergente delicado, sem uso de lixívia ou amaciador, enxaguando muito bem após a lavagem; - As restrições alimentares só estão indicadas na minoria de doentes em que existe uma relação entre a alergia alimentar e as exacerbações da dermatite atópica.

    DERMATITE ATÓPICA

    Terapêutica não farmacológica - Produtos de higiene suaves (sem sabão/detergentes), sem perfume pH neutro; - Em caso de purido intenso, podem ser adicionados ao banho óleos, parafina líquida ou aveia coloidal

      - Os emolientes utilizados dependem da fase em que se encontre a dermatite:
      • caso seja numa fase aguda (lesões húmidas e exsudativas) – Creme
      • caso seja numa fase crónica (lesões secas, liquen ou escamosas) - Pomada
      - Os emolientes devem ser usados sempre que necessário, mesmo nos intervalos das crises

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica farmacológica Corticosteroides Tópicos (1) - São o tratamento farmacológico de primeira linha, quando as medidas não farmacológicas são insuficientes para controlar os sintomas. - O seu uso em crianças requer cuidados especiais, dado apresentarem uma relação superfície cutânea / peso corporal superior à dos adultos.

      DERMATITE ATÓPICA

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica farmacológica

      Potência do corticóide - sempre que possível utilizar os corticóides de menor potência, tendo em consideração o aumento da relação superfície / peso corporal. Esquema posológico – aplicação única diária é suficiente, com passagem para dias alternados até resolução clínica completa (prevenindo o fenómeno de rebound). Nunca suspender abruptamente um corticóide. Idade – em prematuros, com menos de 32 semanas, utilizar apenas corticóides de baixa potência dada a menor espessura da camada córnea. Carácter das lesões

      • Creme - áreas de pele fina, inflamada ( lesões agudas e exsudativas) ou zonas desnudadas
      • Pomada - áreas de pele seca, liquenificada ou espessada (palmas, plantas)

      Corticosteroides Tópicos (2)

      DERMATITE ATÓPICA

      Localização das lesões – A absorção é superior na face, pregas (axilas, virilhas, períneo) e nos genitais, sendo máxima nas pálpebras e no escroto. Extensão das lesões – quanto mais extensa for a área a tratar, menor deverá ser a potência do corticóide. Efeitos adversos – Os efeitos sistémicos podem incluir supressão adrenal, hiperglicémia, atraso do crescimento em crianças, infeções, cataratas e glaucoma, devido a aplicação prolongada nas pálpebras.

      Terapêutica farmacológica

      Corticosteroides Tópicos (3)

      DERMATITE ATÓPICA

      Inibidores da Calcineurina

      • Tacrolímus (Protopic) e pimecrolímus (Elidel) são agentes imunomoduladores
      • Constituem uma opção terapêutica de 2.ª linha, a partir dos 2 anos de idade.
      • Mostraram reduzir a extensão, gravidade e os sintomas da DA em adultos e crianças.
      • São eficazes para doença persistente ou com exacerbações frequentes e podem ser usados aos primeiros sinais de recorrência, bem como no controlo do prurido associado.
      • Os ITC devem ser aplicados duas vezes por dia

      Terapêutica farmacológica

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica farmacológica

      Inibidores da Calcineurina

      • Não causam atrofia cutânea e, consequentemente, podem ser usados em todas as áreas corporais, incluindo zonas sensíveis como a face, as pregas cutâneas, as pálpebras e o pescoço
      • As entidades reguladoras indicam que estes fármacos devem ser aplicados apenas por curtos períodos e na quantidade mínima necessária para controlar os sintomas, evitar o uso contínuo
      • O principal efeito lateral é uma sensação de ardência durante a aplicação que tende a desaparecer com o uso continuado
      • É aconselhado o uso de protector solar

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica farmacológica

      Fototerapia

      • Quando a dermatite atópica não for controlável com medidas tópicas
      • Esta consiste na aplicação de luz ultravioleta (UV), só ou associada a terapêutica farmacológica.
      • É geralmente administrada 3 vezes por semana; os corticosteroides podem ser continuados sempre que necessário
      • O uso de hidratantes pode ter de ser incrementado, uma vez que a fototerapia pode aumentar a secura cutânea

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica farmacológica

      Terapêuticas sistémicas

      • Os corticóides sistémicos são usados apenas em situações pontuais, especialmente nas formas agudas e muito extensas da patologia e quando a terapêutica tópica já não surte efeito.
      • Deve-se iniciar pelo fármaco menos potente, e depois ir fazendo o desmame do corticóide.
      • Os imunossupressores sistémicos tais como ciclosporina, azatioprina, metotrexato, micofenolato de mofetilo, interferão-δ, imunoglobulina i.v. e, mais recentemente, modificadores da resposta biológica.
      • É uma opção terapêutica de curto prazo em doentes com dermatite atópica moderada a grave que não se consiga controlar com fármacos tópicos, quando a fototerapia esteja indisponível ou seja contra indicada

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica Adjuvante

      Prurido

      • Os anti-histamínicos tópicos não estão recomendados, devido ao risco de absorção e dermatite de contato .
      • Os anti-histamínicos orais, ao contrário dos tópicos, são frequentemente utilizados como coadjuvantes da terapia tópica na fase aguda da doença, uma vez que reduzem significativamente o prurido (hidroxizina, dimetideno, cetirizina)

      DERMATITE ATÓPICA

      Terapêutica Adjuvante

      Infeções Secundárias

      • Em doentes com infeção por S. aureus clinicamente localizada, pode ser aplicada a mupirocina em creme a 2% ou ácido fusidico
      • As infeções por dermatófitos são também frequentes, podendo ser tratadas com os regimes habituais de antifúngicos tópicos ou orais.

      DERMATITE ATÓPICA

      Protecção Solar Quem tem pele atópica deve optar por protetores solares sem perfume, com fórmula rica em ingredientes que reparam o problema e mantenham a pele hidratada

      DERMATITE ATÓPICA

      DERMATITE ATÓPICA

      NA PISCINA Antes de nadar - Aplicação creme hidratante ou protector solar e depois um creme barreira Depois de nadar - Depois de cada mergulho passar o corpo por água doce - Deve-se secar a pele com uma toalha, sem esfregar De regresso a casa - É aconselhável lavar-se com um gel de banho com cobre e zinco caso tenha eczema. Depois de secar o corpo suavemente, aplicar um emoliente habitual. Em caso de lesões de eczema algo exsudativas, recomenda-se a aplicação um creme anti-irritações e se não for suficiente aplicar corticóide tópico sobre as zonas afetadas.

      NA PRAIA Antes de ir para a praia - Deve aplicar-se o Protector Solar antes de ir tomar banho no mar. - Aplicação de um creme barreira na praia, reduz a aderência da areia Depois de cada banho - Depois de um banho de mar, é indispensável passar o corpo por água doce - Aplicar novamente protetor solar - Em seguida, secar com uma toalha limpa. Cuidado com o efeito "lixa" de uma toalha cheia de areia. No final do dia - Lavar-se com um gel de banho ultra-nutritivo sem sabão nem perfume para retirar o creme e o sal. - Enxaguar e secar com uma toalha macia - Aplicar em seguida o emoliente habitual (leite ou creme) nas zonas não irritadas e, se necessário, um corticóide tópico nas zonas irritadas.

      DERMATITE ATÓPICA

      Dada a “fragilidade” da barreira de protecção da pele dos atópicos:

      • estes sofrem mais frequentemente infecções virais da pele (moluscos contagiosos, verrugas vulgares e herpes simples), algumas infecções bacterianas (impétigo vulgar)
      • sua pele torna-se mais seca e desenvolve eczema em ambientes quentes e muito secos e no contacto com detergentes fortes (sabões, champôs ou detergentes domésticos ou profissionais)

      DERMATITE ATÓPICA

      CASO PRATICO

      Mãe com Bebé de 2 anos dirige-se à farmácia e diz que nota que cada vez que a filha vem da natação fica com pele mais seca e irritada. Pergunta o que pode fazer?

      CASO PRATICO

      Perguntas que podemos fazer à mãe:

      • Filha tem pele seca ou atópica?
      • Local onde se encontram as lesões?
      • Quais os produtos que utiliza para higiene e hidratação do bébe?

      CASO PRATICO

      Antes de nadar - Aplicação creme hidratante e depois um creme barreira Depois de nadar - Depois de sair da piscina passar o corpo por água doce - Deve-se secar a pele com uma toalha, sem esfregar De regresso a casa

      • É aconselhável lavar-se com um gel de banho com cobre e zinco
      • Depois de secar o corpo suavemente, aplicar creme emoliente
      • Em caso de lesões de eczema recomenda-se a aplicação um creme anti-irritações e se não for suficiente aplicar corticóide tópico sobre as zonas afetadas.

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      • As glândulas sebáceas na face e no couro cabeludo estão aumentadas e produzem sebo após o nascimento durante algumas semanas.
      • Outra causa é a Malassezia furfur, uma espécie de fungo que existe naturalmente na superfície da pele e que contribui para o aparecimento da crosta láctea por ser lipofílico.

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      • A Dermatite Seborreica (DS) ou Crosta Láctea é uma alteração crónica e inflamatória, do tipo descamativo, origina prurido intenso e ardor
      • Caracteriza-se por:
      • Aparecimento de escamas oleosas e amareladas
      • Situação inestética que afecta 2 em cada 3 bebes
      • Atinge geralmente a pele da cabeça
      • Aparece geralmente nas primeiras semanas de vida , desaparecendo por volta dos 7 meses

      CASO PRATICO

      Mãe com Bebé de 3 meses dirige-se à farmácia e diz que na zona da cabeça aparecem escamas oleosas e amareladas difíceis de remover. Repara que por vezes o seu bebé sente algum incomodo. Não percebe porque isto está acontecer uma vez que faz higiene diária do bebe com produtos comprados na farmácia.

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      Medidas não farmacológicas

      • A crosta láctea é autolimitada. As glândulas sebáceas estão aumentadas e produzem sebo após o nascimento durante algumas semanas
      • Lavagem com champô suave especifico para DS é normalmente suficiente para remover as escamas e crostas do couro cabeludo.
      • Quando as escamas da crosta láctea são muito espessas, recomenda-se a aplicação de uma substância oleosa (ex. linimento ou óleo de amendoas doces) no couro cabeludo duas horas antes da lavagem com o champô, com o objectivo de amolecer as crostas e facilitar a sua remoção.
      • Depois de lavar e enxaguar o cabelo, escove o couro cabeludo com uma pequena escova de cerdas macias para remover delicadamente as crostas.

      Champô

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      Champô

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      Linimento

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      DERMATITE SEBORREICA (DS)

      Quando consultar o médico?

      • Quando as crostas não desaparecem após algumas semanas apesar dos cuidados regulares de limpeza do seu bebé.
      • Se houver suspeita de sinais de infecção: crostas cada vez mais amarelas e/ou com mau cheiro.
      • Se as escamas da crosta láctea se estenderem por toda a cabeça ou pelo corpo (nádegas, pregas cutâneas)
      • Nos casos mais persistentes de crosta láctea, o médico poderá receitar medicamentos tópicos contendo corticóide ou antifúngico.
      •  Os sintomas mais típicos são:
      • A presença de pequenas bolhas cheias de líquido na pele, sobretudo no tronco, mas que podem também surgir no rosto, no couro cabeludo e nos genitais ou até espalhar-se por todo o corpo.
      • Elas acabam por se romper, deixando pequenas lesões na pele que secam,
      • Até que se forma uma crosta que também desaparece, de um modo geral, sem deixar marcas.
      • Estas diversas fases podem estar presentes em simultâneo no doente.
      • O prurido causado é muito acentuado e pode causar lesões na pele e/ou infeção bacteriana. Outros sintomas: febre, dores abdominais, falta de apetite, dores de cabeça e mal estar geral. Estes sintomas costumam ser ligeiros.

      VARICELA

      CASO PRATICO

      Mãe com Bebé de 1 ano diagnosticado com Varicela, dirige-se à farmácia e pergunta o que pode fazer para aliviar o desconforto do bebé.

      Medidas não farmacológicas e farmacológicas

      • O tratamento passa, essencialmente, pelo controlo e alívio dos sintomas:
      • O prurido pode ser diminuído mediante o recurso a banhos de água morna, alternando o uso do gel banho habitual com uso gel banho antiséptico
      • Utilização de loções à base de calamina sobre as áreas afetadas.

      VARICELA

      Medidas não farmacológicas e farmacológicas

      • Importante manter as unhas das crianças curtas e limpas de modo a minimizar risco de infecção bacteriana.
      • No rosto, há que ter o máximo cuidado para não haver contacto com os olhos.
      • A febre e as dores podem ser controladas com analgésicos, como Paracetamol
      • Se necessário, podem ser utilizados anti-histamínicos toma oral para controlar o prurido
      • Nos casos maios graves toma oral de antiviral (Zovirax)

      VARICELA

      Prevenção

      • Considerando que se trata de uma doença contagiosa, é essencial o isolamento da criança infetada até que as bolhas sequem por completo.

      VARICELA

      Na maioria dos casos, as picadas ou mordeduras provocam irritação local com vermelhidão, algum inchaço, comichão, aumento da temperatura e dor e são facilmente tratadas em casa. O local da pi­cada raramente infecta, ao contrário do que acontece com os mosquitos, em que o acto de coçar pode levar facilmente à infecção da pele.

      PICADAS INSECTOS

      O que fazer se for picado ou mordido por insetos?

      • Se foi deixado um ferrão na pele ou ficou uma carraça presa retire com cuidado com a ajuda de uma pinça limpa
      • Lave o local da picada abundantemente com água fria.
      • Para reduzir o edema aplique gelo na lesão.
      • Quando sente dor, por exemplo, nas picadas de abelha, tome um analgésico, como o paracetamol ou o ibuprofeno
      • Caso seja necessário pode tomar um anti-histamínico.

      PICADAS INSECTOS

      • Se a reacção no local for muito exacerbada pode aplicar-se um corticosteroide tópico

      PICADAS INSECTOS

      • Se tem comichão pode aplicar uma pomada para alívio deste sintoma.

      Quando Referenciar ao Médico

      • Picadas ou mordeduras em grande quantidade em pessoas com história de alergias
      • Dificuldade em respirar ou uma respiração ruidosa
      • Começar a inchar, particularmente nas pálpebras, orelhas, boca, mãos e pés
      • Febre, náuseas ou vómitos
      • Tonturas ou desmaio
      • Se apesar das medidas de alívio dos sintomas de uma reação ligeira, a área da reação aumenta e/ou os sintomas não desaparecerem em poucos dias
      • Quando não se consegue retirar o ferrão ou uma carraça presa

      PICADAS INSECTOS

      Como Evitar Picadas?

      • Use repelentes de insetos, de aplicação pessoal e em casa

      Módulo 6 – A Pele da Criança: Importância da dermofarmácia

      PICADAS INSECTOS

      Como Evitar Picadas

      • Procure não estar ao ar livre ao anoitecer e amanhecer, quando muitos insetos, particularmente os mosquitos estão mais ativos
      • Use redes nas janelas ou feche as janelas de casa, especialmente ao anoitecer e ao amanhecer. Não deixe as luzes acesas e as janelas abertas se não tiver redes nas janelas
      • Nas horas do dia e em regiões onde há mais insetos, sempre que estiver no exterior use peças de vestuário que protejam as zonas do corpo habitualmente mais expostas (por exemplo, calças ou saias compridas, mangas compridas)
      • Se for caminhar em zonas com vegetação, opte por sapatos fechados e meias; no regresso, especialmente durante o tempo mais quente, verifique cuidadosamente na roupa e no corpo se não trouxe nenhuma carraça

      PICADAS INSECTOS

      Mãe com criança de 3 anos dirige-se à farmácia. Mostra os braços e pernas da criança que apresentam “babas”, algumas com pequena bolha no centro e diz que tem muita comichão. Explica que estiveram a passar o dia numa zona que tinha muitos mosquitos. Pergunta o que pode fazer para aliviar o desconforto da criança?

      • É um tipo de reacção alérgica à picada de insetos
      • O estrófulo, também designado de prurigo estrófulo é um fenómeno sazonal, que ocorre essencialmente durante a Primavera e o Verão. Atinge principalmente crianças entre os 2 e os 10 anos e com pele atópica
      • O estrófulo caracteriza-se pelo aparecimento de borbulhas vermelhas, as babas, algumas com pequena bolha no centro, que dão muita comichão. As babas aparecem habitualmente nos antebraços, na cintura e nas pernas
      • De um modo geral, o estrófulo é uma situação benigna e autolimitada, que pode ocorrer durante vários anos. Com a idade, os episódios tendem a ser menos frequentes e mais ligeiros

      ESTROFULO

      Medidas não farmacológicas e farmacológicas

      Alívio da comichão:

      • Toma banho com água morna, aplicação de pachos de água fresca, uso de sprays de água termal ou aplicação de loções calmantes
      • Toma de anti-histamínicos orais
      • Aplicação de creme anti-inflamatório, como, por exemplo, um corticóide de baixa ou moderada potência.
      • A aplicação de anti-histamínico tópico não está recomendada.
      • As unhas devem ser cortadas para impedir feridas de coceira e prevenir a infecção secundária das lesões

      CASO PRATICO

      • O diagnóstico de pediculose faz-se pela visualização do parasita vivo e/ou das lêndeas (ovos colados ao cabelo)
      • É necessário analisar todo o couro cabeludo, tendo em especial atenção às zonas por detrás das orelhas e a nuca
      • A infestação por piolhos (ou pediculose) ocorre por contacto directo cabeça a cabeça, ou pelo contacto com roupas contaminadas

      PEDICULOSE

      Sintomas

      • Principal manifestação clínica é o prurido (comichão) nos locais afectados
      • Pequenas pápulas nos locais das picadas ou crostas secundárias ao coçar - risco infecção da pele

      PEDICULOSE

      Tratamento

      • Só deve ser iniciado caso sejam detetados piolhos vivos.
      • O objetivo é a erradicação dos piolhos e lêndeas
      • Faz-se aplicação tópica de produtos que podem ter acção química ou acção física

      PEDICULOSE

      A partir dos 6 meses

      Tratamento tópico com acção Quimica Substâncias que penetram no piolho e desencadeiam efeitos neurotóxicos, resultando em paralisia. Entre estes incluem-se: permetrina (Nix); piretrina/butóxido de piperonilo; fenotrina; malatião; spinosad; ivermectina; lindano.

      PEDICULOSE

      A partir 6 meses

      A partir 6 meses

      A partir 3 meses Grávidas Amamentar

      A partir 3 anos

      A partir 2 anos Grávidas Amamentar

      Tratamento tópico com acção Física

      • Actuam no exterior do piolho, por asfixia ou por dissolução da camada cerosa que cobre o seu exosqueleto.
      • Entre estes incluem-se: dimeticone; álcool benzílico; miristato de isopropilo; 12 1,2-octanediol.

      PEDICULOSE

      Tratamento

      • A remoção mecânica dos piolhos e das lêndeas deve ser realizada em simultâneo com aplicação tópica. Para isso, pode-se utilizar um pente especial de dentes finos nos cabelos húmidos
      • O cabelo deve ser dividido em secções e penteado desde a raiz até à extremidade.
      • O pente deve ser limpo após cada passagem, para evitar que os parasitas retidos regressem ao cabelo.
      • Este processo deve repetir-se a cada 3 dias durante pelo menos duas semanas desde a deteção do último piolho vivo.

      PEDICULOSE

      Tratamento

      • Para um tratamento eficaz é necessário que seja feito o tratamento do doente infectado e de todos os seus contactos.
      • Está recomendada a lavagem a altas temperaturas (a mais de 60ºC) da roupa do doente e da roupa de cama e de banho.
      • Após o tratamento pode usar Champô preventivo
      • Repetir o tratamento 8-10 dias depois

      PEDICULOSE

      PÉ DE ATLETA

      PÉ DE ATLETA

      • Tinea pedis, vulgarmente conhecida como “pé-de-atleta”, é causada por fungos da família dos dermatófitos.
      • É mais comum nos meses de Verão e também nos climas tropicais e subtropicais,
      • A incidência do pé-de-atleta é também maior em pessoas que usam calçado fechado e em indivíduos que frequentam piscinas e balneários.
      • A manifestação mais comum do pé-de-atleta é a descamação e fissuras (comummente chamadas “gretas”) nos espaços entre os dedos dos pés e por vezes também por baixo destes.
      • A transpiração aumentada dos pés é uma queixa frequente e que pode facilitar o aparecimento das lesões.
      • Nas crianças pode atingir o couro cabeludo e, muitas vezes, por contacto com um cão ou gato mal cuidado, a criança aparece com várias lesões em anel vermelho e a descamar, seja na face, braços ou tronco, anéis que crescem centrifugamente a partir do local onde o fungo entrou na pele.

      CASO PRATICO

      Mãe com criança de 4 anos dirige-se à farmácia e mostra o pé do filho que tem o aspecto parecido com o da fotografia. Diz que o filho sua muito dos pés e tem muito prurido. Pergunta o que pode aplicar?

      PÉ DE ATLETA

      MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS

      • O tratamento pode consistir apenas na aplicação de cremes antifúngicos com clotrimazol ou miconazol
      • Usar calçado arejado sempre que possível
      • Evitar andar descalço em balneários, piscinas, evitar partilhar vestuário, toalhas ou outros objectos de uso pessoal

      PÉ DE ATLETA

      MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS

      • É importante controlar a humidade dos pés
      • Desinfectar sapatos após a sua utilização com álcool ou pó antifúngico
      • Trocar de sapatos com frequência

      Molusculo Contagioso

      • É uma infeção viral cutânea comum e contagiosa provocada por um vírus (Virus do Molusculo Contagioso), muito frequente em crianças, sobretudo nas que têm eczema atópico
      • O molusco contagioso caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas lesões elevadas, hemisféricas, da cor da pele, com aspecto translúcido
      • Embora geralmente não causem incómodo, por vezes estas lesões geram um prurido e eczema em seu redor.
      • É contraído por contacto direto, habitualmente em ambientes húmidos como piscinas ou balneários. A humidade amolece a pele e facilita a penetração do vírus.
      • Não há um tratamento específico
      • Normalmente a abordagem inicial é com produtos corrosivos. Pretende-se com a sua aplicação destruir os moluscos e provocar alguma irritação em volta das lesões
      • Se este método falhar faz-se uma anestesia local com aplicação de cremes anestésicos e removem-se os moluscos por raspagem

      Molusculo Contagioso

      MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS

      CASO PRATICO

      Uma mãe com filha de 4 anos acaba de vir do médico onde foi diagnosticada com Molusculo Contagioso na zona das pernas. Médico informou-a que bastava pedir na farmácia uma solução cutânea especifica para tratar do problema. A mãe gostaria de saber qual é o produto e como fazer o tratamento?

      CASO PRATICO

      Molutrex apresenta como principio ativo o hidróxido de potássio, que permite dissolver progressivamente a cápsula do vírus, o que desencadeia uma ação inflamatória. O vírus é reconhecido pelo sistema imunitário que o vai eliminar e recuperar da lesão entre 4 a 6 semanas. Não recomendado a crianças com idade inferior a 2 anos. Instruções de Uso Aplicar o produto 1 a 2 vezes ao dia, de manhã e à noite. Após o aparecimento da inflamação (vermelhidão), suspender imediatamente a aplicação. Aplicar a solução unicamente sobre a pele infetada, evitando o contacto com a pele saudável. Cuidados a Ter Não aplicar o produto nas lesões irritadas, infetadas ou já inflamadas. Evitar o contacto com os olhos e mucosas. Não utilizar em doentes com eczema atópico em fase aguda. Não aplicar a solução na mesma lesão por mais de 14 dias consecutivos. Fonte: folheto informativo Molutrex

      VERRUGAS

      • São uma infeção causada pelo Vírus Papiloma Humano (HPV) que penetra na pele e desenvolve-se formando uma lesão benigna característica na forma de uma protuberância áspera na sua superfície
      • Acontece habitualmente em ambientes húmidos como piscinas ou balneários, em que a humidade amolece a pele e facilita a penetração do vírus.
      • As verrugas podem aparecer em qualquer local, mas são mais frequentes nas mãos e nos pés.
      • Não têm gravidade, mas quando se localizam nas plantas dos pés podem causar dor e consequentes alterações da marcha e da postura, pelo que não devem ser negligenciadas.

      CASO PRATICO

      Uma mãe dirige-se à farmácia com filho de 6 anos e pergunta se pode tratar a verruga que o filho tem na mão com Mollutrex , uma solução que tinha usado anteriormente para tratar Molusculo Contagioso que o filho teve há 3 meses atrás?

      • Existem ainda várias técnicas como crioterapia, electrocoagulação ou laser quando o método anterior não resultar

      CASO PRATICO

      Crianças a partir 2 anos

      Crianças a partir 4 anos

      • As verrugas são tratadas por aplicação de uma substância corrosiva sobre a lesão.
      • À medida que as peles mortas se vão formando à superfície, devem ser raspadas até à
      cura da verruga (pode levar semanas)