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Transcript

Quando Carlos regressa a Lisboa em 1887, reencontra João da Ega, o seu velho amigo, e vão almoçar no Hotel Bragança. Juntos, eles tê conversam amargas sobre o fracasso das suas ambições e relativamente ao vazio que sentem em relação à sua vida. Ambos estão desencantados com a sociedade e os projetos que lutaram, sejam na política, nas artes ou na medicina. Esses diálogos refletem o tom pessimista e resignado no final da história.

Durante a conversa, eles abordaram temas como a questão da política, da ciência dos remédios, e até da velhice, mas sempre com ironia. Em um momento, Ega, de maneira sarcástica, fala sobre a moralidade das mulheres, comentando que as "senhoras têm nojo", referindo-se às normas sociais e hipócritas que dominam o comportamento da sociedade lisboeta. O tom de resignação e desencanto encerra a narrativa, confirmando que, apesar de tudo, as personagens não encontram a sua realização pessoal.

O autor no seu estilo de escrita utiliza ironia e sarcasmo como ferramentas principais para criticar a aristocracia decadente, a hipocrisia social e as ambições fracassadas. Eça também se destaca pela capacidade de alternar momentos de descrição densa com diálogos ágeis e espirituais, dando dinamismo à narrativa. O seu estilo reflete uma crítica profunda da sociedade, ao mesmo tempo em que cria personagens complexas e humanizadas, cujo sofrimento e fracasso são tratados como um misto de humor e compaixão.