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Hipótese da deriva continental

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Alfred Wegener

1912-1915

ANOS 60

Atualmente

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Hoje, Wegener é amplamente reconhecido como um precursor fundamental na geologia, a sua hipótese da deriva dos continentes é considerada um marco no entendimento da dinâmica da Terra.

Alfred wegener (1880-1930) foi um climatologista, geologo, geofisico e metereologista alemão. Durante a sua vida foi conhecido pricipalmente por suas conquistas em metereologia. Hoje é lembrado como o criador da Hipotese da deriva dos continentes, proposta pela primeira vez em 1912. Essa hipotese sugeria que os continentes moviam-se lentamente ao redor da terra

A aceitação da ideia de Wegener só ocorreu nas décadas seguintes, com o avanço da teoria da tectônica de placas na década de 1960. Essa teoria explicou como os continentes se movem sobre o manto da Terra devido a processos geológicos, como a convecção do manto e as interações nas bordas das placas.

A falta da descrição do mecanismo causador de desagregação da Pangeia e a falta de estudos comparativos tanto ao nível litológico e orogénico.

As reconstruções paleoclimáticas feitas por Wegener, a partir do estudo das rochas antigas, indicadoras dos ambientes climáticos do passado (como, por exemplo, calcários com fósseis de corais, formados em regiões próximas do Equador), permitiram-lhe concluir que a sua localização climática atual (afastadas do Equador, para norte ou para sul) não era condizente com a sua localização climática. Assim, se as regiões climáticas do passado obedeciam à mesma distribuição no presente, a explicação para essa evidência só poderia ser, segundo Wegener, o resultado da movimentação dos continentes.

O facto de Wegener ter conhecimento da existência de fósseis das mesmas espécies, animais e plantas, em diferentes continentes, levou-o a concluir que essas ocorrências só poderiam ter resultado do facto de os continentes, hoje afastados, terem estado unidos no passado. Assim, os seres vivos morreram e fossilizaram, tendo sido posteriormente separados pela fragmentação e movimentação dos diferentes blocos continentais, o que justificava a presença de fósseis das mesmas espécies em continentes tão afastados no presente.

Antes de Wegener, a geologia estava a concentrar -se em entender a estrutura da Terra através da tectônica e da estratigrafia. Havia um crescente interesse em como os continentes e oceanos se formaram e mudaram ao longo do tempo.

A Geodesia é a ciência que mede com precisão as formas da superfície da Terra. Wegener baseou-se na utilização de ondas de rádio para determinar a distância entre diferentes zonas continentais, nomeadamente entre a Gronelândia e o continente europeu. Os resultados obtidos permitiram-lhe concluir que essas massas continentais estariam a afastar-se.

Na geofísica, a teoria da isostasia apenas justificava os movimentos verticais, não sendo a explicação para os movimentos horizontais suportada por dados convincentes

A continuidade de cadeias montanhosas e a presença de rochas iguais, com a mesma idade, em diferentes continentes, são evidências de que esses continentes estiveram unidos no passado. Esta continuidade pode ser encontrada entre as costas dos continentes europeu e norte-americano.

Wegener baseava a sua teoria em evidências circunstanciais e não foi capaz de apresentar um mecanismo para a deriva dos continentes, o que resultou numa hipótese pouco apoiada até aos anos 50 do século XX.

Wegener estudou a variação da posição do norte magnético, comparando as suas posições no passado (através da magnetização registada nas rochas) e na atualidade. Os resultados obtidos, além de evidenciarem a variação da posição do polo norte ao longo do tempo, permitiam-lhe concluir que os continentes também se deslocaram. Além disso, Wegener defendia que os continentes, constituídos essencialmente por Silício e Alumínio, eram menos densos que os materiais da crusta oceânica (constituída por Silício e Magnésio). Dessa forma, ele propôs que os continentes, menos densos, “flutuariam” sobre a crusta oceânica mais densa.

Em 1912, Wegener influenciado por outras disciplinas, como a paleontologia e a climatologia apresentou a sua hipótese de que os continentes uma vez formaram um único supercontinente chamado Pangeia, que se fragmentou e se afastou uns dos outros. Essa ideia foi detalhada no seu livro "A Origem dos Continentes e Oceanos" (1915).

Na geodésica o ritmo de separação entre a Europa e a Groenlândia, apresentavam erros de cálculo, sendo alvo de sérias críticas às técnicas geodésicas.

Dentre os principais argumentos contrários à teoria de Wegener, deve-se citar a descoberta de fósseis de Glossopteris, na Sibéria, contrariando Wegener, que relacionava estes fósseis apenas com o Hemisfério Sul

A hipótese de Wegener enfrentou resistência significativa. Muitos geólogos da época não aceitavam a ideia de que os continentes poderiam se mover, pois não havia uma explicação clara para o mecanismo desse movimento.

A justaposição entre as linhas de costa dos continentes africano e sul-americano levaram Wegener a concluir que eles estiveram unidos no passado, tendo-se separado entretanto. Esta ideia não era uma ideia original, pois já outros autores tinham avançado com essa possibilidade muito antes dele. Acrescentou, no entanto, que essa justaposição era mais evidente, ainda, quando considerado o limite das plataformas continentais entre esses dois