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Os Temiminós

Théo Aluno

Created on October 6, 2024

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Transcript

História e conquistas

Os temiminós

Quem são?

1554

1573

1567

Temiminós - lutas e conquistas

Quem foi?

Vídeo

Arariboia

Por Antonio Parreiras (óleo de 1911) – na pintura, o líder dos temiminós, Arariboia, é representado como a figura central.

A morte de Estácio de Sá

Coleta

Comércio

Agricultura

Artefatos

Pesca

Caça

atividades económicas

Estrutura Comunitária

Divisão por Gênero

Guerras e Conflitos

organização Social e política

Traição

Arariboia

Guerreiros

Mitos e ritos

Colonização

Cultura

Perda de Identidade

Fragilidades

Obrigado!

Caça

A caça era outra atividade importante para os Temiminós, complementando sua dieta com carne de animais selvagens. Eles caçavam animais como tatus, veados, porcos-do-mato e aves utilizando arcos e flechas, lanças e armadilhas. Além da carne, utilizavam peles e ossos para diversos fins, como vestimentas, ferramentas e ornamentos.

Arariboia

Arariboia (c. 1520–1589) foi um chefe dos temiminós no século XVI. Batizado pelos jesuítas como Martim Afonso de Sousa, em homenagem ao donatário da Capitania de São Vicente, destacou-se por sua aliança com os portugueses na luta contra os tamoios e franceses, em 1567, na Baía de Guanabara. Como recompensa, recebeu terras na entrada da baía, onde fundou a aldeia de São Lourenço, que mais tarde se tornaria a cidade de Niterói, da qual Arariboia é considerado o fundador.

A ligação com Araribóia

Araribóia é o líder mais famoso dos Temiminós, visto como um herói cultural. Com o apoio dos portugueses, ele expulsou os franceses e os Tamoios do Rio de Janeiro. Esse mito o glorifica como símbolo de resistência e diplomacia, resultando em recompensas de terras dos portugueses na região que hoje é Niterói.

Artefatos

Os Temiminós fabricavam diversos artefatos para uso cotidiano e comercial. Entre eles, destacavam-se a produção de cerâmica e artefatos de madeira e pedra. Produziam vasos, potes e utensílios de cerâmica, além de ferramentas de pedra para caça e agricultura. Esses produtos podiam ser usados para trocas com outras tribos ou com os colonizadores.

1554

Em 1554, os tupinambás, com ajuda dos franceses, atacaram e expulsaram os temiminós da Baía de Guanabara, forçando-os a buscar refúgio no Espírito Santo. Liderados por Maracajá-guaçu, os temiminós fundaram, com os jesuítas, uma aldeia que mais tarde daria origem à cidade de Serra.

Agricultura

A agricultura era uma atividade central para os Temiminós. Eles praticavam a agricultura de coivara, que consistia no desmatamento controlado de áreas da floresta para o plantio. O cultivo de mandioca era a base de sua alimentação, mas eles também cultivavam milho, batata-doce, feijão e outras plantas alimentares. A mandioca era usada para a produção de farinha, um alimento versátil e de longa duração.

Origem heroica e guerreira

Os Temiminós eram uma tribo guerreira que enfrentava vários grupos rivais, como os Tamoios. Embora conhecidos por sua aliança com os portugueses, essa parceria foi pura estratégia de sobrevivência diante das pressões da colonização do que uma lealdade incondicional.

Na sociedade Temiminó, homens caçavam, pescavam e lutavam, enquanto as mulheres cuidavam da agricultura, coleta de alimentos e dos filhos. Apesar dessa divisão, não havia hierarquia rígida, e ambos os sexos participavam das decisões comunitárias, com especial respeito às mulheres mais velhas pela sua experiência.

A traição indígena

Os Temiminós são associados a um mito de traição por se aliarem aos portugueses, mas essa visão simplifica a complexidade das relações intertribais. A aliança foi uma estratégia de sobrevivência em um contexto hostil, onde a colaboração com os colonizadores buscava proteção contra rivalidades e ameaças externas.

Temiminós

Os temiminós (também chamados de temininós, timiminós e outros nomes) eram um povo tupi que viveu no século XVI na Ilha do Governador, São Cristóvão, Niterói e no sul do atual Espírito Santo. Eles eram rivais dos tupinambás na Baía de Guanabara, mas compartilhavam características culturais com outros povos tupis, como a língua, crenças, canibalismo ritual e agricultura de subsistência com queimadas. O nome "temiminó" vem do tupi antigo e significa "os netos". Os temiminós fundaram a aldeia de São Lourenço, que deu origem à cidade de Niterói, sendo Arariboia considerado seu fundador.

A sociedade dos Temiminós era organizada em aldeias, ou taba, compostas por várias famílias que viviam em grandes casas comunais chamadas ocas. Nessas ocas, as famílias colaboravam em atividades diárias como caça, agricultura e pesca. As decisões eram coletivas, com participação dos líderes e membros respeitados. Rituais, celebrações e práticas religiosas fortaleciam os laços da comunidade.

Com a colonização e o contato com a cultura europeia, os Temiminós enfrentaram desestruturação cultural. Seu modo de vida, incluindo práticas religiosas, costumes, língua e organização social, foi substituído ou suprimido pelo sistema colonial. A pressão para adotar o cristianismo e a língua portuguesa enfraqueceu a coesão cultural da tribo.

1573

Em 1573, Arariboia e os temiminós mudaram-se para o outro lado da Baía de Guanabara, a convite dos portugueses, com a missão de proteger sua entrada. Lá, fundaram São Lourenço dos Índios, que deu origem à cidade de Niterói.

1567

Em 1567, sob a liderança de Arariboia, filho de Maracajá-guaçu, os temiminós juntaram-se aos portugueses para derrotar as fortificações dos franceses e tamoios na Baía de Guanabara. Após essa vitória, Arariboia passou a viver na área que hoje é São Cristóvão, no Rio de Janeiro, onde ainda resistiram a novos ataques dos tamoios.

Pesca

Como viviam em áreas litorâneas e fluviais, a pesca desempenhava um papel importante na economia dos Temiminós. Eles pescavam em rios, lagoas e no mar, utilizando-se de diversas técnicas, como o uso de redes, anzóis e armadilhas de bambu. O peixe era uma fonte essencial de proteína em sua dieta e, em alguns casos, também podia ser preservado por meio de secagem ou defumação para consumo posterior.

Comércio

Embora as sociedades indígenas brasileiras não possuíssem um sistema monetário como o europeu, os Temiminós participavam de redes de trocas com outras tribos. Esses intercâmbios envolviam produtos agrícolas, alimentos, artefatos e matérias-primas. A partir do contato com os portugueses, os Temiminós também passaram a negociar com os colonizadores, trocando produtos locais, como alimentos e artefatos, por itens europeus.

Coleta

A coleta de frutos, raízes, mel e outros produtos da floresta também fazia parte de sua economia. Espécies nativas como o caju, o açaí e o palmito eram coletadas para alimentação. Além de alimentos, os Temiminós também coletavam materiais vegetais para a produção de utensílios e abrigos.

Os Temiminós eram guerreiros e enfrentavam tribos rivais, como os Tamoios, em disputas territoriais. Sua organização militar era liderada pelo cacique (líder político e militar de uma aldeia Temiminó), e a guerra tinha grande importância cultural, com rituais ligados ao combate. O sucesso militar aumentava o prestígio do cacique, especialmente ao proteger ou expandir o território da tribo.

A assimilação forçada ou voluntária foi uma fragilidade para os Temiminós. Com o aumento do contato com colonizadores e outras tribos, muitos se integraram à sociedade colonial, adotando o modo de vida europeu e abandonando suas tradições. Esse processo, acelerado pela evangelização, perda de terras e casamentos mistos, diminuiu a identidade cultural dos Temiminós.

Os Temiminós enfrentaram grandes desafios com a chegada dos portugueses. Embora tenham feito alianças estratégicas, essa relação criava desequilíbrios de poder. Alinhando-se aos colonizadores, conseguiram proteção contra tribos rivais, como os Tamoios, mas também ficaram vulneráveis à influência e manipulação dos europeus. Essa dependência enfraqueceu sua autonomia e os expôs a doenças, exploração e perda de terras.