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Luís de Camões

Mariana Rodrigues

Created on October 4, 2024

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Transcript

Disciplina de português; professora Ana Paula Miranda

500ºANIVERSÁRIO de nascimento

Luís de CAMÕES

Trabalho realizado por: Daniela Fernandes, nº10; Catarina Cunha, nº24; Mariana Rodrigues, nº26

Fig. 1. Luís de Camões

Índice

1. Biografia

2. Época renascentista

3. Obra épica

4. Obras líricas

5. Conclusão

6. Bibliografia

Fig. 2. Andries Pauwels: Busto de Camões, século XVII. No alto tem o escudo do poeta.

Luís de Camões

  • Nascimento: 1524, Lisboa, Reino de Portugal
  • Morte: 10 de junho de 1580, Lisboa, Reino de Portugal
  • Pais: Ana de Sá e Simão Vaz

Fig. 5. Os Lusíadas

Fig. 4. Torre de Belém

Fig. 3. Mosteiro dos Jerónimos

Época renascentista

O Renascimento em Portugal, começou em meados do século XV e finais do século XVI. Este movimentro cultural que assinalou o final da Idade Média e o início da Idade Moderna foi marcado por transformações em diversas áreas da vida humana.

Obra épica considerada uma das mais importantes da literatura portuguesa. É uma narração que retrata a época dos Descobrimentos, tempos grandiosos dos lusos, também conhecidos como o povo português.

OS LUSÍADAS

Fig. 6. Representação de Camões a salvar Os Lusíadas

  1. Proposição
  2. Invocação
  3. Dedicatória
  4. Narração

A B A B A B C C

'As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo reino, que tanto sublimaram;' Canto I, primeira estância

estrutura interna

estrutura externa

  • X cantos
  • 1102 estâncias com 8 versos
  • Esquema rimático :
    • Rima cruzada (seis primeiros versos)
    • Rima emparelhada (dois últimos versos)

Fig. 9 Baco, deus do vinho e do prazer

Fig. 8 Vénus, deusa do amor

Fig. 7. Camões e as Tágides

Figuras mITOLÓGICAS

A B A B A B C C

145 "No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Düa austera, apagada e vil tristeza."

A B A B A B C C

96 "Nas naus estar se deixa, vagaroso, Até ver o que o tempo lhe descobre; Que não se fia já do cobiçoso Regedor, corrompido e pouco nobre. Veja agora o juízo curioso Quanto no rico, assi como no pobre, Pode o vil interesse e sede immiga Do dinheiro, que a tudo nos obriga."

canto X

Canto Viii

Fig. 10. Capa da primeira edição das Rimas, de 1595

  • Primeira compilação das poesias líricas de Luís de Camões;
  • Publicada em 1595, quinze anos após a morte do autor, por Fernão Rodrigues Lobo Soropita

Rimas

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Fig. 11. Retrato de Leanor

a este moto:Des/cal/ça/ vai/ pa/ra a/ fon(te) Leanor pela verdura; vai fermosa e não segura. voltas Leva na cabeça o pote, o testo nas mãos de prata, cinta de fina escarlata, saínho de chamalote; traz a vasquinha de cote, mais branca que a neve pura; vai fermosa, e não segura. Descobre a touca a garganta, cabelos d' ouro o trançado, fita de cor d' encarnado, tão linda que o mundo espanta; chove nela graça tanta que dá graça à fermosura; vai fermosa, e não segura.

Descalça vai para a Fonte

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Fiquei deste mal sobejo A quem a causa compete Dizer-lhe tudo o que vejo, Que Amor acceita o desejo, Mas mente no que promete. Que se a mi se me obrigou A dar-me bens soberanos, Foi engano que ordenou; Que do bem tudo levou, Do mal ficárão-me os danos. E se dor tão desigual Soffro em mi com padecellos, Quero de novo soffrellos; Que por a causa ser tal, Não determino offendellos. Dobre-se o mal, falte a vida, Cresça a fé, falte a esperança, Pois foi mal agradecida; Fique a dor n’alma imprimida, E do bem só a lembrança.

Mote Foi-se gastando a esperança, Fui entendendo os enganos; Do mal ficárão-me os danos, E do bem só a lembrança. Glosa Nunca em prazeres passados Tive firmeza segura, Antes tão arrebatados, Qu’inda não erão chegados, Quando mos levou ventura. E como quem desconfia Ter em tal sorte mudança, No meio desta porfia, De quanto bem pretendia Foi-se gastando a esperança. Não tive por desatino A occasião de perdella; Mas foi culpa do destino, Que a ninguem, como mais dino, Amor pudéra sostella. Dei-lhe tudo o qu’era seu, Não receando taes danos Deste, a quem alma lhe deu: Quando ja não era meu, Fui entendendo os enganos.

Foi-se gastando a esperança

Fig. 12. Edvard Munch, Separação, 1896.

A B B A A B B A C D C D C D

Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que doi, e não se sente; é/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten/(te), é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é um nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Amor é um fogo que arde sem se ver

Ondados fios de ouro reluzente, Que agora da mão bella recolhidos, Agora sôbre as rosas esparzidos Fazeis que a sua graça se accrescente; Olhos, que vos moveis tão docemente, Em mil divinos raios incendidos, Se de cá me levais a alma e sentidos, Que fôra, se eu de vós não fôra ausente? Honesto riso, que entre a mór fineza De perlas e coraes nasce e apparece; Oh quem seus doces ecos ja lhe ouvisse! Se imaginando só tanta belleza, De si com nova gloria a alma se esquece, Que será quando a vir? Ah quem a visse!

Ondados fios de ouro reluzente

Pretos os cabelos,onde o povo vão perde opinião que os louros são belos. Pretidão de Amor, tão doce a figura, que a neve lhe jura que trocara a cor. Leda mansidão que o siso acompanha; bem parece estranha, Mas bárbora não. Presença serena que a tormenta amnsa; nela enfim descansa toda a minha pena. Esta é a cativa que me tem cativo, e, pois nela vivo, é força que viva.

Aquela cativa, que me tem cativo, porque nela vivo já não quer que viva. Eu nunca vi rosa em suaves molhos, que para meus olhos fosse mais fermosa. Nem no campo flores, nem no céu estrelas, me parecem belas como os meus amores. Rosto singular, olhos sossegados, pretos e cansados, mas não de matar. Uma graça viva, que neles lhe mora, para ser senhora de quem é cativa.

Endechas a bárbara escrava

Descalça vai para a fonte Leanor pela verdura; vai fermosa e não segura. Leva na cabeça o pote, o testo nas mãos de prata, cinta de fina escarlata, saínho de chamalote; traz a vasquinha de cote, ais branca que a neve pura; vai fermosa, e não segura. Descobre a touca a garganta, cabelos d' ouro o trançado, fita de cor d' encarnado, tão linda que o mundo espanta; chove nela graça tanta que dá graça à fermosura; vai fermosa, e não segura.

Descalça vai para a fonte

Fig. 13. Dualidade do amor

Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que doi, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é um nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Amor é um fogo que arde sem se ver

Erros meus, má fortuna, amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a fortuna sobejaram, Que para mim bastava amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa que a Fortuna castigasse As minhas mal fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse Este meu duro Génio de vinganças!

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Oh, como se me alonga, de ano em ano, A peregrinação cansada minha! Como se encurta, e como ao fim caminha Este meu breve e vão discurso humano! Vai-se gastando a idade e cresce o dano; Perde-se-me um remédio, que inda tinha; Se por experiência se adivinha, Qualquer grande esperança é grande engano. Corro após este bem que não se alcança; No meio do caminho me falece, Mil vezes caio, e perco a confiança. Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança, Se os olhos ergo a ver se inda parece, Da vista se me perde e da esperança.

Oh, como se me alonga, de ano em ano

O dia em que nasci, moura e pereça, Não o queira jamais o tempo dar, Não torne mais ao Mundo, e, se tornar, Eclipse nesse passo o sol padeça. A luz lhe falte, o sol se lhe escureça, Mostre o Mundo sinais de se acabar, Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, A mãe ao próprio filho não conheça. As pessoas, pasmadas, de ignorantes, As lágrimas no rosto, a cor perdida, Cuidem que o mundo já se destruiu. Ó gente temerosa, não te espantes, Que este dia deitou ao Mundo a vida Mais desgraçada que jamais se viu!

O dia em que nasci, moura e pereça

Alegres campos, verdes arvoredos, Claras e frescas águas de cristal, Que em vós os debuxais ao natural, Discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos Compostos de concerto desigual; Sabei que, sem licença de meu mal, Já não podeis fazer meus olhos ledos. E pois já me não vedes como vistes, Não me alegrem verduras deleitosas, Nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, Regar-vos-ei com lágrimas saudosas, E nascerão saudades de meu bem.

Alegres campos, verdes arvoredos

Os bons vi sempre passar No Mundo graves tormentos; E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado.

Ao desconcerto do Mundo

Correm turvas as águas deste rio, Que as do céu e as do monte as enturbaram; Os campos florescidos se secaram, Intratável se fez o vale, e frio. Passou o Verão, passou o ardente Estio, Ũas cousas por outras se trocaram; Os fementidos Fados já deixaram Do mundo o regimento, ou desvario. Tem o tempo sua ordem já sabida; O mundo, não; mas anda tão confuso, Que parece que dele Deus se esquece. Casos, opiniões, natura e uso Fazem que nos pareça desta vida Que não há nela mais que o que parece.

Correm turvas as águas deste rio

7. https://www.infopedia.pt/artigos/$os-lusiadas 8. https://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia_%C3%A9pica 9. https://ensina.rtp.pt/explicador/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/ 10. https://www.infopedia.pt/artigos/$portugal-renascentista 11. https://pt.slideshare.net/slideshow/renascimento-em-portugal-435871/435871 12. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Renascimento_em_Portugal

BIBLIOGRAFIA

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_de_Cam%C3%B5es

2. https://www.ebiografia.com/luis_camoes/

3. https://www.todamateria.com.br/luis-de-camoes/

4. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/luis-vaz-de-camoes.htm

5. https://brasilescola.uol.com.br/literatura/luis-camoes.htm

6. https://ensina.rtp.pt/explicador/poesia-lirica-de-luis-de-camoes/

Obrigada pela atenção!

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