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Engenheiro Herculano Fernandes
novembro 2024
Diana da Silva FerreiraOrientadores: Professora Doutora Ângela Maria Esteves da Silva

Aplicação da metodologia smed no segmento de corte numa empresa de produção de cablagens

Mestrado em Engenharia e Gestão de Operações - Logística e Distribuição
Introdução
SMED: Etapas Concetuais
Leoni Portugal
Objetivos
Análise da situação inicial
Propostas de melhoria
Conclusão
Referências

Índice

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"As organizações precisam de se adaptar constantemente ao ambiente em mudança. A habilidade de mudar e ajustar-se rapidamente é uma das características mais importantes para a sobrevivência e sucesso de uma empresa no mercado atual."

- Peter Drucker (2001)

Introdução

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Atividades Internas - realizadas com a máquina parada;Atividades externas - realizadas com a máquina a funcionar;

Shigeo Shingo (2019)

Smed: Etapas concetuais

Melhorar todos os aspetos do setup

Transformar atividades de setup interno em externo

Separar atividades de setup interno e externo

Setup interno e externo não se distinguem

Etapa 3

Etapa 2

Etapa 1

Etapa Preliminar

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Segmento 1:

  • Segmento onde foi realizado o projeto;
  • Composto pelo corte e pré-confeção;
  • Localiza-se no Pavilhão 1 e 2;

Pavilhão 1 (Principal)Barco, Guimarães

Pavilhão 3 (Secundário)Fermentões, Guimarães

Pavilhão 2 (Armazém e Corte)Barco, Guimarães

  • Dedica-se à fabricação de cablagens para veículos comerciais;
  • Encontra-se organizada em segmentos;

Leoni portugal

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Avaliar os resultados após a implementação das melhorias apresentadas

Implementar soluções para reduzir o tempo e o número de atividades do setup.

Reforçar o procedimento padrão de setup com os operadores.

Identificar e analisar as principais causas das paragens registadas no OEE

Principal Foco

Reduzir o tempo de setup nas máquinas de corte da empresa através da implementação da metodologia SMED

Objetivos

Analisar o processo produtivo e o setup nas máquinas de corte

Análise da situação inicial

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QUALIDADE

OBJETIVO OEE

OEE

Mede a eficiência de um equipamento, considerando três fatores: disponibilidade (tempo em que o equipamento está realmente em operação), performance (velocidade de produção em relação à capacidade ideal) e qualidade (percentagem de produtos bons em relação ao total produzido)(Nakajima, 1988).

32.12%Valor reduzido dada a elevada variedade de produtos e reduzido volume de encomendas

100%De momento não estão a ser efetuados os registos necessários para o seu cálculo

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Setup

(dados de 2023)

Análise das paragens do oee

Tempo de setup total por máquina
Número de setups por máquina
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(dados de 2023)

Realidade: apesar de não efetuar o maior número de setups, a máquina 718 é a que compreende um maiornúmero de horas despendidas para tal.

Expectável: máquinas que efetuam mais setups têm um maior tempo de setup registado

Propostas de melhoria

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  • Dimensão da amostra calculado com recurso à equação:

Nível de confiança de 90%;Precisão de +/- 5%

(Setup interno e externo não se distiguem)

  • Análise da situação inicial da empresa com recurso a gravações de vídeo, registo de distâncias percorridas e diálogo com os operadores

etapa Preliminar

(Separar atividades de setup interno e externo)

Todas as operações realizadas durante o setup foram classificadas como Internas.

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etapa 1

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Sistema quick-change

O que é?

Equipamento auxiliar standard definido pela LEONI AG, concebido para as máquinas Komax 355

Para que serve?

Preparar o trabalho seguinte enquanto a máquina está em funcionamento

Como?

Colocar a ferramenta e o terminal do trabalho seguinte no suporte duplo

Depois

Antes

(Transformar atividades de setup interno em externo)

Etapa 2

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(Transformar atividades de setup interno em externo)

Etapa 2

Problema: Falta de espaço entre máquinas

  • Espaço desigual entre as máquinas de corte;
  • Mobilidade dos operadores dificultada, principalmente na zona da capota da máquina onde são efetuados os setups
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Reajustamento das restantes máquinasDe modo a aumentar o espaço entre elas e permitir, por fim, a utilização do sistema quick-change

Eliminação de 2 máquinas de corteMáquinas 370 e 138 do modelo 411

18

18

18

17

18

18

18

14

Ago

Out

Dez

Jun

Jul

Set

Nov

Maio

De acordo com o departamento de planeamento de produção da Leoni

Número de máquinas de corte necessárias (2024)

(Transformar atividades de setup interno em externo)

Etapa 2

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(Transformar atividades de setup interno em externo)

Etapa 2

  • Dimensão da amostra calculado com recurso à equação:

Nível de confiança de 90%;Precisão de +/- 5%

  • Nova série de observações de setup
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+23.6

-5.1

+172

-255

+6

-2

Resultado

Ativ. Externas

Internas

Ativ. Externas

Distância percorrida (metros)

Ativ. Internas

Tempo total (segundos)

Ativ. internas

Externas

Número de atividades

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Cenário possível para 1 ano de trabalho (230 dias úteis)

Benefícios adicionais com a utilização do quick-change

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Dinamómetro: mede a força de extração de cravação
Micrómetros: medem a altura, largura e isolação de cravação

(Otimizar todos os aspetos do setup

Etapa 3

  • Aprendizagem da máquina: corte de amostras, controlo visual e calibração de ferramentas para os parâmetros indicados de isolação, altura e largura de cravação e força de extração.
  • Falta de ajudas visuais/informação para a calibração das ferramentas. Processo efetuado apenas com recurso à experiência dos operadores.

Reduzir tempo de Aprendizagem da máquina

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(pendente)

(em curso)

(pendente)

(Otimizar todos os aspetos do setup)

Etapa 3

Aprendizagem prolongada da máquina

1ª Fase

Recolha do valor de calibração exato das ferramentas por máquina e por prensa.

2ª Fase

- Análise dos valores de calibração recolhidos na 1ª fase; - Validação dos mesmos no caso de coincidirem; - Se a variação for significativa fazer nova recolha de dados;

3ª Fase

Atualizar o valor de calibração no LPCS

Janela do LPCS

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* Em média, por dia, foram cortadas 4 284 amostras (dados 2023)

Custo por dia: 365.78€Custo anual: 84 129.4€

Por setup, em média, são utlizados:

  • 4 amostras de fio

Resultado

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Ganho do nº de materiais transportados

Evita tempos de espera por falta de material ou, pelo contrário, a acumulação de equipamentos nos postos de trabalho, problemas que se verificavam até então;

Carrinho do abastecedor de ferramentas

(Otimizar todos os aspetos do setup)

Etapa 3

Permite ao abastecedor transportar uma maior quantidade de bobines de terminais, ferramentas e/ou kits de vedantes de uma só vez;

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(Otimizar todos os aspetos do setup)

Etapa 3

Organização inadequada dos postos de trabalho

  • Falta de localização definida para os equipamentos necessários para o bom funcionamento das máquinas de corte.
  • Bobines de terminais depositadas no chão.
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(Otimizar todos os aspetos do setup)

Etapa 3

Mesas de apoio e suporte de terminais

Benefícios associados:
Evitar perdas ou danos de material;
Reduzir o nº de deslocações dos operadores, por falta de local para colocar o material retirado/necessário
Melhorar a organização e condições do posto de trabalho;
Evitar perdas de tempo à procura do equipamento necessário
Evolução das caixas de kits de vedantes ao longo do tempo
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Permite:
  • Reduzir custos com a reposição de peças;
  • Melhorar a organização do posto de trabalho;

Caixa de esferovite

Caixa de PETG impressas em 3D

Caixa de madeira

Caixa de esferovite

(Otimizar todos os aspetos do setup)

Etapa 3

Substituição das caixas dos kits de vedantes
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Conclusão

Avaliar os resultados após a implementação das melhorias apresentadas

Implementar soluções para reduzir o tempo e o número de atividades do setup.

Reforçar o procedimento padrão de setup com os operadores.

Identificar e analisar as principais causas das paragens registadas no OEE

Analisar o processo produtivo e o setup nas máquinas de corte

Redução do tempo de setup em 255 segundos, com potencial para uma maior redução;Potencial de ganho de 158 284.4€ por ano;Melhoria das condições de trabalho;

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Drucker, P. F. (2001). The Essential Drucker: The Best Sixty Years of Peter Drucker's Essential Writings on Management. HarperBusiness.Nakajima, S. (1988). Introduction to TPM: total productive maintenance. (Translation). Productivity Press, Inc., 1988,, 129.Shingo, S. (2019). A revolution in manufacturing: the SMED system. Routledge.

Referências

Dissertação de mestrado em Engenharia e Gestão de Operações - ramo de Logística e DistribuiçãoEscola de Engenharia da Universidade do Minho - Dep. de Produção e Sistemas5 de novembro 2024
Diana da Silva Ferreira

Grata pela atenção!

Aplicação da metodologia SMED no segmento de corte numa empresa de produção de cablagens