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Roncadores
margarida nunes
Created on October 4, 2024
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Transcript
Trabalho realizado por: Afonso Malato Nº2 Fábio Teixeira Nº7 Maria Margarida Nunes Nº19 Prof(a).: Sandra Cabral Português
"Sermão de Santo António aos Peixes"
Roncadores
- Introdução;
- Localização e análise do excerto na estrutura da obra;
- Análise do excerto da obra;
- Correspondência entre o plano figurado e o plano real;
- Roncador;
- Exemplos bíblicos;
- Espadarte;
- Contraste com Santo António;
- Crítica Social e Alegoria;
- Objetivos da eloquência;
- Lição de vida;
- Conclusão.
Índice
Introdução
"Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós."
- Exposição e Confirmação (Desenvolvimento);
- Repreensões aos Peixes- Capítulo V;
- Critíca individual aos peixes.
Localização do excerto na estrutura da obra
- Crítica Individualizada aos Peixes
- Apóstrofe
- Alegoria
- Antítese
- Interrogação retórica
- Peixes pequenos e vulneráveis, mas que roncam muito (soberba e arrogância)
Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós. E começando aqui pela nossa costa, no mesmo dia em que cheguei a ela, ouvindo os roncadores e vendo o seu tamanho, tanto me moveram o riso como a ira. É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?! Se com uma linha de coser e um alfinete torcido, vos pode pescar um aleijado, porque haveis de roncar tanto? Mas por isso mesmo roncais.
Análise do Excerto
- Comparação com Espadarte
- Antítese
- Argumento de Autoridade- Movere
- Exemplo Bíblico
Dizei-me: o espadarte porque não ronca? Porque, ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua. Isto não é regra geral; mas é regra geral que Deus não quer roncadores, e que tem particular cuidado de abater e humilhar aos que muito roncam. S. Pedro, a quem muito bem conheceram vossos antepassados, tinha tão boa espada, que ele só avançou contra um exército inteiro de soldados romanos;[...] Contudo, que lhe sucedeu naquela mesma noite? Tinha roncado e barbateado Pedro que, se todos fraqueassem, só ele havia de ser constante até morrer, se fosse necessário; e foi tanto pelo contrário, que só ele fraqueou mais que todos, e bastou a voz de uma mulherzinha para o fazer tremer e negar.
Análise do Excerto
- Continuação do exemplo Bíblico;
- Mensagem associada;
- Conselho de Padre António Vieira;
- Interrogação Retórica;
- Crítica aos roncadores.
Antes disso já tinha fraqueado na mesma hora em que prometeu tanto de si. Disse-lhe Cristo no horto que vigiasse, e vindo de aí a pouco a ver se o fazia, achou-o dormindo com tal descuido, que não só o acordou do sono, senão também do que tinha blasonado: Sic non potuisti una hora vigilare mecum? (Marcos XIV - 37). Vós, Pedro, sois o valente que havíeis de morrer por mim, e não pudestes uma hora vigiar comigo? Pouco há tanto roncar, e agora tanto dormir? Mas assim sucedeu. O muito roncar antes da ocasião, é sinal de dormir nela. Pois que vos parece, irmãos roncadores? Se isto sucedeu ao maior pescador, que pode acontecer ao menor peixe? Medi-vos, e logo vereis quão pouco fundamento tendes de blasonar, nem roncar.
Análise do Excerto
"Se isto sucedeu ao maior pescador, que pode acontecer ao menor peixe?"
"Tinha roncado e barbateado Pedro que, se todos fraqueassem, só ele havia de ser constante até morrer, se fosse necessário; e foi tanto pelo contrário, que só ele fraqueou mais que todos, e bastou a voz de uma mulherzinha para o fazer tremer e negar."
- Um dos 12 discipulos de Jesus;
- Tornou-se lider dos apóstolos;
- Detendor da chave do Céu;
- Primeiro Papa da Igreja Católica;
- Renegou a Jesus 3 vezes;
- Foi cruxificado
Deslealdade
S. Pedro
- Comparação entre a Baleia e Golias
- Exemplo Bíblico (Golias)
- Argumento de Autoridade- Movere
- Exemplo de Santo António
- Apóstrofe
Se as baleias roncaram, tinha mais desculpa a sua arrogância na sua grandeza. Mas ainda nas mesmas baleias não seria essa arrogância segura. O que é a baleia entre os peixes, era o gigante Golias entre os homens. Se o rio Jordão e o mar de Tiberíades têm comunicação com o Oceano, como devem ter, pois dele manam todos, bem deveis de saber que este gigante era a ronca dos filisteus. Quarenta dias contínuos esteve armado no campo, desafiando a todos os arraiais de Israel, sem haver quem se lhe atrevesse; e no cabo, que fim teve toda aquela arrogância? Bastou um pastorzinho com um cajado e uma funda, para dar com ele em terra. Os arrogantes e soberbos tomam-se com Deus, e quem se toma com Deus, sempre fica debaixo. Assim que, amigos roncadores, o verdadeiro conselho é calar e imitar a Santo António.
Análise do Excerto
"...que fim teve toda aquela arrogância? Bastou um pastorzinho com um cajado e uma funda, para dar com ele em terra."
"O que é a baleia entre os peixes, era o gigante Golias entre os homens."
- Comparação Baleia/Golias
- Gigante Guerreiro Filisteu- “ronca dos Filisteus”
- 40 dias em Israel, sem ser derrotado
- Derrotado por David
- Arrogância e soberba que levam à derrota
Arrogância/Soberba
Golias
- Motivos para a arrogância/soberba dos homens
- Exemplo Bíblico (Caifás)
- Exemplo Bíblico (Pilatos)
- Santo António tinha saber e poder, mas não se vangloriava disso
Duas cousas há nos homens, que os costumam fazer roncadores, porque ambas incham: o saber e o poder. Caifás roncava de saber: Vos nescitis quidquam (João, XI - 49). Pilatos roncava de poder: Nescis quia potestatem habeo? (João, XIX - 10). E ambos contra Cristo. Mas o fiel servo de Cristo, António, tendo tanto saber, como já vos disse, e tanto poder, como vós mesmo experimentastes, ninguém houve jamais que o ouvisse falar em saber ou poder, quanto mais blasonar disso. E porque tanto calou, por isso deu tamanho brado.
Análise do Excerto
- Sumo sacerdote judaico contemporâneo de Jesus;
- Participou no julgamento de Jesus Cristo;
- Acusou Jesus de blasfémia;
- Era contra Cristo
- "Convém que um só homem morra pelo povo, e não que pereça toda a nação" (João 11:50)
- Convencido
"Caifás roncava de saber: Vos nescitis quidquam (João, XI - 49)" ("Vós não sabeis nada.")
Gabava o seu saber
Caifás
- Governador romano da província da Judeia;
- Deixou ao critério do seu povo o destino de Jesus;
- Condenou Jesus à morte.
"Pilatos roncava de poder: Nescis quia potestatem habeo?” (Não sabeis que tenho poder?)
Gabava o seu poder
Pôncio Pilatos
Correspondência entre o plano figurado e o plano real
"É possível que, sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?! Se com uma linha de coser e um alfinete torcido, vos pode pescar um aleijado, porque haveis de roncar tanto? Mas por isso mesmo roncais. "
- Peixe pequeno;
- Emite um barulho muito forte em momentos de stress.
- Vulneráveis, frágeis e indefesos
- Habitat: Águas costeiras
Características
- Arrogância;
- Orgulho;
- Soberba;
- Presunção;
- Hipocrisia;
Comportamento
Roncador
"Dizei-me: o espadarte porque não ronca? Porque, ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua."
- Contraste com os roncadores;
- Contrassenso;
- Metáfora de força ("espada");
- Semelhanças a Santo António;
Espadarte- Comparação com outro peixe
"Mas o fiel servo de Cristo, António, tendo tanto saber, como já vos disse, e tanto poder, como vós mesmo experimentastes, ninguém houve jamais que o ouvisse falar em saber ou poder, quanto mais blasonar disso. E porque tanto calou, por isso deu tamanho brado."
"Assim que, amigos roncadores, o verdadeiro conselho é calar e imitar a Santo António."
- Exemplo a seguir ao longo de todo o sermão;
- Conselho de Padre António Vieira;
- Tinha poder e saber, mas não se vangloriava disso;
- Confinou-se ao papel de servo de Deus
Contraste com Santo António
"Duas cousas há nos homens, que os costumam fazer roncadores, porque ambas incham: o saber e o poder."
- Uso da alegoria para criticar os colonos portugueses do Maranhão;
- São criticados os Homens arrogantes, soberbos, presunçosos e orgulhosos;
- Falam muito, mas pouco fazem, só se sabendo vangloriar;
- Embora se gabem muito e se achem poderosos, na realidade são os mais fracos;
- Motivos para arrogância e soberba na sociedade: saber e poder;
- Crítica permanece atual.
"E começando aqui pela nossa costa, [...] tanto me moveram o riso como a ira."
Crítica Social e Alegoria
DOCERE (ensinar)
MOVERE (persuadir)
Função crítica e moralizadora Carácter persuativo do Sermão
Função estética Carácter plástico do Sermão
Função didática Carácter pedagógico do Sermão
DELECTARE (deleitar)
Objetivos da Eloquência
Santo António
Roncadores
Humildade Comedimento Modéstia
Valores Positivos
Arrogância Soberba Presunção
Valores Negativos
Mensagem/Lição de Vida
Conclusão
- https://pt.slideshare.net/HMECOUT/cap-v-repreenses-particular
- https://pt4us.wordpress.com/wp-content/uploads/2017/03/11h-roncadores-maria3.pdf
- https://ciberjornal.blog/wp-content/uploads/2015/05/resumo-do-sermao-de-santo-antonio-aos-peixes.pdf
- https://prezi.com/wvdwdiapzy7-/os-roncadores/
- https://www.studocu.com/pt/u/23386875?sid=01728934801
Webgrafia
- Citações e exemplos bíblicos;
- Alusão a obras clássicas;
- Expllicação de conceitos;
- Frases Declarativas
Objetivo: Edificar e doutrinar
Docere (Ensinar)
Ensinamentos de Cristo e da Igreja
Objetivos. Envolver e deslumbrar
Delectare
Agradar e captar o auditório
- Dinamismo do discurso;
- Harmonia expressiva;
- Malabarismos conceptuais e verbais;
- Discurso figurado: alegoria, comparação, metáfora;
- Utilização de recursos expressivos de forma a tornar o discurso atrativo (anáfora, apóstrofe, antítese, enumeração, entre outros)
- Frases imperativas;
- Interrogações retóricas;
- Apóstrofes;
- Argumentos de autoridade;
- Bem/Mal
- Interação e interpelação ao auditório
Objetivos: Influenciar e convencer
Movere
Exortação à mudança de comportamentos
Ex.: "Isto não é regra geral; mas é regra geral que Deus não quer roncadores, e que tem particular cuidado de abater e humilhar aos que muito roncam."