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Diabetes insípida nefrogénica
Luisa Lopes
Created on October 4, 2024
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Transcript
Trabalho realizado por: Luísa Lopes nº10 Sofia Cerqueira nº15
Diabetes insípida nefrogénica
Mutações Génicas
Tratamento
O tratamento da diabetes insípida nefrogénica visa reduzir os sintomas e minimizar o impacto na vida cotidiana. As abordagens incluem:
- Aumento da ingestão de líquidos: Para compensar as perdas urinárias e prevenir a desidratação, é fundamental que os pacientes mantenham a ingestão adequada de água.
- Diuréticos tiazídicos: Medicamentos como a hidroclorotiazida são usados para reduzir a quantidade de urina produzida pelos rins, paradoxalmente, ao diminuir a carga de sal nos túbulos renais.
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Como a indometacina, que pode ajudar a reduzir a produção de urina.
- Dieta: Uma dieta com baixo teor de sal e proteínas pode diminuir a sobrecarga renal e ajudar a reduzir a produção de urina.
Adquirida
Hereditariedade
A DIN também pode ser adquirida ao longo da vida, geralmente devido ao uso prolongado de certos medicamentos, como o lítio, utilizado para tratar transtornos psiquiátricos. Outras causas incluem nefropatias crónicas, hipercalcemia (níveis elevados de cálcio no sangue) e hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue).
Na maioria dos casos, a DIN é de origem genética, sendo transmitida por mutações ligadas ao cromossoma X. Isso significa que geralmente afeta os homens, enquanto as mulheres podem ser portadoras. Outro tipo menos comum é a forma autossómica recessiva, que pode afetar ambos os sexos.
A diabetes insípida nefrogénica (DIN) é uma doença rara caracterizada pela incapacidade dos rins de concentrar a urina adequadamente, resultando numa excreção excessiva de água e, consequentemente, em desidratação. Ao contrário da diabetes mellitus, a DIN não está relacionada com níveis elevados de glicose no sangue, mas sim com a função renal comprometida de resposta ao hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como vasopressina. A DIN pode ser hereditária ou adquirida ao longo da vida.
Descrição da Doença
Sintomas/Sinais
Baixa pressão arterial: Decorrente da desidratação. Hipernatremia: Níveis elevados de sódio no sangue devido à perda de água.
Desidratação: Pode ocorrer se a ingestão de líquidos não for suficiente para compensar a perda urinária. Fraqueza e fadiga: Causadas pela perda contínua de líquidos e eletrólitos.
Poliúria: Excesso de urina, que pode chegar a 3 a 20 litros por dia. Polidipsia: Sede excessiva devido à perda de líquidos.
- Frequência urinária aumentada: Afeta a rotina diária, escolar ou de trabalho.
- Sede constante: Causa desconforto e necessidade de acesso constante a líquidos.
- Desidratação: Se não houver reposição adequada de líquidos, a desidratação pode causar fraqueza, tonturas e até complicações graves.
- Atraso no crescimento e desenvolvimento: Em crianças, a perda crónica de líquidos pode resultar em desnutrição e crescimento retardado, o que exige supervisão médica constante.
Impacto no Cotidiano
O impacto da diabetes insípida nefrogénica no dia a dia pode ser significativo. Os pacientes, especialmente crianças, precisam de beber grandes quantidades de água para compensar as perdas urinárias e evitar a desidratação. Isso pode resultar em várias interrupções durante as atividades diárias, incluindo:
Prevalência
A forma adquirida da doença é ainda mais difícil de estimar, pois depende de fatores externos, como o uso prolongado de certos medicamentos (nomeadamente o lítio) ou doenças renais crónicas.
A prevalência da diabetes insípida nefrogénica (DIN) é extremamente baixa, tornando-a uma condição rara. Estima-se que a forma hereditária da doença ocorra em aproximadamente 1 a cada 250.000 pessoas.
Outra mutação associada, embora mais rara, ocorre no gene AQP2, que codifica as aquaporinas, proteínas responsáveis pelo transporte de água nos túbulos coletores dos rins. A mutação no gene AQP2 resulta na falha da expressão ou função das aquaporinas, levando à mesma incapacidade de concentração urinária.
Identificação da Mutação
Na forma hereditária, a principal mutação que causa a diabetes insípida nefrogénica ocorre no gene AVPR2, localizado no cromossoma X. Este gene codifica o receptor da vasopressina tipo 2 (V2R), que é essencial para a ação do ADH nos rins. Quando há uma mutação no gene AVPR2, o recetor é incapaz de responder ao hormônio, resultando na incapacidade de reabsorver água nos túbulos renais. Cerca de 90% dos casos hereditários de DIN são causados por essa mutação.
Técnicas de Diagnóstico
O diagnóstico da diabetes insípida nefrogénica envolve uma série de exames e testes clínicos:
- Teste de restrição hídrica: O paciente é submetido a uma restrição controlada de líquidos enquanto sua urina é monitorada. Se os rins forem incapazes de concentrar a urina, mesmo com a desidratação, isso sugere DIN.
- Teste de administração de desmopressina: A desmopressina é um análogo sintético do ADH. Após a administração, o paciente com DIN não mostra resposta adequada (concentração da urina), confirmando a resistência ao ADH nos rins.
- Exames genéticos: Testes podem ser realizados para identificar mutações nos genes AVPR2 e AQP2, confirmando o diagnóstico da forma hereditária da doença.
- Análises de sangue e urina: Avaliam os níveis de sódio no sangue (geralmente elevados) e a osmolaridade da urina (geralmente baixa, indicando urina diluída).