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3. Sistemas de Custeio

LICENCIATURA GESTÃO DE NEGÓCIOS – CONTABILIDADE DE GESTÃO – 2024/2025

01 - Lógica da absorção e lógica da contribuição 02 - Sistema de custeio direto 03 - Sistema de custeio total 04 - Sistema de custeio variável 05 - Sistema de custeio racional

Índice

08

01

Lógica da absorção e lógica da contribuição

Sistema de Custeio Direto Sistema de Custeio Variável

Sistema de Custeio Total

Evidencia-se no custo dos produtos/serviços os gastos que contribuem para a diminuição do benefício económico daquele produto ou serviço.

Lógica da contribuição

De acordo com nº. de unidades de obra prestadas por cada secção principal para o fabrico de cada um dos produtos

Lógica da absorção

Alocação dos custos das secções principais aos produtos:

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02

Sistema de Custeio Direto (SCD)

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Sistema de Custeio Direto

Para efeito de orçamentação de encomendas, geralmente, acrescenta-se aos custos diretos previsionais, uma percentagem dos custos indiretos previsionais. Esta informação serve de apoio para a decisão do preço de venda.

Neste sistema de custeio não são considerados os gastos comuns ou indiretos, apenas são considerados os gastos diretos (aplicados na produção: Matérias, MOD, restantes gastos industriais variáveis e fixos diretos). Neste sistema os gastos comuns ou indiretos são considerados custos do período.

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06

Limitações

Vantagens

  • Falta de conhecimento do custo total real;
  • A execução da encomenda, produto ou serviço pode não coincidir com o exercício económico;
  • Dificuldade na identificação de gastos diretos e indiretos;
  • Elevados custos administrativos com a manutenção do sistema;
  • Proporcionar informação acerca do valor da encomenda ou produto, ainda que este esteja em curso ou em vias de fabrico;
  • Eliminar a subjetividade inerente à imputação dos gastos comuns;
  • Permitir uma política de preços de venda mais ajustada às estratégias da organização;

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07

AHHHH então já sei .....

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03

Sistema de Custeio Total (SCT)

Os custos industriais fixos são atribuídos aos produtos pressupondo uma taxa fixa de absorção, que é calculada em função da produção estimada (orçamentada) o que poderá resultar numa sobrevalorização (produção real > produção estimada) do produto ou subavaliação (produção real < produção estimada) do produto.

Sistema de Custeio Total

Neste sistema de custeio as quantidades produzidas absorvem todos os custos industriais, quer sejam fixos, ou variáveis. O objetivo ao utilizar este sistema de custeio é que cada produto recupere o seu custo total e contribua com algum valor para o retorno do investimento. Este sistema tem foco no produto, uma vez que é influenciado pelo volume de produção.

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Vantagens

  • Considera a importância dos custos fixos;
  • Evita perdas fictícias, perante atividades sazonais, existem períodos que se produz para inventários que são vendidos posteriormente;
  • Consistência com a informação externa beneficia os gestores de topo, na medida em que os indicadores de desempenho são mais congruentes com os que são divulgados no mercado;

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Limitações

  • Arbitrariedade da repartição dos custos indiretos;
  • O custo industrial de produção unitária varia em função do nível de atividade pelo que não deve ser considerado para efeitos de determinação do preço de venda;
  • Não evidencia a existência de produtos/serviços com margem de contribuição reduzida;
  • Não oferece informação adequada acerca de aceitar ou não uma encomenda ocasional a um preço mais baixo que o normalmente praticado;
  • Não identifica a utilização de recursos por centros de responsabilidade, impossibilitando avaliação de desempenho da gestão intermédia e de linha;
  • Não reflete a eficiência na gestão dos recursos;
  • Os resultados não dependem exclusivamente das vendas, mas também da produção;

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011

Ahhh ...OK então também já sei que ...

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011

Exemplo

A empresa ESHT Star, Lda. fabrica e venda candeeiros metálicos de interiores. Iniciou a sua atividade em 01/01/n. Registaram-se os seguintes gastos ao longo do ano n.

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Exemplo

Sabe-se ainda que: - Os gastos industriais variáveis têm uma relação direta com as unidades produzidas; - Os gastos comerciais variáveis variam em função das unidades vendidas; - Os inventários de MP em 31/12/n eram de 2.000 Kg.; - Não existem pvf; - Produção = 100.000 unidades; - Cada candeeiro consome 2 kg de MP; - As vendas em n ascenderam a 873.600,00 €; - O custo unit. da MP e o preço de vendas dos PA não oscilaram ao longo do ano; - A saída de inventários são mensurados pela fórmula de custeio do custo médio ponderado; - O valor da EF (PA) = 41.940 € - Utiliza-se o sistema de custeio total para cálculo dos inventários

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013

Exemplo

Pretende-se que determine: 1) O valor dos inventários finais de MP. 2) A quantidade de inventários finais de PA. 3) O preço de venda unitário. 4) O resultado operacional.

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Exemplo

1) O valor dos inventários finais de MP. Quantidade consumida de MP = 100.000 unid. (EF PA) x 2 kg. (consumo unit. MP) = 200.000 Kg Custo Unit. MP = 280.000 €/ 200.000 = 1,40 € EF (MP) = 2.000 Kg. x 1,40 € = 2.800,00 €

Sistema de Custeio Total

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015

Exemplo

2) A quantidade de inventários finais de PA CIPA = EI (pvf) – EF (pvf) + MP + MOD + GGF = 0 – 0 + 280.00,00 € + 60.000,00 € + 10.000,00 € + 52.000,00 € + 64.000,00 € CIPA = 466.000,00 € CIPA unit. = 466.000,00 € / 100.000 = 4,66 € 41.940,00 € / 4,66 € = 9.000 unidades

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4) Resultado Operacional RO = Vendas – Gastos operacionais = 873.600,00 € - 891.700,00 € = - 18.100,00 €

Exemplo

3) Preço de venda Quantidade vendida = EI (PA) + Quantidade produzida (PA) – EF (PA) = 0 + 100.000 – 9000 = 91.000 unidades Preço venda = 873.600,00 € / 91.0000 = 9,60 €

Sistema de Custeio Total

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04

Sistema de Custeio Variável (SCV)

Neste sistema de custeio o valor dos custos dos produtos/serviços não variam com as alterações das quantidades produzidas, permitindo maior eficácia em decisões de planeamento e gestão. Permite informação sobre que produtos ou linha de produtos contribuem com maiores resultados para a organização. Constitui uma base para a determinação do preço de venda.

Sistema de Custeio Variável (SCV)

Neste sistema de custeio só se consideram os custos industriais variáveis (diretos ou indiretos) para o cálculo do custo dos produtos fabricados e/ou prestados. Os custos industriais fixos são considerados custos industriais não incorporados e portanto reconhecidos como custos do período. É utilizado essencialmente em organizações com elevada automatização ou tecnologia.

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Agora, também, já sei que ....

Sistema de Custeio Variável (SCV)

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A empresa Estojos Lda. dedica-se à produção de estojos para grandes empresas. Os estojos são produzidos com três materiais: couro, fecho e aplicação de logotipo. O processo produtivo inicia-se na secção de Corte, onde são realizadas as tarefas de corte de acordo com o molde, o produto segue para a secção de Acabamento, onde é aplicado o fecho e o logotipo. Existem ainda as secções auxiliares de Manutenção e de Controlo de Qualidade. As secções não industriais da empresa são a secção Administrativa, secção Financeira e secção Comercial, com os custos de 10.000,00 €, 15.000,00 € e 6.000,00 €, respetivamente. Relativamente ao mês de setembro de n, foi extraída a seguinte informação:

Sistema de Custeio Variável Exemplo

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Exemplo

Sabe-se ainda que: Os custos diretos das secções industriais e respetiva repartição secundária são: A secção de Controlo da Qualidade reparte os seus custos em função dos custos diretos variáveis das secções industriais.

Sistema de Custeio Variável

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Exemplo

Sabe-se ainda que: Os custos das secções principais tiveram a seguinte repartição pelas encomendas em carteira:

Sistema de Custeio Variável

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025

Exemplo

1) Sabendo que a empresa utiliza o Sistema de Custeio Variável, determine o custo total de cada secção e o custo da unidade de obra.

Sistema de Custeio Variável

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026

Exemplo

1) Sabendo que a empresa utiliza o Sistema de Custeio Variável, determine o custo total de cada secção e o custo da unidade de obra. Resposta: Utilizando o SCV os custos totais das secções de Corte, Acabamento, Manutenção e Controlo de Qualidade são: 78.000 €, 52.000 €, 12.000 € e 22.000 €, respetivamente. O custo unitário da secção de Corte é de 26 €/HM, da secção de Acabamento é de 32,5 €/HH, na secção de Manutenção é de 20 €/HH e o custo unitário da secção de Controlo de qualidade é 0,20 € por cada euro CVI.

Sistema de Custeio Variável

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026

Sabe-se ainda que, relativamente aos inventários:

Exemplo

O couro foi utilizado na mesma proporção (m²) pela encomenda 5 e 6, tendo primeiro sido incorporado o couro na encomenda 5 e depois na encomenda 6. Em cada estojo é colocada uma etiqueta de logotipo. Os fechos foram consumidos em 40% (m²) pela encomenda 4 e 60% (m²) pela encomenda 5. Cada estojo consome uma etiqueta de logotipo. A encomenda nº. 4 estava em curso porque lhe faltava aplicar a etiqueta A produção acabada foi: Encomenda 4 (10.000 unidades) e Encomenda 5 (15.000 unidades). A empresa utiliza a fórmula de custeio FIFO (as primeiras a entrar são as primeiras a sair) para valorizar os inventários.

Sistema de Custeio Variável

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2) Determine o custo total de cada uma das encomendas e unitário das encomendas 4 e 5

Mapa de Custos de Produção

Exemplo

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028

3) Elabore a Demonstração de Resultados por funções, para o mês de setembro de n, evidenciando a margem bruta por encomenda, sabendo que a encomenda 4 foi vendida ao preço de venda de 15 €/unit. e a encomenda 5 foi praticado o preço de venda de 20 €/unit.

Exemplo

Sistema de Custeio Variável

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029

Sistema de Custeio Variável (SCV) vs Sistema de Custeio Total (SCT)

4) Sabendo que em SCT a valorização dos inventários da encomenda nº. 4 foi de 65.000 €, sem elaborar a DR em SCT, determine o RAI da empresa Estojos, Lda. no SCT. Resposta: O RAI, em sistema de custeio total é de 102.375 (115.375 – 13.000)

Exemplo

Sistema de Custeio Variável vs Sistema de Custeio Total

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031

Confirmação: Demonstração de Resultados por função (SCT)

Exemplo

Sistema de Custeio Variável vs Sistema de Custeio Total

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032

Os gastos que no SCT não se consideram no período, quando a quantidade produzida é superior à quantidade vendida, são incluídos no valor dos inventários, que são valorizados pelos custos totais. No SCV o valor dos gastos fixos contribui todo para o resultado do período, uma vez que os inventários não assumem esse valor porque são valorizados, apenas com o custo variável. Logo, a diferença que existe no resultado tendo em consideração o sistema de custeio adotado, é igual à diferença das variações nos inventários em cada período.

Exemplo

SCV vs SCT – Justificação da diferença

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033

05

Sistema de Custeio Racional (SCR)

Quota racional dos custos fixos industriais = Custos fixos industriais x (PR/PN)

Sistema de Custeio Racional (SCR)

Neste sistema de custeio o custo do produto é determinado considerando o valor dos gastos variáveis industriais acrescidos do valor dos custos fixos industriais proporcionais à capacidade produtiva utilizada. Este sistema de custeio é mais relevante quando a atividade ou produção real (PR) difere significativamente da atividade ou produção normal (PN). O principal objetivo do SCR é neutralizar o efeito das variações de atividade sobre os custos de produção. A parte dos custos fixos industriais não incorporados (CINI) são considerados custos do período.

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035

Vantagens (Ferreira et al., 2019; e Horngren et al., 2015)

Sistema de Custeio Racional (SCR)

  • Neutraliza os efeitos da variação da atividade no custo total do produto;
  • Permite definir um custo de produção mais completo e portanto é um bom instrumento de orientação da política de vendas;
  • Evidencia os custos da subatividade através do valor do custo industrial não incorporado;
  • Realça o efeito da sobreprodução no custo unitário industrial fixo;
  • Permite a comparabilidade do custo de produção real com o custo padrão;
  • Evita a sobrevalorização dos inventários em períodos de subactividade (face ao SCT) e modera a subvalorização dos inventários (face ao SCV);

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036

Limitações

  • Dificuldade prática de identificar a atividade ou produção normal;
  • Arbitrariedade nos critérios de repartição dos gastos comuns;

Sistema de Custeio Racional (SCR)

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037

Sistema de Custeio Total (SCT) vs Sistema de Custeio Racional (SCR) vs Sistema de Custeio Variável (SCV)

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038

Exemplo: Cruz, 2023

A sociedade PNEUMAX, LDA. dedica-se à recauchutagem de pneus usados. A empresa adquire pneus usados e processa a recauchutagem da seguinte forma: O pneu entra numa fase de teste. Posteriormente, segue para a secção de Raspagem, onde é eliminada a banda de rodagem e de seguida é passada uma cola e é colocada uma nova banda de rodagem na secção de Moldagem. Por último, o pneu entra na secção de Vulcanização onde lhe é conferida a textura pretendida. Existe ainda as secções auxiliares industriais de Manutenção e de Controlo de Qualidade, sendo que esta última reparte os seus gastos pelas restantes secções industriais em função dos gastos diretos variáveis de cada uma. As secções não industriais são a secção Administrativa, secção Financeira e a secção Comercial. A moldagem e a vulcanização prestam serviços entre elas, conforme mapa de distribuição seguinte.

Sistema de Custeio Racional

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039

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Da contabilidade relativa ao mês de abril de N, retirou-se a seguinte informação: Os custos diretos das secções e respetivas repartições secundárias foram as seguintes:

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040

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Gastos e rendimentos das secções não industriais: Movimentos de inventários de MP:

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041

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Consumo de Matérias, Produção acabada e Vendas: A empresa utiliza o SCR, pressupondo uma produção normal total de 15.000 pneus em cada mês, e valoriza as saídas de inventários de matérias e produtos segundo as fórmulas de custeio do FIFO e do custo médio ponderado, respetivamente.

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042

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Pedidos:

  1. Determine o custo total de cada secção e o respetivo custo da unidade de obra;
  2. Determine os custos industriais de produção totais e unitários de cada uma das linhas de produção.
  3. Elabore a demonstração de resultados para abril de N, evidenciando a margem bruta por cada linha de produtos.

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043

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Resolução:

  1. Determine o custo total de cada secção e o respetivo custo da unidade de obra;
Custo fixo industrial incorporados = Custo industrial fixo x (PR/ PN) PR = ? Produção do Pneu A = Vendas –EI + EF = 4.000 Produção do Pneu B = 8.000, então total de pneus produzidos no mês = 12.000 PR/PN = 12.000/15.000 = 0,8

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044

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

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045

Resolução: Relações recíprocas entre as secções de Manutenção e Controlo da qualidade; Custo Manutenção = 10.700 + 0,108 X Custo Controlo Qualidade Custo de Controlo Qualidade = 5.000 + (50/300) X Custo Manutenção

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Relações recíprocas entre as secções de Moldagem e Vulcanização; Custo Moldagem = 20.544,47 + (300/1.900) X Custo Vulcanização Custo Vulcanização = 33.266,80 + (400/1.600) X Custo Moldagem

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046

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Pedidos: 2) Determine os custos industriais de produção (CIPA) totais e unitários de cada uma das linhas de produção.

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047

Exemplo: Cruz, 2023

Sistema de Custeio Racional

Pedidos: 3) Elabore a demonstração de resultados para o mês de abril de N, evidenciando a margem bruta por cada linha de produtos.

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049

OBRIGADA

Consumo de fechos = Ei + Compras - EF = 2.500 + 18.000 - 3.500 = 17.000 unidades40% x 17.000 = 6.800 unidades

Uma vez que a empresa utiliza o FIFO, então primeiro vai consumir a EI, então bem: (2.500 x 3) +((6800-2500) x 2,5) = 18.250 €