Saúde mental e Prevenção da violência

Diana nº3 e Kelvyn nº11

SaÚde mental e Prevenção da violência

Resiliência

Valores

Escolhas, Desafios e Perdas

Violência

Violência

Os tópicos abordados serão:

• Violência dirigida aos outros
• Comportamento violento num grupo
• Cyberbullying
• Bullying
• Resolução de conflitos
• Resposta positiva em situações de violência

A violência é um fenômeno complexo e multifacetado que pode manifestar-se de diversas formas, afetando indivíduos e comunidades de maneiras profundas e duradouras. Este subtema aborda a identificação e compreensão de diferentes tipos de violência, bem como estratégias para lidar com essas situações de forma assertiva e positiva.

VIOLÊNCIA

Violência coletiva

Maus-tratos de idosos

Violência sexual

Violência por parceiro íntimo

Agressões cometidas por grupos ou comunidades que resultam em danos físicos, psicológicos ou sociais

Ações ou omissões que causam dano físico, emocional ou financeiro a uma pessoa idosa

Qualquer ato sexual ou tentativa de ato sexual forçado, indesejado ou coercitivo

Agressão física, sexual ou psicológica cometida por um parceiro ou ex-parceiro íntimo

TIPOS DE VIOLÊNCIA

Violência na juventude

Maus-tratos de crianças

Violência interpessoal

Violência autodirigida

Comportamentos agressivos entre jovens que resultam em danos físicos, emocionais ou sociais

Ações ou omissões intencionais que causam dano físico, psicológico a uma criança

Uso de força física ou poder contra outra pessoa

Causar dano a si mesmo

COMPORTAMENTO VIOLENTO NUM GRUPO

Para avaliar o risco de comportamento violento dentro de um grupo, é necessário analisar as dinâmicas e interações entre os membros. Sinais de alerta incluem:

• Conflitos Frequentes: Discussões constantes, rivalidades e tensões não resolvidas.
• Comportamentos Agressivos: Ameaças, intimidações ou qualquer forma de coerção.
• Ausência de Liderança Positiva: Grupos sem uma liderança clara e positiva tendem a ter mais conflitos e comportamentos violentos.

A violência dirigida a outras pessoas pode manifestar-se de várias formas, incluindo agressão física, verbal ou psicológica. Para identificá-la, é essencial observar comportamentos agressivos consistentes, ameaças ou intimidação. Alguns sinais incluem:

• Mudança de Comportamento: A vítima pode parecer assustada, ansiosa ou deprimida.
• Marcas Físicas: Feridas inexplicáveis, hematomas ou outros sinais de agressão física.
• Isolamento Social: A vítima pode evitar certos lugares ou pessoas, mostrando medo ou relutância em se socializar.

VIOLÊNCIA DIRIGIDA AOS OUTROS

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

• Comunicação clara: Incentivar a expressão honesta dos sentimentos sem recorrer a insultos ou violência.
• Respeito mútuo: Ouvir e considerar a perspectiva do outro.
• Buscar soluções: Focar em resolver o problema, não em culpar.

BULLYING

CYBERBULLYING

Uso de tecnologias digitais para assediar, ameaçar ou humilhar alguém.

• Mensagens Ofensivas: Verifique mensagens, e-mails ou posts nas redes sociais com conteúdo ofensivo.
• Perfis Falsos: Detecte a criação de contas falsas destinadas a humilhar ou intimidar a vítima.
• Evidências Digitais: Imagens, vídeos ou montagens que ridicularizam ou denigrem a pessoa.

Forma de agressão repetida e intencional, que pode ser física, verbal ou emocional. Para identificá-lo:

• Exclusão Social: A vítima é frequentemente isolada ou excluída de atividades sociais.
• Gozos e Apelidos Pejorativos: Insultos, apelidos depreciativos e ridicularização constante.
• Medo e Ansiedade: A vítima pode demonstrar medo ou ansiedade em frequentar certos lugares, como a escola.

VIOLÊNCIA DIRIGIDA AOS OUTROS

AUTOAGRESSÃO

Para identificar este tipo de comportamento é importante estar atento a sinais como:

• Lesões Físicas: Cortes, queimaduras ou outros ferimentos repetidos e inexplicáveis.
• Comportamentos de Risco: Participação frequente em atividades perigosas ou autodestrutivas.
• Isolamento: A pessoa pode se afastar de amigos, familiares e atividades que antes apreciava.
• Mudanças no Humor: Oscilações de humor extremas, ansiedade, depressão ou irritabilidade.

RESPOSTA POSITIVA

• Manter a calma: Evitar reações impulsivas.
• Procurar ajuda: Falar com autoridades, conselheiros ou mediadores.
• Apoiar a vítima: Oferecer suporte emocional e prático.
• Negociação e Compromisso: Encontrar soluções mutuamente benéficas..
• Uso de "Eu" Mensagens: Em vez de culpar, expressar como você se sente com "Eu".
• Apoio Emocional: Oferecer empatia, escuta ativa e suporte psicológico.
• Mediação: Promover a mediação para resolver conflitos de maneira pacífica e justa.
• Educação e Sensibilização: Implementar programas educativos para prevenir e combater a violência, promovendo uma cultura de respeito e tolerância.

VIOLÊNCIA DIRIGIDA AOS OUTROS

SOFRIMENTO SUBJACENTE

O sofrimento que leva à autoagressão é profundo e complexo, frequentemente visto como uma forma de lidar com emoções intensas ou angustiantes. Alguns dos elementos subjacentes incluem:

• Sentimentos de Desamparo: As pessoas podem sentir que não têm controle sobre suas vidas ou situações, levando-as a buscar uma sensação de controle através da autoagressão.
• Baixa Autoestima: A crença de que não são dignos ou merecedores de coisas boas pode motivar comportamentos autodestrutivos.
• Alívio Temporário de Emoções Intensas: Autoagressão pode proporcionar um alívio momentâneo de emoções esmagadoras, como raiva, tristeza ou ansiedade.
• Dificuldade em Expressar Emoções: Algumas pessoas podem não saber como verbalizar ou expressar suas emoções, recorrendo à autoagressão como forma de comunicação.
• Trauma Passado: Experiências traumáticas anteriores, como abuso físico, emocional ou sexual, podem contribuir para o desenvolvimento de comportamentos autoagressivos.

VIOLÊNCIA DIRIGIDA AO PRÓPRIO

ESTRATÉGIAS PARA APOIAR E AJUDAR

• Escuta Ativa: Ofereça um espaço seguro e sem julgamentos para que a pessoa possa falar sobre suas emoções e experiências.
• Encaminhamento para Profissionais: Incentive a busca por apoio profissional, como psicólogos ou terapeutas, que possam ajudar a pessoa a desenvolver mecanismos de enfrentamento mais saudáveis.
• Educação e Sensibilização: Informar sobre os riscos e as alternativas à autoagressão pode ajudar a pessoa a compreender melhor suas ações e buscar mudanças positivas.
• Promover a Autoestima: Encoraje atividades que reforcem a autoestima e o bem-estar emocional, como hobbies, exercícios físicos e socialização.

VIOLÊNCIA DIRIGIDA AO PRÓPRIO

escolhas,desafios e perdas

FASES DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

escolhas, desafios e perdas

• Definir Objetivos e Gerir Emoções e Valores Associados: Definir objetivos é crucial para orientar nossas ações e decisões. É importante equilibrar entre objetivos a curto e longo prazo, enquanto se mantém atento às emoções e valores pessoais que influenciam essas metas.
• Compreender que o Crescimento Implica Ganhos e Perdas: O crescimento pessoal e profissional envolve ganhos, como novas habilidades e conhecimentos, mas também perdas, como a necessidade de deixar para trás velhos hábitos e confortos.
• Relacionar o Valor do Triunfo ao Valor do Esforço: Triunfo e conquista não são apenas sobre o resultado final, mas também sobre o esforço investido no processo. A valorização do esforço pode aumentar a satisfação pessoal e a resiliência.

escolhas, desafios e perdas

• Dilemas Positivos e Negativos: Capacitar-se para tomar decisões envolve tolerar dilemas como positivo/positivo (duas boas opções), positivo/negativo (bom com alguma desvantagem), e negativo/negativo (escolha do menos pior). Tolerar esses dilemas é um sinal de maturidade emocional.
• Medos, Sentimentos e Crenças Associadas A Morte: A morte é vista em muitas culturas como o fim de um ciclo natural. Abordar medos, sentimentos e crenças em relação à morte pode ajudar a desenvolver uma compreensão mais saudável e equilibrada sobre a vida e o seu fim.
• Compreender o Luto e o Processo de Adaptação Emocional: O luto é uma resposta natural à perda, seja de uma pessoa querida ou de algo significativo. Compreender este processo é essencial para a adaptação emocional e a cura.

Suicídio como Problema de Saúde Mental

O suicídio é uma questão complexa que envolve diversos fatores de risco e necessita de compreensão, empatia e apoio. É crucial abordar este tema com seriedade para prevenir tragédias e oferecer suporte adequado.

escolhas, desafios e perdas

• Tristeza é uma emoção temporária
• Depressão é um estado persistente que necessita de intervenção
• Desespero e desejo de morte são sinais graves de saúde mental que precisam de atenção imediata

Valores

A Pirâmide de Maslow é uma teoria psicológica que organiza as necessidades humanas em uma hierarquia. As necessidades primárias incluem fisiológicas e de segurança, enquanto as necessidades secundárias abrangem sociais, de estima e de autorrealização. Priorizar estas necessidades ajuda a entender o que motiva o comportamento humano.

Necessidades Primárias e Secundárias

Desenvolver os Valores de Cidadania, Solidariedade e Respeito pelas Diferenças

Valores

• A cidadania implica a participação ativa na sociedade com responsabilidade e empatia.
• É essencial promover a solidariedade e o respeito pelas diferenças para construir uma comunidade inclusiva e harmoniosa.

• Os valores mudam ao longo do tempo com a evolução da civilização. Influências históricas, tecnológicas e sociais moldam nossas crenças e práticas. Compreender essa evolução nos ajuda a apreciar a diversidade cultural e a adaptar-se a novas realidades.

Relação entre Valores eEvolução da Civilização

Adotar Comportamentos de Cidadania

Valores

Comportamentos de cidadania incluem votar, respeitar leis, participar em atividades comunitárias e promover o bem-estar comum. Encorajar essas ações fortalece a sociedade e cria um ambiente de cooperação e respeito mútuo.

Respeitar e integrar pessoas com necessidades especiais envolve reconhecer suas capacidades e oferecer suporte adequado para sua inclusão na sociedade. Acessibilidade, educação inclusiva e oportunidades de emprego são aspectos cruciais.

Respeito e Integração das Pessoas com Necessidades Especiais

Respeito pela Natureza e Preocupação Ecológica

Valores

O respeito pela natureza e a preocupação ecológica são essenciais para a sustentabilidade do planeta. Adotar práticas ecológicas e promover a conservação ambiental são responsabilidades de todos os cidadãos.

O voluntariado é uma expressão de cidadania ativa e solidariedade. Envolver-se em atividades voluntárias promove o bem-estar comunitário e fortalece os laços sociais. Valorizar o voluntariado é reconhecer a importância de contribuir para o bem comum.

Ser solidário envolve empatia e ações concretas para ajudar aqueles em necessidade. Isso pode incluir desde pequenos gestos de gentileza até a participação em organizações de ajuda humanitária.

Solidariedade com o Outro

Valorizar o Voluntariado Universal

Valores

resiliência

Adotar Comportamentos Resilientes

Resiliência

A resiliência é a capacidade de enfrentar adversidades, superá-las e sair mais forte. Ela é fundamental para o bem-estar emocional e para a realização pessoal. Para desenvolver resiliência, é importante reconhecer e valorizar nossas próprias qualidades e interesses. Isso aumenta a autoestima e fortalece a confiança. Refletir sobre experiências positivas do passado pode ajudar a encontrar estratégias para lidar com desafios futuros.

1. Considerando Várias Opções

Resolução de Problemas

• A resolução eficaz de problemas envolve a capacidade de considerar várias opções e escolher a melhor.
• Isso requer pensamento crítico, criatividade e a capacidade de avaliar riscos e benefícios.
• Enfrentar problemas de maneira sistemática, avaliando diferentes soluções, fortalece a resiliência.

Resiliência

• A resiliência não é estática; é uma habilidade que pode ser desenvolvida e fortalecida ao longo do tempo.
• Participar de atividades que promovam o autoconhecimento, como meditação, terapia e hobbies, pode ajudar a aumentar a resiliência.
• Além disso, cultivar relacionamentos saudáveis e buscar apoio social são componentes essenciais.

3. Desenvolvimento Contínuo de Resiliência

2. Aplicar a Capacidade de Adaptação

Resiliência

• Adaptar-se a diferentes situações é uma habilidade crucial para a resiliência. Isso significa ser flexível, manter uma mente aberta e estar disposto a mudar planos conforme necessário.
• Adaptabilidade envolve a capacidade de aprender com experiências e ajustar comportamentos de acordo com novas circunstâncias.

PRÁTICAS DIÁRIAS

Resiliência

• Auto-reflexão: Reservar um tempo para refletir sobre os desafios enfrentados e as estratégias utilizadas para superá-los.
• Objetivos Realistas: Estabelecer metas alcançáveis e celebrar pequenas conquistas.
• Rede de Apoio: Manter contato com amigos e familiares que ofereçam suporte emocional.
• Cuidados com a Saúde Mental: Praticar atividades que promovam a saúde mental, como exercícios físicos, leitura e hobbies criativos.

A resolução de problemas e a capacidade de adaptação são habilidades fundamentais para lidar com as adversidades da vida.

Tomar de decisões informadas, a adaptação emocional e valores de cidadania, solidariedade, respeito à diversidade e a resiliência fornecem uma base sólida para um desenvolvimento equilibrado, incentivando a compreensão emocional e a promoção de uma sociedade justa e inclusiva.

Conclusão

A importância da saúde mental, prevenção de violência, cidadania e resiliência depende da identificação e mitigação de diferentes tipos de violência e suas consequências.

Violência autodirigida

A violência autodirigida é subdividida em comportamento suicida e autoabuso. O primeiro inclui pensamentos suicidas, tentativas de suicídio — também chamado de para suicídio ou suicídio deliberado em alguns países — e suicídios concluídos. Auto-abuso, em contraste, inclui atos como automutilação.

Maus-tratos de crianças

Inclui todos os tipos de maus tratos físicos e/ou emocionais, abusos sexuais, negligência e exploração sexual ou comercial o que resulta em danos reais ou potenciais à saúde, à sobrevivência, ao desenvolvimento ou à dignidade da criança no contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder.

Práticas de suporte emocional reduzem em 35% os sintomas de depressão.

16% das pessoas no mundo apresentam comportamento autoagressivo em algum momento da vida.

Iniciativas de voluntariado aumentam a coesão social e a solidariedade em 25%.

Violência coletiva

A violência coletiva é subdividida em violência estrutural e violência econômica. Ao contrário das outras duas categorias amplas, as subcategorias da violência coletiva sugerem possíveis motivos para a violência cometida por grupos maiores de indivíduos ou por estados.

67% dos jovens consideram alguns comportamentos violentos como normais

Pessoas que praticam a tomada de decisão consciente relatam 30% mais satisfação com suas escolhas de vida.

20% dos adolescentes relatam ter sido vítimas de cyberbullying

Escolas com programas de resposta positiva registram uma redução de 50% nas ocorrências de violência.

Redução de 25% em comportamentos agressivos com a aplicação de técnicas assertivas.

Indivíduos resilientes têm uma probabilidade 60% maior de se recuperarem rapidamente de eventos traumáticos.

Maus-tratos de idosos

Este tipo de violência constitui uma violação dos direitos humanos e inclui abuso físico, sexual, psicológico, financeiro e material; abandono; negligência; e perda de dignidade e respeito.

Violência por parceiro íntimo

Violência por parceiro íntimo refere-se ao comportamento em um relacionamento íntimo que causa danos físicos, sexuais ou psicológicos, incluindo agressão física, coerção sexual, abuso psicológico e comportamentos de controle.

Violência na juventude

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, jovens são definidos como pessoas entre 10 e 29 anos. A violência juvenil refere-se à violência que ocorre entre os jovens e inclui atos que variam de bullying e combate físico, até às mais severas como agressões sexuais, agressões físicas e homicídio.

42% das mortes de jovens entre 15 e 29 anos são causadas por violência.

32% dos estudantes em todo o mundo foram vítimas de bullying pelo menos uma vez durante a vida escolar.

Cidadãos engajados têm 20% menos probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental.

Violência interpessoal

Violência interpessoal é uma classificação de violência dividida em duas categorias: a violência familiar e conjugal que em geral ocorre no próprio lar e a violência comunitária que acontece fora do lar, entre pessoas que não têm vínculos de parentesco ou entre pessoas que podem ou não se conhecer.

Violência sexual

A violência sexual é qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou investidas sexuais indesejadas contra a sexualidade de uma pessoa usando a coerção, por qualquer pessoa, independentemente do relacionamento com a vítima, em qualquer ambiente.