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Associação Portuguesa de Infeção Hospitalar

Autora: Clara Lourenço

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HOSPITAL

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01.

Mecanismos de resistência das baterias e uso de antimicrobianos

Através das adaptações:

  1. Os microrganismos produzem enzimas que destroem a substância ativa do antibiótico. Exemplo: Produção de β-lactamases pela espécie Staphylococcus, tornando-se resistentes às penicilinas;
  2. Os microrganismos alteram a sua permeabilidade ao antibiótico. Exemplo: algumas bactérias através da alteração do seu ribossoma conseguem proteger-se das tetraciclinas;
  3. Os microrganismos desenvolvem uma modificação da conformação do local de ação do antibiótico. Este é um dos mecanismos de resistência aos macrólidos, no qual uma modificação na conformação no recetor do ribossoma, impede a ligação destes antibióticos ao local de ação, impedindo assim a ação do antibiótico;
  4. Os microrganismos desenvolvem uma via metabólica diferente que ultrapassa a reação inibida pelo antibiótico. Exemplo: algumas bactérias são resistentes às sulfonamidas, utilizam ácido fólico sintetizado previamente;
  5. Os microrganismos desenvolvem uma enzima alterada que executa a sua função metabólica, sem ser tão afetada pelo antibiótico. Este é o caso das bactérias resistentes ao trimetoprim. Nestas bactérias, a enzima ácido dihidrofólico redutase não é tão inibida pelo antibiótico, como nas bactérias suscetíveis.

mecanismos de resistência das baterias

Utilização de antibióticos na agricultura e na veterinária;

Concentração de pessoas doentes colonizados com espécies resistentes aos antibióticos em unidades de cuidados prolongados;

Práticas de controlo da infeção diminutas e transferência entre hospitais de pessoas doentes colonizados com espécies resistentes aos antibióticos;

Aumento da utilização de dispositivos invasivos e de cateteres;

Múltiplas comorbilidades associadas aos doentes internados;

Necessidade de aumento da duração do internamento nas unidades de cuidados intensivos;

Não cumprir com as práticas de controlo da infeção preconizadas;

Utilização de doses subterapêuticas dos antibióticos para tratamento e profilaxia de infeções;

Aumento da circulação de pessoas e bens, através de viagens nacionais e internacionais

motivos do aumento da resistência

As regiões que atingiram o mínimo de consumos totais de antibióticos anuais encontrou-se a região autónoma da Madeira (2004 e 2013 a 2015), o Alentejo (2005 a 2007), o Norte (2008, 2010 e 2011) e a região autónoma dos Açores (2009 a 2014)

A evolução do padrão de consumo regional de antibióticos, entre 2004 e 2015 demonstra que a região de Lisboa e Vale do Tejo apresentou consumos absolutos, ajustados à população global, superiores em relação ao resto do país (mensurados através de DHD).

Evolução dO CONSUMOS DE ANTIMICROBIANOS

Evolução dO CONSUMOS DE ANTIMICROBIANOS

Observou-se que é na região do Algarve que existe um maior consumo total de antibióticos em relação ao resto do país.A região de LVT apresentou consumos superiores de penicilinas e macrólidos comparativamente com as restantes regiões do país.A região Norte apresentou um consumo maior relativo de combinações de penicilinas com β-lactamases e de cefalosporinas de terceira e quarta gerações, comparada com as restantes regiões.

Evolução dO CONSUMOS DE ANTIMICROBIANOS

A redução mais acentuada do consumo total de antibióticos em 2004, observou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, com uma redução de 28,4 para 23,4 DHD; o que representou uma variação ao longo dos anos analisados de -74,5%. Por oposição, o Alentejo apresentou a menor taxa de variação ao longo dos anos analisados (-3,4%).

IMPACTO NOS CONSUMOS DE ANTIMICROBIANOS

O consumo total de Antibióticos na Holanda é de 11,34 DHD (Dose diária definida por mil habitantes por dia). Existem 25% dos países que têm pior consumo total de antibióticos. Portugual tem pior resultado para o consumo total de antibióticos excepto no consumo de cefalosporinas que estamos abaixo da média de consumo da Europa..

IMPACTO NOS CONSUMOS DE ANTIMICROBIANOS

Em Portugal, os dados referentes a 2013 demonstram que a resistência a antimicróbianos se encontra acima da média europeia em grande parte das estirpes analisadas. A percentagem de MRSA, em Portugal, continua elevada para os padrões Europeus.

Ordem cronológica entre a descoberta de antibióticos e o desemvolvimento de resistências aos antibióticos

A alternativa são os incentivos através de financiamentos públicos ou público-privados (Exemplo: programa New Drugs for Bad Bugs ou o programa Generating Antibiotics Incentives Now Act (GAIN Act)

Existem três principais motivos apontados para o não no desenvolvimento de novos antibióticos

A realidade é que atualmente apenas algumas companhias farmacêuticas mantém a investigação na descoberta de novos antibióticos (Independentemente das razões)

Qualquer tipo de incentivo ao consumo de antibióticos poderá levar a problemas de Saúde Pública incalculáveis e conduzir à aquisição de mecanismos de resistência pelos microrganismos que levarão a ciclos infindáveis de falta de efetividade dos antibióticos

INVESTIMENTO EM novos antibióticos

Doenças de notificação obrigatórias e estratégias nacionais

02.

Doenças de notificação obrigatórias

Estratégias e metas nacionais para de vigilância da infeção

Estratégias e metas nacionais para de vigilância da infeção

03.

Prevenção de pneumonias na pessoa com intubação endotraqueal

  1. Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular
  1. Reanimação devido à parada cardiorrespiratória
  2. Hipoventilação e apnéia: A elevação na PaCO2 (com acidose respiratória)
  3. Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia
  4. Falência mecânica do aparelho respiratório:
a) Fraqueza muscular / Doenças neuromusculares / Paralisiab) Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas).5. Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular

PRINCIPAIS INDICAÇÕES da Ventilação mecânica

  1. Manter a cabeceira do leito em ângulo ≥ 30º, evitar momentos de posição supina e realizar auditoria diária ao cumprimento desta medida, registando no processo clínico (Categoria IIbA)
  2. Manter circuitos ventilatórios, substituindo-os apenas quando visivelmente sujos ou disfuncionantes (Categoria IA)
  3. Manter pressão do balão do tubo endotraqueal entre 20 e 30 cm H2O (Categoria IIC)
  4. Realizar higiene oral com gluconato de cloro-hexidina a 0,2%, pelo menos 3 vezes por dia, em todos os doentes, com idade superior a 2 meses, que previsivelmente permaneçam na UCI mais de 48 horas e documentar no processo clínico (Categoria IIA)
  5. Deve usar-se uma sonda para cada aspiração no sistema de aspiração aberto;
  6. Quando se desconecta o doente, deve proteger-se a conexão de modo a que não se contamine;
  7. Se for necessário desinsuflar o “cuff”, devem aspirar-se as secreções acima dele, de modo a que não progridam para a árvore brônquica;
  8. Deve ser dada preferência à intubação orogástrica vs nasogástrica já que esta via é um fator de risco para o aparecimento de sinusite;
  9. Sedação ligeira de preferência baseada na analgesia;
  10. Avaliar a possibilidade de extubação diariamente.

Intubação ENDOTRAQUEAL (BUNDLES)

04.

NOVOS METODOS DE HIGIÉNIZAÇÃO AMBIENTAL E NOVAS TECNOLOGIAS

UV de xénon pulsado

Radiação ultravioleta C

Peróxido de hidrogénio nebulizado

Os sistema de desinfeção “not touch”

Produto aconselhado

Optaram pela utilização do peróxido de hidrogénio pois é um biocida eficaz na sua forma gasosa contra vírus, esporos, fungos e bactérias. A utilização do peróxido de hidrogénio não é tóxico para os humanos, meio ambiente e materiais/dispositivos médicos.

Vantagens e desvantagens:

  1. Peróxido de hidrogénio nebulizado;
  2. Radiação ultravioleta C;
  3. UV de xénon pulsado.

Sistemas "not Touch"

OBRIGADO