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Módulo 5- Processos Relacionais e Comportamento Profissional

Ladislau Paulo

Created on September 19, 2024

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Transcript

Quem sou eu?

Não há uma segunda oportunidade para criar uma boa primeira impressão.

Palavra inglesa cuja melhor tradução é “EU”, mas que pode também aparecer traduzida por “SI”. Em qualquer caso, refere-se às representações que a pessoa constrói a seu respeito ao longo do tempo e acerca da sua relação com os outros.

Self

A imagem pode não ser correta. Uma pessoa desconhece a parte que não é consciente. Uma pessoa pode exagerar a imagem, tanto os defeitos como as qualidades

Autoconceito

Autoavaliação e sentimento que a pessoa tem sobre si. Não é o que sabe sobre si (autoconceito), mas o valor que atribui a cada uma das suas características, e o sentimento ou emoção que resulta do valor que atribui a essas características. É o amor próprio, o grau de aceitação sobre o seu ser e a confiança em si.

Autoestima

Atividade 1

Página 13

Imagina que uma pessoa de que gostas e admiras profundamente te faz um grande elogio. Isso vai deixar-te feliz e com entusiasmo – este elogio melhorou o teu autoconceito (passas a julgar-te mais competente) e aumentou a tua autoestima (passas a ter uma autoavaliação mais favorável). Por outro lado, essa transformação da tua autoestima e do teu autoconceito tornaram-te uma pessoa mais segura e confiante, pelo que a tua identidade pessoal foi também transformada

Os Outros

Na nossa relação com os outros, estes podem confirmar o nosso autoconceito e autoestima ou, pelo contrário, apresentar uma visão diferente do que somos, induzindo eventualmente uma alteração da perceção do self.

Os Outros

As outras pessoas, além de poderem discordar da ideia que tens de ti, também discordam umas das outras a teu respeito.

Os Outros

As outras pessoas, além de poderem discordar da ideia que tens de ti, também discordam umas das outras a teu respeito. Ver a lenda dos 7 sábios.

Os Outros

Apesar de o EU ser único, é um ser complexo, aberto e em mudança, podendo mostrar diferentes facetas em função da idade e dos ambientes, sobretudo por duas razões: a influência que as outras pessoas têm nele; os objetivos que ele tem em cada contexto.

Os Outros

Exercício.

Página 17

Efeito Pigmalião.

Atitudes

O apoio que as outras pessoas dão à maneira de ser do EU (em função de cada característica da identidade pessoal) vai reforçar ou enfraquecer o autoconceito e a autoestima da pessoa. O processo de socialização é fundamental na construção da identidade.

Atitudes

O apoio que as outras pessoas dão à maneira de ser do EU (em função de cada característica da identidade pessoal) vai reforçar ou enfraquecer o autoconceito e a autoestima da pessoa. Isso é fácil de perceber no caso de candidatas e candidatos à Associação de Estudantes – se as suas ações não tiverem um grande apoio popular, sentirão a necessidade de mudar de comportamento e de maneira de ser para aumentar a aceitação por parte dos eleitores.

Atitudes

Ver a frase da página 19

Atitudes

Falar da dependência das redes sociais.

Atitudes

As crenças (expectativas) dos professores influenciam a atitude e o comportamento dos alunos, tanto positiva como negativamente. Por generalização, conclui-se que as expectativas dos outros exercem influência na atitude e no comportamento daquele sobre o qual recaem, estimulando-o a cumpri-las.

Efeito Pigmaleão

Mostrar a imagem da página 21

Efeito Pigmaleão

Ao esperarmos determinadas atitudes dos outros, “estimulamo-los” a desenvolvê-las, criando neles a vontade de agir em conformidade com essas mesmas expectativas.

Efeito Pigmaleão

Acresce que há uma tendência natural que, sem nos apercebermos, nos leva a procurar confirmação das nossas expectativas – é o chamado viés da confirmação. Por isso, as pessoas tendem a procurar informação que confirma as suas expectativas e a esquecer ou desvalorizar a informação que as contraria.

Efeito Pigmaleão

Tendência relativamente estável para responder de forma positiva ou negativa a um objeto. É uma predisposição/inclinação ou probabilidade para nos comportarmos de certo modo relativamente aos outros, às instituições e às situações.

Atitude

Aquilo que a pessoa faz. As suas respostas/atuações observáveis realizadas nas diversas situações e que derivam, normalmente, das atitudes. São uma forma de manifestação e de concretização das atitudes.

Comportamento

Ver esquema da página 23

Comportamento

Atitude vs Comportamento

Contrariamente aos comportamentos, que se podem observar, as atitudes são processos mentais que apenas podemos inferir a partir dos comportamentos a que dão origem. Ou seja, se alguém se comportou de certo modo, infere-se que tem certa atitude. O comportamento é efeito da atitude, logo, quando vemos o comportamento, adivinhamos a atitude que o causou.

Atitude vs Comportamento

Esquema página 23 Ver texto abaixo

Atitude vs Comportamento

Ver esquema página 27 Exercício página 28.

Componentes das atitudes

Copiar a tabela. Diálogo orientado com a turma sobre a tabela.

Características

Exercício

Página 25

A sua durabilidade é variável, dependendo do grau de consolidação das componentes cognitiva e afetiva e dos desafios ambientais (nível de desafio da estimulação). Se a relação com o objeto se basear em informação escassa e superficial e em reduzida ligação afetiva, a atitude é líquida, instável e fácil de mudar. O contrário também se verifica.

Relativamente estáveis e duradouras

Constroem-se no processo de socialização e podem alterar-se ao longo do desenvolvimento da pessoa. A cultura dos nossos grupos impacta muito na sua formação. São predominantemente construídas até à idade adulta, mas nunca se tornam imutáveis.

Aprendidas

O saber e as crenças (componente cognitiva) são adquiridos com a experiência, e o mesmo se passa com as emoções/afetos (componente afetiva) que associamos a cada objeto. Ninguém nasce com posição acerca da pena de morte ou da despenalização do aborto, por exemplo.

Aprendidas

As nossas atitudes geram grande parte dos comportamentos, e isso faz com que elas não influenciem apenas os nossos atos, mas também os daqueles que os observam, seja por imitação ou por oposição.

Influenciam os comportamentos

Diz respeito ao conjunto de ideias que adquirimos sobre determinado objeto; as informações/crenças que possuímos sobre a pessoa/situação/instituição/ /grupo e que temos para nós como sendo verdade.

Componente Cognitiva O que eu sei ou acredito saber

Diz respeito aos sentimentos que desenvolvemos sobre esse mesmo objeto; a avaliação positiva ou negativa que fazemos atendendo às emoções que desperta em nós.

Componente Afetiva O que sinto

Diz respeito à tendência ou inclinação para reagir ou responder de certo modo face a determinado objeto (note-se que não é o comportamento, mas a predisposição para ter certo comportamento).

Componente Comportamental O que tenho predisposição para fazer

É o resultado do balanço entre as componentes anteriores, revelando-se numa motivação para atuar em função do equilíbrio entre o que sabemos ou acreditamos saber sobre o objeto (por um lado) ou o que sentimos em relação ao objeto (por outro).

Componente Comportamental O que tenho predisposição para fazer

Ver esquema página 27 Exercício página 28.

Componentes das atitudes

Apesar de relativamente estáveis, as atitudes não são fixas ao longo da vida. Os diferentes papéis que vamos experimentando, as vivências, as interações sociais, os outros, são os agentes que estão na base da formação e mudança das nossas atitudes – quando eles mudam, as atitudes tendem a mudar também.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Ainda que possam mudar em qualquer idade, a infância e a adolescência são os períodos onde a mudança é mais frequente – é nestes períodos que definimos muito do que somos, escolhendo os nossos caminhos e opções.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Ver a pergunta da página 30

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Os principais agentes da mudança de atitudes são: a família, a escola e todos os profissionais do ensino (professores, auxiliares de ação educativa, treinadores, líderes religiosos, entre outros), os pares (amigos e colegas), os meios de comunicação social e os influencers.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Nas atitudes, além dos agentes da mudança, podemos falar de fatores de mudança de quatro tipos. Estão ligados:

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

1. ao comunicador: este é mais eficaz se for atraente, confiável (moral e tecnicamente), poderoso e prestigiado

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

2. à mensagem: esta é mais eficaz se for curta, clara, lógica e/ou emotiva;

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

3. ao meio: para a sua eficácia, é de privilegiar, por esta ordem, a interação presencial, a comunicação audiovisual e, só depois, a comunicação áudio e a verbal;

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

4. à audiência: uns públicos são mais influenciáveis do que outros – é mais fácil mudar as atitudes de crianças do que as de adultos; é mais fácil mudar as atitudes de jovens do que as de idosos.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Ver campanha de publicidade da página 30

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Dado que as atitudes dependem da combinação entre informação e emoção, mudar as atitudes passa por alterar estes dois fatores, melhorando o conhecimento e aumentando a empatia e a sensibilidade.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Há uma situação bastante frequente em que a mudança de atitude se torna uma necessidade. É aquela em que a pessoa vive em dissonância cognitiva.

Fatores facilitadores da mudança de atitudes

Trabalho de Pesquisa sobre Dissonância Cognitiva

Dissonância Cognitiva

Tensão psicológica gerada pela contradição de informações/crenças (a componente cognitiva torna-se inconsistente) ou pela oposição entre crenças e sentimentos relativamente a um objeto, ou ainda pela incoerência entre a atitude e o comportamento. Existindo conflito entre elementos da atitude ou entre atitude e comportamento, gera-se sofrimento, o que pressiona uma mudança.

Dissonância Cognitiva

Ver textos do manual sobre dissonância cognitiva.

Dissonância Cognitiva

Nos casos de dissonância cognitiva, são frequentes as recaídas em comportamentos incoerentes. Apesar de muitas pessoas tentarem melhorar o seu desempenho, rapidamente abandonam a sua dieta, um plano de exercício físico ou um plano de estudo.

Dissonância Cognitiva

As recaídas acontecem porque a mudança de atitude não ficou bem consolidada na nossa mente. Para que isso aconteça, a pessoa tem de mudar significativamente a informação (componente cognitiva) ou as emoções associadas (componente afetiva) ou o comportamento, para que crie em si uma situação de coerência psicológica.

Dissonância Cognitiva

Exercícios página 35

Dissonância Cognitiva

Perguntas página 36

Cognição Social

É frequente usarmos e ouvirmos expressões como “Fiquei com boa impressão daquela pessoa.” ou “Tenho a impressão de que nos vamos dar bem.”

Cognição Social

O termo impressão refere-se a uma ideia superficial que possuímos sobre as outras pessoas.

Cognição Social

Como vimos, as informações desempenham um papel fundamental na criação das nossas atitudes, e contudo, podem enganar-nos.

Cognição Social

Por essa razão, por um lado não nos devemos satisfazer com informações superficiais e que não sejam devidamente confirmadas e, por outro, importa saber o lugar central que as primeiras informações/ impressões têm no conhecimento que temos das outras pessoas.

Cognição Social

O que sabemos ou pensamos sobre nós próprios, sobre os outros e sobre os diversos contextos sociais em que nos movemos.

Cognição Social

Trabalho de pesquisa sobre "impressões"

Cognição Social

Ideia básica feita com informações superficiais (indícios) acerca dos outros.

Impressão

Com pouca informação disponível, construímos uma ideia útil para orientar o modo como conduzimos a relação social. Apesar de muitas vezes precárias, as impressões fornecem-nos um quadro de referência para o que podemos esperar das outras pessoas e, consequentemente, adequarmos o nosso comportamento.

Impressão

Uma vez formada uma impressão sobre uma pessoa, associamo-la a uma determinada classe ou grupo, isto é, a uma categoria social. Pensamos, portanto, nas pessoas integrando-as em categorias – uma estratégia mental de simplificação – para, desse modo, facilitar a nossa vida social.

Impressão

Consiste em agrupar as pessoas e a realidade social em categorias (classes mentais), tendo em conta as características nelas identificadas e destacadas.

Categorização

A categorização social permite simplificar a realidade social e contempla, normalmente, três tipos de avaliação:

Categorização

  • Afetiva – gostar ou não gostar.
  • Moral – bom ou mau.
  • Instrumental – competente ou incompetente.

Categorização

Ver quadro da página 39

Categorização

O processo mental de formação de impressões e de categorização funciona como um atalho para o conhecimento e possibilita um rápido ajuste do nosso comportamento ao que as outras pessoas são (ou ao que pensamos que elas são).

Categorização

Concluiu-se, então, que a ordem pela qual apreendemos as características dos outros influencia positiva ou negativamente a avaliação que deles fazemos. Por outras palavras, as primeiras impressões são mais significativas e persistentes.

Primeiras Impressões

Ideia geral que construímos sobre a pessoa a partir das primeiras impressões e a tendência para confirmar essa ideia inicial no relacionamento futuro que viermos a desenvolver com ela.

Efeito de Primazia

O estudo de Asch alerta, portanto, para a dificuldade em alterar a perceção das outras pessoas após as primeiras impressões e a categorização que lhe está associada.

Efeito de Primazia

Tendemos a reforçar a ideia inicial, sobrevalorizando novas informações que a confirmam e desvalorizando novas informações que a contrariam.

Efeito de Primazia

Através do efeito de halo, depois de já termos uma impressão de uma pessoa, tendemos a procurar ou realçar nela características que confirmem essa impressão e a desconsiderar características discordantes (como se criássemos um halo a envolver a pessoa e que é baseado na primeira impressão e não permite ver para além dele).

Efeito de Halo

Exercícios página 42

Efeito de Halo

Ver imagens da página 42

Estereótipo

Crença rígida e simplificada que interiorizamos sobre pessoas, grupos ou instituições. É uma imagem simplificada sobre as pessoas, criada a partir da crença das semelhanças entre os membros do grupo. Pode tratar-se de uma imagem positiva, neutra ou negativa.

Estereótipo

Os estereótipos resultam da informação recolhida por experiência direta (com as outras pessoas e com as instituições) e também através da socialização (por ouvir dizer).

Estereótipo

São uma “ideia económica”, já que usam a pouca informação recolhida e fazem uma generalização – tomam como identidade de todos os membros de um grupo as características superficiais (impressões) encontradas em alguns dos elementos desse grupo. Por exemplo, usamos um estereótipo quando conhecemos alguns jovens irresponsáveis e passamos a considerar que ser jovem é ser irresponsável.

Estereótipo

Por serem ideias simples e rápidas, os estereótipos facilitam as nossas cognições sociais e orientam a nossa atuação social, permitindo adequar o comportamento em função do outro e da situação. Todavia, igualmente por serem simples e rápidas (não aprofundadas) levam, por vezes a juízos errados sobre as pessoas.

Estereótipo

Conclui-se que, quanto mais informação contém o estereótipo, mais informada e certa das suas escolhas está a pessoa, decidindo melhor como agir, de quem se aproximar e de quem se afastar.

Estereótipo

Sintetizando, o estereótipo é um conjunto de noções sobre os membros de um grupo social (famílias, estudantes, trabalhadores, portugueses, mulheres, homens, jovens, idosos, ricos, pobres, entre muitas mais categorias) a que recorremos para julgar, decidir e orientar a nossa conduta em contexto social.

Estereótipo

Por último, recorremos ao estereótipo para reforçar a nossa identidade, pois, conhecer as características distintivas dos membros dos grupos fortalece a coesão grupal. Clarifica-se e agrega-se o “nós” quando se distingue bem dos “outros”.

Estereótipo

Atitude feita de um estereótipo (componente cognitiva), a que se acrescenta avaliação e emoção negativas (componente afetiva) e predisposição para agir desfavoravelmente (discriminando, hostilizando ou repudiando) em relação à pessoa, grupo ou instituição que tem por alvo (componente comportamental) e que ainda não se conhece.

Preconceito

Ao basear-se no estereótipo, ocorre antes do conhecimento específico do seu alvo (resulta de uma ideia simplesita, superficial).

Preconceito

Tratamento diferenciado de uma pessoa ou grupo. Pode ser positiva ou negativa, consoante o tratamento diferenciado visa corrigir uma desvantagem ou, pelo contrário, criar uma desvantagem nessa pessoa ou grupo.

Discriminação

São atos de discriminação positiva aqueles que procuram corrigir desigualdades, minorando as consequências de condições desvantajosas, como nos casos de mobilidade reduzida, cegueira, surdez, etc. Formas de discriminação positiva podem ser filas para atendimento prioritário a grávidas, medidas de apoio social e económico a pessoas carenciadas, entre outras

Discriminação Positiva

A discriminação negativa é o comportamento que prejudica uma pessoa ou grupo e resulta do preconceito, pois parte de uma ideia errada ou superficial, associada a uma avaliação e emoção negativas que desvalorizam os alvos do comportamento e que os excluem do grupo (ou grupos) do discriminador.

Discriminação Negativa

A discriminação assume uma dimensão essencialmente prática, traduzindo-se em comportamentos face aos outros. Pode expressar-se de modos, intensidades ou graus distintos, que vão desde o maldizer ou ofensa verbal ao evitamento, e a formas mais violentas, tais como segregação e agressão (violência física), terminando no grau máximo, o extermínio.

Discriminação Negativa

Há uma relação evidente entre preconceito e discriminação negativa. O preconceito causa a discriminação. São as crenças e os sentimentos preconceituosos (componentes cognitiva e afetiva da atitude) que dão origem ao comportamento discriminatório – daí a importância de desenvolver a inteligência emocional e a cultura da empatia.

Discriminação Negativa

A investigação tem demonstrado que a discriminação negativa e a discriminação positiva imprudente são fatores que afetam de modo negativo a autoestima daqueles que são vítimas delas, uma vez que contribuem para um sentimento de inferioridade e um autojulgamento depreciativo.

Discriminação Negativa

Página 50 Exercício 8

Exercício

No seio dos diversos grupos a que pertencemos, não temos o mesmo tipo de convivência com todos os seus membros, nem temos, para todos eles, a mesma importância.

Grupos Sociais e Influência Social

As relações entre indivíduos no seio do grupo podem, aliás, ter um carácter positivo ou negativo. Identificamo-nos com uns, estreitamos laços com outros, divergimos de alguns, e, por vezes, até nos desentendemos em circunstâncias que podem causar ou não afastamento. Antes de mais, clarifiquemos a noção de grupo social.

Grupos Sociais e Influência Social

É um conjunto de pessoas que convivem e que têm: • objetivos comuns e cooperação para os atingir; • partilha de normas e valores; • interação relativamente frequente;

Grupos Sociais e Influência Social

• diferenciação de funções interativas, com estatutos e papéis próprios; • consciência de grupo (reconhecem-se mutuamente e são reconhecidos como membros de um coletivo)

Grupos Sociais e Influência Social

Os grupos têm níveis de coesão diferentes, dependendo de estes cinco critérios serem mais ou menos verificados. Alguns grupos verificam todos os critérios, enquanto outros verificam apenas parte deles; alguns verificam cada critério de forma intensa (a cooperação, por exemplo), enquanto outros o verificam de forma ligeira.

Grupos Sociais e Influência Social

Página 53 Ver pergunta

Liderança e influência social

Pessoa que tem mais influência social no grupo.

Líder

Pessoa que tem mais influência social no grupo. Um dos aspetos interessantes do funcionamento dos grupos é a sua liderança. Liderar é ter a influência social mais impactante no grupo.

Líder

Todos os membros de um grupo podem ser líderes em algum momento.

Líder

Por exemplo, nas escolas os diretores e diretoras são líderes, mas a sua liderança não impede que existam outras lideranças abaixo ou acima.

Líder

Este/a tem de conciliar a sua ação com a liderança do Ministério da Educação, que, por sua vez, depende da liderança do Governo. Por outro lado, a liderança da escola não impede que existam outras lideranças abaixo, como acontece com o diretor ou diretora de turma e o delegado ou delegada de turma.

Líder

Capacidade de influenciar as crenças, as emoções e os comportamentos dos membros de um grupo; por outras palavras, é o poder para alterar atitudes e ações dos outros membros do grupo.

Influência Social

Ver texto da página 54

Exemplo

É líder o elemento que mais condiciona as atitudes e os comportamentos dos companheiros, orientando-os. Dependendo dos grupos, sobretudo nos secundários e formais, o líder dá ordens, toma decisões em nome de todos, dá reforços e punições e responsabiliza-se pelas ações de todos.

Influência Social

Que características favorecem a liderança?

A liderança depende sempre das características da pessoa líder e das necessidades do grupo. A liderança que funciona num grupo numa determinada situação não será adequada para outro grupo ou para o mesmo grupo numa situação diferente.

Liderança

Ver tabela Imprimir e dar à turma.

Página 55

Ver tabela Imprimir e dar à turma.

Página 56

A pertença a um grupo leva o indivíduo a ajustar o seu comportamento às normas de funcionamento do mesmo. Desta forma, as atitudes e comportamentos vão-se distanciando da natureza, pois são cada vez menos instintivas e mais culturais, aprendidas e socialmente condicionadas. Cada pessoa ocupa um lugar no grupo e, tendo esse lugar em conta, as outras pessoas formam expectativas sobre ela.

Grupos Sociais

Previsão do comportamento dos outros em função do estatuto de cada um e dos papéis que desempenha no grupo.

Expectativa

Posição ocupada na hierarquia social e que é o fundamento dos seus direitos perante o grupo e dos papéis de que é investido.

Estatuto Social

Os fatores que influenciam o estatuto são, entre outros, a idade, o género, a ocupação, a educação, a riqueza e a origem étnica. Os estatutos podem ser prescritos (independentes da ação da pessoa, como a idade, por exemplo) ou adquiridos (dependentes da ação da pessoa, como a educação ou a riqueza, por exemplo).

Estatuto Social

Comportamentos que os outros esperam do indivíduo, tendo em conta o seu estatuto e as obrigações que lhe correspondem.

Papel Social

São vários os papéis que podemos desempenhar, e muitos deles em simultâneo, mesmo que em momentos diferentes: pai/mãe, filho/filha, marido/mulher, professor/ /aluno, médico/paciente, etc.

Papel Social

O estatuto confere direitos ao indivíduo, permitindo-lhe esperar dos outros determinados comportamentos que correspondam a esses direitos. O papel confere deveres/obrigações, que são o que os outros esperam do indivíduo (é o que está obrigado a fazer em função da sua posição hierárquica ou do seu estatuto).

Papel Social

Tomemos como exemplo o caso de um educador. O seu estatuto como profissional de educação faz com que possa esperar que a comunidade respeite a sua formação e experiência para desempenhar aquele papel e que confie no seu trabalho ao ponto de os educandos e encarregados de educação seguirem as suas indicações. Por sua vez, o seu papel consiste em preparar as atividades e em trabalhar para que os alunos atinjam os objetivos formativos

Papel Social

Consideremos ainda o exemplo de um chefe de cozinha. A formação que fez confere-lhe o estatuto de líder da equipa, esperando que a mesma cumpra as suas instruções na escolha, conservação e preparação dos alimentos. Por outro lado, desse estatuto resulta o seu papel ou obrigação de comunicar eficazmente as suas ideias, motivar a equipa, organizar as atividades, tomar as decisões e cativar os clientes.

Papel Social

A tendência conformista é muito forte nas pessoas. Elas têm uma natureza social, pelo que gostam de se sentirem integradas, o que favorece o seu conformismo.

Conformismo e Obediência

Tendência que o indivíduo tem em aceitar e adotar o modo de pensar, sentir ou agir do grupo no qual se insere.

Conformismo

Vídeos página 61

Conformismo

É importante compreender que, independentemente da reação que acreditamos que poderíamos ter, nunca nos seria indiferente a resposta dada pelo grupo. Existe naturalmente um conflito interno entre o conformismo e a independência do sujeito.

Conformismo

Asch descobriu que a percentagem de indivíduos que se mantinham completamente independen- tes e seguros dos seus juízos, em todas as séries em que o grupo discordava deles, era inferior a 25%. A maior parte deles aderiu ao grupo, pelo menos em algumas ocasiões, a despeito da nítida evidência dos seus sentidos.

Conformismo

Página 63

Conformismo

Quando entrevistados depois da experiência, a maior parte dos sujeitos que aquiesceram deixaram bem claro que o grupo não afetara realmente o modo como viram as linhas.

Conformismo

Apesar de, teoricamente, a pessoa ser livre de aceitar ou rejeitar as sugestões e opções do grupo, na prática, não é assim que se sente, visto que o desconforto experienciado ao discordar funciona como uma força psicológica a pressionar para que se conforme.

Conformismo

Associa-se ao conformismo uma tendência geral para supor que as crenças do grupo são melhores do que o pensamento individual, o que limita a autonomia das pessoas.

Conformismo

Quanto maior a unanimidade do grupo, maior a probabilidade da pessoa se conformar (basta outra pessoa discordar do grupo, para o nível de conformismo baixar).

Unanimidade do grupo

A obrigação de a resposta ser dada em público aumenta o conformismo. A pessoa sente-se mais confortável para discordar se não for possível relacioná-la com o seu voto/opinião.

Resposta de grupo

Situações ambíguas (nas quais não se percebe claramente a resposta certa) geram maior conformismo. A ausência de uma resposta que seja claramente a certa deixa a pessoa mais insegura, tornando-a mais vulnerável às opiniões do grupo.

Ambiguidade da situação

Quanto maior for o desejo de estima e aceitação, maior será o conformismo (quanto mais desejarmos pertencer a um grupo, maior é a probabilidade de nos conformarmos, abandonando a nossa independência de juízo).

Desejo de estima e aceitação

Pessoas com elevada autoestima tendem a ser mais independentes e, portanto, menos conformistas.

Desejo de estima e aceitação

Página 66

Exercícios

São vários os fatores que, estando na origem do conformismo, originam também a obediência. Ambos são processos da dinâmica dos grupos que limitam ou anulam a autonomia, mas são processos distintos.

Obediência

Ver tabela página 66

Obediência

Alteração do comportamento para o ajustar às ordens de uma autoridade, sentindo-se sem responsabilidade pelas consequências decorrentes.

Obediência

Pesquisar experiência de Stanley Milgram.

Obediência

Mostrar tabela da página 71

Obediência

Os estudos de Milgram avisam-nos de que pessoas normais, sob certas condições, podem cometer atos que se julgariam incapazes de praticar noutras condições. Atos que, noutras circunstâncias, julgam cruéis ou imorais, são por elas praticados com a justificação de que é o que os outros fazem, é o que o grupo espera delas ou é o que a autoridade as manda fazer. Em qualquer caso, julgam que não são responsáveis por esses atos.

Obediência