PT - Lectio divina CJM
Sebas
Created on September 13, 2024
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Transcript
Lectio divina Lucas 10, 1-16
Texto
Lucas 10, 1-16
Motivação e problemas
A escolha desta passagem de Luca nos foi guiada pelo título:1. Capítulo II de nossas Constituições: JUNTOS PELA MISSÃO2. Artigo 1: COMUNIDADE APOSTÓLICA3. Artigo 2: COMUNIDADE FRATERNA
- Que luz ou luzes o texto de Lucas lança sobre este capítulo das Constituições?
- Que pistas me dá para aprofundar a leitura, a reflexão e a apropriação desta parte das Constituições?
Não vou meditar em todos os versículos. Preferi limitar-me ao v. 1. Optamos por nos limitar aos versículos 1-16, que tratam das instruções do Senhor antes de os discípulos partirem em missão, enquanto os versículos 17-20 são mais dedicados à avaliação da missão realizada. São 2 microunidades complementares, pois os ouvintes do discurso são os mesmos: os discípulos. No entanto, cada microunidade pode ser meditada por conta própria.
Delimitação da passagem
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Lectio divina Lucas 10, 1-16
Estrutura e características
da passagem
Situação no contexto literário do Evangelho de Lucas
Meditação
v.1: Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois, e os enviou de dois em dois para irem adiante dele a todas as cidades e lugares aonde ele devia ir.
Esse primeiro versículo apresenta duas categorias de pessoas de acordo com suas respectivas funções: uma, o Senhor (Jesus) e a outra, os discípulos. Não é preciso dizer que a relação entre esses dois tipos de pessoas não pode ser de igualdade. O Senhor tem autoridade sobre os discípulos e o que ele diz é mais importante.
...o Senhor designou outros 72 discípulos
Depois...
...e os enviou de dois em dois
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É Jesus quem os nomeia e os envia em missão: a missão não é, portanto, uma iniciativa pessoal dos discípulos, nem uma atividade facultativa, mas um mandato que lhes foi confiado pelo Senhor. Designação aqui significa investidura. A missão é recebida, não atribuída. A pergunta hoje: como sabemos que uma missão vem de Deus? O número de discípulos, 72, é geralmente interpretado no sentido de universalidade: os 72 representam, portanto, todos os povos do mundo (cf. Gn 10, 2-31 LXX). Em outras palavras, a missão é destinada a todas as nações, a toda a humanidade. Não há, portanto, lugar preferencial.
Lectio divina Lucas 10, 1-16
Continuando: releia os artigos 10-22 das Constituições
Viver em comunidade apostólica está cumprindo a vontade do Senhor?
Qual é a minha disposição de viver "juntos para a missão"? Como vivê-lo concretamente?
"Juntos pela Missão" é para mim uma imitação e uma continuação da vida e ministério de Jesus?
v.1: introdução na forma de um contexto. vv.2-16: O discurso de Jesus interrompido pela intrusão do narrador no v.17. Este discurso está repleto de 10 imperativos (verbos no modo imperativo) que podem ser entendidos como diretrizes missionárias. Jesus dá instruções que os discípulos devem seguir. Estes vários imperativos ou exortações estabelecem «os métodos e objetivos da ação missionária ». Por isso, eles foram uma das fontes das normas de evangelização da Igreja.
Estrutura e características
da passagem
Por outro lado, a missão dos 72 não é totalmente diferente da dos Doze em Lc 9, 2-5: são dadas as mesmas instruções: - não levar nada consigo - anunciar o Reino de Deus - realizar curas - ficar em alguma casa - Sacudir a poeira dos pés se eles não forem bem-vindos. Existe, portanto, uma continuidade entre as atividades dos Doze e as dos 72. A missão permanece substancialmente a mesma, mas os atores variam. A missão permanece substancialmente a mesma, mas os atores variam: estes últimos não parecem, portanto, indispensáveis.
A que se refere o demonstrativo "que"? Na minha opinião, 4 situações constituem a referência: - 1º: a não aceitação de Jesus (9, 51-56) - 2º: o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (9, 57-58) - 3º: "Deixai que os mortos enterrem os seus mortos, mas tu vai, e anuncia o reino de Deus" (9, 59-60) - 4: "Quem põe a mão no arado e depois olha para trás não é apto para o reino de Deus" (9, 61-62) Essas 4 situações são como pressuposições (pré-requisitos) para a missão. Na primeira situação, deve-se notar que o missionário pode não ser recebido. Mas isso não dá direito a retaliação. O missionário não pode se colocar como um "vingador impiedoso". Pelo contrário, ele é chamado a respeitar a liberdade e a consciência daqueles a quem se dirige.
As 3 últimas situações enumeram as condições para seguir Jesus na missão: a abnegação total e a consagração total, a prevalência ou primazia do anúncio do Reino sobre outras obrigações (familiares ou sociais) e a urgência de promover e cuidar da vida.
Em suma: o respeito pelos direitos e liberdades das pessoas por parte do missionário, a abnegação total (humildade) e a dedicação sem reservas por parte do missionário, e a primazia do anúncio do Reino de Deus são as bases recordadas (depois disso) antes que os 72 fossem enviados em missão.
1.Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir. 2.Disse-lhes: “Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. 3.Ide, eis que vos envio como cordeiros entre lobos. 4.Não leveis bolsa nem mochila, nem calçado e a ninguém saudeis pelo caminho. 5.Em toda casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz a esta casa! 6.Se ali houver algum homem pacífico, repousará sobre ele a vossa paz; mas, se não houver, ela tornará para vós. 7.Permanecei na mesma casa, comei e bebei do que eles tiverem, pois o operário é digno do seu salário. Não andeis de casa em casa. 8.Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que se vos servir. 9.Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo. 10.Mas se entrardes em alguma cidade e não vos receberem, saindo pelas suas praças, dizei: 11.Até o pó que se nos pegou da vossa cidade, sacudimos contra vós; sabei, contudo, que o Reino de Deus está próximo. 12.Digo-vos: naqueles dias haverá um tratamento menos rigoroso para Sodoma. 13.Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido feitos os prodígios que foram realizados em vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, cobrindo-se de saco e cinza. 14.Por isso, haverá no dia do juízo menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. 15.E tu, Cafarnaum, que te elevas até o céu, serás precipitada até aos infernos. 16.Quem vos ouve a mim ouve; e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.”Palavra da salvação.
Lucas 10, 1-16
A missão é colocada não em uma perspectiva solitária e dinâmica, mas em uma perspectiva coletiva e sinodal. Implica colaboração, participação, trabalho em conjunto, caminhar juntos. A investidura do próprio Jesus (Lc 3, 21-22) já incluía esta dinâmica: o Espírito Santo que desce sobre Ele (Jesus), a voz do Pai que se faz ouvir. É uma dotação com a participação das pessoas da Trindade como comunhão do Espírito e do Pai na missão de Jesus. Posteriormente, muitas de suas viagens foram cheias do Espírito Santo (4, 1; 4, 14) ou com os discípulos ou os doze. Jesus raramente estava sozinho no cumprimento de sua missão. Deste modo, a missão cristã em comum ou em comunidade baseia-se na palavra e no ministério vivido de Jesus em comunhão com as pessoas trinitárias, com os Doze, com os discípulos (as multidões que o seguiram).
Além disso, há 3 razões para entender este envio de dois em dois: - Apoio mútuo na missão - Testemunhar a verdade de sua palavra (cf. Deuteronômio 19, 15) - Ser a encarnação viva do Evangelho da paz (cf. vv.5-6).
O envio dos 72 em missão tem uma certa ressonância de preparação tanto para a partida de Jesus (morte-ressurreição) quanto para o tempo da Igreja. Em particular, a imagem de "cordeiros no meio de lobos" (v. 3) e a possibilidade de rejeição (vv. 10-11.16) abrem a perspectiva da oposição e da hostilidade que Jesus e os discípulos encontrarão no decorrer da missão.
Lc 10 situa-se quase no início da longa viagem de Jesus a Jerusalém (9,51-19,27):
Um caminho marcado pela determinação de Jesus, a ponto de ele "percorrer resolutamente [este] caminho" (9, 51).
Um itinerário fundamentalmente de liberdade diante dos muitos desafios (provações) que ele aceitou: os desafios da má acolhida (cf. 9, 51-56), dos maus momentos ou das más intenções (cf. 11, 14-23), do questionamento (dúvida) da própria autoridade, da morte e da coragem de dar a vida (cf. 13, 31-33; 18, 31-33).
Uma longa jornada durante a qual ele destilou muitas lições para seus discípulos, dando-nos a entender, entre outras coisas, que o caminho missionário também é um lugar de aprendizado para os discípulos (os discípulos são instruídos na e através da missão).