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Prevenção da Recaída

Como intervir na prevenção de uma recaída?

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Reconhecer que a recaída é possível em situações inesperadas

Ajudar o indivíduo a identificar experiências prévias e a reflectir

Ajudar o indivíduo a reconhecer situações de risco

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Prevenção da Recaída

Marlatt e Gordon desenvolveram um modelo de prevenção de recaída que contemplam dois tipos de estratégias: estratégias de intervenção específicas e estratégias de autocontrolo globais. Vejamos de seguida cada uma.

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Estratégias de autocontrolo globais

Estratégias de intervenção específicas

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Prevenção da Recaída

Ajudar o indivíduo a identificar experiências prévias e a reflectir

Ajudar o indivíduo a identificar experiências prévias de recaída e a reflectir sobre a forma como lidou com a situação, explorar crenças do indivíduo sobre a dependência de álcool, crenças acerca da sua capacidade para evitar recaídas e lidar com lapsos, estratégias para lidar com situações de alto risco, alterações de humor e a presença de apoio social e familiar.

A par das estratégias de intervenção específicas, devem ser implementadas estratégias mais globais que incidam no estilo de vida, para que haja uma menor probabilidade de o indivíduo vir a consumir álcool. Como em qualquer processo de mudança, é importante que se adquiram novos hábitos. Passar de um foco na substância para um estilo de vida mais saudável, onde o indivíduo reconheça e retire prazer de outras actividades, é fundamental. É necessário ajudar o indivíduo:

  • a procurar outras fontes de prazer (exercício físico, actividades de lazer, ler, escrever, reforçar laços familiares...);
  • na reinserção social;
  • a integrar grupos de auto-ajuda;
  • a estabelecer relações satisfatórias com os outros e consigo próprio.

Estratégias de autocontrolo globais

Reconhecer que a recaída é possível em situações inesperadas

Esta possibilidade deve ser antecipada com o indivíduo, assim como as estratégias a usar nessas situações.

Após a avaliação do risco de recaída, o psicólogo deverá ajudar o indivíduo a desenvolver estratégias de coping alternativas que possa usar nessas situações. Reestruturação cognitiva, gestão de stress, role-playing, modelagem de novos comportamentos, visionamento de vídeos e feedback directo, são algumas das estratégias que podem ser desenvolvidas com o indivíduo. Estas estratégias devem ser práticas e adequadas ao indivíduo. As estratégias podem ser de carácter mais comportamental ou mais cognitivo:

  • Coping comportamental: actividades distractoras quer físicas (e.g. fazer exercício físico, caminhar), quer mentais (e.g. ler), consumo de bebidas não alcoólicas, evitar a situação, e exercícios de relaxamento.
  • Coping cognitivo: Pensar nos benefícios de não beber, ao nível da saúde e outras áreas de vida; uso do pensamento para adiar o consumo ou distrair-se. Ensaio real ou imaginado.

Estratégias de intervenção específicas

Ajudar o indivíduo a reconhecer situações de risco

Existem vários factores que podem estar associados ao processo de recaída, aumentando a sua probabilidade, como por exemplo:

  • Estados emocionais: Alterações de humor, stress, conflitos, pressão social, falta de motivação, excesso de autoconfiança na capacidade para controlar o consumo de álcool.
  • Isolamento social e fatores familiares: conflitos interpessoais, com amigos, familiares, colegas ou chefias. Desemprego, Insatisfação laboral.
  • Ambiente: frequentar ambientes de consumo, tais como bares e outros locais que tenham bebidas alcoólicas disponíveis ou locais onde o indivíduo habitualmente consumia.
  • Disponibilidade das bebidas: ter álcool em casa, no local de trabalho, etc.
  • Contexto Social: situações de interação social que promovam o consumo de álcool (e.g. Jantares, festas, etc.)
  • Estratégias de coping inadequadas: quando em situações de risco, as competências de coping com a situação do individuo podem determinar a ocorrência de uma recaída.