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ULIP - M2 - Linhas orientadoras

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A Utilização de Linguagem Inclusiva em Psicologia

Linhas orientadoras de linguagem inclusiva em investigação científica

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Linhas orientadoras de linguagem inclusiva em investigação científica

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Linhas orientadoras de linguagem inclusiva em investigação científica

Exemplos de paráfrases ou outras configurações de utilização de linguagem neutra

Utilização de nomes e referências colectivas

Utilização

Exemplos

Dirigir o discurso às entidades ou títulos mais genéricos, de modo a neutralizar o género gramatical.

  • O Director – À Direcção
  • Os estudantes – Comunidade estudantil
  • Os Professores – Docentes

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Linhas orientadoras de linguagem inclusiva em investigação científica

Exemplos de paráfrases ou outras configurações de utilização de linguagem neutra

Recurso a paráfrases ou nomes sobrecomuns

Utilização

Exemplos

A utilização de uma expressão, ou o recurso a mais palavras para uma referenciação sem género, é uma forma de promover a utilização de linguagem neutra.

  • Todos – Todas as pessoas
  • Jovens – Juventude
  • Os autores – Autoria

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Exemplos de paráfrases ou outras configurações de utilização de linguagem neutra

Eliminação dos artigos e determinantes que marcam o género do nome

Utilização

Exemplos

Omitir os artigos e determinantes que marcam o género de determinado nome, torna-o neutro em termos de género.

  • Os estudantes – Estudantes
  • Os docentes - Docentes

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Exemplos de paráfrases ou outras configurações de utilização de linguagem neutra

Substituição por pronomes invariáveis

Utilização

Exemplos

Substituir nomes e pronomes por pronomes invariáveis.

  • Os que enviaram – Quem enviar
  • Todos os que estão incluídos – Quem está incluído

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Linhas orientadoras de linguagem inclusiva em investigação científica

Estas práticas são directrizes e, obviamente, têm sempre margem para serem aprofundadas, corrigidas e completadas. O processo de inclusão e promoção da diversidade é complexo e precisa ser, continuadamente, revisto e reflectido.

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Evitar falsas hierarquias

Sobre este ponto, é de maior importância evitar a apresentação do grupo socialmente dominante como se este representasse o padrão ou a norma. Isto pode materializar-se em, por exemplo, nas tabelas de dados, colocar os grupos socialmente vulnerabilizados sempre à esquerda.

Pré-teste / Reflexão

Sempre que possível, pôr em prática um pré-teste/reflexão falada dos instrumentos de recolha de dados, para contribuir para a garantir de que o máximo de questões foi acautelada. Da mesma forma, a devolução dos resultados às pessoas participantes é de maior importância.

Questões étnicas e culturais

Sobre questões étnicas e culturais, o termo raça deve ser evitado. Efectivamente, todas as pessoas pertencem à mesma subespécie de homínidas, a diversidade a esse nível está na sua identidade cultural. A afirmação do conceito de “raça” é comummente associada ao racismo, onde mediante as categorias concebidas, as pessoas são marginalizadas e prejudicadas por serem lidas de forma pejorativa mediante a categoria onde são socialmente lidas. Preferencialmente, a referência utilizada deve ser a etnia, onde se incluem características culturais partilhadas que incluem língua, antepassados, factos históricos, práticas e crenças. Assim deve preferenciar-se, por exemplo, etnia cigana/comunidades ciganas em vez de raça cigana. Grupos racializados e étnicos devem ser capitalizados na sua denominação, iniciando sempre com letra maiúscula. Sobre isto, mais uma vez o termo escolhido pelas pessoas participantes para a sua descrição deve ser preferenciado.

Respeitar os termos que as pessoas utilizam para se autodescrever

Não fazer inferências de categorias identitárias, considerar sempre a autodeterminação. No tratamento de dados de investigação, considerar as especificidades inerentes a diferentes identidades na leitura de resultados e condução da recolha de dados. Referir sempre que as pessoas se “auto-identificam” quando falamos de género, identidade de género e orientação sexual, não que as pessoas “são” (e.g., “Auto-identificam-se como pessoas LGBTQI+” e não “São pessoas LGBTQI+”).

Nível socioeconómico

O nível socioeconómico é outra dimensão que merece especial atenção quando nos referimos à mesma. Esta categoria não compreende apenas o rendimento económico, mas também o nível educacional, profissão e percepções subjectivas de estatuto social. Deve por isso, preferenciar-se reportar intervalos de rendimento ou designações específicas (e.g., abaixo do limiar da pobreza), no lugar de categorizações genéricas (e.g., baixo rendimento). Da mesma forma, e como supracitado sobre outras categorias, deve procurar-se colocar a tónica na pessoa e não na sua condição evitando, por exemplo, termos como “ter pouca educação/baixo nível educacional”. Por último, é fulcral evitar termos genéricos e pejorativos ou que podem levar a uma interpretação generalista da condição da pessoa (e.g., subsídio-dependentes).

Deficiência e diversidade funcional

Sobre as questões associadas à deficiência e diversidade funcional, deve preferir-se a menção a categorias específicas e não a categorias genéricas, desdobrando-se em duas possibilidades:

  • A linguagem centrada na pessoa (person-first language), onde a tónica é colocada na pessoa e não na sua condição (e.g., pessoa com dificuldades de aprendizagem);
  • A linguagem centrada na identidade (identity-first language), onde a tónica é colocada na característica de diversidade funcional, que a pessoa vê como afirmação da sua identidade (e.g., pessoa surda).
Em linha com sugestões anteriores, deve sempre respeitar-se a opção das pessoas e grupos visados. Deve ainda investir-se no cuidado de não utilizar imagens ou designações negativas associadas a limitações (e.g., confinado a cadeira de rodas), rótulos negativos e excessivos que pareçam reduzir a identidade da pessoa a uma condição (e.g., vítima de SIDA) ou termos a serem utilizados como insultos (e.g., deficiente). Da mesma forma, deve evitar-se eufemismos condescendentes (e.g., “necessidades especiais” pode ser substituído por necessidades adicionais de suporte/apoio). À semelhança de outros grupos minoritários, é de evitar designações colectivas (e.g., “os cegos”).

Especificidade

Generalizações ou conceitos demasiado latos facilmente nos levam a incorrer na invisibilidade de determinados grupos e na sobrevalorização de outros. Assim, a precisão e a especificidade são essenciais para garantirmos o respeito por todas as identidades. Por exemplo, usar “homem” para se referir a todos os seres humanos não é, de todo, uma expressão marcada pela especificidade. Logo, em alternativa, pode ser utilizado, termos como por exemplo: pessoas, indivíduos. Para além disso, em categorias como a idade deve adoptar-se a indicação dos grupos etários específicos, e não de forma generalista (e.g., “pessoas dos 18 aos 45 anos” e não “maiores de 18 anos”). Para ser mais informativo, deve ainda fornecer-se o valor da média e da mediana. Da mesma forma, quando se descreve a participação na investigação, é de maior importância que a referência à categoria esteja associada ao contexto de investigação (e.g., pacientes, clientes, participantes) e não a termos genéricos de identidade (e.g., homens, mulheres). Sobre grupos racializados ou étnicos, a especificidade sobre os mesmos também é de maior importância (e.g., Chinese American e não Asian Americans).

Caracterização sociodemográfica

Na caracterização sociodemográfica questionar, preferencialmente, o género, a menos que a variável sexo atribuído à nascença seja de maior importância para o objectivo do estudo. Para além disso, quando falamos de questões de resposta fechada, garantir que há, pelo menos, a opção “outro”.

Sublinhar as diferenças quando são, de facto, cruciais

Há a necessidade de escolher, cuidadosamente, o emprego da palavra “diferença” e o que a mesma pretende representar em determinado contexto e situação. Falamos, por exemplo, sobre a generalização de resultados e explicitação de diferenças entre grupos: as explicações e implicações pensadas e apresentadas devem ter o cuidado para não reproduzir estereótipos e vieses. Sobre isto, especial atenção a falsas relações de causalidade ou a explicações que descuram a especificidade das amostras e grupos.

Utilização de “género oposto” ou “sexo oposto”

Não utilizar “género oposto” ou “sexo oposto” porque tem em si incluída a concepção do género e do sexo enquanto categorias binárias.

Utilização de determinantes artigos

Atenção à utilização de determinantes artigos que podem dar a ideia de oposição entre grupos, ou de marginalização de algum grupo: por exemplo, evitar “os gays”, “os trans”, “os negros”. Para além disso, não utilizar termos que acabem por funcionar como rótulos que reduzem as pessoas às suas condições (e.g., os amnésicos, os esquizofrénicos). Em vez disso, deve optar-se por usar formas adjectivais (e.g., homens gays) ou nomes com frases descritivas (e.g., pessoas em situação de pobreza, pessoas que utilizam drogas, pessoas com esquizofrenia, etc.).

Utilização de pronomes neutros

A utilização de pronomes neutros deve acontecer sempre que a pessoa se auto-identifica com os mesmos ou, no desconhecimento dos pronomes com os quais a mesma se identifica. Note-se que isto é de maior facilidade em determinadas línguas, como por exemplo o inglês que, com a utilização do pronome they/them neutraliza o género da linguagem. Em português, pode optar-se por paráfrases, para evitar a utilizar de pronomes de género binário (e.g., as pessoas, quem participa).

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Sobre a orientação sexual e identidade de género

Utilizar sempre a orientação sexual e a identidade de género como modificador a que nos referimos. Por exemplo, “homem gay” e não “gay”; ou “pessoa não-binária” e não apenas “não-binário”.