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Prepara-te: Crónica D. João I
Estudo Em Casa
Created on June 12, 2024
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Transcript
Crónica de D. João I
Fernão Lopes
Índice
03. Fernão Lopes
02. Crónica
01. Contextualização
06. Crónica - Cap. 148
05. Crónica - Cap. 115
04. Crónica - Cap. 11
07. Estilo
Contextualização
Crise de 1383-1385
1383
- Morre D. Fernando, nono rei de Portugal.
- Regência de D. Leonor Teles.
- Revolta de Lisboa. A população de Lisboa proclama o mestre de Avis regedor e defensor do reino.
- O Conde Andeiro é assassinado pelo Mestre de Avis.
- O Mestre de Avis pede auxílio a Ricardo II de Inglaterra.
- O Mestre de Avis é elevado a regedor e defensor do reino.
1384
- O bispo da Guarda facilita a entrada, naquela cidade, do monarca castelhano.
- João I de Castela chega a Santarém, onde se encontra com D. Leonor Teles.
- João I de Castela cerca Lisboa com um enorme exército.
- Epidemia de peste.
Crise de 1383-1385
1385
- Em abril de 1385, reuniram cortes em Coimbra e escolheram um novo rei, João I de Portugal.
- Na batalha de Aljubarrota, no dia 14 de agosto de 1385, o exército castelhano, que era muito mais numeroso que o português, foi derrotado graças à "tática do quadrado“. Nuno Álvares Pereira, o Condestável do Reino, era o comandante das tropas portuguesas.
- Início do reinado de D. João I.
CRÓNICA
Crónica
Crónica
Crónica – Lat. chronica, relato de factos, narração, do gr. khronikós, de khrónos, tempo.
A crónica regista os acontecimentos, de forma objetiva, sem aprofundar as causas e sem lhes dar qualquer interpretação. Após o século XII, as crónicas passaram a narrar os acontecimentos com bastante pormenores e começaram a apresentar comentários pessoais dos autores, ou seja, passaram a incluir marcas de subjetividade.
Crónica
Crónica
De referir que Fernão Lopes é um escritor ao serviço do poder dependendo inteiramente desse poder. Nas suas crónicas, pretendeu justificar os acontecimentos que ficaram conhecidos como a crise de 1383-1385. Com isso, tentava legitimar o poder político vigente na primeira metade do século XV.
Fernão Lopes
Fernão Lopes - o homem
- É provável que tenha nascido, em Lisboa, entre de 1380 e 1390.
- Teve uma educação de nível superior, já que na sua obra se revela um homem culto, conhecedor de Aristóteles, Túlio, Ovídio e Petrarca.
- Ao longo da sua vida, Fernão Lopes ocupou vários cargos oficiais.
- Em 1434, foi incumbido por D. Duarte de escrever as crónicas dos reis de Portugal até seu pai, D. João I, publicadas sob o título Crónica Geral do Reino de Portugal, sendo-lhe atribuída uma tença anual como pagamento.
- Após a morte deste rei, o regente D. Pedro, em nome de D. Afonso V, manteve-lhe a tença para que continuasse a prestar o mesmo serviço.
- Com o termo do governo do Regente, Fernão Lopes viu chegar ao fim o seu cargo de cronista da corte.
Crónica de D. João I
Crónica de D. João I
Capítulo 11
1. Título
«O alvoroço que foi na cidade cuidando que matavom o Meestre, e como aló foi Alvoro Paaez e muitas gentes com ele»
2. Situação inicial – Convocação, apelo
- Ação: O pajem brada que matam o Mestre, percorrendo as ruas da cidade até chegar a casa de Álvaro Pais.
- Personagens: Pajem do Mestre de Avis.
- Espaço: ruas de Lisboa.
- Tempo: 1383.
3. Movimentação: concentração do povo de Lisboa
- Ação: O Povo acorre. Álvaro Pais sai com os seus aliados e, ao dirigir-se ao paço, brada que é preciso acorrer ao Mestre.
- Personagens: Pajem, Álvaro Pais, Povo.
- Espaço: Ruas de Lisboa .
4. Levantamento da população
- Ação: O Povo junta-se a Álvaro Pais, dirige-se ao paço e exige ver o Mestre.
- Personagens: Povo.
- Espaço: ruas de Lisboa e paço.
Crónica de D. João I
Capítulo 11
5. Apoio da população
- Ação: Os apoiantes do Mestre exigem vê-lo. O Mestre mostra-se ao povo.
- Personagens: Povo e Mestre de Avis.
- Espaço: Rua de Lisboa e paço.
6. Dispersão da população
- Ação: O Mestre sai do paço, agradece o apoio e pede à população que disperse.
- Personagens: Mestre e população (as "donas").
- Espaço: Paço, ruas de Lisboa, a caminho do Paço do Almirante.
Crónica de D. João I
Capítulo 11
Personagem individual
Mestre:
- Carismático;
- Afável;
- Humano;
- Estimado pelo povo.
Álvaro Pais
- («homem bom») Sabia manobrar o povo de Lisboa e gozava de ascendente sobre a burguesia.
- Através de um estratagema bem planeado levou o povo de Lisboa a acorrer ao Paço da Rainha.
Crónica de D. João I
Capítulo 11
Personagem coletiva
Povo:
- Indignação;
- Determinação;
- Empenho;
- Mobilização;
- Impaciência;
- Agitação;
- Desorientação;
- Precipitação;
- Desconfiança;
- Alívio.
Crónica de D. João I
Capítulo 115
Título
«Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco sobr’ela».
Introdução:
- Aprovisionamento de mantimentos e deslocação da população, antes da chegada do exército castelhano.
Desenvolvimento
- Reforço e armamento das muralhas.
- Participação coletiva na defesa das muralhas.
- A guarda das portas da cidade e um «hospital de campanha».
- Proteção da margem do rio.
- Participação coletiva na construção da barbacã, a coragem das «moças».
Crónica de D. João I
Capítulo 115
Conclusão
- Uma imagem extraordinária onde podemos ver o posicionamento dos homens e das armas;
- Disposição dos soldados pelas tarefas de defesa e na manutenção da ordem dentro da cidade de Lisboa;
- Defesa das doze portas abertas com guardas;
- Defesa da zona ribeirinha construindo cercas e um muro.
Crónica de D. João I
Cerco
Alimentação
- Pão;
- Carne;
- Outros mantimentos.
Defesa
Muro:
- Fortificação;
- Caramanchões;
- Armas;
- Guarda.
- 12 portas abertas;
- Guarda.
- Cercas
- Muro
Crónica de D. João I
Personagem individual:
Mestre
- Atribui as tarefas de defesa aos responsáveis;
- Confirma, de noite, se as muralhas e as portas estão seguras;
- Confia as chaves a homens da sua confiança;
- Manda construir estacas para defender a zona da Ribeira.
Personagem coletiva:
Crónica de D. João I
Povo
O Povo de Lisboa:
- Manifesta-se contra a influência castelhana;
- Suporta as duras condições do cerco;
- Vivência heroica dos grandes momentos da revolução;
- Preparação do cerco, de forma empenhada e valorosa.
Crónica de D. João I
Capítulo 148
Título
«Das tribulações que Lixboa padecia per mingua de mantimentos.»
Introdução:
- Cerco da cidade por parte dos castelhanos;
- a população da cidade aumenta;
- a cidade passa fome por escassez de mantimentos.
Desenvolvimento
- Os portugueses tentam reverter a situação:
- procuram trigo fora da cidade;
- a procura de alimentos não tem resultados reais;
- a procura de alimentos leva à partilha de tarefas;
- os fracos, pobres e incapazes são expulsos da cidade;
- o preço dos mantimentos aumenta dentro da cidade;
- o povo resiste ao cerco pedindo a ajuda de Deus;
- o Mestre sente-se impotente na resolução do problema.
Crónica de D. João I
Capítulo 148
Conclusão
- Fernão Lopes acaba por deixar registado, em forma de desabafo, a situação difícil pela qual aquelas pessoas passaram.
- Fernão Lopes sauda o facto das futuras gerações não terem de padecer da mesma angústia e dor.
Capítulo 148
Crónica de D. João I
Personagem individual:
Mestre
- Solidário com o povo;
- Responsável;
- Dor;
- Incapacidade;
- Sofrimento;
Crónica de D. João I
Capítulo 148
Personagem coletiva
Povo:
- Angústia;
- Desespero;
- Disponibilidade;
- Coragem;
- Sobrevivência;
- Devoção;
- Solidário.
Estilo
Estilo
Visualismo
- Utilização de pormenores;
- Valor pictórico do discurso;
- Sensorialismo (visão);
- Metáfora, personificação, comparação;
- Expressões valorativas;
- Conjugação de planos.
Estilo
Dinamismo da narração: marcas linguísticas.
- Utilização de verbos de movimento;
- Recurso ao discurso direto;
- Emprego de advérbios expressivos;
- Campo lexical relacionado com movimento ou ruído;
- Descrição de espaços de forma gradual (rua, janela do Paço, rua, Paços do Almirante).