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Transcript

Filosófico

Ensaio

Trabalho realizado por: Afonso Neto, nº1 e Tomás Graça nº19 Filosofia 10º ano

Introdução ao problema

A igualdade e a discriminação são temas centrais nas discussões sobre justiça social e direitos humanos. A igualdade refere-se a proporcionar os mesmos direitos e oportunidades a todos, podendo ser formal, de oportunidades ou material. Já a discriminação é o tratamento prejudicial ou benéfico baseado em características como raça, género ou orientação sexual, podendo ser individual, institucional ou estrutural. Neste ensaio pretendemos dar mais palco à descriminação racial, não removendo o devido valor aos outros tipos de descriminação.

O que é uma sociedade?

Uma sociedade é um sistema de cooperação que visa o bem daqueles que nele participam

Problematização

Como dito anteriormente, a nossa sociedade apresenta lacunas no que se trata a desigualdade entre agentes, mas será que não conseguimos melhorar? Será possível tornar a nossa sociedade mais justa? Com este ensaio pretendemos defender através de argumentos estruturados e refutações a críticas que é possível tornar mais justa uma sociedade composta por membros de raças distintas

O que seria uma sociedade justa?

A maioria das sociedades modernas aposta numa sociedade mais justa focando se em proporcionar os mesmos direitos e possibilidades a todos os agentes nela presentes, no entanto, quando aplicado a casos reais esta iniciativa apresenta diversas falhas e contradições, já que a maioria das sociedades é marcada pelas desigualdades raciais e falta de oportunidades para grupos marginalizados. É válido ressaltar que para uma sociedade ser idealmente justa é necessário haver meritocracia- do latim mereo e do grego κράτος, que é a ligação entre mérito e poder, ou seja, o nosso poder tem que ser diretamente proporcional ao nosso mérito e esforço, por esta conduta podemos definir um modelo meritocrático que é esse ideal de organização social que as sociedades tentam atingir, onde os indivíduos se destacam em função do seu desempenho a realizar as suas tarefas desprezando as características dos grupos marginalizados, anteriormente referidos.

A evolução da discriminação

Desde os primórdios da raça humana que a discriminação foi um assunto presente em diversas sociedades, sendo um desses exemplos a sociedade portuguesa. Na altura dos descobrimentos (1500 d.C.), o povo português, para seu benefício próprio usava pessoas de raça negra como meio para atingir lucro económico, dessa forma violando completamente diversos dos seus direitos universais. Esses indivíduos eram totalmente desprezados simplesmente por apresentarem um tom de pele diferente das pessoas que constituíam a nossa sociedade. Na atualidade estas práticas já não são tão comuns, visto que o racismo é considerado crime, porém ainda existe muitas injustiças que prejudicam agentes e beneficiam outros.

    Desafios a uma sociedade justa

    É um desafio complexo, apesar de parecer a forma mais racional e simples de elevar os direitos de todos os agentes ao mesmo nível, isto deve-se ao facto de existirem fatores que limitam a implementação deste em um cenário real, vários destes têm relação direta com as possibilidades financeiras das família, o que impossibilita que as crianças possuam todas o mesmo sistema de ensino, dando uma grande vantagem a quem teve oportunidade de usufruir destas. Outro obstáculo notório ao modelo é a desigualdade sistémica, onde minorias são negligenciadas pela sua raça em diversos lugares como o trabalho, escola ou até na rua num dia a dia normal, ainda neste obstáculo os preconceitos inconscientes podem prejudicar a ascensão de um agente na sua carreira profissional, onde estudos apontam que o nome, aparência, raça e até o local de nascimento influenciam na forma de escolher trabalhadores. Estes preconceitos inconscientes podem causar por sua vez um dano muitas vezes irreversível em termos psicológicos dos indivíduos afetados. Um dos maiores obstáculos à igualdade racial e à travagem da supremacia branca em diversas sociedades, advém da mobilidade social, isto é, a capacidade de um agente poder elevar a sua situação profissional.

    Como chegar ao modelo de meritocracia?

    Esta mudança é possível com dedicação coletiva dos membros dessa sociedade e uma cooperação simultânea, seria necessário reformar o sistema educativo, onde cada criança independentemente da sua raça pudesse beneficiar dos mesmos luxos e profissionalismos de que muitas famílias ricas beneficiam, além disso seria necessário distribuir recursos financeiros e legais igualmente por cada agente, isto é, cada um puder usufruir do mesmo luxo à nascença evitando assim a dificuldade financeira enunciada anteriormente. Contudo, a luta mais importante que temos de nos dispor a combater é a mudança cultural, onde conseguiríamos entender melhor as diferenças dos grupos historicamente marginalizados e desfavorecidos, só assim podemos combater a injustiça e acabar com o preconceito.

    Críticas ao argumento anterior

    Apesar de concordamos que é possível tornar uma soceidade em algo mais justo, acreditamos que repartir os bens materiais por todos os individuos de igual forma seja algo impossível e imoral, é injusto por si só tirar de uns para fornecer aos outros, mesmo que esse fornecimento agregace um valor de felicidade maior. Aqui podemos invocar a teoria utilitarista de Mill que profere que devemos seguir a ação que disponibilizará maior felicidade coletiva, ora, repartir os bens por igual aumentaria a felicidade de uma sociedade, o que, segundo a teoria seria o certo a fazer. Apesar de parecer uma refutação sólida, acreditamos que este argumento subordinado da teoria seja vazio e fraco, pois esta já não é tão sólida em si mesma, já que não a podemos seguir em todos os cenários hipotéticos, assim neste caso seria injusto para os favorecidos em repartir os seus bens com algum desconhecido, não tornando a sociedade nem mais justa nem mais produtiva.

    O utilitarismo de Mill parece ser uma boa teoria quando explicita utilizando termos filosóficos, porém quando transposta para determinadas situações reais como a apresentada anteriormente, mostra-se uma teoria pouco segura. Esta teoria é agregacionista, ou seja, é uma teoria que considera que um determinado estado de coisas é melhor que outro, no caso de ter um maior total de bem, independentemente da forma como este se encontra distribuído. À primeira vista o assunto parece válido, porém é falacioso, já que teorias com estas características apenas se focam nos valores finais, ignorando os meios. Por outra via, Rawls consegue definir um conceito diferente de justiça em que não é necessário a redistribuição de bens, "uma sociedade é justa quando se rege por princípios que pessoas livres e racionais colocadas em pé de igualdade estariam dispostas a aceitar", isto é, uma sociedade é justa apenas quando os princípios da justiça tão aplicados a todos os agentes de igual forma, para sustentar a sua teoria, Rawls recorre a uma versão do contratualismo, que são regras da modalidade que resultam num contrato ou acordo hipotético entre agentes obrigatoriamente racionais e informados. Esta teoria ainda possui a particularidade de definir a posição original de um agente de diferente forma, ninguém sabe a sua posição a designar ou atributos mentais ou físicos, desconhecendo as suas conceções de bem. Apenas garantimos que ninguém é beneficiado quando os princípios da justiça são escolhidos a coberto de um véu de ignorância.

    A justiça de John Rawls

    Conclusão

    Com este ensaio concluimos...

    Acreditamos que seja possível a transição das sociedades atuais para sociedades mais jutas se houver uma cooperação geral e uma maior aceitação de toda a gente pelas diferentes raças e etnias. Os sistemas políticos teriam também de oferecer o mesmo tipo de oportunidades a todas as pessoas, não as distinguindo por algo tão insignificante quanto o seu tom de pele. Além disso ninguém deveria saber de antemão a sua posição na sociedade, devia alcançá la com mérito, bem como os seus talentos naturais, só assim podemos tratar todos com imparcialidade.

    Fim!

    Obrigado pela atenção!

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