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"Os Maias - O Ramalhete"

Lara Portugal

Created on May 26, 2024

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Transcript

O Ramalhete

Os Maias

Lara Portugal 11ºG Marta Ferreira 11ºG Raquel Lopes 11ºG

Índice:

O Ramalhete - 3ºmomento;

Introdução;

Síntese;

Quem foi Eça de Queirós;

Simbologia;

O Ramalhete - Descrição;

Conclusão

Imagens do Ramalhete;

Webgrafia.

O Ramalhete - 1ºmomento;

O Ramalhete - 2ºmomento;

Introdução

No âmbito da disciplina de Português, foi-nos proposto fazer a realização de uma apresentação, cujo o tema é "Os Maias - O Ramalhete". Um dos objetivos da apresentação é ficar a conhecer melhor sobre esta obra.

Quem foi eça de queirós?

José Maria de Eça de Queirós, nasceu a 25 de novembro de 1845, na Praça do Almada na Póvoa de Varzim e faleceu a 16 de agosto de 1900, em Neuilly-sur-Seine, na França e foi um escritor e diplomata português. É considerado um dos mais importantes escritores portugueses. Foi autor de romances de reconhecida importância, de "Os Maias" e "O Crime do Padre Amaro".

O ramalhete

Descrição

O Ramalhete era onde a família Maia habitava. Localizava-se em Lisboa, na Rua de S. Francisco de Paula no bairro das Janelas Verdes. O nome devesse a um ramo de girassóis que fazia um escudo de armas. Esta habitação tinha um fresco nome de uma casa campestre, era um sombrio casarão de paredes severas, com muitas estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, apresentavam um aspeto triste de uma residência com muitas parecenças com uma igreja que competia com uma edificação do reinado da senhora D. Maria I, com uma sineta e com uma cruz no topo, que se assemelhava a um colégio de Jesuítas.

Imagens do ramalhete

O ramalhete- 1º Momento

No Ramalhete decorreram-se três momentos. Na primeira fase, antes dos Maias, habitarem aquela grande casa, o Ramalhete é caracterizado como um "sombrio casarão de paredes severas", isto significa que a casa estava em ruínas. Aqui o Ramalhete tem um "aspeto tristonho" deve-se ao luto de Afonso da Maia pela morte do seu filho Pedro, que se suicidou, por ser abandonado pela sua mulher Maria Monforte, que o traiu e fugiu com a sua filha Maria Eduarda.

O ramalhete- 2º momento

No segundo momento do Ramalhete, este ganha vida outra vez, e é nesta altura que Carlos fica licenciado em medicina. Todas as partes do Ramalhete voltaram a ganhar vida. É nesta fase que surge o nome "Ramalhete", devido a um quadro de azulejos com um grande ramo de girassóis, ou seja, um Ramalhete de girassóis que ganhou vida com a volta da família, como se este acontecimento fosse o sol e a alegria que os fez renascer. Outro acontecimento importante na evolução do Ramalhete foi a morte de Afonso da Maia desiludido pela tragédia e pelo desgosto de ter descoberto o incesto dos netos, Carlos e Maria Eduarda. No geral a segunda fase é marcada pelo facto de este adquirir um novo aspeto, requintado e limpo, representando o seu ponto mais alto e o da família Maia, voltando a existir esperança em ambos.

O ramalhete - 3º momento

A terceira fase é símbolo de destruição, tristeza e morte simbolizando o fim do sonho e da esperança. Afonso da Maia morre no quintal do Ramalhete junto á cascatazinha. A tristeza que o Ramalhete passa nesta 3ª fase não se deve, exclusivamente, à morte de Afonso da Maia, mas também á ruína da família Maia, devido a Afonso da Maia ser considerado o "pilar" da família. No último capítulo, após Carlos e Ega regressarem da sua viagem de 10 anos pelo mundo, o Ramalhete volta novamente a apresentar um aspeto abandonado e tristonho, sendo visível através da sua "fachada severa", como marca da tragédia que lá ocorreu, a morte de Afonso da Maia.

Síntese

Na primeira fase, o Ramalhete encontra-se desabitado, tendo um aspeto abandonado, degradado e arruinado. Na segunda fase é habitado por Afonso da Maia e Carlos da Maia, o Ramalhete renasce, passando a simbolizar esperança, alegria, vida, brilho e luxúria, verificando-se nesta altura o auge da família Maia. Por fim, na terceira fase, a tragédia abateu a família Maia com a descoberta do incesto de Carlos e Maria Eduarda e a morte de Afonso da Maia. Com isto, reflete-se na caracterização do Ramalhete, em que tudo passa a ter um caráter fúnebre, melancólico e triste, remetendo para a morte, ruína, degradação e destruição da família Maia.

Simbologia do ramalhete

O Ramalhete está simbolicamente ligado á decadência moral de Portugal na regeneração. O ramo de girassóis simboliza a atitude do amante, que faz como os girassóis, vira-se continuadamente para o olhar do seu amado. O girassol associa-se à incapacidade de ultrapassar a paixão e a falta de recetividade do seu amado, isto diz respeito a Pedro da Maia e Carlos da Maia.

O jardim

O jardim do Ramalhete é rico em simbologias. O cipestre, é símbolo de morte e o cedro, símbolo de envelhecimento.

A estátua de Vénus Citereia

Vénus Citereia deusa do amor, ligada á sedução e ao prazer, liga-se igualmente às três fases do Ramalhete: a primeira fase está relacionada com a morte de Pedro da Maia, na segunda fase após a restauração do Ramalhete simboliza novamente a volta da família Maia, para uma vida feliz e harmónica, devido ao aparecimento de Maria Eduarda, por últmo a terceira fase que é símbolo de amor. O facto de a estátua de Vénus Citereia simboliza o universo clássico, numa clara tentativa de relembrar a tragédia clássica, por outro lado o mármore liga-se ao cemitério por ser frio como a morte e por ser o material usado nas campas.

A "cascatazinha"

A cascata é, na tradição judaico-cristã, é símbolo de recuperação e purificação, o facto de esta estar cheia de água referindo-se assim ás lágrimas derramadas pela morte de Afonso da Maia.

Conclusão

Neste trabalho abordámos o tema "Os Maias - O Ramalhete", e concluímos que a família Maia inicialmente estava habitada na residência o Ramalhete e acabou por ficar arruinada devido á morte de Afonso da Maia que era considerado o "pilar" da família. Cumprimos todos os objetivos que nos tinham proposto e esta apresentação foi muito construtiva para o nosso conhecimento e aprendizagem sobre esta obra "Os Maias".

Webgrafia

https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Os-Maias-Ramalhete-Simbologia-e/63332011.html https://pt.slideshare.net/maurodinis/a-evoluo-do-ramalhete-os-maias https://pt.slideshare.net/neizymandinga/apresentao-do-simbolismo-nos-maias https://portugues-fcr.blogspot.com/2012/02/o-ramalhete.html http://figaro.fis.uc.pt/queiros/obras/Maias/Maias_20001210.pdf

Obrigado pela vossa atenção

3º momento

A estátua de vénus citereia adquire, neste momento, “grosso membros” e está coberta de “ferrugem”. A sua degradação, nesta fase, não vai ao envcontro da fuga de Maria Monforte, mas da fuga da outra mulher fatal da obra, Maria Eduarda, apos a descoberta do incesto. Os “grosso membros”, que conferem um aspeto monstruoso á estatua, remetem para a monstruosidade do incesto.

1º momento:

A cascaratazinha estava “seca”, também sem vida, pois o tempo de ação dos Maias ainda não tinha começado.

2º momento

A cascatazinha, anteriormente”seca”, é, agora, “deliciosa”, dando um toque agradável, ternurento e alegre ao jardim. No entanto, este elemento apresenta um segundo significado, pois, em simultâneo, a abundância de água está associada à melancolia, ao “pranto”, como-se fizesse antever a tristeza e a tragédia que ocorrera no final da obra, com a morte de Afonso, constituindo, também, um indício trágico

3º momento

O jardim tem um aspeto “bem areado, limpo e frio”, melancólico, sem vida, abandonado e “esquecido”.

A paisagem adquire um “tom mais pensativo e triste”, assim o Ramalhete, o que vai novamente, ao encontro da tristeza e melancolia do edifício e da família.

1º momento:

No primeiro momento o cipestre e o cedro foram testemunhas das várias gerações da família, dado que são árvores com uma grande longevidade, sendo assim assistiram a todas as tragédias, e simbolizam a amizade inseparável de Carlos e João da Ega.

3º momento

Na cascatazinha, corria agora um “prantozinho”, mais “lento”, como se a própria passagem do tempo se tornasse ainda mais melancólica e triste. O choro simboliza, mais uma vez, a tristeza pela morte de Afonso e a saudade dos tempos gloriosos dos Maias, em que existia sonho, esperança e vida.

2º momento

O seu pátio, “outrora tão lôbrego e nu”, ou seja, triste e escuro tornou-se “replandescente”, cheio de requinte e cor, como é visível através dos “mármores brancos e vermelhos”. Nesta fase, está, também, fortemente ornamentado, com “mármore”, “plantas”, “vasos”, quadros vindos de várias partes do mundo, veludos, tapeçarias, que demonstram o culto das aparências, o luxo e a riqueza da família Maia, e também alguma exuberância e exagero, que em tudo contrastam com a ausência de vida que se verifica no ramalhete na fase anterior. O próprio quintal, inicialmente abandonado, ganhou vida, adquirindo um “ar simpático”, muito mais acolhedor que na primeira fase.

2º momento

A estátua de vénus citereia também evolui, tendo adquirindo um “tom claro de estátua de parque”, parecendo “ter chegado de Versalhes”, o que vai ao encontro da resplandecência do ramalhete nesta fase.

1ºmomento

“A um canto”, “enegrecendo”, está a estátua de Vénus Citereia, símbolo de amor e sedução, que representa as mulheres fatais da obra, Maria Eduarda e Maria Monforte. Nesta altura, a sua degradação está associada à fuga de Maria Monforte, que desolou Pedro e levou-o ao suicidio.