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Apresentação Poema Luís de Camões

André Gomes

Created on May 25, 2024

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Transcript

Canto I – Estâncias 105-106

André Gomes nº2​ Rafael Figueira nº23​ Rodrigo Ramos nº31

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  1. Leitura Expressiva​
  2. Análise e interpretação do Poema
  3. Análise dos Recursos Expressivos
  4. ​Análise Formal
  5. ​Relação com um objeto artístico

Índice:

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106

No mar tanta tormenta, e tanto dano, ​Tantas vezes a morte apercebida! ​ Na terra tanta guerra, tanto engano, ​ Tanta necessidade avorrecida! ​ Onde pode acolher-se um fraco humano, ​ Onde terá segura a curta vida, ​ Que não se arme, e se indigne o Céu sereno ​ Contra um bicho da terra tão pequeno?

105

O recado que trazem é de amigos, ​ Mas debaixo o veneno vem coberto; ​ Que os pensamentos eram de inimigos, ​Segundo foi o engano descoberto. ​ Oh grandes e gravíssimos perigos! ​ Oh caminho de vida nunca certo, ​ Que aonde a gente põe sua esperança, ​ Tenha a vida tão pouca segurança!

Análise do Poema

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106
105

O recado que trazem é de amigos, ​Mas debaixo o veneno vem coberto; ​Que os pensamentos eram de inimigos, ​Segundo foi o engano descoberto.​Oh grandes e gravíssimos perigos! ​Oh caminho de vida nunca certo,Que aonde a gente põe sua esperança, ​Tenha a vida tão pouca segurança! No mar tanta tormenta, e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida! ​ Na terra tanta guerra, tanto engano, ​ Tanta necessidade avorrecida! ​ Onde pode acolher-se um fraco humano, ​ Onde terá segura a curta vida, ​ Que não se arme, e se indigne o Céu sereno ​ Contra um bicho da terra tão pequeno?

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106
105

O recado que trazem é de amigos, ​Mas debaixo o veneno vem coberto; ​Que os pensamentos eram de inimigos, ​Segundo foi o engano descoberto.​Oh grandes e gravíssimos perigos!​Oh caminho de vida nunca certo,​Que aonde a gente põe sua esperança, ​Tenha a vida tão pouca segurança! No mar tanta tormenta, e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida! ​ Na terra tanta guerra, tanto engano, ​ Tanta necessidade avorrecida! ​ Onde pode acolher-se um fraco humano, ​ Onde terá segura a curta vida, ​ Que não se arme, e se indigne o Céu sereno ​ Contra um bicho da terra tão pequeno?

Recursos Expressivos

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8 versos

Análise Formal

O/re/ca/do/que/tra/zem/é/dea/mi/gos, ​-AMas debaixo o veneno vem coberto; ​-BQue os pensamentos eram de inimigos, -A​Segundo foi o engano descoberto.-B​Oh grandes e gravíssimos perigos! ​-AOh caminho de vida nunca certo,-BQue aonde a gente põe sua esperança,-C ​Tenha a vida tão pouca segurança!-C No mar tanta tormenta, e tanto dano,-D Tantas vezes a morte apercebida! ​-E Na terra tanta guerra, tanto engano,-D ​ Tanta necessidade avorrecida! ​-E Onde pode acolher-se um fraco humano, -D​ Onde terá segura a curta vida, ​-E Que não se arme, e se indigne o Céu sereno -F ​ Contra um bicho da terra tão pequeno? -F

Objeto artístico:

(ABABABCC)

  • Desconcerto do Mundo
  • Natureza
  • Mudança
  • Certeza da Morte
Temas:

Decassílabo

Medida Nova

Vertente Renascentista

O sujeito poético mostra-nos que o povo de Mombaça queria uma falsa amizade dos portugueses para os traírem, mas são descobertos pelos portugueses.

(v.1-4)

"O recado que trazem é de amigos, ​ Mas debaixo o veneno vem coberto; ​ Que os pensamentos eram de inimigos, ​ Segundo foi o engano descoberto."

"Que não se arme, e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?" O contraste entre o "Céu sereno" e o "bicho da terra tão pequeno" destaca a insignificância humana em comparação com as forças celestiais

"Oh! grandes e gravíssimos perigos! Oh! caminho de vida nunca certo," A palavra "caminho" normalmente sugere direção e segurança, mas aqui é qualificado como "nunca certo," sublinhando a insegurança.

A antítese é utilizada para destacar contrastes e intensificar a mensagem

Antítese

Dupla adjetivação

O sujeito Poético fala dos perigos e inseguranças que a vida tem e da esperança que as pessoas colocam na vida e no futuro.

(v.5-8)

​"Ó grandes e gravíssimos perigos! ​Ó caminho de vida nunca certo: ​Que aonde a gente põe sua esperança, ​Tenha a vida tão pouca segurança!"

"Tantas vezes a morte apercebida!" A expressão exagera a frequência com que a morte é enfrentada, destacando o constante perigo

A hipérbole exagera para criar um efeito dramático

Hipérbole

O sujeito poético fala do mar e da terra, o mar simbolizando a morte e os perigos já a terra simbolizando a guerra e o engano

(v.1-4)

"No mar tanta tormenta, e tanto dano, ​ Tantas vezes a morte apercebida! ​ Na terra tanta guerra, tanto engano, ​ Tanta necessidade avorrecida!"

"Tanta" e "tanto" e "tantas" são repetidos para sublinhar a enormidade dos perigos e dificuldades enfrentados.

A repetição de palavras no início de versos ou frases cria um efeito rítmico e enfatiza a mensagem

Anáfora

O sujeito poético fala do ser humano como um ser fraco diante da natureza e por ele ser fraco e pequeno nunca vai encontrar segurança. Os Portugueses são considerados "bichos da terra" mas eles conseguiram vencer batalhas e fazer feitos históricos e por isso são vistos como heróis.

(V.5-8)

"Onde pode acolher-se um fraco humano, ​ Onde terá segura a curta vida, ​ Que não se arme, e se indigne o Céu sereno ​ Contra um bicho da terra tão pequeno?"

Camões usa metáforas para intensificar a mensagem sobre a traição e os perigos

"O recado que trazem é de amigos, Mas debaixo o veneno vem coberto;" A ideia de um recado amigável que esconde veneno é uma metáfora para a falsidade e a traição disfarçadas de amizade.

"Que aonde a gente põe sua esperança, Tenha a vida tão pouca segurança!" A metáfora aqui sugere que mesmo nas nossas maiores esperanças, há uma falta de segurança, refletindo a incerteza da vida.

Metáfora