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Transcript

"A Corneta do Diabo" e "A tarde"

Inês nº6/Maria Eduarda nº11/ Maria Fernanda nº12/ Matilde nº16

Índice

Contextualização e relação com a intriga principal

1

Descrição das redações dos dois jornais

2

Identificação de marcas do estilo queirosiano

3

Modo de funcionamento da imprensa

4

Intenção crítica

5

Conclusão

6

  • O capítulo XV situa-se no desenvolvimento da ação, contendo os episódios “A Corneta do Diabo” e “A Tarde”, que criticam um Portugal decadente, inserindo-se, assim, no plano da crónica de costumes.
  • Analisam-se os comportamentos da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX, apontando os seus vícios e as suas falhas.

Contextualização do episódio

  • Maria Eduarda conta a sua vida a Carlos;

  • Carlos tem conhecimento de um artigo difamatório sobre a sua relação com Maria Eduarda, no jornal "A Corneta do Diabo";

  • Carlos, furioso, decide matar o autor do artigo e descobre quem foram os envolvidos;

  • Ega decide publicar a carta de Dâmaso no jornal A Tarde, humilhando-o;

  • Ega e Cruges vão pedir a honra ou a vida a Dâmaso, que escreve uma carta de desculpas a Carlos;

  • Dâmaso parte para Itália, envergonhado.

Relação com a intriga principal

  • Jornal dirigido por Neves;
  • Jornal parcial e politico;
  • Publica a carta de Dâmaso Salcede;
  • Aproveita-se dessa carta para influenciar politicamente os leitores.

Descrição das redações dos dois jornais

"A Corneta do Diabo"

"A Tarde"

  • Jornal dirigido por Palma Cavalão;
  • Jornal de maledicências e escândalos como se vê no excerto: " Na impressão, no papel, na abundância dos Itálicos, no tipo gasto, todo ele revelava imundíce e malandrice";
  • Interesses económicos;
  • Artigo difamatório sobre Carlos e Maria Eduarda.

Personagens

Neves

Carlos

Dâmaso

Ega

Palma

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Maria Eduarda

  • Manipulador;
  • Fiel e confidente de Carlos.

  • Traidor;
  • Movido pelo dinheiro;
  • Corrupto.

  • Personagem tipo;
  • Diretor do jornal "A Tarde".

  • Cobarde;
  • Mentiroso;
  • Gosto pelo "chic a valer".

  • Tem um gosto requintado;
  • Impulsivo;
  • Agressivo;
  • Falso.

  • Bela;
  • Alta;
  • Encarna a heroína romântica.

Espaço físico

Jornal " A Tarde"

"Toca"

Grémio

Lisboa

Jornal "A Corneta do Diabo"

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+

Casa de Dâmaso

  • Recente;
  • Gravuras de mulheres nas paredes.

  • Antigo;
  • Escuro.

  • Arquitetura antiga;
  • Decoração requintada.

  • Local de transgressão do amor;
  • Luxo estridente e sensual;
  • Amarelos excessivos.

  • Escura;
  • Decoração antiga;
  • Com bastante vegetação.

  • Degradação moral;
  • Ociosidade crónica.

Marcas do estilo queirosiano

Adjetivação-"O pobre Dâmaso escutava-o, esmagado, enervado, sem compreender".

Advérbio- " Lentamente"; "Significativamente"; "Desesperadamente".

Ironia-"E chamei eu aquele homem "meu amigo" (Dâmaso)."

Comparação-"tais jornais, tal país".

Diminutivo- "Porque artiguinhos como este da Corneta".

Discurso indireto livre-“ Aqui para nós, eu prometei-lhe dois estalos na cara, e ele embuchou.”;“ sentindo-se remoçar, como ele dizia ”.

Eça de Queirós, tinha um apurado sentido crítico, uma visão profunda da sociedade e mostrava ser rico em variedade e expressividade linguística. Traduz, através de recursos de estilo, a realidade que quer representar.

Modo de funcionamento da imprensa

  • Imprensa dominada pelos jornais impressos;
  • A invenção das rotativas e o uso do papel de jornal mais barato;
  • Meio de propaganda política;
  • Corrupto e sem valores morais;
  • Objetivo focado no lucro.

Imprensa na época

Imprensa hoje em dia

  • Marcada pela diversificação das plataformas de comunicação e pela digitalização;
  • A imprensa escrita enfrenta desafios significativos;
  • Necessidade de adaptação, o jornalismo cidadão;
  • Fusão da informação com o entretenimento;
  • Objetivo focado em obter audiências;

Denuncia a parcialidade e a corrupção da imprensa lisboeta, que se move por interesses políticos e económicos e falta com ética;

Carlos da Maia considera que “só Lisboa, só a horrível Lisboa, com o seu apodrecimento moral, o seu rebaixamento social, a perda inteira de bom senso, o desvio profundo do bom gosto, a sua pulhice e o seu calão, podia produzir uma Corneta do Diabo”.

Eça critica o jornalismo português da época e confronta os níveis dos jornais com a situação do país;

A desaprovação da personagem central ao sensacionalismo do jornal A Corneta do Diabo e ao comportamento infame de Palma Cavalão, observa-se quando Carlos se recusa a apertar a mão de Palma;

Intenção crítica

Conclusão

Por fim, escolhemos este episódio pois foi o que mais nos interessou e entusiasmou. Os factos narrados, como a vida passada de Maria Eduarda e as intrigas, como a publicação do artigo difamatório sobre o casal principal e a carta humilhante de Dâmaso, captaram a nossa atenção e motivaram-nos a continuar a leitura para conhecermos o desenrolar da história.