Os Maias
Inês Ramos
Created on May 12, 2024
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Transcript
"A Corneta do Diabo" e "A tarde"
Inês nº6/Maria Eduarda nº11/ Maria Fernanda nº12/ Matilde nº16
Índice
Contextualização e relação com a intriga principal
1
Descrição das redações dos dois jornais
2
Identificação de marcas do estilo queirosiano
3
Modo de funcionamento da imprensa
4
Intenção crítica
5
Conclusão
6
- O capítulo XV situa-se no desenvolvimento da ação, contendo os episódios “A Corneta do Diabo” e “A Tarde”, que criticam um Portugal decadente, inserindo-se, assim, no plano da crónica de costumes.
- Analisam-se os comportamentos da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX, apontando os seus vícios e as suas falhas.
Contextualização do episódio
- Maria Eduarda conta a sua vida a Carlos;
- Carlos tem conhecimento de um artigo difamatório sobre a sua relação com Maria Eduarda, no jornal "A Corneta do Diabo";
- Carlos, furioso, decide matar o autor do artigo e descobre quem foram os envolvidos;
- Ega decide publicar a carta de Dâmaso no jornal A Tarde, humilhando-o;
- Ega e Cruges vão pedir a honra ou a vida a Dâmaso, que escreve uma carta de desculpas a Carlos;
- Dâmaso parte para Itália, envergonhado.
Relação com a intriga principal
- Jornal dirigido por Neves;
- Jornal parcial e politico;
- Publica a carta de Dâmaso Salcede;
- Aproveita-se dessa carta para influenciar politicamente os leitores.
Descrição das redações dos dois jornais
"A Corneta do Diabo"
"A Tarde"
- Jornal dirigido por Palma Cavalão;
- Jornal de maledicências e escândalos como se vê no excerto: " Na impressão, no papel, na abundância dos Itálicos, no tipo gasto, todo ele revelava imundíce e malandrice";
- Interesses económicos;
- Artigo difamatório sobre Carlos e Maria Eduarda.
Personagens
Neves
Carlos
Dâmaso
Ega
Palma
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Maria Eduarda
- Manipulador;
- Fiel e confidente de Carlos.
- Traidor;
- Movido pelo dinheiro;
- Corrupto.
- Personagem tipo;
- Diretor do jornal "A Tarde".
- Cobarde;
- Mentiroso;
- Gosto pelo "chic a valer".
- Tem um gosto requintado;
- Impulsivo;
- Agressivo;
- Falso.
- Bela;
- Alta;
- Encarna a heroína romântica.
Espaço físico
Jornal " A Tarde"
"Toca"
Grémio
Lisboa
Jornal "A Corneta do Diabo"
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Casa de Dâmaso
- Recente;
- Gravuras de mulheres nas paredes.
- Antigo;
- Escuro.
- Arquitetura antiga;
- Decoração requintada.
- Local de transgressão do amor;
- Luxo estridente e sensual;
- Amarelos excessivos.
- Escura;
- Decoração antiga;
- Com bastante vegetação.
- Degradação moral;
- Ociosidade crónica.
Marcas do estilo queirosiano
Adjetivação-"O pobre Dâmaso escutava-o, esmagado, enervado, sem compreender".
Advérbio- " Lentamente"; "Significativamente"; "Desesperadamente".
Ironia-"E chamei eu aquele homem "meu amigo" (Dâmaso)."
Comparação-"tais jornais, tal país".
Diminutivo- "Porque artiguinhos como este da Corneta".
Discurso indireto livre-“ Aqui para nós, eu prometei-lhe dois estalos na cara, e ele embuchou.”;“ sentindo-se remoçar, como ele dizia ”.
Eça de Queirós, tinha um apurado sentido crítico, uma visão profunda da sociedade e mostrava ser rico em variedade e expressividade linguística. Traduz, através de recursos de estilo, a realidade que quer representar.
Modo de funcionamento da imprensa
- Imprensa dominada pelos jornais impressos;
- A invenção das rotativas e o uso do papel de jornal mais barato;
- Meio de propaganda política;
- Corrupto e sem valores morais;
- Objetivo focado no lucro.
Imprensa na época
Imprensa hoje em dia
- Marcada pela diversificação das plataformas de comunicação e pela digitalização;
- A imprensa escrita enfrenta desafios significativos;
- Necessidade de adaptação, o jornalismo cidadão;
- Fusão da informação com o entretenimento;
- Objetivo focado em obter audiências;
Denuncia a parcialidade e a corrupção da imprensa lisboeta, que se move por interesses políticos e económicos e falta com ética;
Carlos da Maia considera que “só Lisboa, só a horrível Lisboa, com o seu apodrecimento moral, o seu rebaixamento social, a perda inteira de bom senso, o desvio profundo do bom gosto, a sua pulhice e o seu calão, podia produzir uma Corneta do Diabo”.
Eça critica o jornalismo português da época e confronta os níveis dos jornais com a situação do país;
A desaprovação da personagem central ao sensacionalismo do jornal A Corneta do Diabo e ao comportamento infame de Palma Cavalão, observa-se quando Carlos se recusa a apertar a mão de Palma;
Intenção crítica
Conclusão
Por fim, escolhemos este episódio pois foi o que mais nos interessou e entusiasmou. Os factos narrados, como a vida passada de Maria Eduarda e as intrigas, como a publicação do artigo difamatório sobre o casal principal e a carta humilhante de Dâmaso, captaram a nossa atenção e motivaram-nos a continuar a leitura para conhecermos o desenrolar da história.