Tanto de meu estado me acho incerto

PO R T U G U E S

Tanto de meu estado me acho incerto

Luís Vaz de Camões

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Tanto de meu estado me acho incerto

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Tanto de meu estado me acho incerto

Versos decassilábicos

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a b b a a b b a c d e c d e

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Rima interpolada

Duas quadras

S O N E T O

Rima emparelhada

(nas quadras)

Dois tercetos

Rima interpolada

(nos tercetos)

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

ESTRUTURA INTERNA

Tanto de meu estado me acho incerto

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Tema: Experiência amorosaAssunto: Neste soneto, o sujeito poético reflete sobre os efeitos contraditórios que a contemplação da mulher amada lhe provoca, revelando o seu sofrimento amoroso

Antítese

Primeira Parte (três primeiras estrofes) :Descrição do estado de espírito do sujeito poético, encontrando-se este numa situação de desconcerto, e descontrolo.

1ª parte

Metáfora

Anáfora

Segunda Parte (última estrofe) :Momento conclusivo em que se revela a causa dos sentimentos do "eu": o avistamento da sua amada.

Hipérbole

- O uso destes recursos expressivos vem acentuar e reforçar o turbilhão de emoções que o sujeito poético enfrenta

2ª parte

Tanto de meu estado me acho incerto

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, numa hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.

INTERPRETAÇÃO DA MENSAGEM

Com a leitura deste soneto, podemos concluir que a experiência amorosa é extremamente intensa para o sujeito poético. Apenas o contemplar da sua amada desperta no eu lírico um estado de desconcerto e contradição total, o que resulta num grande sofrimento para o mesmo.

Anáfora

Metáora

Hipérbole

Luís Vaz de Camões

PO R T U G U E S

Trabalho realizado por:

• João Pedro Fernandes, n°17
• Tomás Espírito Santo, n°28
• Mariana Gonçalves, n°22
• Guilherme Lopes, n°16

Turma 10ºB