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Antonio De Spinola (HISTORIA)

Alexandre Ferreira

Created on April 23, 2024

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Transcript

Ex-Presidente da República de Portugal

António de Spínola

Nasceu a 11 de Abril de 1910, em Estremoz, no Alto Alentejo, e faleceu em Lisboa a 13 de Agosto de 1996. Filho de António Sebastião de Spínola e de Maria Gabriela Alves Ribeiro de Spínola. Filho de uma família abastada: seu pai foi inspetor-geral de Finanças e chefe de gabinete de Salazar no Ministério das Finanças. Casou, em 1932, com Maria Helena Martin Monteiro de Barros.

Cargos exercidos

Colocado inicialmente, em 1928, no Regimento de Cavalaria 4, irá exercer as funções de instrutor, durante seis anos, no Regimento de Cavalaria 7, a partir de 1933, já como alferes. Em 1939, exercerá as funções de ajudante-de-campo do comandante da GNR (Guarda Nacional Republicana), general Monteiro de Barros, seu sogro, e dará início à sua colaboração na Revista de Cavalaria de que é co-fundador. Em 1941, é integrado na missão de estudo do Exército português para uma visita à Escola de Carros de Combate do Exército alemão e à frente germano-russa. Em 1947, é nomeado para uma missão de estudo na Guarda Civil Espanhola, uma vez que exercia funções na Guarda Nacional Republicana. Em 1961, como tenente-coronel, desempenha as funções de 2.º comandante e comandante do Regimento de Lanceiros 2. Com o início da guerra em Angola oferece-se como voluntário e organiza o Grupo de Cavalaria 345. É colocado com a sua unidade, em Angola, em 1961, onde frequenta por curto período um curso de aperfeiçoamento operacional no Centro de Instrução Militar de Grafanil, em Luanda. A sua primeira missão é na região de Bessa Monteiro e mais tarde na região fronteiriça de São Salvador do Congo. Permanecerá em Angola até 1963. Em 1967, é nomeado 2.º comandante-geral da Guarda Nacional Republicana. Em 1968, é chamado para exercer as funções de governador e comandante-chefe das Forças Armadas da Guiné, cargos para que volta a ser nomeado em 1972, por recondução, mas que não aceita alegando falta de apoio do Governo Central. Em Novembro de 1973, é convidado por Marcelo Caetano, numa tentativa de o colocar no regime, para ocupar a pasta de ministro do Ultramar, cargo que não aceita. A 17 de Janeiro de 1974, é nomeado para vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que é demitido em Março, por se ter recusado a participar na manifestação de apoio ao Governo e à sua política. A 25 de Abril de 1974, como representante do MFA(Movimento das Forças Armadas), aceita do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, a rendição do Governo, o que na prática significa uma transmissão de poderes. Com a instituição da Junta de Salvação Nacional, órgão que passou a deter as atribuições dos órgãos fundamentais do Estado, a que presidia, é escolhido pelos seus membros para o exercício das funções de Presidente da República. Ocupará a Presidência da República a 15 de Maio de 1974, cargo que irá exercer até 30 de Setembro de 1974, altura em que renuncia e é substituído pelo general Costa Gomes.

Contexto

António de Spínola (1910-1996) foi o primeiro Presidente da República após o golpe militar de 25 de Abril de 1974. Abandonou o cargo após poucos meses de mandato, na sequência de uma tentiva de golpe de estado gorada. Numa época em que o espírito revolucionário estava muito vivo, a presidência de António de Spínola foi curta e tumultuosa. Em Setembro de 1974 tenta promover uma manifestação se apoio à sua política que é bloqueada, com sucesso, por forças de esquerda. Demite-se, mas em Março de 1975 patrocina um golpe de estado que sai gorado e, como sequência, é obrigado a exilar-se em Espanha. Regressa a Portugal após a normalização da vida política onde irá falecer com a patente de Marechal.

António de Spínola foi uma figura proeminente na história de Portugal, especialmente durante os turbulentos tempos da Revolução dos Cravos. Aqui estão algumas curiosidades sobre ele: 1. General e Político: António de Spínola foi um general do Exército Português e também um político influente. Ele desempenhou um papel significativo na Guerra Colonial Portuguesa e foi nomeado Presidente de Portugal após a Revolução dos Cravos em 1974. 2. Livros e Escrita: Além de suas atividades militares e políticas, Spínola era um autor prolífico. Ele escreveu vários livros, incluindo "Portugal e o Futuro" e "País sem Rumo", nos quais expressava suas opiniões sobre a situação política e social de Portugal. 3. Renúncia à Presidência: Spínola tornou-se Presidente de Portugal após a Revolução dos Cravos, mas renunciou ao cargo em 1974 devido a divergências políticas e desentendimentos com o Movimento das Forças Armadas (MFA) e outros grupos políticos. 4. Exílio e Retorno: Após sua renúncia, Spínola foi para o exílio no Brasil, onde permaneceu por um tempo antes de retornar a Portugal. Ele continuou a ser uma figura controversa na política portuguesa até sua morte em 1996. 5. Legado Controverso: O legado de Spínola é complexo e continua sendo objeto de debate. Alguns o veem como um herói que tentou modernizar Portugal e resolver os conflitos coloniais de forma pacífica, enquanto outros o criticam por suas políticas autoritárias e conexões com o regime colonialista.

Curiosidades

Biografia

António Sebastião Ribeiro de Spínola nasceu em Estremoz, no dia 11 de abril de 1910, filho de António Sebastião Spínola (1875-1956) e Maria Gabriela Alves Ribeiro de Spínola (1884-1920), naturais da ilha da Madeira. A sua infância decorreu entre Estremoz, Setúbal e Lisboa, locais onde o seu pai, alto funcionário das Finanças, foi colocado (foi chefe de Gabinete do ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar, e, depois, João Pinto da Costa Leite). Em 1917, em pleno conflito mundial, António de Spínola foi enviado para a casa dos avós paternos em Porto da Cruz (Madeira), regressando ao continente no ano seguinte, concluindo os estudos primários em Lisboa. A morte prematura da mãe levou o pai a tomar a decisão de matricular António, de dez anos, e o irmão, Francisco, dois anos mais novo, no Colégio Militar. Ingressava, assim, numa muito preenchida carreira militar. Aos 18 anos, ingressou na Escola Politécnica de Lisboa, onde completou os estudos preparatórios militares, seguindo-se, em 1930, a Escola do Exército, escolhendo o curso de Cavalaria. Nascia, então, a sua paixão pelos cavalos, tendo participado em várias provas hípicas, em Portugal e no estrangeiro. Em 1939, foi um dos fundadores da Revista da Cavalaria.

Trabalhos

Colocado inicialmente, em 1928, no Regimento de Cavalaria 4, irá exercer as funções de instrutor, durante seis anos, no Regimento de Cavalaria 7, a partir de 1933, já como alferes. Em 1939, exercerá as funções de ajudante-de-campo do comandante da GNR (Guarda Nacional Republicana), general Monteiro de Barros, seu sogro, e dará início à sua colaboração na Revista de Cavalaria de que é co-fundador. Em 1941, é integrado na missão de estudo do Exército português para uma visita à Escola de Carros de Combate do Exército alemão e à frente germano-russa. Em 1947, é nomeado para uma missão de estudo na Guarda Civil Espanhola, uma vez que exercia funções na Guarda Nacional Republicana.