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Apresentação Quadro Animado

Nikko Shinazugawa

Created on April 10, 2024

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O Gótico

Trabalho de História e Cultura das Artes

Tema: Cultura da Catedral

Professora: Maria José Ferreira

Realizado por: Sara Santos 10.ºE

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1- A arquitetura Gótica - em louvor de Deus e dos homens

3- A expansão do Gótico no espaço europeu

2- A revolução de construir

Índice

4- O Gótico em Portugal (O Manuelino)

5- A escultura Gótica

6- A pintura no Gótico

A arquitetura Gótica - em louvor de deus e dos homens.

A arquitetura Gótica - em louvor de deus e dos homens.

- A catedral gótica, que foi erguida em louvor de Deus e dos homens, exprime a capacidade empreendedora e a inovação técnica do Homem colocada em serviço divino de Deus. Foi a materialização do novo pensamento da igreja empenhado em harmonizar a fé cristã com o racionalismo clássico.

- O estilo gótico é um fenômeno urbano, marcando o nascimento de uma nova conceção do Homem, do mundo e de Deus, exaltando o místico e o espiritual em louvor de Deus.

A arquitetura Gótica - em louvor de deus e dos homens.

- O gótico nasceu na Île-de-France, em Paris, pelo abade de Saint-Denis Suger (1081-1151), um homem de grande cultura que traçou pela primeira vez o modelo da arquitetura gótica.

- Exprimiu-se sobretudo na arquitetura e caracterizou-se pela grande inovação técnica e processos construtivos, definindo um novo entendimento da luz e do espaço, enunciada pelo abade Suger como a "pura luz celestial". Esta luz era produzida através de imagens sagradas de vitrais policromos, que deviam constituir um lugar de exaltação mística, mágico e sobrenatural. Segundo Suger, a "casa de Deus" devia ser um lugar onde pudéssemos ser transportados misticamente até ao mundo dos céus.

+ info

A arquitetura Gótica - em louvor de deus e dos homens.

- Assim, o gótico marcou o nascimento uma nova época da arquitetura, inovando técnicas tais como o: arco ogival, a abóboda de cruzaria de ogivas, e os arcobotantes.

- A abóboda ogival desenvolvida no gótico, permitiu elevar as construções e privilegiar a sua verticalidade, conferindo novas qualidades plásticas ao espaço interior e elevando a catedral até aos céus. Sendo mais leve e flexível do que a abóboda românica, as abóboda gótica dispensa as robustas paredes, substituindo-as com lindos vitrais iluminados.

A revolução da arte de construir

A revolução da arte de construir

- A arquitetura gótica foi expalhando-se por toda a Europa, tudo graças à mobilidade das Guildas de artesãos que, ao viajarem de cidade em cidade, trocavam ideias sobre novos sistemas estruturais, explicando, assim, a uniformidade formal e estética do Gótico, que não teve influências quaisqueres orientais (bizantinas) nem clássicas (greco-romanas).

- Também houve a rivalidade entre cidades, que motivou os arquitetos a elevar cada vez mais as naves e as torres das suas catedrais, tentando superar todas as outras.

A revolução da arte de construir

- A catedral gótica baseia o seu plano na tradicional planta de cruz latina, mas com o cruzeiro e o transepto deslocados para o meio do edifício.

- O transepto apresenta dois portais, a norte e a sul, alternativos ao portal ocidental.

- A cabeceira prolonga-se até ao transepto e integra o coro, o altar-mor e o deambulatório com capelas radiantes.

- A fachada apresenta três portais profundos, com decoração esculpida e significativos grupos escultóricos.

Elementos do sistema estrutural:

Contrafortes

Arcobotantes

Abóbada de cruzaria de ogivas

Arco ogival

Características da arquitetura Gótica:

  • Portais profundos rematados por gabletes;
  • Fachadas com grandes grupos escultórios e estátuas;
  • Produsão decorativa em todos os elementos arquitetónicos;
  • Elementos decorativos: rosáceas, gabletes, gárgulas, pináculos, zimbórios, etc...
  • Acentuação da verticalidade;
  • Elevação das arcadas e naves;
  • Transepto mais largo e menos saliente ligando à cabeceira;
  • Cabeceira maior, integrando coro e altar-mor;
  • Interiores iluminados através das rosáceas e janelões;

A expansão do Gótico no espaço europeu

A expansão do Gótico no espaço europeu

- Depois de surgir na Île-de-France no século XII, o Gótico expandiu-se por toda a Europa ao longo dos séculos XIII e XIV. Seguindo as rotas comerciais utilizadas, o estilo Gótico chegou à Alemanha, Inglaterra, Itália e península Ibérica, desenvolvendo determinadas características regionais.

- Nesta expansão do Gótico pelo espaço europeu, podemos distinguir quatro fases de evolução:

  • O Gótico primitivo;
  • O Gótico clássico;
  • O Gótico radiante;
  • E o Gótico flamejante.

O Gótico primitivo:

- " Gótico primitivo refere-se às primeiras experiências desenvolvidas na Île-de-France (Abadia de Saint-Denis) e em Paris (Catedral de Notre-Dame). "

- Características:

- Principais catedrais:

  • Introdução do sistema estrutural gótico;
  • Construção de quatro níveis com grandes arcadas rasgadas no nível inferior;
  • Construção de tribuna, trifório e coroamento das torres com janelas altas.
  • Catedral de Saint-Étienne de Sens (1140-1534);
  • Catedral de Noyon (1150-1220);
  • Catedral de Laon (1160-1230);
  • Catedral de Notre-Dame de Paris (1163-1250).

O Gótico primitivo (exemplos):

Catedral de Saint-Étienne de Sens (França)

Catedral de Noyon (França)

Catedral de Notre-Dame (França)

Catedral de Laon (França)

O Gótico clássico:

- " Gótico clássico define-se nos grandiosos programas de cidades como Chartres, Bourges, Reims, Tours ou Amiens, entre cerca de 1190 e 1240. "

- Características:

  • Amadurecimento do sistema estrutural gótico;
  • Definição de três níveis na fachada ocidental;
  • Consolidação da abóbada de cruzaria de ogivas e do arcobotante;
  • Paredes mais ligeiras e adelgaçadas;
  • Suprime-se a tribuna, mantém-se o trifório mais baixo..

- Principais catedrais:

  • Catedral de Chartres (1194-1250);
  • Catedral de Bourges (1195-1230);
  • Catedral de Reims (1211-1299);
  • Catedral de Amiens (1220-1280).

O Gótico clássico (exemplos):

Catedral de Chartres (França)

Catedral de Bourges (França)

Catedral de Amiens (França)

Catedral de Reims (França)

O Gótico radiante:

- Características:

- " Gótico radiante corresponde a um período entre 1240 e 1350, em que o Gótico se expande plenamente por toda a Europa. "

  • A matriz gótica é enriquecida com variantes regionais, atingindo uma simplicidade espacial;
  • A decoração atinge maior complexidade; forte utilização de linhas radiais;
  • Utilização de janelas cada vez mais altas, com motivos ornamentais muito elaborados;
  • Utilização de grandes rosáceas com uma decoração muito complexa.
  • Suprime-se a tribuna, mantém-se o trifório mais baixo..

- Principais catedrais:

  • Catedral de Beauvais, França (1225-1272);
  • Catedral de Colónia, Alemanha (1248-1473);
  • Sainte-Chapelle de Paris (1246-1248);

O Gótico radiante (exemplos):

Catedral de Beauvais (França)

Catedral de Colónia (Alemanha)

Sainte-Chapelle de Paris (França)

O Gótico flamejante:

- " Gótico flamejante (ou Gótico tardio) desenvolve-se entre 1350 e 1520, sobretudo em França e na Alemanha. "

- Características:

  • Decoração intensa e exuberante cobrindo as formas e as superfícies arquitetónicas;
  • Utilização de uma ornamentação fluida e ondulante, de curvas e contracurvas;
  • A luxuriante profusão ornamental sobrepõe--se à estrutura arquitetónica;
  • Utilização de complexas molduras, lintéis e capitéis, fantasiosos e desordenados.
  • Suprime-se a tribuna, mantém-se o trifório mais baixo..

- Principais catedrais:

  • Notre-Dame de l’Épine, França (1406-1527);
  • Igreja Saint-Maclou, Rouen (1436-1521);
  • Catedral de Milão, Itália (1386-1813).

O Gótico flamejante (exemplos):

Notre-Dame de l’Épine (França)

Igreja Saint-Maclou (França)

Catedral de Milão (Itália)

O Gótico perpendicular:

- " Em Inglaterra o Gótico desenvolveu um percurso particular, surgindo nos séculos XIII a XV o designado decorated style (ou «estilo curvilíneo») e o Gótico perpendicular. "

- Características:

  • «Estilo curvilíneo» (c. 1275-1380): composições complexas de linhas curvas e ondulantes, semelhante ao Gótico radiante;
  • Gótico perpendicular (c. 1380-1520): acentuação da linearidade e perpendicularidade dos elementos;
  • Janelas altas e estreitas, numa dimensão vertical.
  • Utilização de complexas molduras, lintéis e capitéis, fantasiosos e desordenados.
  • Suprime-se a tribuna, mantém-se o trifório mais baixo..

- Principais catedrais:

  • Catedral de Lincoln, Inglaterra (1192-1549);
  • Catedral de Salisbury, Inglaterra (1220-1258);
  • Catedral de York, Inglaterra (1338-1408).

O Gótico perpendicular (exemplos):

Catedral de Lincoln (Inglaterra)

Catedral de Salisbury (Inglaterra)

Catedral de York (Inglaterra)

O Gótico em Portugal

O Gótico em Portugal

- O Gótico só começou a exprimir-se plenamente em território nacional no período final da Reconquista, a partir dos reinados de D. Sancho II (r. 1223-1248) e D. Afonso III (r. 1248-1279).

- A primeira fase do Gótico português teve características rurais e monásticas, de formas e linhas modestas e simples. Isto devido à escassez de recursos e à influência das ordens religiosas (como a Ordem religiosa de Cister) que impuseram a austeridade das suas regras.

O Gótico em Portugal

- Uma das primeiras construções góticas em Portugal foi a Igreja da Abadia de Santa Maria de Alcobaça, impulsionada e patrocionada pelos monges da Ordem de Cister.

- O Mosteiro de Alcobaça segue o modelo da casa-mãe da Ordem de Cister em Claraval, França, fundada por São Bernardo.

- A Igreja da Abadia Nova representa uma das mais significativas aplicações dos conceitos de austeridade, solidez e funcionalidade impostos por São Bernardo às construções da Ordem de Cister.

O Mosteiro da Batalha

- O Mosteiro da Batalha foi mandado fazer pelo rei D. João I, Mestre de Avis (1385-1433), em cumprimento de um voto feito antes de enfrentar o exército castelhano na célebre Batalha de Aljubarrota (14 de agosto de 1385).

- A sua construção constituiu a grande realização arquitetónica do século XV, e o seu estaleiro de obras tornou-se numa autêntica escola para arquitetos da altura, onde trabalharam Afonso Domingues e Mestre Huguet.

O Estilo Manuelino

- Formando-se no reinado de D. João II (1481-1495), foi no reinado de D. Manuel I (1495-1521) que o novo estilo viria a adotar o seu nome: a arte manuelina.

- O Manuelino afirma-se ao nível da decoração esculpida sobreposta à arquitetura, surgindo nos portais no coroamento das fachadas, nos ornatos das ombreiras, nas mísulas e impostas, nas arquivoltas dos portais, nos pilares, arcos e capitéis.

- A decoração caracteriza-se pela ornamentação exuberante e pelas temáticas exóticas, fantásticas e fabulosas.

O Estilo Manuelino

- " O Manuelino reflete a dinâmica da expansão marítima (os Descobrimentos), pretendendo exaltar a grandeza da pátria e do reino, com obras magníficas e gloriosas. "

- Características:

  • Arcos polilobados, redondos ou de ferradura, sobrepostos ou em várias combinações;
  • Motivos naturalistas de origem marítima: conchas, algas, corais, rochas, troncos;
  • Animais fantásticos e monstruosos;
  • Etc...

A Janela do Capítulo

- A obra foi encomendada por D. Manuel I para enriquecer a Casa do Capítulo daquele importante edifício monástico.

- A composição fantasiosa, as referências marítimas e os motivos exóticos fazem desta obra a mais importante manifestação ornamental manuelina.

- As molduras são constituídas por uma exuberante decoração vegetalista de inspiração marítima como corais, cordas, algas, raízes, troncos, esferas armilares, cruzes de cristo, etc...

A escultura Gótica

A escultura Gótica

- A escultura gótica atingiu uma conceção mais plástica e mais dinâmica, estabelecendo uma aproximação à cultura humanista que viria a despontar na Itália com o Renascimento no século XV.

- A escultura evolui sobretudo ao nível da composição, da expressão e da monumentalidade, surgindo um renovado interesse pelo real. Assumiu assim, um caráter mais naturalista na representação do corpo e do rosto, e desenvolveu novas capacidades expressivas.

A escultura Gótica

- Outra inovação significante está relacionada com a organização nos portais, em que as jambas (ombreiras) são substituídas por estátuas-coluna, e com o surgimento de um novo tema, as estátuas-jacentes, em que o corpo é representado deitado sobre a arca funerária de mãos postas sobre o peito em oração.

- Quanto à iconografia, continuam a prevalecer os temas inspirados no Novo Testamento – o Cristo em Majestade, o Juízo Final com os Apóstolos distribuídos pelas jambas e a Virgem em Majestade.

Alguns géneros desenvolvidas na escultura Gótica:

Arcas tumulares

Estátuas de vulto redondo

Estátuas jacentes

Estátuas-coluna

Características da escultura Gótica:

  • Monumentalidade das obras;
  • Novas capacidades plásticas das formas;
  • Aproximação do mundo físico;
  • Representação naturalista da anatomia;
  • Tendência para a escultura de vulto redondo;
  • Captação de emoções.
  • Representação do corpo defunto deitado em oração;
  • Estátuas jacentes com retratos reais, nobres ou do clero;
  • Naturalismo da representação corporal e facial;
  • Baixos relevos narrativos de temas religiosos.

A pintura do Gótico

A pintura do Gótico

- Na transição do Românico para o Gótico, a pintura recebeu um conjunto de influências da cultura bizantina (devido à intensificação dos contactos comerciais com o Oriente), e da tradição clássica greco-romana, sobretudo em Itália (devido à proximidade das reminiscências artísticas e culturais de Roma).

- A pintura gótica desenvolveu-se nos vitrais, nas estruturas do edifício gótico; nas iluminuras de manuscritos, agora tratada com a técnica da têmpera e recebendo novas temáticas; e na pintura sobre diversos suportes e técnicas.

A pintura do Gótico

- - No estilo Gótico, a pintura utilizou novas técnicas e suportes da pintura, tais como a pintura de influência bizantina, sobre suportes feitos de madeira, em retábulos, conjuntos de painéis situados atrás do altar, e em tábuas de madeira, quadros portáteis; a pintura a têmpera sobre suportes de madeira; e a pintura a fresco nas paredes de igrejas e palácios da aristocracia.

- Os temas deixam de ser estritamente religiosos, passando a abordar assuntos do quotidiano e a retratar a vida real das cortes e das populações.

Principais temas da pintura Gótica:

Retratos

Paisagens urbanas e naturais

Temas do quotidiano, interiores dos palácios

Temas religiosos da vida de Cristo

Características da pintura Gótica:

  • Aproximação a uma visão mais racional na representação;
  • Representação mais realista das paisagens e espaços;
  • Produzir efeitos de profundade e perspetiva;
  • Humanização das figuras;
  • Valorização das cores;
  • Aperfeiçoamento da técnica da pintura a óleo;
  • Naturalismo na representação de objetos e natureza;
  • Modelados suaves nas transições claro-escuro;
  • Retrato psicológico das personagens;
  • Tratamento perspético do espaço arquitetónico.

Técnicas utilizadas na pintura Gótica:

  • Pintura a óleo em tela e painéis de madeira;
  • A pintura em retábulos para altares;
  • O vitral, preenchendo janelões verticais e rosáceas;
  • A pintura de frescos;
  • A iluminura em manuscritos.

Obrigada pela paciência