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Transcript

By: Iara Barbosa

Concelho- Évora

A comunidade moura fixa-se nos quarteirões a norte da Igreja de S. Mamede, entre as ruas da Corredoura, da Mouraria e das Alcaçarias, eixos onde se localizavam os seus principais estabelecimentos comerciais e fabris. Alguns traços da antiga Mouraria estão ainda ali patentes, nomeadamente: nas ruas estreitas e com bruscos alargamentos, nos cruzamentos desencontrados, nos becos, nos pátios e pequenos quintais, mas também, nos pequenos e simples estabelecimentos comerciais. A Judiaria de Évora - a Aljama , uma das mais importantes e populosas do reino, nos séculos XIV e XV, e ocupava os quarteirões ocidentais, compreendidos entre as actuais ruas de Serpa Pinto e do Raimundo. Este bairro era atravessado por duas ruas paralelas, a do Tinhoso (hoje Rua da Moeda) e a dos Mercadores, que se ligavam entre si, e às referidas ruas limítrofes, por travessas e becos transversais. O centro da vida da comunidade judaica era a sinagoga que se localizava entre as actuais ruas da Moeda e dos Mercadores, na Travessa do Barão.

3-Judiarias e Mourarias

A história dos concelhos de Évora remonta a tempos antigos, refletindo os eventos políticos, sociais e culturais que moldaram a região ao longo dos séculos.Originalmete habitda pelos Celtas, o concelho foi posteriormente conquistada pelos Romanos, que a denominaram de « Ebora Cerealis». Durante o período Romano Évora prosperou como um importante centro administrativo, comercial e cultural. Após a queda do Império Romano, a a região foi ocupada por diversos povos. Coma Reconquista Cristã, Évora foi reconquistada pelos cristãos no século XII, tornando-se parte do reino de portugal sob domínio de Afonso I. Durante a Idade Média, Évora como uma cidade importante, tornou-se um Concelho.

O primeiro monarca português converteu a cidade de Évora num centro estratégico e político importante, concedendo-lhe foral, logo em 1166, e estabelecendo nela a sede da Ordem Militar de São Bento de Calatrava, que, mais tarde, se transformou em Ordem de Avis.

2– História : origem e razões.

1 – Nome do Concelho e data da sua criação

Planta de Évora no século XIV

Com efeito, a extensão dos sectores urbanos situados fora da Cerca Velha fez sentir a necessidade de se construir uma nova cintura de muralhas. Esta foi iniciada cerca de 1350, no reinado de D.Afonso IV prolongando-se a construção por aproximadamente um século, já que, só no reinado de D.Afonso V foi concluída (cerca de 1440).A designação de muralha fernandina deve-se ao maior incremento da sua construção durante o reinado de D.Fernando (15 a 20 das torres são dessa época); com efeito, por ordem deste monarca, foi aberta e destruída parte da Cerca Velha para utilizar os materiais na nova muralha. Ficando assim a cidade desprotegida, urgia acelerar a construção dos novos muros.Com a construção desta cinta de muralhas toda a cidade ficou protegida e delimitada.

5- Muralha

Progressivamente, a estrutura urbana vai-se definindo, acentuando-se a importância das principais praças públicas (Pr. do Giraldo e Largo das Portas de Moura) e do eixo de ligação destas entre si e aos Conventos de S. Domingos e S. Francisco. A cidade é um mundo diferente do campo, os privilégios da fidalguia esbatem-se , os pesos e medidas uniformizavam-se , a moeda , os sistemas de câmbio e de financiamento aperfeiçoam-se, a escrita está presente em todoas as relações sociais e conómicas.

4-Limites geográficos e a urbanidade do território:

Évora era uma cidade com uma presença religiosa significativa, caracterizada pela existência de uma Sé Catedral e várias igrejas que desempenhavam papéis importantes na vida espiritual, cultural e social da comunidade. Aqui estão algumas das principais igrejas e a Catedral de Évora que existiam na cidade durante esse período:

A Sé de Évora é uma das mais antigas catedrais de Portugal, com origens que remontam ao século XII. Construída no estilo românico inicialmente e posteriormente ampliada e modificada em estilos gótico e renascentista, a Sé é um marco arquitetônico e espiritual da cidade. Era o centro da vida religiosa e episcopal de Évora, onde cerimônias importantes eram realizadas e onde o clero desempenhava suas funções religiosas e administrativas. A Sé significa que Évora era uma diocese ou sede de bispado, condição imprescindível ao estatuto de cidadeEstas são apenas algumas das igrejas: Igreja de São Francisco, Igreja de São João Evangelista, Igreija de São Vicente e Igreija de Santo Antão. Cada uma delas contribuía para a riqueza cultural, espiritual e arquitetônica da cidade, fornecendo locais importantes para a fé, educação e encontros sociais.

7-Existência de Sé e Igrejas

Posição Estratégica: Évora estava localizada em uma posição estratégica no sul de Portugal, tornando-a um ponto crucial para o controle e administração da região do Alentejo. A sua localização central facilitava a comunicação e o transporte entre as várias regiões do país. Residência Real e Governo Local: Durante períodos específicos da história portuguesa, Évora serviu como residência real e sede do governo local. Isso conferiu à cidade uma autoridade política considerável e atraiu uma elite política e burocrática para a região. Centro Religioso: Évora era um importante centro religioso, com a presença de várias instituições eclesiásticas, incluindo a Catedral de Évora e várias igrejas e conventos. A influência da Igreja Católica na sociedade medieval garantia que as atividades religiosas desempenhassem um papel significativo na vida política e social da cidade. Comércio e Economia: Évora era um importante centro comercial e econômico na região do Alentejo. A presença de mercados e feiras atraía comerciantes e artesãos de toda a região, impulsionando a economia local e proporcionando oportunidades de negócios para os residentes da cidade. Defesa e Segurança: Évora era protegida por muralhas e fortificações, tornando-a uma fortaleza natural contra invasões inimigas. A defesa da cidade era uma preocupação importante para as autoridades locais, e a presença de guarnições militares e castelos contribuía para a segurança da região.

8-Centro urbano: importância política e social.

A rua do Mercados, os Mercadores desempenhavam um papel crucial na economia medieval; A rua dos Artesãos, dedicavam se as seguintes profisões: ferreirros, carpinteiros,sapateiros, oleiros, tinteiros e tecelões, entre outras ..

6-Ruas: profissões

Penas Judiciais-
Isenção fiscal-
Isenção militar-
link de acesso a Carta de Foral

9-Carta de Foral de Évora

Afirmação de elites urbanas -
Condição exigida para ser cavaleiro-vilão-

continuação

link de acesso a Carta de Foral

9-Carta de Foral de Évora

A representação de um cavaleiro-vilão no selo de Évora revela a importância deste grupo social no concelho alentejano, visto ser considerado imprescindível à defesa da região, frequentemente assolada por contra-ataques muçulmanos.

Selo do Concelho de Évora

10-Símbolos do Poder Concelhio;

Todos os homens livres, maiores de idade, que habitavam em Évora há um certo tempo e nela trabalhavam ou possuíam bens - vizinhos . Deles se excluíam nobres e clérigos, as mulheres (exceto as viúvas), os judeus, os mouros, os estrangeiros, os servos e os escravos. Os mais abastados eram proprietários rurais e donos de razoáveis cabeças de gado nas terras do interior; já nas cidades do litoral, as suas fortunas provinham do comércio marítimo. Até ao século XIII, desempenharam um papel fundamental na reconquista e defesa do território a sul do Mondego. Por isso, a realeza os promoveu a cavaleiros-vilãos. Serviam na guerra a cavalo, com as suas armas de ferro e os seus séquitos de peões. Mereciam um tratamento judicial reservado aos nobres infanções, não podendo receber açoites. Do ponto de vista fiscal, estavam isentos do pagamento de alguns impostos. Constituíam, pois, uma elite social, conhecida pelo nome de homens-bons. O estrato social inferior ao dos cavaleiros-vilãos era o dos peões, sem posses que lhes permitissem sustentar um cavalo.

11-A Sociedade Concelhia

Aos vizinhos (cavaleiros-vilãos e peões) cabia a administração do concelho, uma administração comunitária, distinta da do senhorio, que pertencia a um único titular. Para o efeito, integravam a Assembleia dos Vizinhos, o grande órgão deliberativo do concelho . Não se descuravam, os preceitos de higiene, a concórdia entre os habitantes e os deveres das minorias étnico- -religiosas. À Assembleia cabia a eleição dos magistrados, encarregues da defesa, de fazer cumprir as posturas e os costumes locais e de exercer a justiça. Entre eles se encontravam o alcaide-menor, os juízes, os mordomos e os almotacés, os procuradores, o chanceler, os saiões e os porteiros. Outros magistrados havia, escolhidos pelo rei, que superintendiam na administração concelhia. Eram o alcaide-maior, o mordomo, o almoxarife, os meirinhos, os cor-regedores, os vereadores e os juízes de fora. Todas as magistraturas, assim como a composição da Assembleia, torna-ram-se, com o tempo, num quase monopólio dos homens-bons do concelho, afastando os peões do poder político local. Concluindo, a afirmação das elites concelhias fez-se sentir na riqueza e bens que possuíam, na elevação jurídica a cavaleiros, no exclusivo do poder político local e na representação, como procuradores, nas Cortes.

12-A governação do concelho.

Trabalho realizado pela querida aluna Iara Barbosa 10º3

OBRIGADA