Lírica Camoniana
Beatriz Lima
Created on March 14, 2024
More creations to inspire you
ESSENTIAL OILS PRESENTATION
Presentation
ANCIENT EGYPT FOR KIDS PRESENTATION
Presentation
CIRQUE DU SOLEIL
Presentation
YURI GAGARIN IN DENMARK
Presentation
EIDIKO JEWELRY
Presentation
PRODUCT MANAGEMENT IN MOVIES & TV SHOWS
Presentation
A GLIMPSE INTO CAPE TOWN’S PAST
Presentation
Transcript
Feito por: Beatriz Lima n4Gabrielly Carvalho n1310B
LÍrica camoniana
Apreciação global do autor
Estrutura externa do poema
Medida velha Vs Medida nova
09
Estrutura interna do poema
08
07
10
Poema:"Um mover d`olhos, brando e piedoso"
06
Estrutura interna do poema
05
01
Biografia de Camões
02
Os poemas mais famosos de Camões
03
Poema: "Descalça vai para a fonte"
04
Estrutura externa do poema
A sua produção poética lírica constitui uma admirável síntese artística da lírica tradicional portuguesa, das grandes correntes literárias e linhas de força ideológicas do seu tempo (Petrarquismo,Neoplatonismo,...) e da influência clássica (Virgílio, Teócrito, Horácio,...) .
Estima-se que o nascimento de Camões tenha ocorrido algures na primeira metade do século XVI, no ano de 1524, com a sua morte a proporcionar-se a 10 de junho de 1580, data em que se celebra o feriado nacional, o Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas.
Ele é o maior representante do Classicismo Português. Autor do poema épico “Os Lusíadas”, Camões revelou grande sensibilidade para escrever sobre os dramas humanos, sejam amorosos ou existenciais.
Pouco sabe-se ao certo sobre sua vida, tendo nascido em Lisboa de uma família de pequena nobreza e recebido sólida educação nos moldes clássicos.
Poeta nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da literatura ocidental.
Biografia de Camões
Quem foi Luíz Vaz de Camões? (1524-1580)
1824
1598
"AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER"
"ESPARSA AO DESCONCERTO DO MUNDO"
"BUSQUE AMOR NOVAS ARTES, NOVO ENGENHO"
os Poemas mais famosos de camões
"DESCALÇA VAI PARA A FONTE"
Medida nova: Corrente renascentista: poemas de inspiração italiana, sobretudo dos escritores Dante e Petrarca. Decassílabo ( verso que possui 10 sílabas métricas) ex: Soneto, écloga, canção, elegia,..
Medida velha: Corrente tradicional: poemas de inspiração peninsular, sobretudo inspirados na poesia dos cancioneiros. Redondilha menor (verso com 5 sílabas métricas) e redondilha maior (verso com 7 sílabas métricas). ex: Vilancete, esparsa, trova, cantiga.
Medida velha VS Medida nova
luís de Camões, pp.55-56. Lís Camões, Rimas texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 1994
Voltas: Leva na cabeça o pote,o testo nas mãos de prata,cinta de fina escarlata,saínho de chamelote; traz a vasquinha de cote, mais branca que a neve pura; vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos d` ouro trançado, fita de cor de encarnado, tão linda que o mundo espanta;chove nela graça tantaque dá graça à fermosura; vai fermosa, e não segura.
Mote: Descalça vai para a fonte Lianor pela verdura; Vai fermosa, e não segura.
Descalça vai para a fonte
Aqui está um poema de Camões escrito na medida velha.Vilancete: Composto a partir de um mote curto (terceto) tradicional. Glosas: Duas oitavas constituídas por uma quadra e uma cauda de três versos. O último verso da quadra rima com o primeiro da cauda, fazendo a ligação entre ambas. Os dois últimos versos da cauda rimam com os dois últimos do mote. O poema “Descalça vai para a fonte” é constituído por um terceto e por duas redondilhas maiores (sete), num total de dezassete versos. Os versos são octossilábicos, e apresentam o seguinte esquema rimático ABB ACCAABB EDDEEBB. A rima é pobre nas duas primeiras estrofes e rica na última. A rima é feminina e consoante em todas as estrofes.
ESTRUTURA EXTERNA DO POEMA
Caracterização de Lianor:
Este poema celebra a beleza e fragilidade de Lianor, destacando sua formosura e os perigos que ela enfrenta. Este vilancete descreve Leonor como esta se veste – que “descalça vai para a fonte”, “leva na cabeça o pote” e “o testo nas mão de prata”, vestida com uma “cinta de fina escarlata”, com uma “sainho de chamalote” e de “vasquinha de cote” - e evidencia a sua beleza – indica que Leonor é “formosa”, “mais branca que a neve pura”, “tão linda que o mundo espanta” e “cabelos de ouro o trançado”.
Retrato físico: Descrição de Lianor como descalça, com mãos brancas (“de prata”), cabelos dourados e beleza formosa. Cor que a define: Policromia - prata, “escarlata” (vermelha), branca, ouro encarnado pois Lianor suscita alegria, pureza e perfeição. Retrato psicológico: Lianor é insegura e graciosa. Recursos expressivos: -Metáfora: “Mãos de prata”, “Cabelos d’ouro”, “Chove nela graça tanta”. -Adjetivação: “Fermosa”, “segura”, “branca”, “pura”, “linda”. -Hipérbole: “Mais branca que a neve pura”, “Tão linda que o mundo espanta”, “Chove nela graça tanta/Que dá graça à formosura”. -Personificação: “Tão linda que o mundo espanta”.
Significado do verso “Vai fermosa e não segura”: Por ser formosa, Lianor pode ser assaltada pelo amor. Quanto mais formosa, mais exposta está aos perigos do amor.
Cenário: A fonte (que tem muita importância).
Tema: Exaltação da beleza de Lianor.
Estrutura Interna do poema
Nos olhos tem, e na alma, e no rosto; Isto, Senhora, eu vi em vós, e visto Me foi por vos servir de muito gosto.
Um encolher de ombros, brando e honesto, Um suspirar, um doce e humilde acento, Uma fermosura, que o coração contento
Um doce e humilde, e honesto, e gracioso Falar, com que a alma facilmente Se persuade a si mesma, que não sente O mal, que nela causa o ser ditoso;
Um mover d'olhos, brando e piedoso, Sem ver de quê, ou como, mata a gente; Um riso, que no peito nos consente Não sei que um doce e honesto desejoso;
Um mover d`olhos, brando e piedoso
Este soneto é um exemplo da poesia lírica de Camões, caracterizada pela medida nova.
O poema é um soneto, uma forma poética composta por 14 versos. Os versos são decassílabos, ou seja, cada verso tem 10 sílabas métricas. O soneto está dividido em duas partes: -dois quartetos- em que é apresentado o “problema” (os primeiros 8 versos) -dois tercetos- em que é aprentado a“solução” ou “volta” (os últimos 6 versos).
Estutura externa do poema
O tema do soneto é o amor e a admiração do eu-lírico pela amada. O poema é repleto de antíteses (contradições), uma característica comum nos sonetos de Camões. Por exemplo, o olhar da amada “mata a gente” mas também provoca um “doce e honesto desejoso”. A linguagem é culta e rica em figuras de linguagem, como a metáfora e a antítese. Nesse poema, o amor é visto como uma contradição, associado a temas como vida e morte, água e fogo.
Estrutura interna do poema
Nós gostamos bastante da sua forma de expressar emoções complexas através de simples palavras, por isso é que as suas obras continuam a inspirar jovens até ao dia de hoje.Bastante comovente a sua maneira de abordar temas universais, como amor e o heroísmo. E isto permite-nos conectar não só com as suas palavras, mas também com o homem por trás delas.Camões é sem dúvida, e sempre será, uma figura literária inesquecível tanto para a literatura portuguesa como mundial.
Na nossa opnião Luíz Vaz de Camões é uma figura literária bastante fascinante.
Apreciação global do estudo do autor
https://www.bing.com/search?pglt=41&q=um+mover+de+olhos+brando+e+piedosso&cvid=28b33f15da804353a93331325136419a&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIGCAEQABhAMgYIAhAAGEAyBggDEAAYQDIGCAQQABhAMgYIBRAAGEAyBggGEAAYQDIGCAcQABhAMgYICBAAGEDSAQg2Mjk4ajBqMagCALACAA&FORM=ANNTA1&DAF0=1&PC=LCTS&ntref=1
https://pt.wikisource.org/wiki/Descal%C3%A7a_vai_para_a_fonte
https://www.ebiografia.com/luis_camoes/ citador.pt/poemas/portugal-tao-diferente-de-seu-ser-primeiro-luis-vaz-de-camoes blog do Tiago: Analise do poema de Camões (blogdeportuguesdotiago.blogspot.com) Um soneto de Camões - Estrolabio (sapo.pt)
Bibliografia
Esperamos que tenham gostado...
Fim!
Os bons vi sempre passar No Mundo graves tormentos; E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado.
Esparsa ao desconcerto do mundo
Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor
Amor é fogo que arde sem se ver
Mote: Descalça vai para a fonte Lianor pela verdura; Vai fermosa, e não segura. Voltas: Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos de prata, Cinta de fina escarlata, Sainho de chamelote; Traz a vasquinha de cote, Mais branca que a neve pura. Vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado Fita de cor de encarnado, Tão linda que o mundo espanta. Chove nela graça tanta, Que dá graça à fermosura. Vai fermosa e não segura.
Descalça vai para a fonte
Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me, e novas esquivanças; Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê. Que dias há que n’alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei por quê.