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As Ilhas Afortunadas - Fernando Pessoa

Núria Dias

Created on March 12, 2024

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Transcript

Mensagem

As Ilhas Afortunadas

fernando Pessoa

Índice:

Anlálise Formal

Fernando Pessoa

Pág. 03

Pág. 07/08/09

Poema

Recursos expressivos

Pág. 04

Pág. 10

Estrutura Interna e externa

Intertextualidade

Pág. 05/06

Pág. 11

Fernando Pessoa:

  • Nascido em Lisboa a 13-06-1888
  • Poeta lírico e nacionalista;
  • Criador de vários heterónimos, etre eles Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos;
  • Publicou 35 sonetos e a obra "Mensagem"(de 1934) em vida;
  • Falecido em Lisboa a 30-11-1935 (aos 47 anos).

Poema:

Que voz vem no som das ondasQue não é a voz do mar? E a voz de alguém que nos fala, Mas que, se escutarmos, cala Por ter havido escutar. E só se, meio dormindo, Sem saber de ouvir ouvimos Que ela nos diz a esperança A que, como uma criança Dormente, a dormir sorrimos São ilhas afortunadas São terras sem ter lugar, Onde o Rei mora esperando. Mas, se vamos despertando Cala a voz, e há só o mar.

Estrutura Interna:

Que voz vem no som das ondasQue não é a voz do mar? E a voz de alguém que nos fala, Mas que, se escutarmos, cala Por ter havido escutar.

  • O poema está inserido na obra "Mensagem", publicada em 1934 por Pessoa.
  • Faz parte do canto sétimo ("Os símbolos") e da terceira parte da obra, de nome "O Encoberto , sendo este o quarto poema desta parte

Estrutura externa:

Que voz vem no som das ondasQue não é a voz do mar? E a voz de alguém que nos fala, Mas que, se escutarmos, cala Por ter havido escutar.

  • Composto por 3 estrofes de cinco versos cada (quintilhas);
  • Não segue uma métrica rígida, conferindo assim uma maior liberdade ao ritmo do poema;
  • Rima cruzada e emparelhada, sendo o primeiro verso solto.

Primeira Estrofe

Análise Formal:

Análise:

  • A primeira estrofe introduz a questão da voz nas ondas e sua relação com a voz do mar.
  • Há um questionamento sobre a origem dessa voz, sugerindo um mistério.
  • A estrutura é composta por versos de extensões variadas, sem uma métrica rígida.
  • O uso de rimas ricas (mar/fala) contribui para a musicalidade do poema.

Que voz vem no som das ondasQue não é a voz do mar? E a voz de alguém que nos fala,Mas que, se escutarmos, calaPor ter havido escutar.

Segunda Estrofe

Análise Formal:

Análise:

  • A segunda estrofe aborda a condição de meio dormir para perceber a voz misteriosa.
  • A voz traz uma mensagem de esperança, associada à inocência de uma criança dormindo.
  • A repetição da palavra "dormir" reforça a atmosfera onírica.
  • A rima interna entre "ouvimos" e "sorrimos" cria uma ligação melódica.

E só se, meio dormindo,Sem saber de ouvir ouvimos Que ela nos diz a esperança A que, como uma criança Dormente, a dormir sorrimos

Terceira Estrofe

Análise Formal:

Análise:

  • A terceira estrofe desenvolve a ideia das ilhas afortunadas e terras sem lugar, simbolizando um reino inalcançável.
  • O Rei que mora nessas terras sugere uma figura divina ou transcendental.
  • A oposição entre dormir e despertar continua, indicando a fugacidade da comunicação espiritual.
  • O contraste entre a presença da voz e o silêncio do mar cria uma atmosfera de desilusão.

São ilhas afortunadasSão terras sem ter lugar, Onde o Rei mora esperando. Mas, se vamos despertando Cala a voz, e há só o mar.

Recursos expressivos:

O poema usa a metáfora do som das ondas para expressar uma voz misteriosa que não é do mar, simbolizando uma comunicação transcendental ou espiritual.

Metáfora

Há uma antítese entre a voz que fala e se cala quando escutamos. Isso pode representar a dificuldade de compreender mensagens profundas ou espirituais quando estamos plenamente conscientes.

Antítese

A voz é personificada como algo que sorri e que fala de esperança, evocando uma presença quase divina.

Personificação

Intertextualidade:

Os Lusíadas vs As Ilhas Afortunadas

Embora ambos compartilhem o tema do mar e da exploração, o poema de Pessoa difere significativamente em estilo e abordagem literária de "Os Lusíadas". Pessoa utiliza uma linguagem mais contemporânea e simbolismos abstratos, enquanto Camões segue uma tradição mais clássica e épica para narrar as realizações dos portugueses. Ambos os textos, no entanto, refletem o orgulho e a herança cultural associados à exploração marítima de Portugal.

Escola secundária de alcanena

Obrigada

Por: núria dias 12ºa nº20português 12º ano Professora: maria augusta torcato