Analise do episódio "Ilha dos amores" dos Lusíadas
Bárbara Rosa
Created on March 11, 2024
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Transcript
1. Estâncias 18, 19
2. Estâncias 20, 21
3. Estâncias 22, 23
4. Estâncias 24, 25
ilha dos amores
Análise do episódio da obra "Os Lusiadas" de Luis Vaz de Camões
5. Estâncias 26, 27
6. Estâncias 28, 29
1. Análise das estâncias 18, 19
Estância 18
- Vénus, que recebera de Júpiter a missão de proteger e orientar os portugueses, decide começar a preparar um prémio para os nautas, de forma a compensá-los pelas dificuldades que enfrentaram durante a viagem dando-lhes no meio do triste mar alguma alegria.
Estância 19
- Devido às dificuldades que Baco, deus do vinho, lhes causou a deusa do amor acredita que o “peito lusitano” merecia algum descanso no meio do mar.
Recursos expressivos Estância 18 Antítese "dar-lhes, nos mares tristes, alegria" (v.8) = Os mares tristes, motivo de tantas aflições, seriam agora lugar de prazer e alegria.
Recursos expressivos Estância 19 Perífrases "pelo Deus nascido / nas Anfiónias Tebas" (vv. 3 e 4) = Baco "No Reino de cristal.." (v. 8) = Mar
2. Análise das estâncias 20, 21
Estância 20
- Proporcionando lhes algum repouso para que pudessem descansar os seus cansados corpos, dos sacrifícios que lhes encurtam as vidas, ou seja, os perigos da navegação em alto mar. Venus então decide pedir a ajuda de Cupido, o seu filho, muito poderoso.
Estância 21
- Venus manda preparar uma das suas ilhas. A mesma é como um paraíso, com vegetação bela e abundante. Ainda, Venus possui muitas ilhas paradisíacas, em varios oceanos.
Recursos expressivos Estância 20 Antítese "os deuses faz descer ao vil terreno / e os humanos ao céu sereno." = contraste entre os homens e os deuses
3. Análise das estâncias 22, 23
- Venus pertende que as ninfas esperem os portugueses, e os seduzam com a sua beleza e bailados. Para conseguir isso vai usar a sua "arma o cupido" que lancará setas de modo a despertar o amor.
Estância 22
Estância 23
- Já sendo utilizada "a mesma manha" para que Eneias fosse bem recebido em Cartago. Vai buscar Cupido, que fará as ninfas se apaixonarem pelos navegadores.
4. Análise das estâncias 24, 25
- Vénus prende ao seu carro os cisnes e as pombas. Em torno da deusa, ouve-se o som dos beijos. Por onde ela passa, o ar e o vento são mais doces, com movimentos mais calmos, ou seja com um clima amoroso
- Quando a deusa do amor se encontou com seu filho. o mesmo estava a preparar uma expedição contra os homens, pois eles so amam as coisas que deviam ser apenas utilizadas.
Estância 24
Estância 25
5. Análise das estâncias 26, 27
- Por exemplo, Acteon que preferia a caça acima de tudo e que foi castigado, transformado em veado e devorado por cães.
- Os mais poderosos não se preocupam com o bem público, pois só se amam a si próprios e só cuidam dos seus interesses. (1º critica aos governantes)
- Os que frequentam a corte e que deviam educar o jovem rei com sensatez e sabedoria, apenas o elogiam para obter os seus favores. (2º critica aos cortesoes)
Estância 26
Estância 27
Recursos expressivos Estância 27 Anáfora (vv. 1- 5)
6. Análise das estâncias 28, 29
- Os que se dizem defensores dos pobres, em nome de Deus, apreciam mais o poder e a riqueza;
- fingem-se de justos e íntegros mas agem com tirania;
- estabelecem leis que favorecem o Rei e esquecem as que poderiam favorecer o povo. (3º critica aos membros do clero)
- Vê em enfim aquilo que so deve ser usado e nao amado é a prioridade dos homens.
- O Cupido está determinado em se fazer obedecer atraves do amor e Vénus convence-o pois a nova geração vai ser movida pelo o amor.
Estância 28
Resumo
Estância 29
Informações Gerais
Introdução
- Este episódio encontra-se no Canto IX, encaixado no Plano do Maravilhoso e vai das estância 18-29
- As estrofes são de oito versos (oitavas) e apresentam o seguinte esquema rimático: ABABABCC
- Ponto de situação: Neste primeiro momentoda narração, os portugueses abandonam a India para iniciar a viagem de regresso a casa (Portugal).
Vénus decide recompensar os navegadores portugueses com uma ilha paradisíaca, planejando usar Cupido para corrigir desvios do verdadeiro amor. Exemplos incluem a história de Actéon e críticas à vaidade, injustiça e busca de poder. Cupido decide punir os desobedientes, combinando mitologia com crítica social contemporânea.
Resumo