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Transcript
Docente: Francisco LançaDiscente: Francisca Lourenço nº11
Afetos, emoções e sentimentos
Ao longo da vida, o corpo continua a ser o nosso derradeiro cenário emocional, o lugar onde qualquer experiência que não possamos experienciar e elaborar mentalmente continua a deixar a sua marca. A emoção ocupa um lugar imprescindível na vida do ser humano, na compreensão do seu comportamento e naquilo que é enquanto individuo. O ser humano está em permanente atuação sobre aqueles com quem direta ou indiretamente se relaciona. É nessa relação que afeta e é afetado pelos outros e pelas mais diversas funções.
Introdução
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O caso de Elliot
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O caso de Phineas Gage
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Razão e a emoção
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Tipos de emoção
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Teoria de Schachter-Singer
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Teoria de Will James
A amígdala e o medo
Componentes das emoções
As emoções são imprescindíveis à vida do ser humano
Emoções vs. sentimentos
Características das emoções
As emoções
Os sentimentos
Os afetos
Indíce
Relação entre os dois casos
Desenvolvimento da inteligência emocional
Inteligência emocional
Indíce
- São sensações subjetivas imediatas de valor positivo ou negativo, de apreciação ou repulsa, de gosto ou de desgosto, experimentadas pelo indivíduo na relação que estabelece com os outros, com os objetos ou situações.
- Estão na base da nossa relação perante tudo o que nos deparamos.
- Sem eles, a vida humana seria praticamente impossível pois tomaríamos partido de nada: não nos apaixonaríamos nem nos insurgiríamos contra o que consideramos ser injusto ou reprovável.
- Os afetos exprimem-se através das emoções e sentimentos.
- O afeto é experimentado pela primeira vez na infância – nos órgãos internos, cabeça, musculatura e pele – através de sensações de dor, tensão, calor ou náusea.
Os afetos
- Os sentimentos são estados psicológicos conscientes e privados construídos na relação que temos, em geral, com o mundo.
- Remetem para uma vivência privada dos afetos.
- Podem ser originados pela emoção
Os sentimentos
“A trama de nossa mente e de nosso comportamento é tecida ao redor de ciclos sucessivos de emoções seguidas por sentimentos, que se tornam conhecidos e geram novas emoções, numa polifonia contínua que sublinha e pontua pensamentos específicos em nossa mente e ações do nosso comportamento.”
O ERRO DE DESCARTES
António Damásio, neurocientista português
- São a forma mais elementar da comunicação humana, sendo fundamental para a mesma.
- São uma experiência fisiológica, reações químicas e elétricas do cérebro a um estímulo externo, que originam sensações no corpo em resposta à realidade presente.
- Podem atuar positivamente sobre a nossa capacidade de raciocínio, moldando-o e até ajudando a tomar decisões.
- Tornam-nos capazes de comunicar estados de alma de um modo genuíno e anterior a qualquer sistema existente.
- São determinadas pela sua interpretação.
As emoções
Caracteristicas da emoção:
Emoções vs. sentimentos
- Duração breve
- Têm uma dimensão pública
- Observáveis
- Não implicam necessariamente a consciência
- Duração longa
- São privados
- Não são observáveis
- Implicam necessariamente a consciência
Emoções como amor, gratidão, compaixão e empatia são essenciais para a formação de laços sociais e relacionamentos interpessoais.Elas promovem a cooperação, fortalecem as comunidades e são vitais para a criação de ambientes de suporte mútuo, essenciais para o bem-estar emocional e físico.
Ajudam-nos a regular o nosso comportamento social:
As emoções direcionam comportamentos que são essenciais para nossa sobrevivência e adaptação. O medo pode nos fazer fugir de perigo, enquanto a felicidade pode nos encorajar a engajar em comportamentos que aumentam nosso bem-estar e fortalecem nossos laços sociais.
Moldam o nosso comportamento:
Emoções como medo e ansiedade são fundamentais para nossa sobrevivência, pois nos alertam sobre perigos potenciais e preparam nosso corpo para responder adequadamente, seja por meio de luta, fuga ou imobilização. Esse sistema de alarme rápido ajuda a proteger-nos de ameaças físicas e situações perigosas.
Preparam-nos para a ação:
As emoções são imprescindíveis à vida do ser humano
Componentes das emoções
Ação a empreender: fugir, abraçar, etc
Componente comportamental
Interpretação da situação: perigo, elogio, etc
Componente cognitiva
Reação corporal: aumento do rítmo cardíaco, dilatação das pupilas, etc
Componente biológica
A componente biológica está patente nas reações orgânicas- comandadas sobretudo pela amigdala e pelo sistema límbico- escapando assim ao nosso controlo e expressam-se fisicamente .
A Amígdala e o medo
A amígdala é uma parte essencial do cérebro quando falamos sobre emoções, especialmente o medo. Localizada profundamente dentro do lobo temporal, a amígdala faz parte do sistema límbico e desempenha um papel crucial na forma como processamos e reagimos a estímulos emocionais, incluindo ameaças.
A Amígdala e o medo
Quando percebemos algo que nosso cérebro interpreta como uma ameaça, a amígdala é ativada quase instantaneamente. Ela processa a informação, avaliando se é algo que deve nos preocupar ou não. Se a resposta for afirmativa, a amígdala ajuda a desencadear uma série de respostas fisiológicas preparando nosso corpo para reagir – o que comumente chamamos de resposta de "lutar ou fugir". Esse mecanismo envolve a liberação de adrenalina, aumento da frequência cardíaca, mais atenção e alerta, entre outros.
A Amígdala e o medo
Além de sua função imediata na resposta ao medo, a amígdala também ajuda a armazenar memórias de experiências emocionalmente carregadas, o que pode influenciar como percebemos e reagimos a eventos semelhantes no futuro.
Exemplo: se você teve uma experiência assustadora com um cachorro, sua amígdala pode ajudar a formar uma memória dessa experiência, fazendo com que você reaja com medo ou cautela quando encontrar outros cachorros.
Curiosamente, pesquisas têm mostrado que pessoas com lesões na amígdala podem apresentar uma redução ou ausência de medo, o que sugere o quão central é essa estrutura para a experiência do medo. No entanto, o medo e as respostas ao medo são processos complexos que envolvem várias áreas do cérebro, não apenas a amígdala. Ainda assim, entender o papel da amígdala ajuda a esclarecer como nosso cérebro processa as emoções e reage a situações de perigo.
- Reações fisiológicas não são um efeito, mas sim uma causa, para experienciarmos emoções.
- Apresenta alguns problemas: é inconsistente na sua explicação pois implica que na sua base de diferentes emoções estejam diferentes reações orgânicas e isso não acontece.
A teoria de Will James - componente biológica
Situação estímulo: Resposta: Emoção subjetiva:
- Perder a fortuna Chorar Angústia
- Insultados por um adversário Atacar Fúria
- Ouvir uma piada Rir Alegria
- Encontrar um urso O ritmo cardíaco acelera Medo
A teoria de Schachter-Singer - componente cognitiva
- Teoria contrária à de Will James.
- A emoção é um rótulo que atribuímos ao que estamos a experienciar, sendo o que estamos a experienciar são duas coisas em simultâneo: uma reação corporal e uma "leitura" do que despoleta essa reação.
- Porém esta teoria também não está isenta de críticas.
Situação estímulo: Resposta: Emoção:
- Um carro vem na nossa direção Coração dispara
- O perseguidor aproxima-se Ritmo cardíaco acelera
Medo
Avaliação/interpretação:"Porque me sinto assim?"
Tipos de emoção
Emoções básicas ou primárias:
- Emoções transversais a todos os indivíduos, ou seja, são emoções biologicamente programadas cuja presença são independentes da cultura, faixa etária ou género do individuo que as sente.
- Estas emoções são descritas como inatas e simples.
- Manifestam-se muito cedo na vida de cada um de nós.
- Emoções adquiridas ao longo da vida.
- São prendidas em contexto social.
- São condicionadas pela cultura que o individuo se insere.
- Por exemplo, a sociedade tem um papel relevante sobre aquilo que é moralmente tido como fonte de prazer ou vergonha.
vergonha, culpa, orgulho, ciúme, entre outras possíveis
Razão e emoção
- Para cada cada tipo de decisão (simples ou elaborada), concorrem os diferentes tipos de raciocínio: a memória e a emoção. Estando relacionados entre si.
- Esta relação é fortemente sustentada pela tese do marcador somático de António Damásio.
- Damásio propõe que as emoções desempenham um papel crucial no raciocínio e são "marcadores somáticos" que ajudam a orientar a tomada de decisões, fornecendo uma resposta visceral a diferentes opções.
- Essas emoções (marcadores somáticos) boas ou más, guardadas na memória, que determinadas experiências provocaram, ativarão aquando necessário de tomar uma decisão sobre assuntos semelhantes.
- Damásio também propôs que a ínsula, uma região do cérebro envolvida na interocepção (a perceção de sensações corporais internas), desempenha um papel fundamental na geração de marcadores somáticos.
Razão e emoção
"Os marcadores somáticos são um caso especial do uso de sentimentos que foram criados a partir de emoções secundárias. Estas emoções e sentimentos foram ligados, por via da aprendizagem, a certos tipos de resultados futuros ligados a determinados cenários. Quando um marcador somático negativo é justaposto há um determinado resultado futuro, a combinação funciona como uma campainha do alarme. Quando ao invés é justaposto o marcador somático positivo, o resultado é um incentivo."
"Os marcadores somáticos não tomam decisões por nós. Ajudam o processo de decisão dando destaque a algumas opções, tanto adversas como favoráveis, e eliminando-as rapidamente da análise subsequente."
O ERRO DE DESCARTES
O caso de Phineas Gage
Phineas Gage era um trabalhador ferroviário que, em 1848, sofreu um acidente terrível durante uma explosão. A explosão resultante projetou uma barra, de 1 metro e meio de comprimento, contra seu crânio em alta velocidade. Esta barra entrou pela bochecha esquerda destruindo seu olho, atravessando, na sequência, a parte frontal do cérebro e saindo pelo topo do crânio, do lado direito. Surpreendentemente, ele sobreviveu, mas sua personalidade mudou drasticamente após o acidente.As mudanças tornaram-se evidentes assim que a fase crítica da lesão cerebral acalmou. Antes do incidente, Gage era descrito como trabalhador, responsável e bem-querido por seus pares. Após o acidente, tornou-se impulsivo, imprevisível, emocionalmente instável, com dificuldades de concentração e incapaz de planear o futuro ou de manter relações sociais estáveis.
O caso de Phineas Gage - contiunuação
O caso de Gage foi crucial para a neurociência porque demonstrou que certas áreas do cérebro (especificamente, partes do lobo frontal) são essenciais para a regulação da personalidade e do comportamento social. Foi um dos primeiros casos documentados a sugerir uma ligação entre a estrutura cerebral e a personalidade individual.
O caso de Elliot
Elliot era um jovem com seus trinta e poucos anos. Bem sucedido profissionalmente, inteligente, e de fácil relacionamento. Já na sua lua de mel começara a sentir fortes dores de cabeça. Como estas aumentaram decidiu consultar o médico e os exames confirmaram a existência de um meningioma, um tumor benigno que se forma nas membranas que envolvem o cérebro. O tumor crescera já do tamanho de uma pequena laranja e embora benigno comprimia a parte do cérebro que fica sobre as órbitas. Aquela mesma região que tinha sido destruída pela barra de ferro em Phineas Gage. Caso não operasse, a compressão do cérebro acabaria provocando a morte. A cirurgia para remoção do tumor foi bem sucedida, mas boa parte do córtex cerebral próximo ao tumor foi danificada.
O caso de Elliot - continuação
Apesar de manter sua inteligência e habilidades cognitivas gerais, Elliot enfrentou dificuldades significativas na tomada de decisões e na gestão de suas emoções após a cirurgia. Ele se tornou indiferente emocionalmente e incapaz de tomar decisões que antes consideraria simples, como escolher entre marcas de pasta de dente ou planejar sua agenda diária.Decidir tinha se tornado uma missão quase impossível. O caso de Elliot contribuiu para a compreensão de que as emoções desempenham um papel crucial na tomada de decisões racional. Damásio argumentou contra a visão tradicional de que a melhor decisão é feita puramente através da lógica e da razão, propondo que as emoções são essenciais para avaliar rapidamente as consequências de diferentes ações e facilitar o processo de decisão.
Relação entre os dois casos
O córtex pré-frontal e o sistema límbico (composto pela amígdala e pelo hipotálamo) atuam de modo concentrado e sistémico, providenciando a capacidade de seguir planos, manter a constância da personalidade e, mais concretamente, tomar decisões acertadas antecipando as possíveis consequências. Estes dois casos, mostram que, uma vez privados ou diminuídos na capacidade para sentir, tornamo-nos incapazes de decidir de acordo com um padrão mínimo de razoabilidade ou sensatez.
Conclui-se assim que a razão e a emoção são inseparáveis, e a sua combinação é a condição do bom funcionamento do indivíduo, numa palavra, da construção da sua identidade.
Inteligência emocional
Autogestão: A habilidade de controlar ou redirecionar impulsos e estados emocionais desafiadores, mantendo a capacidade de pensar antes de agir.Motivação: Tendência emocional orientada para um objetivo.Empatia: A habilidade de compreender os sentimentos e perspetivas dos outros, e usar esse entendimento para orientar ações e decisões. Competências sociais: A capacidade de gerir relações e de induzir respostas aos outros.
A inteligência emocional (IE) é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros de maneira eficaz. Contemplam-se competências intrapessoais e interpessoais:Autoconsciência: A capacidade de reconhecer e entender suas próprias emoções, forças, fraquezas, valores e motivações. Isso inclui a consciência dos efeitos que suas emoções podem ter sobre os pensamentos e comportamentos.
Inteligência emocional
"A inteligência emocional define-se como a capacidade de reconhecermos os nossos sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerirmos bem as emoções em nós e nas nossas relações"
Este conceito ganhou destaque na psicologia e no desenvolvimento pessoal nas últimas décadas, especialmente após o lançamento do livro "Inteligência Emocional", de Daniel Goleman, em 1995.Goleman argumentou que a IE pode ser tão importante quanto o QI (Quociente de Inteligência) para o sucesso na vida, afetando tudo, desde relações interpessoais até desempenho profissional.
TRABALHAR COM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Inteligência emocional- o seu desenvolvimento
Diferentemente do QI, que muitos acreditam ser relativamente fixo ao longo da vida, a inteligência emocional pode ser desenvolvida e aprimorada com o tempo. Isso pode ser feito através da reflexão pessoal, prática consciente, coaching, terapia e outros métodos de desenvolvimento pessoal que focam na autoconsciência, controle emocional, empatia e habilidades de relacionamento. Em resumo, a inteligência emocional é um conjunto complexo de habilidades que podem ter um impacto profundo em vários aspetos da vida, oferecendo uma ferramenta poderosa para navegar eficazmente no mundo emocional e social.
- manual psicologia 12º
Fontes:
Fim