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Capítulo III
maria cardoso
Created on January 30, 2024
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Transcript
Capítulo III
Louvores aos peixes em particular
pEIXE de tOBIAS
naus
pEIXE rémora
Contexto
Louvores feitos aos peixes no final
peixe quatro-olhos
peixe torpedo
Title here
Louvores aos peixes em particular
" Descendo, ao paricular, infinita matéria fora, se houvera de discorrer pelas virtudes"
Integra a Exposição e Confirmação do Sermão de Santo António, escrito por Padre António Vieira. Elogia as virtudes dos peixes em particular em oposição aos vícios dos Homens.
Peixe de Tobias
- Virtudes: poder curativo "... o fel era bom para sarar da cegueira, e o coração para lançar fora os Demónios..." (l18-19); "... alumiar e curar as vossas cegueiras; e outra é lançar-vos os Demóniosfora de casa." (l33-34).
- Analogia com Santo António: Existem semelhanças, pois ambos fazim os Homens ver a virtude e afastar-se do pecado "... parecia um retrato marítimo de Santo António..." (l26).
- Crítica aos Homens: Perseguiam Santo António (tal como os moradores de Maranhão perseguiam Padre António Vieira) e não queriam ver a verdade, aginto com maldade "Pois a quem vos quer tirar as cegueiras , a quem vos quer tirar os Demónios, persegueis vós?" (interrogação retórica l34-35)
Peixe Rémora
- Virtudes: persistência e força "...peixinho tão pequeno no corpo, e tão grande na força e no poder..."(l40-41) "...amarra mais, que as mesmas âncoras, sem se poder mover..."(l42-43);
- Analogia com Santo António: A língua de Santo António foi uma rémora na terra "Rémora houve na terra, foi a língua de Santo António" (l 45-46). Esta parte do corpo, tinha força para dominar as paixões humanas, tais como: a soberba; a cobiça; a sensualidade; a vingança "...mostrou a língua de António quanta força tinha, como Rémora, para domar, e parar a fúria das paixões humanas." (l52-53)
- Crítica aos Homens: Os Homens deixam-se levar pelas paixões humanas. Deveriam existir mais Rémoras na Terra para minimizar a corrupção, os infurtúnios e as injustiças, como foi a língua de Santo António.
Naus
- Nau Soberba (velas içadas pelo vento): O vento simoboliza o caráter vão do pecado da soberba (orgulho desmedido). A língua de Santo António leva as velas a amainarem e a tempestade a terminar. (l54-56)
- Nau Vingança (carregada de material de guerra): O arsenal de guerra pronto a disparar e o facto de avançarem "enfunados" simbolizam a fúria e a impetuosidade que arrastam as pessoas que se movem pelo desejo da vingança. A língua de Santo António detém a fúria, caba com a ira e o ódio e faz a nau içar as bandeiras de paz. (l56-59)
- Nau Cobiça (sobrecarregada): A carga excessiva simboliza o resultado da cobiça, que leva os Homens a acumularem bens materiais. A língua de Santo António salva as nau dos corsários. (l59-62)
- Nau Sensualidade (cega/sem so/engano do canto das sereias): A cegueira e a desorientação simbolizam o que sucede aos que se deixam levar pela sensualidade, caindo facilmente na tentação. A língua de Santo António impede a nau de naufragar, os seus ocupantes readquirem a capacidade de ver e voltam a assumir o rumo certo. (l62-68)
Peixe Torpedo
- Virtudes: poder persuasivo, faz tremer o braço do pescador "...picando na isca o Torpedo, começa a lhe tremer o braço... a virtude do peixezinho, da boca ao anzol, do anzol à linha, da linha à cana, e da canaao braço do pescador." (l 72-76)
- Analogia com Santo António: Santo António também fazia os Homens "tremer" e arrepender-se "...as palavras do Santo os fizereram tremer a todos de sorte, que todos tremendo se lançaram a seus pés, (...) todos tremendo restituíram o que podiam (...), todos enfim mudaram de vida, e de ofício, e se emendaram. " (l 83-85)
- Crítica aos Homens: Os pescadores representam aqueles que se aproveitam do poder para satisfazer a sua ganância.
Peixe Quatro-Olhos
- Virtudes: capacidade de discernimento, tem dois pares de olhos, em que um olha para cima e outro para baixo. "...deu-lhes dois olhos, que diretamente olhassem para cima, para se vigiarem das aves, e outros dois que diretamente olhassem para baixo para vigiarem dos peixes" (l 98-99)
- Analogia com Santo António: Santo António também ensina aos Homens que devem pensar no Céu e no Inferno. (L 106-109)
- Crítica aos Homens: Muitas pessoas vivem da "cegueira" (pecado) há séculos "... queria voltados os seus olhos de modo, que não vissem a vaidade, e isto não o podia fazer neste mundo..." (l 113-114)