Português
Margarida Antunes
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Transcript
III. padrão
"Mensagem" Fernando Pessoa
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Hiso
Margarida Antunes Sara Oliveira12ºF
"Mensagem"
- 1ªParte- Brasão (Formação de Portugal)
- 2ªParte- Mar Português (Descobrimentos)
- 3ªParte- O Encoberto (O Quinto Império)
Poema III. Padrão
III. Padrão
O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno E para diante naveguei.A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão sinala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só com Deus. E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português. E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma E faz a febre em mim de navegar Só encontrará de Deus na eterna calma O porto sempre por achar.
Identificação do sujeito poético:Diogo Cão - Navegador Português
Monumento de pedra com simbolos portugueses (assinala que foi descoberto)
O sujeito poético cumpriu a sua missão como navegador ao deixar o seu marco
refere o significado das Quinas: estas estão presentes na bandeira portuguesa
Diogo Cão criou os padrões
significado da cruz:cruz de cristo, Deus é visto como fonte de esperança e motivação
Análise externa
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Rima
Cruzada ou alternada
- Quatro Quadras
- Decassilábicos - três primeiros versos
- Octossilábico - último verso
O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno E para diante naveguei.
ABAB
"OS Lusíadas"
As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosasSe vão da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.
Canto I Estâncias 1,2,3
Intertextualidade com:
de LUís VAZ DE CAMÕES
Análise
- "A Proposição" - Começo/Apresentação da obra
- Nas duas primeiras estâncias, o sujeito poético enuncia o seu propósito/"canta" o louvor português e enaltece os seus reis
("Cantando, espalharei por toda a parte os feitos dos Portugueses")("Daqueles reis,...")
- Exalta o povo português como herói coletivo, por explorar mares nunca antes navegados
- Na última estância, é feita uma comparação entre os heroís do passado e o povo português, glorificando a superioridade dos heróis portugueses por conquistarem terra e mar
("Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.")
- Hipérbole - " Mais do que prometia a força humana"
- Enumeração - "A Fé, o Império, e as terras viciosas"
- Sinédoque -"Que da praia ocidental Lusitana"
- Valor imperativo - "Cessem" / "Cale-se"
- Valor causal - "Que" / "Que"
- Ambos estam relacionados com o dominio português no mar (descobrimentos)
- Enaltecem o povo português
- Apelam a superioridade dos portugueses em relação aos gregos e romanos/heróis clássicos
Intertextualidade
- Ambas as obras tem a finalidade de inspirar as próximas gerações
- No "III. Padrão" , Deus escolhe o seu herói para cumprir a missão de navegar mares desconhecidos
- "Lusíadas", o povo vai ultrapassando os obstáculos com a ajuda dos deuses
- Ambos suportam os seus objetivos através da fé: