Satélites Sentinel
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Satélites Sentinel
Sentinel-Missão Sentinel
A série de satélites SENTINEL começou a ser lançada em 2014, e desenvolveu-se a partir de um projeto da Agência Espacial Europeia (ESA)/Comissão Europeia em atendimento ao Programa Copernicus. A série tem o objetivo de dar continuidade à algumas missões antigas gerenciadas pela ESA, como ERS, ENVISAT e SPOT ao monitorar os recursos naturais terrestres, o uso e ocupação das terras, os ambientes marinhos, clima e desastres naturais. Essa missão foi denominada Global Monitoring for Environment and Securiry (GMES) e em 2012 passou a se chamar Sentinel. Neste trabalho iremos focar apenas nos satélites Sentinel 3, pois são os que têm aplicações na deteção de plásticos marinhos.
Sentinel 3a e 3b
Os satélites Sentinel 3a e 3b são muito idênticos e a sua importância é medir a topografia da superfície do mar, a sua temperatura e terrestre, a cor mar e terra, com precisão e fiabilidade para suporte aos sistemas de previsão do oceano e monitorização do clima e ambiente.
Ambos os satélites estão ativos, as suas órbitas são polares e heliossíncronas,sendo que a sua altitude é 815Km, a inclinação é 98,6º ,o período orbital é 6059,4 segundos, a sua velocidade angular é 0,0010369319 rad/s e tem velocidade orbital de 7450,874 m/s. As suas dimensões são: 2.2m de comprimento, 2.2m de largura e 3.7m de altura. O Sentinel 3a foi lançado no dia 16/02/2016, no Khrunichev Space Center com auxilio do veículo lançador Rockot/Briz-KM. O Sentinel 3b foi lançado no dia 25/04/2018, no Khrunichev Space Center com auxilio do veículo lançador Plesetsk Cosmodrome. Os sensores mais importantes são sensor OLCI que é um espectrorradiômetro que mede a radiação solar refletida pela Terra e o objetivo é monitorar o uso e ocupação das terras e as áreas oceânicas, além de coletar informações sobre a atmosfera terrestre e o sensor SLSTR que mede a temperatura da superfície terrestre, seja massas d’água, seja a parte continental, para fornecer informações sobre clima e temperatura para aplicações meteorológicas.
Deteção de plástico no oceano
Os milhões de toneladas de plástico que terminam nos oceanos, todos os anos, são um desafio global. A ESA está a reagir através da deteção de lixo plástico marinho a partir do espaço, potencialmente traçando as suas maiores concentrações e compreendendo a gigantesca escala do problema.
“As medições indiretas a partir do espaço já são usadas para enfrentar o problema do lixo plástico marinho”, explica Paolo Corradi, da ESA, supervisor do projeto. -"Por exemplo, mapas de satélites de correntes oceânicas, permitem-nos simular o acúmulo de lixo em vastos ‘giros’ nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico."O que estamos a analisar neste novo projeto é avaliar a viabilidade da medição ótica direta de resíduos de plástico marítimo a partir de satélites. Isto pode parecer impossível para a missão, mas há razões para acreditar que pode ser efetivo, pelo menos para determinadas concentrações.
-"Não estamos a falar sobre realmente detetar itens de lixo flutuantes, mas sim identificar uma assinatura espectral distinta de plástico retirada a partir de órbita, da mesma forma que o programa informático de processamento pode hoje escolher concentrações de fitoplâncton, sedimentos em suspensão e poluição transmitida pela água".
Bibliografia
https://www.embrapa.br/satelites-de-monitoramento/missoes/sentinel https://www.esa.int/Space_in_Member_States/Portugal/A_ESA_esta_a_testar_a_detecao_de_lixo_plastico_flutuante_a_partir_de_orbita https://www.copernicus.eu/pt-pt/acerca-do-copernicus/infraestrutura/conheca-os-nossos-satelites https://sentinels.copernicus.eu/web/sentinel/missions/sentinel-3/satellite-description/orbit https://www.dgterritorio.gov.pt/sites/default/files/ficheiros-cartografia/IPSentinel_20161117_PT_Porto.pdf https://www.publico.pt/2016/02/15/ciencia/opiniao/satelites-sentinel-os-novos-cartografos-da-terra-1723418 https://youtu.be/oAkDLbBLHBY?si=kpyUvi9FlidUonF0 https://www.forbes.com/sites/allenelizabeth/2020/04/27/how-satellites-and-machine-learning-are-being-used-to-detect-plastic-in-the-ocean/?sh=5db665424fd1
Projeto Lixo Plástico: Detecção e monitoramento de alvos plásticos artificiais com imagens de satélite e UAV
Há uma necessidade urgente de avaliar os níveis de poluição plástica nos oceanos, para permitir a monitorização futura e determinar a eficácia de qualquer remediação posta em vigor. Como consequência, paralelamente às observações in situ, existe um interesse crescente na detecção de detritos marinhos utilizando imagens de satélite de detecção remota e de UAV. O Grupo de Sensoriamento Remoto Marinho (MRSG) da Universidade do Egeu é um dos poucos grupos em todo o mundo com profunda experiência no desenvolvimento de estruturas alvo de detritos plásticos artificiais, em diferentes configurações e composições poliméricas. O MRSG executa pelo segundo ano o Projeto Lixo Plástico (PLP), ou seja, projeto de calibração/validação para detecção de alvos plásticos artificiais na superfície do mar usando imagens de satélite Sentinel e UAV (PLP2019) e (PLP2018). No PLP2018 (Topouzelis et al, 2019), foram implantados 3 alvos de plástico de 10x10m e analisada a sua presença nas imagens do Sentinel-2 e do Sentinel-1.
Estes resultados encorajadores, juntamente com outros estudos, indicaram a possibilidade de detectar remotamente detritos marinhos, embora a tecnologia e as metodologias ainda estejam numa fase prematura. Este novo projecto ambicionava conceber e implantar infra-estruturas permanentes no mar e estruturas alvo reutilizáveis, com composição polimérica representativa do que é relatado na literatura, para a calibração e validação de metodologias de detecção de detritos marinhos.
Deteção dos plásticos no oceano
Os satélites vêm todo o espectro eletromagnético, logo é a partir da radiação emitida pelos plásticos que estes são detetados e futuramente recolhidos.A deteção do plástico baseou-se também em conseguir diferenciar os diferentes materiais que boiam na água, o que foi preciso fazer uma comparação, tendo em conta que a visão dos satélites é diferente da nossa, captando o espectro eletromagnético inteiro . Os satélites coletam dados sobre sinais luminosos, entre outras coisas. Os materiais podem ser distinguidos usando sinais de luz com base nos comprimentos de onda de luz que eles refletem. Embora a água limpa absorva com eficiência a luz na faixa do infravermelho próximo (NIR) ao infravermelho de ondas curtas (SWIR), materiais flutuantes como plástico e detritos naturais refletem o NIR. Essas diferenças na absorção de luz permitem que os satélites detectem objetos flutuantes no espaço.Os sinais NIR de vários objetos flutuantes variam. Utilizando os dados do satélite, os investigadores treinaram um algoritmo de aprendizagem automática para identificar o sinal luminoso do plástico flutuante, libertando um flutuador de plástico ao largo da costa da Grécia e obtendo os dados do sinal luminoso associado dos satélites. Os pesquisadores usaram esses dados de luz para ensinar o algoritmo a associar certos sinais de luz NIR a detritos plásticos flutuantes. Da mesma forma, eles também ensinaram o algoritmo a distinguir entre materiais plásticos e naturais, como algas marinhas, madeira flutuante e espuma marinha.
Satélites Sentinel
Bruno Rodrigo Sousa Manita de Almeida
Created on December 22, 2023
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Satélites Sentinel
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Satélites Sentinel
Sentinel-Missão Sentinel
A série de satélites SENTINEL começou a ser lançada em 2014, e desenvolveu-se a partir de um projeto da Agência Espacial Europeia (ESA)/Comissão Europeia em atendimento ao Programa Copernicus. A série tem o objetivo de dar continuidade à algumas missões antigas gerenciadas pela ESA, como ERS, ENVISAT e SPOT ao monitorar os recursos naturais terrestres, o uso e ocupação das terras, os ambientes marinhos, clima e desastres naturais. Essa missão foi denominada Global Monitoring for Environment and Securiry (GMES) e em 2012 passou a se chamar Sentinel. Neste trabalho iremos focar apenas nos satélites Sentinel 3, pois são os que têm aplicações na deteção de plásticos marinhos.
Sentinel 3a e 3b
Os satélites Sentinel 3a e 3b são muito idênticos e a sua importância é medir a topografia da superfície do mar, a sua temperatura e terrestre, a cor mar e terra, com precisão e fiabilidade para suporte aos sistemas de previsão do oceano e monitorização do clima e ambiente.
Ambos os satélites estão ativos, as suas órbitas são polares e heliossíncronas,sendo que a sua altitude é 815Km, a inclinação é 98,6º ,o período orbital é 6059,4 segundos, a sua velocidade angular é 0,0010369319 rad/s e tem velocidade orbital de 7450,874 m/s. As suas dimensões são: 2.2m de comprimento, 2.2m de largura e 3.7m de altura. O Sentinel 3a foi lançado no dia 16/02/2016, no Khrunichev Space Center com auxilio do veículo lançador Rockot/Briz-KM. O Sentinel 3b foi lançado no dia 25/04/2018, no Khrunichev Space Center com auxilio do veículo lançador Plesetsk Cosmodrome. Os sensores mais importantes são sensor OLCI que é um espectrorradiômetro que mede a radiação solar refletida pela Terra e o objetivo é monitorar o uso e ocupação das terras e as áreas oceânicas, além de coletar informações sobre a atmosfera terrestre e o sensor SLSTR que mede a temperatura da superfície terrestre, seja massas d’água, seja a parte continental, para fornecer informações sobre clima e temperatura para aplicações meteorológicas.
Deteção de plástico no oceano
Os milhões de toneladas de plástico que terminam nos oceanos, todos os anos, são um desafio global. A ESA está a reagir através da deteção de lixo plástico marinho a partir do espaço, potencialmente traçando as suas maiores concentrações e compreendendo a gigantesca escala do problema.
“As medições indiretas a partir do espaço já são usadas para enfrentar o problema do lixo plástico marinho”, explica Paolo Corradi, da ESA, supervisor do projeto. -"Por exemplo, mapas de satélites de correntes oceânicas, permitem-nos simular o acúmulo de lixo em vastos ‘giros’ nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico."O que estamos a analisar neste novo projeto é avaliar a viabilidade da medição ótica direta de resíduos de plástico marítimo a partir de satélites. Isto pode parecer impossível para a missão, mas há razões para acreditar que pode ser efetivo, pelo menos para determinadas concentrações. -"Não estamos a falar sobre realmente detetar itens de lixo flutuantes, mas sim identificar uma assinatura espectral distinta de plástico retirada a partir de órbita, da mesma forma que o programa informático de processamento pode hoje escolher concentrações de fitoplâncton, sedimentos em suspensão e poluição transmitida pela água".
Bibliografia
https://www.embrapa.br/satelites-de-monitoramento/missoes/sentinel https://www.esa.int/Space_in_Member_States/Portugal/A_ESA_esta_a_testar_a_detecao_de_lixo_plastico_flutuante_a_partir_de_orbita https://www.copernicus.eu/pt-pt/acerca-do-copernicus/infraestrutura/conheca-os-nossos-satelites https://sentinels.copernicus.eu/web/sentinel/missions/sentinel-3/satellite-description/orbit https://www.dgterritorio.gov.pt/sites/default/files/ficheiros-cartografia/IPSentinel_20161117_PT_Porto.pdf https://www.publico.pt/2016/02/15/ciencia/opiniao/satelites-sentinel-os-novos-cartografos-da-terra-1723418 https://youtu.be/oAkDLbBLHBY?si=kpyUvi9FlidUonF0 https://www.forbes.com/sites/allenelizabeth/2020/04/27/how-satellites-and-machine-learning-are-being-used-to-detect-plastic-in-the-ocean/?sh=5db665424fd1
Projeto Lixo Plástico: Detecção e monitoramento de alvos plásticos artificiais com imagens de satélite e UAV
Há uma necessidade urgente de avaliar os níveis de poluição plástica nos oceanos, para permitir a monitorização futura e determinar a eficácia de qualquer remediação posta em vigor. Como consequência, paralelamente às observações in situ, existe um interesse crescente na detecção de detritos marinhos utilizando imagens de satélite de detecção remota e de UAV. O Grupo de Sensoriamento Remoto Marinho (MRSG) da Universidade do Egeu é um dos poucos grupos em todo o mundo com profunda experiência no desenvolvimento de estruturas alvo de detritos plásticos artificiais, em diferentes configurações e composições poliméricas. O MRSG executa pelo segundo ano o Projeto Lixo Plástico (PLP), ou seja, projeto de calibração/validação para detecção de alvos plásticos artificiais na superfície do mar usando imagens de satélite Sentinel e UAV (PLP2019) e (PLP2018). No PLP2018 (Topouzelis et al, 2019), foram implantados 3 alvos de plástico de 10x10m e analisada a sua presença nas imagens do Sentinel-2 e do Sentinel-1.
Estes resultados encorajadores, juntamente com outros estudos, indicaram a possibilidade de detectar remotamente detritos marinhos, embora a tecnologia e as metodologias ainda estejam numa fase prematura. Este novo projecto ambicionava conceber e implantar infra-estruturas permanentes no mar e estruturas alvo reutilizáveis, com composição polimérica representativa do que é relatado na literatura, para a calibração e validação de metodologias de detecção de detritos marinhos.
Deteção dos plásticos no oceano
Os satélites vêm todo o espectro eletromagnético, logo é a partir da radiação emitida pelos plásticos que estes são detetados e futuramente recolhidos.A deteção do plástico baseou-se também em conseguir diferenciar os diferentes materiais que boiam na água, o que foi preciso fazer uma comparação, tendo em conta que a visão dos satélites é diferente da nossa, captando o espectro eletromagnético inteiro . Os satélites coletam dados sobre sinais luminosos, entre outras coisas. Os materiais podem ser distinguidos usando sinais de luz com base nos comprimentos de onda de luz que eles refletem. Embora a água limpa absorva com eficiência a luz na faixa do infravermelho próximo (NIR) ao infravermelho de ondas curtas (SWIR), materiais flutuantes como plástico e detritos naturais refletem o NIR. Essas diferenças na absorção de luz permitem que os satélites detectem objetos flutuantes no espaço.Os sinais NIR de vários objetos flutuantes variam. Utilizando os dados do satélite, os investigadores treinaram um algoritmo de aprendizagem automática para identificar o sinal luminoso do plástico flutuante, libertando um flutuador de plástico ao largo da costa da Grécia e obtendo os dados do sinal luminoso associado dos satélites. Os pesquisadores usaram esses dados de luz para ensinar o algoritmo a associar certos sinais de luz NIR a detritos plásticos flutuantes. Da mesma forma, eles também ensinaram o algoritmo a distinguir entre materiais plásticos e naturais, como algas marinhas, madeira flutuante e espuma marinha.