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A sociedade egípcia e a escravatura

Inês Pereira da Silva

Created on December 4, 2023

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Transcript

A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA

A SOCIEDADE EGÍPCIA E A ESCRAVATURA

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de História por: Beatriz Sampaio Inês Silva Lara Simão 7ºC
Ano letivo 2023-2024

Neste trabalho iremos fazer uma breve caracterização da sociedade egípcia e abordar a temática da escravatura, estabelecendo uma comparação entre a escravatura no Antigo Egito e na atualidade.

INTRODUÇÃO

O Antigo Egito foi uma das civilizações da Antiguidade que mais marcaram a História, principalmente devido aos seus feitos, crenças, normas políticas e sociais, verdadeiramente fascinantes para a época.A civilização egípcia é exemplo de uma sociedade onde se desenvolveu uma forte estratificação e desigualdade social e política. Nesse tempo, a escravatura não só era permitida como fazia parte da sociedade egípcia, em que os escravos, na sua maioria prisioneiros de guerra, faziam o trabalho duro de quem os comprava.

LOCALIZAÇÃO ESPÁCIO--TEMPORAL

A civilização egípcia situa-se no nordeste do continente africano, numa estreita faixa de terreno que se estende ao longo das margens do rio Nilo. Essa localização privilegiada foi, em parte, responsável pelo desenvolvimento e prosperidade da civilização egípcia, que soube adaptar-se às condições do vale do Nilo. Esta civilização desenvolveu-se a partir de 3500 a.C e durou cerca de 3000 anos.

A SOCIEDADE egípcia

A sociedade egípcia era uma sociedade estratificada, mas era, também, hierarquizada, ou seja, os grupos sociais estavam organizados de acordo com a riqueza, o nascimento, a função ou o prestígio de cada um. Cada estrato social detinha riqueza, poderes e funções diferentes.

PODERES E FUNÇÕES DO FARAÓ

O poder do faraó era sacralizado, absoluto e exercido em nome dos deuses. Era considerado um deus vivo, filho de Amón-Rá, o deus-sol, e detinha o poder de vida e de morte sobre o seu povo (Monarquia Teocrática).

No topo da sociedade egípcia encontrava-se o faraó (bem como a sua família), que concentrava em si todos os poderes:- Poder religioso - era o sumo sacerdote, dirigia o culto e as cerimónias públicas; - Poder judicial - era o juiz supremo, administrava a justiça; - Poder militar - comandava os exércitos; - Poder político - comandava a gestão do território.

Sarcófago do faraó Tutancámon, Museu Egípcio, Cairo.

Os sacerdotes eram responsáveis pelo culto dos deuses e dos mortos e estavam, também eles, dependentes do faraó, sumo sacerdote. Os escribas dedicavam-se ao registo dos impostos, das leis e de documentos ligados à administração.

GRUPOS PRIVILEGIADOS

Os grupos privilegiados eram constituídos pelos nobres, altos funcionários, sacerdotes e escribas. Estes grupos não pagavam tributos, recebiam terras e benefícios do faraó e ocupavam cargos políticos, administrativos e religiosos de destaque. Os nobres asseguravam funções militares e estavam dependentes do faraó, que era o chefe do exército. Os altos funcionários, entre os quais o vizir, tratavam da administração do país, auxiliando o faraó.

Escriba egípcio.

Os escravos, na sua maioria propriedade do faraó, eram, normalmente, prisioneiros de guerra e realizavam os trabalhos mais difíceis e duros, nas minas, na agricultura, na construção de grandes obras públicas ou em serviços domésticos.

GRUPOS NÃO PRIVILEGIADOS

Entre os grupos não privilegiados destacavam-se os soldados, responsáveis pela defesa, que detinham alguns privilégios, como o direito ao saque de guerra e a algumas doações de terras. Os camponeses, comerciantes e artesãos, que constituíam cerca de 90% da população egípcia, levavam uma vida muito difícil e tinham de pagar impostos e rendas ao faraó e aos nobres. Os camponeses eram a base da economia egípcia, pois cultivavam as terras e alimentavam toda a sociedade, pagavam impostos e, na época das inundações, trabalhavam nas grandes construções.

Camponeses no Antigo Egito.

A escravatura é, então, uma prática social marcada pela falta de liberdade, em que um ser humano considera ter direitos de propriedade sobre outro - o escravo -, negando-lhe os seus direitos e explorando as suas capacidades.

Definição de escravatura

“escravatura”, in Dicionário da Língua Portuguesa. Academia das Ciências de Lisboa. Disponível em https://dicionario.acad-ciencias.pt/pesquisa/?word=escravatura [consultado em 04/12/2023]

Mercado de escravos no Antigo Egito.

No entanto, importa referir que a divisão fundamental da sociedade egípcia não passava pela oposição entre "homens livres" e "escravos"; a classificação social egípcia estabelecia-se segundo uma escala de privilégios decrescentes e de crescente dependência, uma vez que se tratava de uma sociedade reconhecidamente hierarquizada, com grupos mais privilegiados do que outros.

ESCRAVATURA NO ANTIGO EGITO

A existência de escravos é documentada há milhares de anos e conhecida em várias civilizações da Antiguidade, entre as quais a do antigo Egito. Trata-se, como já referimos, de uma sociedade altamente estratificada, em que os escravos ocupavam o escalão mais baixo da estrutura social. Estes eram normalmente prisioneiros de guerra ou comprados em mercados e eram votados às atividades mais inferiores e pesadas, obrigados a trabalhos forçados. Não tinham liberdade e não possuíam quaisquer direitos.

ESCRAVATURA NA atualidade

trabalhar através de coerção, ou ameaça mental ou física, se é controlada ou tida como propriedade pelo empregador, se é desumanizada (em que é tratada como uma mercadoria), se é fisicamente constrangida e se tem restrições à sua liberdade de movimento.Atualmente, através dos meios de comunicação, chegam-nos notícias relativas à continuidade, um pouco por todo o mundo, de práticas esclavagistas.

A escravatura como era descrita até ao século XIX parece ter chegado ao fim. Em Portugal, foi abolida em 1761, pelo Marquês de Pombal. No entanto, o século XXI ainda não erradicou a escravatura. Ainda que o trabalho escravo tenha sido banido em quase todos os países, continuam a existir muitas pessoas a viver ilegalmente sob essa condição. Segundo a organização não-governamental Anti-Slavery International, atualmente uma pessoa é considerada escrava se for forçada a

Com efeito, de acordo com os últimos dados da Organização Internacional do Trabalho, estima-se que cerca de 40, 3 milhões de pessoas estejam a vivenciar alguma forma de escravatura. Todos os anos, homens e mulheres, rapazes e raparigas, em situação vulnerável, são vítimas de tráfico humano, servidão, trabalho forçado, trabalho infantil, casamento forçado, exploração sexual, exploração para pagamento de dívida, bem como outras formas de exploração. Segundo a ONU, esta escravatura moderna existe em quase todos os países do mundo e constitui uma violação fundamental dos direitos humanos.

De facto, e apesar do fim da escravatura, continuam a existir escravos no mundo moderno. É uma escravatura diferente da da civilização egípcia, porque é ilegal e, por isso, "camuflada", mas não deixa de ser escravatura. Há crianças como nós que não podem ir à escola e que são forçadas a trabalhar; há meninas como nós que são obrigadas a casar... A escravatura está presente em todo o lado: no chocolate que comemos, na roupa que vestimos, na tecnologia que usamos diariamente... E tudo isto acontece debaixo dos nossos olhos, sem que nos apercebamos.

CONCLUsão

Com este trabalho conseguimos aprofundar os nossos conhecimentos acerca da civilização egípcia, que marcou para sempre a história da Humanidade; ficamos a saber mais sobre o seu aparecimento e sobre a forma como estava organizada a sua sociedade. Neste contexto, prestamos maior atenção ao papel do escravo e ao modo como este era tratado na sociedade egípcia. Mas este trabalho permitiu-nos ir mais longe e perceber que, milhares de anos depois, as sociedades não mudaram tanto quanto gostaríamos.

BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA

- Manual HSI, História Sob Investigação, Porto Editora; - Escola Virtual; - https://www.ilo.org/global/topics/forced-labour/lang--en/index.htm - https://magg.sapo.pt/atualidade/atualidade-internacional/artigos/hoje-temos-mais-escravos-do-que-em-qualquer-outro-periodo-da-historia