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Transcript

A floresta autóctone constitui um património natural, formada por árvores originárias do próprio território, pelo que assume uma grande importância a vários níveis. A floresta autóctone portuguesa, é toda a floresta constituída por carvalhos, medronheiros, castanheiros, loureiros, azinheiras, azereiros, sobreiros.

Sabias que...

O que é?

BEGSAMPAIO

A Floresta Autóctone é importante

Ameaças à Floresta Autóctone

Porque devemos dar importância às florestas autóctones?

História da Floresta Autóctone

Funções e utilizações

Vídeo Floresta Autóctone

Para além do seu valor intrínseco, a floresta autóctone é relevante não apenas ao nível ambiental e ecológico, mas também do ponto de vista económico e social. As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, por isso são mais resistentes a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas.

Funções e utilizações: • amenização do clima; • armazenamento de carbono atmosférico, contribuindo para a redução do efeito de estufa;• conservação da água e do solo (ajudam a regular ciclo hidrológico e a qualidade da água);• conservação da biodiversidade (são importantes lugares de refúgio e reprodução para um grande número de espécies animais autóctones, muitas delas também em vias de extinção); • preservação e melhoria da paisagem; • prevenção dos fogos florestais (são mais resistentes); • preservação de valores históricos e culturais; • promoção de atividades de recreio e do turismo;• produção de bens não-lenhosos (frutos silvestres, plantas medicinais e aromáticas, cogumelos, mel, pastoreio, caça);• produção de bens lenhosos (madeira, cortiça).

Funções e utilizações

Declínio da Biodiversidade e ameaças à Floresta Autóctone Os carvalhais e os montados de sobro e de azinho ocupam ainda quase um milhão de hectares em Portugal, no entanto, para a defesa, manutenção e aumento dessa área, é essencial que haja uma radical alteração nas políticas agroflorestais do nosso país. As florestas autóctones são maioritariamente mal geridas, estando mais suscetíveis a ameaças por incêndios, pragas, doenças, invasões por espécies exóticas e sujeitas a cortes prematuros e desordenados. Não se pode continuar apenas com explorações florestais mono-específicas, com consequências na redução da Biodiversidade e da diversidade genética. Este aspeto conduz a uma menor capacidade de adaptação a alterações do ambiente e a catástrofes como os incêndios, pragas e doenças. A continuar a onda de incêndios dos últimos anos, as nossas montanhas caminham rapidamente para a desertificação. O facto de a generalidade da população não reconhecer as funções características da floresta autóctone, constitui uma ameaça à sua preservação. Uma adequada conservação, promoção e gestão deste recurso natural são essenciais de modo a garantir não apenas a sua preservação como poder providenciar o bem-estar e o desenvolvimento socioeconómico nas diversas regiões do nosso território.

Breve História da Floresta Autóctone Portugal Continental esteve coberto de floresta até à zona mais alta da Serra da Estrela. A Época dos Descobrimentos teve uma grande responsabilidade na exploração e declínio das florestas. Para a construção naval, foi utilizada madeira de azinheira (Quercus rotundifolia), de sobreiro (Quercus suber) e de carvalhos de folha caduca (Q. pyrenaica, Q. robur). Para cada nau eram necessários entre dois mil a quatro mil carvalhos. Na “Campanha de Ceuta” foram necessárias cerca de 300 naus, na expansão dos Descobrimentos para a Índia cerca de 800 naus e para o Brasil cerca de 500. Portanto, durante essa época derrubaram-se milhões de carvalhos, contribuindo para a desflorestação do país e afetando a Biodiversidade do território. O declínio não foi apenas de plantas. O urso, por exemplo, extinguiu-se, nessa época, em Portugal. O pinheiro bravo é uma árvore bem-adaptada aos ambientes de Portugal, tendo sido semeado com maior abundância do que o pinheiro manso e do que as folhosas, a sua área aumentou bastante, particularmente após a política de arborização do “Estado Novo”. A partir de meados do século XX, os pinhais têm vindo a ser substituídos por eucaliptais, que interessam mais para o fabrico da pasta de papel. Nas últimas décadas aumentou-se tanto as plantações de eucaliptos de tal modo que Portugal tem a maior área de eucaliptal contínuo da Europa.