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O QUE NÃO SE PODIA FAZER ANTES DO 25 DE ABRIL

otiliaalmeida869

Created on November 15, 2023

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Transcript

25 DE ABRIL

Sabes o que não podias fazer antes do 25 de abril?

50 anos

Testa aqui

Pergunta 1 de 13

Das bebidas seguintes, era permitido beber...

Vinhos franceses

Coca-Cola

Sagres

Exatamente•••

O mercado nacional estava fechado a vinhos estrangeiros. Também não se podia beber Coca-Cola estava associada à cocaína e ao estilo de vida americano..

Fica a saber mais sobre a probição da Coca-Cola

Quando Salazar não deixou que a Coca-Cola entrasse em Portugal

Apesar do sucesso alcançado em vários pontos do globo terrestre a conhecida bebida gaseificada teve muita dificuldade em estabelecer-se em Portugal, mas para perceber o melhor o facto de a Coca-Cola não ser vendida durante tantos anos no país, é necessário recuar a 1928. Na época Portugal vivia num sistema político autoritário, marcado pela ditadura, em que todos os produtos comercializados precisavam de uma autorização prévia. O médico higienista Ricardo Jorge, amigo de Salazar, foi consultado sobre a bebida, e terá emitido um parecer, segundo o qual se o nome da marca correspondesse ao conteúdo da bebida (coca, de cocaína, e cola, fonte de cafeína) devia ser recusada, e se não correspondesse também, porque “não se deve anunciar no rótulo aquilo que o produto não contém”. Por outro, o nacionalismo de Salazar rimava com o seu «antiamericanismo», visto que os Estados Unidos da América representavam a modernidade, o progresso e a eficiência, tudo o que o presidente do Conselho não desejava para o país.

Assim, quando em 1927, o poeta Fernando Pessoa foi convidado para desenhar a campanha publicitária da bebida gaseificada, com a célebre frase “primeiro estranha-se, depois entranha-se”, esta foi recusada e desaprovada. “A Coca-Cola cria dependência e é perigosa para saúde” foram as palavras proferidas pelo político, para justificar a recusa do seu consumo em Portugal.

Pergunta 2 de 13

Era proibido andar descalço na rua.

Falso

Verdadeiro

Pois é•••

Esse era um sinal de pobreza que deveria ser ocultado, uma vez que, oficialmente, não existia pobreza extrema no país.

Para saber mais

Aconteceu no dia 5 de Dezembro de 1931

“Uma disposição acertada. O pé descalço nas ruas de Lisboa acabou. Começou hoje a vigorar a determinação do governo civil que não permite trânsito pelas ruas da cidade às pessoas que se apresentem descalças. Como se sabe, não era apenas por miséria, mas sim por hábito, com muitas pessoas sobretudo pertencentes a colónia ovarina que resolviam andar descalças, oferecendo à maioria da população o espetáculo impróprio de uma capital. Já em tempos o falecido comandante da Polícia senhor Ferreira do Amaral, tomou providências no sentido de acabar com o pé descalço. A breve trecho, porém esta disposição caiu em desuso, voltando o pé descalço a fazer a sua aparição nas ruas de Lisboa, sem ser incomodado pela polícia." Diário de #Lisboa, 5 dezembro 1931

Pergunta 3 de 13

Era obrigatório ter uma licença para usar um isqueiro na rua.

Falso

Verdadeiro

Assim era •••

Para proteger a indústria dos fósforos em Portugal, quem quisesse usar um isqueiro na rua tinha de ter uma licença semelhante à de porte de arma.

Para saber mais

"Licença anual para uso de acendedores e isqueiros"

Durante o Estado Novo, o uso de isqueiros era sujeito a licença que tinha de ser renovada anualmente e ser transportada pelo seu dono para apresentação às autoridades, sempre que solicitado. Em caso de falta, o portador do isqueiro era multado em 250 escudos. Sendo funcionário público ou militar, a multa ascenderia a 500 escudos. O dinheiro recolhido pela venda de licenças e coimas revertia a favor da Fosforeira Nacional. Sendo que, no caso das multas, 30% era destinado ao autuante. Essa percentagem poderia ser divida com o delator, caso existisse. Essas diretrizes foram instituídas pelo decreto-lei 28219 de novembro de 1937, só sendo abolidas em maio de 1970.

Pergunta 4 de 13

Era proibido ir ao futebol.

Falso

Verdadeiro

É verdade •••

As reuniões estavam proibidas, exceto no caso dos estádios de futebol e nos locais de culto da Igreja, «Futebol, Fado e Fátima» eram os Três F frequentemente referidos como os pilares da ditadura.

Pergunta 5 de 13

Era proibido um homem com roupas associadas a mulheres e vice versa.

Só era proibido um homem vestir-se com roupas associadas a mulheres.

Só era proibido uma mulher vestir-se com roupas associadas a homens.

Ambas eram proibidas

Pergunta 6 de 13

Os filmes estrangeiros eram, obrigatoriamente, dobrados.

Falso

Verdadeiro

Precisamente •••

Tinham de ser legendados e não dobrados, pois as legendas eram mais fáceis de adulterar e censurar. Essa herança ainda hoje permanece, não existindo em Portugal a cultura de dobragem dos filmes, como em tantos outros países.

Pergunta 7 de 13

Os casais podiam beijar-se na rua.

Sim, desde que fossem homem e mulher

Não

Nem mais •••

Era comum que o namoro fosse ao postigo ou com um acompanhante. Namoro na rua podia resultar em multa de, pelo menos, 57 escudos, e uma rapadela de cabelo. Segundo o livro de António Costa Santos, as multas eram assim: Mão na mão 2$50; Mão naquilo 15$00; Aquilo na mão 30$00; Aquilo naquilo 50$00; Aquilo atrás daquilo 100$00; Com a língua naquilo 150$00 de multa, preso e fotografado.

Pergunta 8 de 13

As alunas do liceu não podiam:

Ter os braços à mostra

Ter os joelhos à mostra

Todas as opções

Usar calças

Justamente •••

Mesmo no Verão, as jovens só podiam arregaçar as mangas até ao cotovelo nas aulas de laboratório de Química.

Pergunta 9 de 13

Na praia era o único sítio onde não havia regras de indumentária.

Falso

Verdadeiro

Assim era •••

Era proibido andar de umbigo à mostra ou biquíni. O fato de banho não podia ser muito cavado ou ter um decote muito grande. A lei dizia para usar «camisola e calção com corte inteiro, justo à perna e reforço

interno da parte da frente, e justo à cintura cobrindo o ventre», mas havia algum «facilitismo» e as mulheres usavam apenas o fato de banho. Segundo o livro, uma inglesa que usava biquíni foi interpelada por um agente de Polícia Marítima que gritava «just one piece», referindo-se ao fato de banho de uma só peça. A mulher acedeu - e tirou a parte de cima do biquíni, ficando, efetivamente, só com uma peça.

Pergunta 10 de 13

Uma criança podia ser «filha de mãe incógnita».

Falso

Verdadeiro

Exatamente •••

Quando uma mulher casada pela Igreja se separava, caso ficasse grávida de um novo companheiro teria de dar ao filho o nome do primeiro marido (uma vez que não era possível divorciar-se). Para isto não acontecer, a alternativa era ser o pai da criança a fazer o registo, classificando a criança como «filho de mãe incógnita.

Pergunta 11 de 13

A maioria das mulheres não podiam andar sozinhas à noite.

Falso

Verdadeiro

Precisamente •••

Só as trabalhadoras do sexo o podiam fazer. Qualquer outra corria o risco de ser levada para a esquadra até que um homem (marido ou familiar) a fosse reclamar e justificar o motivo para estar sozinha à noite.

Pergunta 12 de 13

No comboio, era proibido...

Jogar às cartas

Ler o jornal

Pois é •••

Não eram permitidos jogos de azar, pois não eram bem vistos. De notar que os jornais estavam sujeitos à censura do Lápis Azul: Casa Comum / Fundação Mário Soares.

Pergunta 13 de 13

As professoras precisavam de autorização do ministro para casar.

Falso

Verdadeiro

Nem mais •••

E as enfermeiras não podiam ser casadas. O pretendente da professora devia ter «bom comportamento» e «vencimento ou rendimentos em harmonia com os da professora».

mARAVILHA!

BOA! A brincar aprendemos sempre muito...

https://www.publico.pt/P3/interactivo/sabes-era-proibido-antes-25-abril-testa-aqui-152 (adaptado)

Resposta errada!

Pensa bem e volta a tentar!