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Passeio literário
crisfonte28
Created on June 27, 2023
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Transcript
Passeio literário
Pelo rio acima -Tejo - Soltar amarras
Programa
9:45 - Marina de Vila Franca de Xira 1.º Grupo 10:00 a 11:15 - Cruzeiro no Tejo 2.º Grupo 10:00 a 11:00 - Fábrica das Palavras~ 1.º Grupo 11:30 a 12:30 - Fábrica das Palavras 2.º Grupo 11:15 a 12:30 - Cruzeiro no Tejo Grande grupo 13:00 a 15:00 - Alomoço (Restaurante "Varinaice") Grande grupo 15:00 a 16:30 - Museu do Neo-realismo
https://paralemdosolhos.blogspot.com/
"ESTEIROS" de Soeiro Pereira Gomes
Esteiros é um romance de Soeiro Pereira Gomes, publicado em 1941, e retrata o trabalho infantil na vila de Alhandra, pertencente ao concelho de Vila Franca de Xira. Este romance é um dos textos inaugurais do neo-realismo e é revelador da ligação do autor à luta pelos direitos da classe operária. Trata-se de uma obra de denúncia da injustiça e miséria social, que conta a história de Gineto, Gaitinhas, Sagui e todo um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos, nas margens dos esteiros do rio Tejo.
Esteiros de Soeiro Pereira Gomes
A história de cinco meninos que trabalham em vez de ir à escola tece o enredo da obra-prima de Soeiro Pereira Gomes. A miséria retratada em "Esteiros" é muito mais do que ficção, é a realidade de um país pobre, sem esperança, onde mais de metade da população não sabe ler nem escrever. Da janela do quarto, Soeiro Pereira Gomes observava a luta trágica dos operários para sobreviver. Entre os homens havia crianças em idade de aprender as primeiras letras. Recolhiam o barro dos estreitos canais do rio Tejo, os esteiros, para dele fazerem telhas e tijolos. Trabalhavam a troco de um salário miserável, que os condenava à mendicidade, a uma vida sem saída da pobreza. O autor via tudo da janela da sua casa, em Alhandra, e refletia sobre a injustiça de uma sociedade opressora e exploradora, organizada em favor dos mais fortes. Em vez de calar, prefere denunciar com palavras e outros atos de resistência ao regime de Salazar. Publicado em 1941, “Esteiros”, tem personagens inspiradas na realidade: Gaitinhas, Guedelhas, Gineto, Maquineta e Sagui, são “os filhos dos homens que nunca foram meninos”, dedicatória do autor a abrir o romance. A obra, uma das mais emblemáticas do movimento neorrealista português, é escrita numa linguagem acessível mas cuidada, com frases simples, privilegiando o discurso direto para dar voz aos oprimidos.
Esteiros
Esteiro é um braço de mar ou de um rio que se estende pela terra a dentro.
Vila Franca de Xira
As vilas francas eram, na época medieval, vilas às quais haviam sido concedidos privilégios fiscais ou alfandegários, por via de uma carta de foral. Quanto ao étimo «Xira» este provém do português arcaico «cira», que significa «brenha ou mato denso».
Cruzeiro no "Varino LIberdade"
De proa redonda e fundo chato, com 18 metros de comprimento, 40 toneladas de arqueação bruta e duas velas (a de estai e a latina quadrada), este é um barco varino cuja tripulação é composta por um arrais ao comando de dois ou três marinheiros. Construído em Abrantes em 1945 e batizado com o nome “Campino”, destinava-se ao transporte de mercadorias no rio Tejo. A 25 de abril de 1988, foi recuperada e na posse da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, foi rebatizada de “Liberdade”.
Estuário do Tejo
A Reserva Natural do Estuário do Tejo (14.416,21 ha) está integrada na mais vasta zona húmida do território português, o estuário do Tejo, incluindo águas estuarinas, mouchões, salinas, terrenos agrícolas - lezírias - e montado.
Mouchões em Vila Franca de Xira
Estuário do Tejo - Fauna
Savelha (Alosa fallax)
Linguado-legítimo
Lampreia-de-rio
Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina).
Ganso-bravo (Anser anser)
Flamingo (Phoenicopterus roseus)
Alfaiate (Recurvirostra avosetta)
Estuário do Tejo - Flora
Morraça (Spartina maritima)
Valverde-dos-sapais (Suaeda vera)
Malmequer-da-praia (Aster tripolium)
Caniço Phragmites australis
Scirpus maritimus