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Os Lusíadas-Canto V
camilacacho224
Created on May 31, 2023
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Transcript
Os Lusíadas-Canto V
Luís de Camões
Biografia do Poeta
Luís Vás de Camões nasceu em 1524 e morreu em 1580 em Lisboa. Este foi um poeta português, autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
Tema da reflexão
A desvalorização da poesia e da cultura pelos portugueses.
Acontecimento motivador da reflexão
O fim da narrativa de Vasco da Gama sobre a história de Portugal e a aventura marítima de Lisboa até Melinde.
Estrutura Interna
As partes constituintes da epopeia: Proposição: Parte introdutória onde o poeta anuncia o que vai cantar. Invocação: Pedido de ajuda às divindades inspiradoras. Dedicatória: Oferecimento do poema a uma personalidades importante. Narração: Parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das ações levadas a cabo pelo protagonista.
Planos Narrativos
Como plano narrativo fulcral apresenta-nos a Viagem de Vasco da Gama à Índia. Continuamente articulado a este e paralelo a ele, surge um segundo plano que diz respeito à intervenção dos Deuses do Olimpo na Viagem.Encaixando no primeiro plano, tem lugar um terceiro, que é constituído pela História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao Rei de Melinde, por Paulo da Gam ao Catual de Calecut e por entidades divinas que vacticinam futuras feitos das Portugueses. Um quarto plano é constituído pelas considerações do poeta.
Estrutura Externa
- Este poema é uma epopeia composta por 10 cantos;
- Este contém 1102 estâncias de oito versos (oitavas);
- Foi escrito em versos decassilábicos, com predominio do decassilabo heróico.
- O seu esquema rimático é ABABABCC;
Viagem de Vasco da Gama à Índia:
Proposta de resolução do questionário do manual
1- A exclamação inicial revela a intensidade das emoções despertadas pela narração de Vasco da Gama. O uso do "Oh!" expressa surpresa, admiração e até mesmo desespero. O narrador reconhece o poder da história contada por Vasco da Gama em despertar emoções profundas nos ouvintes. Os efeitos da narração sobre os ouvintes são apresentados na estância 90. Eles são descritos como "chorando estavam de contínuo" e "fixas as vistas no capitão", revelando o impacto emocional da história contada por Vasco da Gama. Os ouvintes são afetados pela tristeza, sendo incapazes de conter as lágrimas, e também demonstram admiração e concentração total no capitão, que está narrando os eventos. Assim, a exclamação inicial ressalta a intensidade das emoções despertadas pela narração de Vasco da Gama nos ouvintes. Ela indica que a história contada é tão poderosa e envolvente que causa desesperança, tristeza e um profundo impacto emocional nas pessoas que a ouvem. A exclamação serve para realçar o efeito dramático da narração e a sua capacidade de tocar profundamente os corações dos ouvintes.
2- Os dois últimos versos marcam o àpice da descrição do gigante Adamastor. Adamastor é uma figura mitológica representada como um ser gigantesco e aterrorizante que personifica as forças da natureza e os perigos enfrentados pelos navegadores. Os versos finais indicam que a figura que os navegadores estão a enfrentar é o próprio Adamastor. O poeta enfatiza que ele é "terrível e desgraçado", transmitindo a ideia de que ele é uma presença ameaçadora e infeliz. A menção de seu nome reforça sua notoriedade e o seu temor entre os marinheiros. Esses versos servem para intensificar o suspense e o medo que os navegadores experimentam ao se depararem com Adamastor. Eles revelam que a figura diante deles é o próprio gigante temido, reforçando a importância e o perigo dessa figura mítica na narrativa. Essa estância e a seguinte do Canto Quinto d'Os Lusíadas são marcadas pela descrição épica e aterrorizante de Adamastor. O gigante é apresentado como um ser que guarda segredos e mistérios dos mares, que se manifesta como uma ameaça imponente aos navegadores portugueses. A estância 92, juntamente com os dois últimos versos mencionados, cria um clima de tensão e perigo iminente que prepara o cenário para o confronto entre os navegadores e Adamastor na estância seguinte, contribuindo para a construção do enredo épico da obra.
Proposta de resolução do questionário do manual
3a- Os traços distintivos das navegações de Vasco da Gama incluem a grandiosidade e audácia: As navegações de Vasco da Gama são retratadas como grandiosas e corajosas, superando as demais em termos de escala e desafios enfrentados; a descoberta de novas terras: As navegações do capitão português levaram à descoberta de novas terras, abrindo caminho para a expansão do império português; a superação de obstáculos: Vasco da Gama e sua tripulação enfrentaram diversos obstáculos e perigos ao longo de suas navegações, como tempestades, mar revolto e encontros com povos hostis. Eles demonstraram tenacidade e coragem para superar esses desafios; e a busca por conhecimento e riquezas: As navegações de Vasco da Gama foram motivadas pela busca por conhecimento geográfico, novas rotas comerciais e riquezas, impulsionando o comércio e a influência portuguesa.
3b- O poeta justifica o diferente reconhecimento através dos seguintes pontos: os heróis antigos: Os feitos dos heróis antigos eram baseados em conquistas territoriais, como a tomada de cidades, a vitória em batalhas e a fundação de impérios. Eles foram protagonistas de eventos épicos e mitológicos que se tornaram lendários ao longo do tempo; o contexto histórico: O poeta ressalta que os feitos dos heróis antigos ocorreram em uma época distante, na qual a exploração e a conquista de novas terras eram vistas como uma busca heroica e uma manifestação de poder e glória; e o reconhecimento tardio: O poeta menciona que, embora os heróis antigos tenham sido reverenciados ao longo dos séculos, esse reconhecimento veio com o tempo, à medida que suas histórias foram transmitidas e perpetuadas através da tradição oral e da literatura.
Proposta de resolução do questionário do manual
4- O poeta utiliza a metonímia para sugerir a existência de heróis semelhantes aos da Antiguidade na "terra Lusitana". A metonímia é uma figura de linguagem que consiste em utilizar um termo no lugar de outro com o qual possui uma relação de proximidade ou associação. O poeta sugere a existência desses heróis ao mencionar o "reino Lusitano" e o "templo sagrado". Essas expressões são utilizadas como metonímias para se referir aos próprios heróis, representando a sua terra natal e o seu compromisso com valores e ideais nobres. No entanto, o poeta também enfatiza que esses heróis se afastam do ideal sintetizado na expressão "nûa mão a pena e noutra a lança" (est. 96, v. 3). Essa expressão representa a combinação de habilidades intelectuais (a pena, símbolo da escrita e do conhecimento) e habilidades militares (a lança, símbolo da guerra e da coragem). O afastamento desse ideal sugere que os heróis da "terra Lusitana" não se limitam apenas às habilidades militares. Eles não são meros guerreiros, mas também possuem sabedoria, conhecimento e um compromisso com a escrita e a cultura. Eles são retratados como heróis completos, que equilibram tanto a força física quanto o intelecto. Essa distinção ressalta a complexidade e a diversidade dos heróis lusitanos, indo além do estereótipo tradicional dos heróis da Antiguidade. O poeta reconhece que esses heróis têm uma riqueza cultural e intelectual, combinada com coragem e valentia, tornando-os ainda mais dignos de admiração e celebração.
Proposta de resolução do questionário do manual
5- No Canto V de “Os Lusíadas”, especificamente nas estâncias 95 a 98, Camões faz críticas aos portugueses. No verso 3 da estância 98, ele menciona o costume referido. No entanto, para fornecer uma resposta precisa, é necessário analisar o contexto mais amplo dessas estâncias. Nas estâncias 95 a 97, Camões critica os vícios e falhas dos portugueses, principalmente relacionados à ganância, ambição desmedida e corrupção. Ele enfatiza que muitos portugueses se envolveram em negócios ilícitos, incluindo tráfico de escravos, para acumular riquezas. No verso 3 da estância 98, Camões menciona o costume de buscar enriquecimento a qualquer custo, utilizando-se de meios ilegais e imorais. Ele afirma que muitos portugueses se entregaram a essa prática, buscando obter ganhos materiais, mesmo que isso significasse violar princípios éticos e morais. Portanto, o costume referido no verso 3 da estância 98 é a busca desenfreada pela riqueza e pelo poder, independentemente dos meios utilizados. Essa crítica está diretamente relacionada às críticas feitas nos versos anteriores, em que Camões denuncia a ambição desmedida e a corrupção dos portugueses.
6- Na estância 99, Camões censura os próprios portugueses por sua falta de reconhecimento e valorização das conquistas e descobertas realizadas pelos navegadores portugueses. Ele critica aqueles que, apesar de terem se beneficiado das riquezas trazidas do Oriente pelos navegadores, não valorizam essas conquistas e se mostram ingratos e indiferentes. O destinatário dessa censura é o povo português em geral, representando uma crítica direta aos contemporâneos de Camões que não davam o devido valor às realizações dos navegadores portugueses. Já na estância 100, Camões oferece um conselho aos futuros governantes de Portugal, aconselhando-os a aprender com os erros e desvios de conduta do passado. Ele menciona as armadilhas da ambição desmedida, do poder corrompido e da ganância, alertando para os perigos dessas tentações. O destinatário desse conselho são os futuros líderes políticos de Portugal, aqueles que estarão encarregados de tomar decisões e governar a nação no futuro.
Proposta de resolução do questionário do manual
7-Nesses versos, a anástrofe ocorre nos pronomes oblíquos "mi" e "me", que são colocados antes do verbo "disse" e "quero", respetivamente. Na ordem sintática habitual, os pronomes oblíquos deveriam vir depois do verbo, como "disse-me" e "quero-me". Essa inversão da ordem sintática é uma figura de estilo utilizada pelo poeta Luís de Camões para dar ênfase e criar um efeito estilístico na composição dos versos.
Gramática
1- B), C), E)
2.1- A forma verbal "Terão sido compreendidas" está no modo indicativo, tempo futuro composto, terceira pessoa do plural e número plural.
2.2- O constituinte que desempenha a função sintática de sujeito é "as críticas do poeta".
2.3- A função sintática desempenhada pelo segmento sublinhado é o complemento agente da passiva.
2.4- A frase na ativa é:"Os portugueses terão compreendido as críticas do poeta."
Obrigada!
Camila Cacho 10ºH