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Análise do poema-Manuel Alegre
Carlota Mourão
Created on May 30, 2023
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Transcript
"Trova do vento que passa"
Manuel Alegre
Começar
Trabalho relaizado por:Beatriz GonçalvesCarlota MourãoGabriel Almeida Guilherme Domingues
Contextualização
Leitura
Análise
Recursos expressivos
Tema
Estrutrura externa
Marcas da tradição literária
Representações do contemporâneo
Relacionar com imagem
Contextualização
Manuel Alegre
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz. Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio -- é tudo o que tem quem vive na servidão. Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados. E o vento não me diz nada ninguém diz nada de novo. Vi minha pátria pregada nos braços em cruz do povo. Vi minha pátria na margem dos rios que vão pró mar como quem ama a viagem mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir (minha pátria à flor das águas) vi minha pátria florir (verdes folhas verdes mágoas). Há quem te queira ignorada e fale pátria em teu nome. Eu vi-te crucificada nos braços negros da fome. E o vento não me diz nada só o silêncio persiste. Vi minha pátria parada à beira de um rio triste. Ninguém diz nada de novo se notícias vou pedindo nas mãos vazias do povo vi minha pátria florindo. E a noite cresce por dentro dos homens do meu país. Peço notícias ao vento e o vento nada me diz. Quatro folhas tem o trevo liberdade quatro sílabas. Não sabem ler é verdade aqueles pra quem eu escrevo. Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. Manuel Alegre,Praça da Canção, 1965
Recursos expressivos
[...]
E o vento não mediz nada só o silêncio persiste. Vi minha pátria parada à beira de um rio triste.
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio -- é tudo o que tem quem vive na servidão.
[...]
[...]
Legenda:
E a noite cresce por dentro dos homens do meu país. Peço notícias ao vento e o vento nada me diz.
Personificação(vento=censura; noite=opressão) Repetição( relace do desejo de liberdade)
[...]
Recursos expressivos
[...]
[...]
Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas.
Vi minha pátria na margem dos rios que vão pró mar como quem ama a viagem mas tem sempre de ficar.
[...]
Vi navios a partir (minha pátria à flor das águas) vi minha pátria florir (verdes folhas verdes mágoas).
Legenda:
Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo* de quatro folhas que morro por meu país.
Antítese(marcar diferença entre o desejo e a realidade) *trevo=sorte
[...]
Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados.
Elementos imóveis vs Elementos motáveis trevo vento ramos rios sonhos
Recursos expressivos
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz.
Legenda:
Apóstrofe( desespero/pedido de ajuda)
[...]
Recursos expressivos
[...]
Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio -- é tudo o que tem quem vive na servidão.
Legenda:
Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados.
Adjetivação ( verde=esperança)
[...]
Recursos expressivos
Ninguém diz nada de novo se noticias vou pedindo nas mãos vazias do povo vi minha pátria florindo
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas.
[...]
Quatro folhas tem o trevo liberdade quatro sílabas. Não sabem ler é verdade aqueles para que escrevo
Legenda:
[...]
Metáfora(dar realce á situação de sofrimento e estagnação da pátria, na atualidade do poeta)
E o vento não me diz nada ninguém diz nada de novo. Vi minha pátria pregada nos braços em cruz do povo.
[...]
Recursos expressivos
Se o verde trevo desfolhas pede notícias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu país. Pergunto à gente que passa por que vai de olhos no chão. Silêncio -- é tudo o que tem quem vive na servidão.
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Pergunto aos rios que levam tanto sonho à flor das águas e os rios não me sossegam levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas ai rios do meu país minha pátria à flor das águas para onde vais? Ninguém diz.
Legenda:
Vi florir os verdes ramos direitos e ao céu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados.
Pontuação(pergunta retótica e pontos finais-icentivar a reflexão)
[...]
Tema
[...]Mas há sempre uma candeiadentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. Manuel Alegre,Praça da Canção, 1965
Conjunção adversativa
Antítese
Anáfora
Estrutura externa
[...]
Poema de 16 estrofes em quadras(números pares que simbolizam o positivismo/esperança)
Pergunto ao vento que passa-anotícias do meu país-b e o vento cala a desgraça-a o vento nada me diz.-b Pergunto aos rios que levam-a tanto sonho à flor das águas-b e os rios não me sossegam-a levam sonhos deixam mágoas.-b
Rima cruzada-analogia com a inatividade do povo
[...]
Marcas da tradição literária
Fernando Pessoa (ortónimo)
Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa)
Eça de Queiroz
Luís de Camões
Carácter contemporâneo do poema
Relação entre o poema "Trova do Vento que passa" e a música "Os Vampiros", de Manuel Alegre e Zeca Afonso, respetivamente.
Os Vampiros
Trova do Vento que passa
Há quem te queira ignorada e fale pátria em teu nome Eu vi-te crucificada Nos braços negros da fome
Eles comem tudo, eles comem tudo Eles comem tudo, não deixam nada
(Refrão)
São os mordomos do universo todo Senhores á força mandadores sem lei Enchem as tulhas bebem vinho novo Dançam a ronda no pinhal do rei
E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados
[...]
Quatro folhas tem o trevo liberdade quatro sílabas. Não sabem ler é verdade aqueles pra quem eu escrevo. Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. Manuel Alegre,Praça da Canção,1965