Domenico Scarlatti

Domenico Scarlatti

em

Memorial do Convento

"A música com poder inspirador e curativo"

Contextualização:

• Nome: Domenico Scarlatti
• Nascimento: 1685, em Nápoles, Itália
• Morte: 1757, em Madrid, Espanha
• Viajou para Portugal em 1719
• Compôs mais de 500 sonatas
• Muda-se para Madrid

Nápoles

14

15

16

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

Capítulo 14

“Está a menina sentada ao cravo, tão novinha, ainda não fez nove anos, e já grandes responsabilidades lhe pesam sobre a redonda cabeça (…)”. “Disseram-me, padre Bartolomeu que por obra dessas mãos se levantou ao ar um engenho e voou (…)”. “(…) só a música é aérea (…)”.

• O músico visita a Quinta;

• A música também pode ajudar a passarola a voar;

• Scarlatti promete levar um cravo para a Quinta.

Capítulo 15

"(...) tanto pareciam brinquedo infantil como colérica objurgação, tanto parecia divertirem-se anjos como zangar-se Deus.”. “Scarlatti encadeava serenamente a música, como se rodeasse o grande silêncio do espaço onde desejaria voar um dia (…)” “ (…) Não esperaria Blimunda, que ouvindo a música o peito se lhe dilatasse tanto, um suspiro assim, como de quem morre ou de quem nasce (…)”

• A fragilidade de Blimunda é comparada ao cravo;

• A música funciona como “musicoterapia”;

• Scarlatti tocava por 2 a 3 horas por dia.

Capítulo 16

“(…) indo Scarlatti à Quinta, viu, já chegando perto, levantar-se de repente a máquina, num grande sopro de asas (…) só fica uma pungente melancolia, esta que fez Scarlatti sentar-se ao cravo e tocar um pouco e depois, porque muito bem sabe ser perigoso deixar ali o cravo, arrasta-o para fora (…) e levando-o até ao bocal do poço, precipita-o (…)”.

• Revela a importância da música;

• Sem música as pessoas sentem-se sós;

• Scarlatti carrega medo da Inquisição.

Scarlatti representa:

• A sensibilidade criadora;
• O poder de redenção;
• A capacidade de harmonização;
• A trindade terrestre como 4º elemento;
• A verdadeira ascensão.

A música:

Desempenha um papel mediador entre o homem e o divino;

É a arte de atingir a perfeição;

Permite a existência de harmonia das faculdades da alma e dos elementos do corpo.

VÍDEO

Filme: AnabelleMusica: Crazy Frog - Axel FEditora: Nicole Fernandes

Era como se eu lhes tivesse a contar a eles a história que eles me tinham contado. E, como você sabe, quando falamos, não usamos sinais de pontuação. Temos pausas [de respiração] e até, como eu digo nos meus livros, os dois únicos sinais de pontuação, o ponto e a vírgula, não são sinais de pontuação, são uma pausa, uma pausa breve e uma pausa longa.

Linguagem e Estilo

José Saramago

José Saramago, em entrevista ao jornal Expresso, 2004

Exemplo 1:

• Narrador
• Expressão popular
• Recursos expressivos:

"Senhor Scarlatti (1), disse o padre quando o improviso terminou e todos os ecos ficaram corrigidos, Senhor Scarlatti, não me gabo de saber dessa arte, mas estou que até um índio da minha terra, que dela sabe ainda menos do que eu, haveria de sentir-se arrebatado por essas harmonias celestes, Porventura não, respondeu o músico, porque bem sabido é que há-de o ouvido ser educado se quer estimar os sons musicais, como os olhos têm de aprender a orientar-se no valor das letras (2) e sua conjunção de leitura, e os próprios ouvidos no entendimento da fala.".

1. Vocativo;
2. Comparação;

Exemplo 2:

"O sol está pousado no horizonte do mar, como uma laranja na palma da mão, é um disco metálico retirado da forja para arrefecer, já o seu brilho não fere os olhos, foi branco, cereja, rubro, vermelho, ainda fulge (1), mas sombriamente está a despedir-se, adeus, até amanhã, se houver amanhã para os três nautas aéreos que tombam como uma ave ferida de morte (2), mal equilibrada nas asas curtas, com o seu dialema de âmbar, em círculos concêntricos, queda que parece infinita e vai acabar. Na frente deles ergue-se um vulto escuro, será o adamastor desta viagem (3), montes que se erguem redondos da terra, ainda riscados de luz vermelha na cumeada.".

• Tom coloquial
• Expressão popular
• Presente do indicativo
• Recursos expressivos:

1. Enumeração
2. Comparação;
3. Metáfora;.

Recursos Expressivos

“(...) esta que faz sentar-se Domenico Scarlatti ao cravo e tocar (...) e depois (...) arrasta-o para fora sobre o chão irregular, gemem desencontradas as cordas, (...)”

Personficação

“(...) e onde agora estão entrando os familiares do Santo Ofício para o prenderem, tarde piaram, gente tão escrupulosa dos interesses (...)”

Adjetivação

“(...) mas lá estão as quatro paredes da abegoaria, o aeroporto donde levantaram voo.”

Metáfora

Tempo do discurso

Cap. XIV1. “(...) mas por lhe querer bem el-rei, que ainda não perdeu de todo esperanças e já vão 11 anos passados”Cap. XVI2. “(...) encerrados na Quinta, Baltasar e Blimunda assistem ao passar dos dias. Agosto acabou, Setembro vai a meio, já andam as aranhas a tecer os seus fios na passarola (...)”

Elipses

Resumindo...

Transcendente que advém da música

Compartilha o sonho da trindade terrestre

Morre metaforicamente após o voo da passarola

Instaura o domínio do maravilhoso na obra

Acompanha espiritualmente o voo da passarola

Simboliza a ascensão do homem através da música

"É como narrador oral que me vejo. […] Ora, o narrador oral não precisa de pontuação, fala como se estivesse a compor música."

José Saramago

OBRIGADO!

Trabalho realizado por:Nicole Fernandes n.º:15Roberto Mota n.º:17 Turma: 12ºB