APP ORAL PORT LUSIADAS
Ana Júlia Correia de Babo
Created on May 25, 2023
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Transcript
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OS LUSÍADAS
Chegada a Portugal e Epílogo
-MITOLÓGICO, PLANO DA VIAGEM E PLANO DAS CONSIDERAÇÕES DO POETA.
PLANO
-CANTO X-ESTÂNCIA 142-146 154-156-ESQUEMA RIMÁTICO (ABABABCC)-VERSOS COM 10 SILABAS MÉTRICAS-AS ESTROFES SÃO OITAVAS
EXTERNA
-NARAÇÃO
INTERNA
ESTRUTURA
CONSIDERAÇÕES DO POETA
contexto
DESMOTIVAÇÃO DE CAMÕES
REGRESSO A PORTUGAL
DISCURSO DE TÉTIS
Divisão do episódio
CONTEXTO DO EPISÓDIO
142
RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Até'aqui Portugueses concedidoVos é saberdes os futuros feitosQue, pelo mar que já deixais sabido,Virão fazer barões de fortes peitos.Agora, pois que tendes aprendidoTrabalhos que vos façam ser aceitosAs eternas esposas e fermosas,Que coroas vos tecem gloriosas,
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Podeis-vos embarcar, que tendes ventoE mar tranquilo, pera a pátria amada."Assi lhe disse; e logo movimentoFazem da Ilha alegre e namorada.Levam refresco e nobre mantimento;Levam a companhia desejadaDas Ninfas, que hão-de ter eternamente,Por mais tempo que o Sol o mundo aquente.
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Assi foram cortando o mar sereno,Com vento sempre manso e nunca irado,Até que houveram vista do terrenoEm que naceram, sempre desejado.Entraram pela foz do Tejo ameno,E à sua pátria e Rei temido e amadoO prémio e glória dão por que mandou,E com títulos novos se ilustrou
145
RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenhoDestemperada e a voz enrouquecida,E não do canto, mas de ver que venhoCantar a gente surda e endurecida.O favor com que mais se acende o engenhoNão no dá a pátria, não, que está metidaNo gosto da cobiça e na rudezaDũa austera, apagada e vil tristeza.
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
E não sei por que influxo de DestinoNão tem um ledo orgulho e geral gosto,Que os ânimos levanta de continoA ter pera trabalhos ledo o rosto.Por isso vós, ó Rei, que por divinoConselho estais no régio sólio posto,Olhai que sois (e vede as outras gentes)Senhor só de vassalos excelentes.
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Mas eu que falo, humilde, baxo e rudo,De vós não conhecido nem sonhado?Da boca dos pequenos sei, contudo,Que o louvor sai às vezes acabado.Nem me falta na vida honesto estudo,Com longa experiência misturado,Nem engenho, que aqui vereis presente,Cousas que juntas se acham raramente
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Pera servir-vos, braço às armas feito,Pera cantar-vos, mente às Musas dada;Só me falece ser a vós aceito,De quem virtude deve ser prezada.Se me isto o Céu concede, e o vosso peitoDina empresa tomar de ser cantada,Como a pres[s]aga mente vaticinaOlhando a vossa inclinação divina
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RECURSOS EXPRESSIVOSREFERE-SE A
Ou fazendo que, mais que a de Medusa,A vista vossa tema o monte Atlante,Ou rompendo nos campos de AmpelusaOs muros de Marrocos e Trudante,A minha já estimada e leda MusaFico que em todo o mundo de vós cante,De sorte que Alexandro em vós se veja,Sem à dita de Aquiles ter enveja.
Fim