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POEMA pouco original do medo
Bruna
Created on May 18, 2023
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Transcript
ALEXANDRE O'NEILL
POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO
bruna santos, nº 18, 12ct4 - Apresentação de português
ALEXANDRE O'NEILL
poeta surrealista do séc. xx.
Foi um poeta importante do movimento surrealista português, nascido em Lisboa, 19 de dezembro de 1924, e morreu com 62 anos. Para além de poeta, também foi tradutor, letrista de fados e escriturário.
+info
"POema pouco original do medo"
-- Alexandre o'neill, 1960.
O medo vai ter tudo fantasmas na ópera sessões contínuas de espiritismo milagres cortejos frases corajosas meninas exemplares seguras casas de penhor maliciosas casas de passe conferências várias congressos muitos óptimos empregos poemas orignais e poemas como este projetos altamente porcos (...)
O medo vai ter tudo pernas ambulâncias e o luxo blindado de alguns automóveis Vai ter olhos onde ninguém os veja mãozinhas cautelosas enredos quase inocentes ouvidos não só nas paredes mas também no chão no teto no múrmurio dos esgotos e talvez até (cautela!) ouvidos nos teus ouvidos.
"POema pouco original do medo"
-- Alexandre o'neill.
heróis (o medo vai ter heróis!) costureiras reais e irreais operários (assim assim)escriturários (muitos)intelectuais (o que se sabe) a tua voz talvez talvez a minha com certeza a deles.
vai ter capitais países suspeitas como toda a gente muitíssimos amigos beijos namorados esverdeados amantes silenciosos ardentes e angustiados. Ah, o medo vai ter tudo tudo.
(Penso no que o medo vai ter e tenho medo que é justamente o que o medo quer.) O medo vai ter tudo quase tudo e cada um por seu caminho havemos todos de chegar quase todos a ratos. Sim, a ratos.
CONTEXTUALIZAÇÃO
época da ditadura e salazarismo
Recorre-se ao medo para dominar, extensa rede de informadores.(Olhos e ouvidos da estrofe 2.)
O medo é o Estado Novo e a PIDE; os portugueses são os dominados que se tornam ratos.
Como somos dominados pelo medo, deixamos de ser Homens e tornamo-nos ratos.
"havemos todos de chegar / quase todos / a ratos."
recursos expressivos:
- Anáfora.
AO LONGO DESTE POEMA...
- Enumeração.
É possível encontrar recursos expressivos como a anáfora, a enumeração e a personificação.
- Personificação.
Análise do Poema!
+info
ANÁLISE FORMAL DO POEMA
O POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO
NÚMERO DE VERSOS
Número de estrofes
TIPOS DE RIMA
O poema é constituído por oito estrofes.
Não possui grande sonorização; é um poema com versos brancos/soltos.
Varia entre estrofes extensas ou com poucos versos.
+info
O medo vai ter tudo pernas ambulâncias e o luxo blindado de alguns automóveis Vai ter olhos onde ninguém os veja mãozinhas cautelosas enredos quase inocentes ouvidos não só nas paredes mas também no chão no teto no múrmurio dos esgotos e talvez até (cautela!) ouvidos nos teus ouvidos.
QUINTILHA
Primeira estrofe:
nona
Segunda estrofe:
O medo vai ter tudo fantasmas na ópera sessões contínuas de espiritismo milagres cortejos frases corajosas meninas exemplares seguras casas de penhor maliciosas casas de passe conferências várias congressos muitos ótimos empregos poemas originais e poemas como estes projetos altamente porcos heróis (o medo vai ter heróis!) costureiras reais e irreais operários (assim assim) escriturários (muitos) intelectuais (o que se sabe) a tua voz talvez talvez a minha com certeza a deles
irregular
Terceira estrofe:
É irregular porque tem mais de 10 versos; a estrofe tem no total 28 versos.
Vai ter capitais países suspeitas como toda a gente muitíssimos amigos beijos namorados esverdeados amantes silenciosos ardentes e angustiados Ah o medo vai ter tudo tudo (Penso no que o medo vai ter e tenho medo que é justamente o que o medo quer)
nona
Quarta estrofe:
DÍSTICO
Quinta estrofe:
QUADRA
Sexta estrofe:
O medo vai ter tudo quase tudo e cada um por seu caminho havemos todos de chegar quase todos a ratos Sim a ratos
SEXTILHA
Sétima estrofe:
DÍSTICO
Oitava estrofe:
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DECLAMÇÃO do poema
Por Ana Celeste Ferreira.
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