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nº 03 Jul/2023 Revista de Psicanálise Saberes e Sabores
Luciana Gutierrez
Created on May 7, 2023
Revista de psicanálise para todos os tipos de público. Assuntos de interesse atuais como neurociência, traumatização, história da psicanálise brasileira, contos e mitos, psicanálise no esporte, etc.
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saberes
sabOres
03
Revista de Psicanálise
Julho• 2023
História da PsicanáliseTraumas Maternidade na Adoção Psicanálise Esportiva Análise Corporal e a Psicanálise Mitologia
Foto Pxfuel
Editorial
Índice
Julho • 2023
A psicanálise nos convida a refletir sobre o significado do ato de cuidar na maternidade. Para além das tarefas práticas e físicas, cuidar envolve uma dimensão psicológica essencial. Através do cuidado, a mãe pode criar um ambiente seguro e afetivamente acolhedor, permitindo ao filho desenvolver-se emocionalmente. No entanto, podemos questionar: como a mãe equilibra sua própria identidade e necessidades com as demandas de cuidar de outra vida? Como ela lida com as frustrações e ansiedades decorrentes desse papel? Além disso, ao se tornar mãe, é comum que a mulher se veja confrontada com lembranças, sentimentos e questões não resolvidas de sua própria história. Será que a maternidade é uma construção socialmente determinada, ou existe um componente biológico inato na forma comoas mães se relacionam com seus filhos? É interessante pensar também sobre os desafios que surgem quando os modelos tradicionais de maternagem são questionados, abrindo espaço para uma diversidade de arranjos familiares. E você, como pensa ou vive a maternidade?Luciana Gutierrez
História da Psicanálise
Sanitarismo e Eugenia
Traumas
O desamparo na infância
Maternidade na Adoção
Maria Alice me adotou
Psicanálise Esportiva
Neurociência e psicologia do esporte
Análise Corporal e a Psicanálise
Traços Esquizóide e Oral
Mitologia
Vamos conhecer Édipo
Title 1
A Redenção de Cam é uma pintura a óleo sobre tela realizada pelo artista espanhol Modesto Brocos, em 1895. Essa obra representa o "embranquecimento" gradual das gerações de uma mesma família por meio da miscigenação
Foi desenvolvido um projeto intitulado “UM BRASIL BRANCO EM 100 ANOS” apresentado pelo médico João Batista de Lacerda, como Delegado do Brasil no Congresso Universal das Raças em Londres (1911). Na Bahia, a preocupação da classe médica era com relação à questão racial e como isso afetaria o desenvolvimento de um país mestiço. A existência de um grande contin-gente de negros no Brasil passava a ser estudada a partir da ótica do evolucionismo social e da teoria da degenerescência.
Psicanálise no Brasil
SANITARISMO
O sanitarismo se estabeleceu com o intuito de prevenir doenças, à princípio, com a atenção voltada para os centros urbanos e portos e, mais tarde, a partir de 1910, seu interesse se voltou para o interior do Brasil, possibilitando o redescobrimento e “posse” das regiões mais afastadas. Para conseguir o apoio da burguesia que surgia como detentora dos recursos financeiros, o governo republicano reivindicou o poder de decisão e controle sob o direito de cidadania em várias esferas, estendendo-se também à Saúde Mental, pois a manutenção da mesma foi considerada o ponto central para o equilíbrio da estrutura social instaurada. A partir de 1870, ideias que seriam importantes para a construção das teorias sobre a relação entre raça e alienação mental foram introduzidas no Brasil, tais como o positivismo, o evolucionismo social e a eugenia.
Recomendação de leitura:A Hora da Eugenia: raça, gênero e nação na América Latina, de Nancy Leys Stepan, Editora Fiocruz 2005
eUGENIA
, um conceito de que era possível o melhoramento de uma espécie por meio da seleção de indivíduos, encontrou respaldo e interesse no meio acadêmico e na elite brasileira.
A Eugenia apresentava duas abordagens para alcançar seu objetivo: positiva e negativa. A eugenia positiva sugeria que seria possível o desenvolvimento de uma raça superior, esco-lhendo os indivíduos considerados ideais para a reprodução. Essa ideia bateu de frente com o interesse da burguesia brasileira que não tinha a intenção de empoderar o povo. Por es-se motivo, a eugenia negativa teve destaque na história brasileira. Sua proposta era suprimir tudo aquilo que fosse considerado inferior.
Não foram adotadas medidas como a esterilização e morte de indivíduos com o perfil indesejado, mas criaram-se medidas originais e perversas para o "aprimoramento racial" no Brasil. Criou-se a Liga Brasileira de Higiene Mental, formada por um grupo de psiquiatras, que tomaram o modelo conceitual organicista para fundamentar a proposta preventiva da psiquiatria do século XX.
Luciana Gutiérrez Psicanalista Integrativa e Programadora Mental
CHAVE RDA: 125.898BR
Title 1
Por não saber lidar com essas demandas de maneira eficaz, a criança ao se sentir impotente e sem recursos para enfrentar a situação, encarará a sensação de desamparo. Este cenário abre espaço para uma variedade de experiencias prejudiciais, incluindo a busca de alívio através do uso de substâncias, isolamento social, comportamentos de risco ou outros comportamentos prejudiciais à saúde física e mental. Crianças que passam por situações de negligência, abuso físico, emocional ou sexual pode apresentar também as seguintes sensações disfuncionais: Insegurança ao experienciar seus sentimentos: Acontece quando a criança tem seus sentimentos desconsiderados, minimizados ou ridicularizados pelos cuidadores, ela pode desenvolver baixa autoestima, dificuldade de expressão emocional e insegurança. Vulnerabilidades causadas por abusos: Acontece quando a criança sofre violência física ou verbal, humilhação, ameaças ou manipulação pelos cuidadores, ela pode desenvolver medo, ansiedade, depressão, raiva, culpa e vergonha.
Sugestões de leituras para aprofundar conhecimento no tema: • Compreensão e Cura do Trauma. Autora: Daniela F. Sieff. Paulus editora. • O Trauma do Nascimento: E seu significado para a psicanálise. Autor: Otto Rank. Editora Cienbook.
Traumas
Nesta edição abordaremos o desamparo como uma possível consequência do trauma de desenvolvi-mento originado na infância.
Bullying e agressões: Acontece quando a criança sofre intimidação, exclusão ou violência por parte de seus pares na escola ou em outros ambientes, ela pode desenvolver isolamento social, baixa autoconfiança, dificuldade de aprendizagem e problemas de comportamento. Abandono ou rejeição: Acontece quando a criança não recebe atenção, afeto ou cuidado adequados pelos cuidadores, ela pode desenvolver medo de abandono, apego inseguro, dificuldade de confiar nos outros e dependência emocional.
O desamparo é um conceito fundamental na psicanálise freudiana que se refere a um estado de impotência e vulnerabi-lidade experimentado por um indivíduo quando este não consegue encontrar alívio para uma situação de angústia ou sofrimento. De acordo com a teoria freudiana, o desamparo surge como resultado do conflito entre as demandas internas e externas que um indivíduo enfrenta ao longo de sua vida. Essas demandas po-dem incluir necessidades biológicas, sociais e culturais, traumas emocionais e outras formas de estresse. Por outro lado, o trauma de desenvolvi-mento ocorre quando uma criança vivên-cia eventos adversos e estressantes que prejudicam o seu desenvolvimento emo-cional e cognitivo, e que podem trazer consequências negativas ao longo da vida.
Conflitos nas relações familiares: Acontece quando a criança presencia ou vivencia conflitos familiares, como brigas, separações, traições ou violência doméstica, ela pode desenvolver estres-se, confusão mental, ansiedade de separação e dificuldade de se relacionar. A terapia psicanalítica usa diversas abordagens para ajudar os indivíduos a entenderem e lidarem com suas emo-ções, crenças e comportamentos. Isso pode envolver a exploração dos traumas e experiências passadas, bem como o desenvolvimento de estratégias para lidar com a angústia presente e futura.
Alcides Santos, Psicanalista trauma-informed.
CHAVE RDA: 125.900BR
Title 1
Regina KleinPsicanalista, Enfermeira e pós-graduanda em Neuropsicanálise
Maternidade na Adoção
CHAVE RDA: 125905BR
Em comemoração ao dia das mães, e ao dia Nacional da Adoção, que ocorreram no mês de maio, fui convidada a escrever sobre esses dois temas, que me são tão especiais.
Outro ponto a ser observado é que o filho adotivo carrega o medo de ser novamente rejeitado e abandonado. Esses sentimentos podem ocasionar em um amor com restrições, por não se sentirem merecedores e por temerem o abandono novamente. Por outro lado, algumas crianças e adolescentes em processo de adoção, para se sentirem aceitas e pertencentes ao novo meio, se doam completamente, e quando se deparam com o receber da nova família se sentem culpadas por estarem em um ambiente mais acolhedor em relação ao qual eles vieram. Logo, a adoção é uma via de mão dupla na relação de pais e filhos. Por isso, o acolhimento e o entendimento devem ocorrer para todos os integrantes da família. Por fim, a adoção está embasada em um vínculo afetivo através da construção da parentalidade que ultrapassam os laços sanguíneos e genéticos, sendo que esses não são garantias de relação de afeto entre os indivíduos.
não tem a oportunidade de participar de algumas etapas do desenvolvimento da criança. Entretanto, isso não impede que a mãe e a criança não se conectem, podendo em certos casos, ocorrerem regressões para fases anteriores que não viveram juntas, e assim criando uma experiência inédita para ambas. Esse novo ambiente proporciona ao cérebro se moldar aos novos estímulos e experiências. Isso é chamado pelos especialistas de plasticidade. Assim, as falhas no desenvolvimento psíquico têm a possibilidade de serem reparadas. Um dos pontos que considero mais delicado para a mãe adotiva é entender que seu filho(a) tem duas filiações, uma de origem gené-tica e uma de origem afetiva e legal. Essa informação em algum momento irá gerar um conflito interno para esse filho(a) em relação ao abandono e rejeição da sua família de origem, conflito que frequente-mente é negado ou escondido. As angústias e o medo da rejeição tam-bém são experenciados pela mãe adotiva.
SÍMBOLO DA ADOÇÃO
Há seis meses, Maria Alice, de três anos de idade, me adotou e fez nascer uma mãe.
A experiência da maternidade pode ser vivenciada de diversas formas, e a minha é a adoção. O processo de adoção tem início quando um casal ou um adulto aceitam uma criança como filho(a), e essa criança aceita esse(s) adulto(s) como pais.É importante ressaltar que a criança precisa ser acolhida na sua totalidade, respeitando-se as diferenças (físicas, raciais e culturais), não negando a sua origem biológica, acolhendo sua história anterior, reconhecen-do suas dores, cicatrizes, medos e angústias. A criança adotada pode chegar recém-nascida ou com uma idade mais avançada, fazendo de cada adoção uma experiência única. Como consequência, a mãe adotante
O símbolo é formado por um triângulo entrelaçado por um coração. Cada extremidade do triângulo representa: a criança, a família de nascimento e a família adotiva. E o coração representa o amor que envolve a adoção.
Title 1
Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração
Psicanálise Esportiva
CHAVE RDA: 125887BR
mostrando se ele focaliza ou não o alvo. Apesar de existirem outras funções cognitivas que auxiliam no bom desempenho do atleta, como a orientação visuo-espacial. Por exemplo, a posição do levantador de vôlei exige do atleta um grande esforço de orientação visuo-espacial e de memória de trabalho para lançar a bola no local e altura exatos para que seu companheiro de time possa cortá-la. Em um estudo sobre orientação espacial e memória de trabalho, a ativação de diferentes áreas cerebrais - o córtex parietal posterior, a insula e córtex pré-frontal medial e lateral – durante a tarefa de memória de trabalho e orientação espacial. É possível que estas mesmas áreas sejam ativadas no levantador de vôlei durante sua performance, já que é alta a exigência do atleta em também ficar atento às posições e movimentações dos demais colegas para conseguir levantar a bola na posição correta. Não apenas no vôlei, mas também em outras modalidades esportivas, o atleta depende muito da habilidade visuo-espacial: por exemplo, o atacante de futebol, o armador central de handbol e basquete, os atacantes no futsal, entre outras posições nas diversas modalidades esportivas.
neurociência e psicologia do esporte
A Memorização
Um estudo recente mostrou que a memorização de detalhes em crianças de cinco anos é maior do que nos adultos, já que nessa faixa etária a criança ainda está mais atenta aos estímulos novos. Isso mostra que uma criança presta mais atenção aos estímulos visuais presentes nos objetos e ambiente do que o adulto. Se um técnico/professor souber educar/ ensinar e desenvolver essas capacidades cognitivas desde a tenra idade, é provável que um jovem apresente desenvolvimento sensório-motor e visual muito acima daqueles que não receberam treinamento baseado na neurociência cognitiva e comportamental. É o caso de alguns atletas jogadores de futebol, como Ronaldinho, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Robinho, entre outros, e atletas da ginástica rítmica como Daiane e Daniela, que na infância e adolescência tiveram oportunidades de desenvolver diversas habilidades físicas e cognitivas em função da adversidade e diferentes estímulos que o ambiente propiciava, muito diferentes daquelas crianças que vivem em aparta-mentos ou aprendem em escolinhas esportivas.
O sucesso do atleta na maioria das modalidades esportivas depende muito do preparo físico e psicológico, sendo que algumas modalidades esportivas como o tênis e tênis de mesa, por exemplo, dependem muito mais do fator psicológico do que do físico. É freqüente observar a relação entre a capacidade de concentração e o desempenho do atleta em várias modalidades esportivas. Mesmo treinando muitas horas, erros são freqüentes. Um pênalti pode tirar o sonho de um atleta e da equipe de ganhar uma medalha de ouro; o tenista conhecido por realizar aquele saque indefensável pode apresentar falhas constantes durante o jogo. por exemplo, utilizando a técnica do quiet eye. Demonstram avanços no que diz respeito ao desempenho no lance livre no basquete ou no saque no tênis de mesa. Nesta técnica, equipamentos acompanham a direção do olhar do atleta durante o lance livre,
A Técnica Quiet Eye
Title 1
Análise Corporal e a Psicanálise
De acordo com a intensidade que vivemos, assimilamos e sentimos as sensações básicas desenvolvemos recursos para sobreviver e lidar com elas.
ORAL
Tem facilidade em improvisar, muitos gostam de fazer graça e contar piadas. É um ser falante, gosta e precisa de liberda-de de expressão, expor suas ideias, sensa-ções e emoções. Não utiliza a lógica para se expres-sar é espontâneo e as vezes impulsivo. Desenvolve as habilidades de se conectar com as pessoas, ter empatia, a comunicação, o impro-viso, são recursos que possui para atrair a atenção e ter sempre alguém por perto. ntenso, emo-tivo, gosta de ser ouvido, falar, leal, fiel, Falaremos dos demais traços na próxima edição.
ESQUIZOIDE
O corpo é estreito e contraído, as principais áreas de tensão localizam-se na base do crânio, nas articulações dos ombros. Esse traço gosta de estar mais em seu momento “caverna”, ou seja, pouco contato com pes-soas, abraços, não se sente conecto e nem integrado. O esquizoide é aquele capaz de criar coisas do zero em sua ca-beça, é racional, criativo, pensa-tivo, objetivo. Desenvolve essa habilidade para ficar imóvel e se desconectar do mundo desconfortável que vive. Sua energia se concentra na cabeça. Esse traço tem baixa dependên-cia emocional. Vai ter necessidade de apare-cer em certos momentos, mas na maioria prefere o anonimato, é mais caverna, como a gente diz.
O oral se forma de 0 a um 1 ano de vida, na fase da amamentação. Nesta fase o bebe não sabe falar e quando precisa de algo se comunica através do choro, porém nem sempre é atendido como realmente precisa, por essa razão ele vivencia e registra a dor do abandono. Para ter a atenção, colo e acolhimento seu corpo ganha formas arredondadas, um aspecto mais infantil, gosta de ficar mais grudado, ganhar ou dar um colo.
O esquizoide é o primeiro traço que se forma, de 0 ao primeiro mês de vida. A mamãe passa por alguma situação e as condições fisiológicas se alteram, dentro do útero o bebe entende que existir é um problema, ou seja, é nesse momento que ele desenvolve o medo de ser rejeitado.
Flavia Bortolazo Psicanalista Integrativa , Analista Corporal e Programadora Mental
A criança indesejada
A criança carente
CHAVE RDA: 125894BR
Title 1
Mitologia
Édipo e a Esfinge Pintura de Gustave Moreau
Vamos conhecer o Édipo
Mas o que seria um complexo? - Complexo é um padrão central de emoções, memórias, percepções e desejos no inconsciente pessoal organizado em torno de um tema comum, como poder ou status. Principalmente um termo psicanalítico, é encontrado extensivamente nas obras de Carl Jung e Sigmund Freud. Assim, o Complexo de Édipo é uma formula-ção usada para explicar o desenvolvimento sexual infantil. Esse conceito foi trabalhado diversas vezes durante a construção da teoria freudiana e posteriormente por seguidores da psicanálise, tornando-se uma formulação ainda em construção à qual se dedicam inúmeros autores ao redor do mundo." "Uma das características marcantes da evo-lução do conceito de Complexo de Édipo é a atribuição, cada vez maior, de valor à fanta-sia. Isso porque a formulação edípica foi justamente a saída de Freud, quando decide abandonar a Teoria do Trauma, que colocava no plano do real a origem da neurose. Para entender melhor, vamos refazer resumida-mente esse caminho percorrido por Freud.
"A resolução do Complexo de Édipo é responsável pela inserção da criança na realidade, pela quebra das relações simbióticas, através do reconhecimento das interdições, ou seja, pelo reconhecimento do pai na relação. Esta figura paterna, inicialmente percebida como mero obstáculo à realização dos desejos, é aos poucos introjetada. O complexo de Édipo é estruturante da personalidade, e a dificuldade em ultrapassar esse momento e identificar-se a figura paterna pode ser a explicação de muitos comportamentos de dependência e imaturidade de indivíduos adultos. A inserção da figura paterna depende, entre outros elementos, da postura da mãe com relação ao pai. Não se pode falar em uma idade exata para que o complexo de Édipo se manifeste ou se dissolva. Freud falava em uma fase entre os três e os seis anos de idade."
Inicialmente, baseado nos relatos clínicos, Freud chegou a acreditar que a neurose adulta era decorrente de um trauma sexual, ocorrido na infância, que retornava anos mais tarde, na puberdade. Essa teorização, todavia, foi sendo desconstruída à medida que Freud passa a considerar que as experiências de seus pacientes se tratavam não de traumas reais, mas de fantasias. A mudança na teoria freudiana a partir disso é significativa: atribui-se grande valor ao conflito psíquico e admite-se a ambivalência de sentimentos das crianças na relação com seus pais."
"Freud se apropria do mito de Édipo para formular sua ideia de que exista na relação da tríade (pai-mãe-criança) um desejo incestuoso da criança pela mãe e a interferência odiada do pai nessa relação.
Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração
Title 1
PSICANÁLISEDA CRIANÇA
Curso de 30h com certificado O ser humano recém-nascido é um indivíduo extremamente vulnerável. Sem o recebimento de totais cuidados por parte de um outro indivíduo adulto, o bebê não consegue garantir sua sobrevivência. A "agonia primitiva" condensa a idéia do desamparo, do desamparo extremo, e a de um combate, de uma primeira resposta contraposta ao perigo. Quer digamos agonia ou desamparo, é precisoobservar que o que esses termos procuram circuns-crever é um espaço psíquico situado além da angústia. Através desse curso você adquirirá uma habilidade no entendimento da formação psíquica da criança.
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sabOres
Revista de Psicanálise