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Os Lusíadas- CANTO VII
Andreia
Created on April 27, 2023
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Transcript
CANTO VII
Os Lusíadas
ESTÂNCIAS 78-87
Índice
o excerto
ESTRUTURA Externa
ESTÂNCIAS
ESTRUTURA INTERNA
DISCURSOS
WEBGRAFIA
CANTO VII
O excerto
O excerto integra-se na parte da narração, em que o poeta relata os acontecimentos que constituem a matéria épica, associando e intercalando os diferentes planos.
Neste excerto está presente o plano das reflexões do Poeta.
O narrador deste excerto é o poeta.
CANTO VII
O excerto
Neste excerto, iremos perceber que a narrativa inicia-se com o prenúncio da chegada dos portugueses a Calecute. E desse modo, será apresentado todo o contexto inserido por Camões nesta narrativa interessante e envolvente, desde a chegada à Índia até ao apelo às musas para prosseguir o seu canto.
CANTO VII
Estância 78
Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego,Eu, que cometo, insano e temerário, Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego, Por caminho tão árduo, longo e vário? Vosso favor invoco, que navego Por alto mar, com vento tão contrário Que, se não me ajudais, hei grande medo Que o meu fraco batel se alague cedo.
sobre
CANTO VII
Estância 79
Olhai que há tanto tempo que, cantandoO vosso Tejo e os vossos Lusitanos, A fortuna me traz peregrinando, Novos trabalhos vendo e novos danos: Agora o mar, agora experimentando Os perigos Mavórcios inumanos, Qual Cánace, que à morte se condena, Nūa mão sempre a espada e noutra a pena;
sobre
CANTO VII
Estância 80
Agora, com pobreza avorrecida,Por hospícios alheios degradado; Agora, da esperança já adquirida, De novo, mais que nunca, derribado; Agora às costas escapando a vida, Que dum fio pendia tão delgado Que não menos milagre foi salvar-se Que pera o Rei Judaico acrecentar-se.
sobre
CANTO VII
Estância 81
E ainda, Ninfas minhas, não bastavaQue tamanhas misérias me cercassem, Senão que aqueles que eu cantando andava Tal prémio de meus versos me tomassem: A troco dos descansos que esperava, Das capelas de louro que me honrassem, Trabalhos nunca usados me inventaram, Com que em tão duro estado me deitara!
SOBRE
CANTO VII
Estância 82
Vede, Ninfas, que engenhos de senhoresO vosso Tejo cria valerosos, Que assi sabem prezar, com tais favores, A quem os faz, cantando, gloriosos! Que exemplos a futuros escritores, Pera espertar engenhos curiosos, Pera porem as cousas em memória Que merecerem ter eterna glória!
SOBRE
CANTO VII
Estância 83
Pois logo, em tantos males, é forçado Que só vosso favor me não faleça, Principalmente aqui, que sou chegado Onde feitos diversos engrandeça: Dai-mo vós sós, que eu tenho já jurado Que não o empregue em quem o não mereça, Nem por lisonja louve algum subido, Sob pena de não ser agradecido.
+sobre
CANTO VII
Estância 84
Nem creiais, Ninfas, não, que a fama desseA quem ao bem comum e do seu Rei Antepuser seu próprio interesse, Imigo da divina e humana Lei. Nenhum ambicioso, que quisesse Subir a grandes cargos, cantarei, Só por poder com torpes exercícios Usar mais largamente de seus vícios;
sobre
CANTO VII
Estância 85
Nenhum que use de seu poder bastantePera servir a seu desejo feio, E que, por comprazer ao vulgo errante, Se muda em mais figuras que Proteio. Nem, Camenas, também cuideis que cante Quem, com hábito honesto e grave, veio, Por contentar o Rei, no ofício novo, A despir e roubar o pobre povo!
sobre
CANTO VII
Estância 86
Nem quem acha que é justo e que é direitoGuardar-se a lei do Rei severamente, E não acha que é justo e bom respeito Que se pague o suor da servil gente; Nem quem sempre, com pouco experto peito, Razões aprende, e cuida que é prudente, Pera taxar, com mão rapace e escassa, Os trabalhos alheios que não passa.
sobre
LEARNING EXPERIENCE
Estância 87
Aqueles sós direi que aventuraramPor seu Deus, por seu Rei, a amada vida, Onde, perdendo-a, em fama a dilataram, Tão bem de suas obras merecida. Apolo e as Musas, que me acompanharam, Me dobrarão a fúria concedida, Enquanto eu tomo alento, descansado, Por tornar ao trabalho, mais folgado.
sobre
CANTO VII
Discursos
Discurso crítico
Discurso laudatório
Discurso autobiográfico
CANTO VII
Estrutura externa do excerto
Este canto é composto por:
- 9 estrofes;
- 8 versos (oitavas);
- versos decassílabos (10 sílabas métricas).
CANTO VII
Estrutura interna da reflexão
quarto momento
primeiro momento
terceiro momento
segundo momento
CANTO VII
Primeiro momento (estância 78):1. A invocação: “Vós, Ninfas do Tejo e do Mondego”; 2. Objetivo: pedir às Ninfas que lhe deem inspiração para a composição da obra (“Vosso favor invoco”); 3. Razões do pedido: o receio de que, sem a inspiração das Ninfas, não seja capaz de cumprir o seu propósito (“Que, se não me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo”).
CANTO VII
Segundo momento (estâncias 79 ‑ 81): Argumentos do poeta:1. O poeta já canta, há muito tempo, os feitos dos portugueses (“o vosso Tejo e os vossos Lusitanos”) ‑ os longos anos a escrever sobre os portugueses; 2. Trabalhos e danos que enfrentou: a) os perigos e as aventuras / viagens do / pelo mar (79, v. 5); b) os perigos / a participação da / na guerra (79, v. 6); c) a errância pelo mundo;
exemplos
CANTO VII
Terceirº momento (estâncias 82 a 86) – Crítica ao exercício do poder: ‑ Acesso desonesto ao poder: . a ambição; . o interesse pessoal; . a simulação. ‑ Mau exercício do poder: . roubo do povo; . pagamento injusto do trabalho.
CANTO VII
Quartº momento (estância 87):a) Intenção do Poeta: cantar aqueles que arriscam a sua vida e a colocam ao serviço de Deus e da Pátria / do Rei e, por isso, merecem a imortalidade; b) Por oposição, nas estâncias 84 a 86, enumerou aqueles que não cantará: 1.os que colocam o interesse pessoal à frente do bem comum e do interesse do rei; 2. os ambiciosos que ascendem ao poder para se servir a si mesmos e abusam desse poder; 3. os dissimulados; 4. os que exploram o povo.
Webgrafia
CANTO VII
e bibliografia
https://prezi.com/rkhpfz7rfp-x/lusiadas-cantos-vii78-87-e-viii96-99/
http://ponderador.blogspot.com/2009/10/resumo-do-canto-vii-os-lusiadas.html
https://pt.slideshare.net/3inha/canto-vii-est-7897
documentos postos no teams pela professora.
Obrigada
Andreia Juc e matilde antunes