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ENFERMAGEM FORENSE

Luís Oliveira

Created on March 24, 2023

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Transcript

Enfermagem Forense

Autoria: Luís Carlos Nogueira de Oliveira

2023

03.ENFERMAGEM FORENSE: CONCEITOS

01.JUSTIFICAÇÃO DO TEMA

02.OBJETIVOS

04.ENFERMAGEM FORENSE/CIÊNCIA FORENSE

sumário

08.CADEIA DE CUSTÓDIA

05.CRONOLOGIA DA ENFERMAGEM FORENSE

06.ENFERMAGEM FORENSE NO SERVIÇO DE URGÊNCIA

07.CONCEITO DE PROVA E VESTÍGIO

09.RECOLHA E MANUTENÇÃO DE VESTÍGIOS NO su

10.considerações finais/DESAFIO FUTURO

12.BIBLIOGRAFIA

11.pensamento

Enfermagem forense

Porquê?

Vários estudos efetuados nesta área evidenciam que os enfermeiros apresentam um deficit de conhecimentos para prestarem cuidados em cenários forenses.

Questão:

Alguma vez recebeu formação sobre ciências forenses, enfermagem forense e/ou práticas forenses?

11%

89%

Questionário Conhecimentos e Práticas de Enfermagem Forense no Serviço de Urgência do HSOG - Janeiro 2023

objetivos

Objetivo Geral

  • Promover o enriquecimento da equipa de enfermagem do SU sobre conhecimentos relativos à Enfermagem Forense

Objetivos Específicos

  • Dotar a equipa de enfermagem do SU de conhecimentos para a identificação precoce de possíveis casos forenses
  • Contribuir para uma maior segurança e qualidade dos cuidados prestados
  • Contribuir para o desenvolvimento de competências

Enfermagem Forense: conceitos

Albino Gomes (2014)

Virginia Lynch (2011)

“Forensic nursing science is defined as the application of the forensic aspects of healthcare combined with the bio/psico/social/spiritual education of registered nurse in the scientific investigation and treatment of the trauma or death victims and perpetrators of violence, criminal activity, and traumatic accidents."

“A Enfermagem Forense é a única disciplina que integra a Ciência de enfermagem com os princípios da Ciência Forense e Saúde Publica.”

Enfermagem forense

  • Nova perspetiva na abordagem holística dos enfermeiros
  • Combinação da aplicação de aspetos forenses aos cuidados de saúde
  • Prática que alia o saber científico e técnico da enfermagem com os princípios da clínica forense
  • Presta cuidados diretos às vitimas, agressores e testemunhas

"Enfermagem forense é a prática global da enfermagem, quando intercepta o sistema de sáude e o sistema legal" IAFN (International Association of Forensic Nurses, 2015)

Enfermagem forenseCiência forense

ENFERMAGEM FORENSE

CIÊNCIA FORENSE

  • Identificação, recolha e preservação de vestígios
  • Avaliação e tratamento das vítimas/agressores de trauma
  • Vestígio - Cêntrica

Cronologia da enfermagem forense

1986
1995
1991

MUNDO

Reconhecimento formal pela American Academy of Forensic Sciences (AAFS) da Enfermagem Forense

Concessão do estatuto de especialidade à Enfermagem Forense nos Estados Unidos

Virginia Lynch inicia um currículo formal de formação em Enfermagem Forense

Cronologia da enfermagem forense

2009
2011
2021

PORTUGAL

Constituída a Associação Portuguesa de Enfermagem Forense (APEF)

Criada a Competência Acrescida Diferenciada em Enfermagem Forense (Reg. nº728/2021)

1ª Pós-graduação em Enfermagem Forense

Enfermagem forense no serviço de urgência

  • Elemento ativo da equipa do serviço de urgência
  • Muitas vezes o primeiro profissional com quem as vítimas e os perpretadores se deparam
  • Cada vez mais casos de violência e trauma
  • Toda a lesão, agressão, doença ou morte pode ter implicações forenses

Enfermagem forense no serviço de urgência

Tipos de situações Forenses no serviço de urgência

Mortes suspeitas

Assalto e agressão

Violência doméstica

Violência de gangues

Acidentes de trabalho

Abusos de idosos

Acidentes de viação

Reação medicamentosa

Abuso sexual

Negligência e má prática clínica

Feridas por arma de fogo

Agressão pessoal

Conceito de prova e vestígio

A palavra "vestígios" de origem latina deriva da palavra vestigium que significa rasto, pista, pegada e sinal. " ... as testemunhas mudas do crime ... " (Edmond Locard, 1939)

Conceito de prova e vestígio

Uma prova é um indício, sinal ou uma evidência que serve para estabelecer a verdade de algo enquanto um vestígio também pode ser uma prova só que mais frágil e menos visível (Braz, 2013)

Princípio de Locard

"No local do crime ficam inevitavelmente vestígios do criminoso, que por sua vez transporta consigo voluntariamente ou involuntariamente, vestígios do local onde praticou o ato criminoso."

Edmond Locard (1939)

Tipos de provas

Tipos de vestígios

  • Reais (objetos visíveis)
  • Circunstanciais (provas físicas ou declarações de testemunhas)
  • Diretas (testemunha que observou o evento em primeira mão)

Físicos

Impressões digitais, explosivos, projéteis, fibras de tecido, balas, cartuchos

Biológicos

Sangue, manchas, saliva, sémen, urina, fezes, cabelo, marcas de dentadas

Cadeia de custódia

Pessoa que protege e entrega os vestígios à autoridade policial

Pessoa que identifica e recolhe os vestígios

É um procedimento para validação da autenticação dos itens que constituem os vestígios, é inerente à recolha de vestígios fazendo parte do método científico da investigação, para assim evitar a contaminação dos vestígios. Tem como objetivo uma vigilância constante dos vestígios. (Albino Gomes, 2014)

É um procedimento para validação

Recolha e manutenção de vestígios no serviço de urgência

  • Prioridade de cuidados
  • Papel do enfermeiro na preservação de vestígios
  • Princípios básicos
  • Situações práticas

Prioridade de cuidados

1. Intervenções Life-saving

2. Tratamento adequado do paciente

3. Identificação de vestígios, recolha e preservação

Papel do enfermeiro na preservação de vestígios

  • Identificação das vítimas/agressores
  • Guardar a roupa
  • Examinar as lesões
  • Identificar as lesões que podem tornar-se fatais
  • Fotografar as lesões
  • Documentar e registar com precisão
  • Notificação e encaminhamento

Recolha e preservação de vestígios

Retirar corretamente a roupa, cortar sempre pelas costuras longe do local da lesão

Evitar usar sacos de plástico na recolha e preservação de vestígios biológicos, para assim evitar a aceleração da degradação

Princípios Básicos

Realizar uma descrição correta e pormenorizada de todas as lesões

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Sheridan et al 2011; Lynch & Duval 2011

Recolha e preservação de vestígios forenses

Vestígios mais frequentes

Recolha e preservação de vestígios forenses

Roupa:

  • Usar equipamentos de proteção individual
  • Cortar as roupas pelas costuras e evitar cortar pelos buracos que possam existir
  • Não se devem sacudir as peças de roupa
  • Não colocar a roupa no chão
  • Colocar um lençol no chão para colocar a roupa em cima e depois colocar individualmente em sacos de papel
  • O calçado deve ser colocado individualmente em saco de papel

Recolha e preservação de vestígios forenses

Arma de fogo:

  • Se existir alguma arma com a vítima deve-se ter especial cuidado com o manuseamento da mesma, bloqueá-la, colocar em contentor largo e rígido e entregar à autoridade policial

Armas brancas:

  • Se a faca ainda estiver empalada no corpo, proteger o cabo com saco de papel e fixar a faca de modo a não sair
  • Descrever de forma pormenorizada as características das lesões
  • Preservar intata a roupa da vítima (sempre que possível) de modo a determinar a posição da roupa e do corpo no momento da agressão

Fragmentos de vidro:

  • Recolher todos os vidros para um recipiente de plástico, de seguida colocar em envelope de papel, etiquetar e selar

Recolha e preservação de vestígios forenses

balas e outros projéteis:

  • Usar luvas e pinças com pontas de borracha para a recolha
  • Não limpar nem secar manualmente (devem secar ao ar)
  • Não colocar em contato com outros objetos metálicos
  • Colocar em recipiente com compressa esterilizada (ex: copo para recolha de urina)
  • Embalar, identificar e selar

Recolha e preservação de vestígios forenses

fluidos corporais:

  • As zaragatoas deverão ser realizadas antes de qualquer contato com a superfície corporal da vítima
  • Zaragatoas devem ser humedecidas com água esterilizada antes de passar na superfície suspeita de conter fluidos corporais secos
  • Realizar movimentos circulares e não esfregar
  • Deixar secar ao ar livre (15 a 30 minutos)
  • Identificar e selar

Recolha e preservação de vestígios forenses

colheita de sangue para doseamento de álcool:

  • Não se deve usar substâncias com álcool na desinfeção da pele (colocar em notas como foi feita a desinfeção)
  • O tubo deve ser selado e etiquetado com nome, hora da recolha e identificação de quem fez o procedimento
  • Deve também ficar registado o nome do profissional que recebeu a amostra
  • Em caso de homicídio, devem ser recolhidas duas amostras, uma à entrada e outra uma hora depois para determinar a curva de alcoolémia

Recolha e preservação de vestígios forenses

Feridas:

  • As feridas fornecem informações importantes no que respeita ao mecanismo de lesão pelo que devem ser efetuadas notas descritivas de cada uma: tamanho, forma, cor, localização, caraterísticas da pele circundante e presença de material na lesão ou à sua volta (Lynch & Duval, 2011)

em vítimas de asfixia com laço:

  • Se a vítima estiver cadáver, o laço deve permanecer no corpo, se tiver que ser removido nunca se deve desatar, mas sim cortá-lo pelo menos a 15cm do nó (DGS, 2016)
  • Se possível tirar foto ou desenhar a aparência do laço
  • Registar de que lado da vítima está o nó, a coloração da vítima, descrever o sulco no pescoço: tamanho, profundidade, cor e largura

Recolha e preservação de vestígios forenses

acondicionamento e rotulagem:

  • Secagem – A secagem ao ar é o método preferencial para preservar vestígios húmidos. Cada item deve secar separadamente.
  • Rotulagem –Todos os vestígios devem ser identificados, rotulados e guardados de forma a manter a cadeia de custódia. Escrever no envelope antes de colocar os vestígios dentro de forma a não os danificar.
  • Selagem – Cada saco/envelope deve ser selado, de forma a não ser adicionado qualquer item. Importa também assinar por cima do selo para garantir a custódia da prova.

considerações finais

  • Necessidade de melhoria da qualidade na prestação de cuidados às vítimas de violência e trauma
  • Formação adequada dos profissionais
  • Garantir a preservação e proteção de vestígios com relevância médico-legal
  • Encaminhar e orientar a vítima de violência para apoio psicológico, social e jurídico

DESAFIO FUTURO

  • Definir e criar protocolo de atuação de medidas e procedimentos que visam a recolha e preservação de vestígios/provas em meio hospitalar, em doentes vítimas de violência ou trauma

"Ser enfermeiro forense é cuidar bem, sem olhar a quem, para que se faça justiça!"

albino Gomes

Bibliografia

Associação Portuguesa de Enfermagem Forense - APFORENSE (2012). Sobre APEFORENSE . Facebook web site. Consultado em 11/02/2023

Braz, J. (2013). Investigação criminal. A organização, o método e a prova: Os desafios da nova criminalidade. (3a ed). Coimbra: Edições Almedina.

Cruz, C. (2017). Práticas e conhecimentos dos Enfermeiros de Serviço de Urgência na recolha e m a n u t e n ç ã o d e p r o v a s fo r e n s e s . Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. https://repositorio.esenfc.pt/private/index.php?process=download&id=52953&code=942.

Gomes, A. (2014). Enfermagem Forense (Vol. 1). Lídel.

Bibliografia

Gomes, A. (2017). Padrões da aptidão do enfermeiro forense. Nursing . https://www.researchgate.net/publication/317718219_PADROES_DE_APTIDAO_DO_ENFER MEIRO_FORENSE

Gomes, C. I. D. A. (2016). Preservação dos vestígios forenses: conhecimentos e práticas dos enfermeiros do serviço de urgências e /ou emergência (Dissertação de Mestrado). Universidade de Coimbra. https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/4712/1/Dissertac%CC%A7a%CC%83o%20de%2 0MESPC

Locard, E. (1939). A investigação criminal e os métodos científicos . Coimbra: Arménio Amado.

Lynch, V. A., & Duval, J. B. (2011). Forensic nursing science (2a ed.). St. Louis: Elsevier Mosby.

Bibliografia

Santos, S. D. (2013). C o n trib u t o s p a r a a Im ple m e n t a ç ã o d a E n fe r m a g e m F o r e n s e e m Port u g al (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Medicina de Coimbra: Universidade de Coimbra. http://hdl.handle.net/10316/26042

Sheridan, D. J., Nash, K. R., & Bresee, H. (2011). Enfermagem de urgência: Da teoria à prática. (6a ed., Vols. 189–202). Loures: Lusociência.

Bibliografia

Obrigado!

Luís Oliveira