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Camões -Iris

Luísa Ferreira (Doce

Created on March 3, 2023

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Transcript

Camões Lírico

SECTION 1

O Príncipe dos poetas

Desafio realizado por 5, 12 e 19

Vais ver o "trailer" do filme «Clube dos Poetas Mortos» (1989), de Peter Weir, e, depois, passas à audição da canção «Perdidamente» (poema «Ser Poeta», de Florbela Espanca), interpretada pelo grupo Trovante (1987). De seguida, no teu grupo, terás de apresentar o teu ponto de vista a partir da resposta às duas questões que se seguem, as quais são a base para a vossa discussão. Por fim, o teu grupo terá de apresentar à turma uma síntese da vossa discussão e as conclusões a que chegaram. Questões em discussão Qual a importância da POESIA para a VIDA? Toma por referência as ideias apresentadas no "trailer" e a tua experiência como leitor (ou, possivelmente, como escritor) de poemas. que relação(ões) estabeleces entre a conceção de POESIA apresentada no "trailer" e a de POETA presente no soneto de Florbela Espanca?

Temáticas

. Representação da amada . Reflexão sobre o amor . Representação da Natureza . Reflexão sobre a vida pessoal . A Mudança .O Desconcerto do mundo

SECTION 1

Minina dos olhos verdes a este mote alheio Minina dos olhos verdes Porque me não vedes? Voltas. Eles verdes são, e têm por usança na cor, esperança, e nas obras não. Vossa condição Não é d'olhos verdes, porque me não vêdes. Isenções a molhos qu'eles dizem terdes, não são d'olhos verdes, nem de verdes olhos. Sirvo de giolhos, e vós não me credes, porque me não vêdes.

Minina dos olhos verdes

Haviam de ser, porque possa vê-los, que huns olhos tão bellos não se hão d'esconder: mas fazeis-me crer, que ja não são verdes, porque me não vêdes. Verdes não o são, no que alcanço delles; verdes são aquelles qu'esperança dão. Se na condição está serem verdes, porque me não vedes? Luis de Camões, Rimas

stellalevi

Endechas a Bárbara Escrava

Aquela cativaque me tem cativo1,porque nela vivo já não quer que viva. Eu nunca vi rosa em suaves molhos2, que para meus olhos fosse mais fermosa. Nem no campo flores,nem no céu estrelas me parecem belas como os meus amores. Rosto singular, olhos sossegados, pretos e cansados3, mas não de matar4. Ũa graça viva,que neles lhe mora, para ser senhora de quem é cativa. Pretos os cabelos, onde o povo vão5 perde opinião que os louros são belos.

Pretidão de Amor,tão doce a figura, a neve lhe jura que trocara a cor. Leda mansidão, que o siso acompanha; bem parece estranha, mas bárbora6 não. Presença serenaque a tormenta amansa; nela enfim descansa toda a minha pena7. Esta é a cativa que me tem cativo; e, pois nela vivo, é força que viva. Luís de Camões, op cit., pp. 89-90.

a ũa cativa com quem andava d’ amores na Índia, chamada Bárbora

O rosto sobre ũa mão,os olhos no chão pregados, que, do chorar já cansados, algum descanso lhe dão. Desta sorte Leanor suspende de quando em quando sua dor; e, em si tornando, mais pesada sente a dor.

a esta cantiga alheia:

Na fonte está Leanor

Na fonte está Leanor lavando a talha e chorando, às amigas perguntando: vistes lá o meu amor? VoltasPosto o pensamento nele,porque a tudo o Amor a obriga, cantava, mas a cantiga eram suspiros por ele. Nisto estava Leanor o seu desejo enganando, às amigas perguntando: vistes lá o meu amor?

INDX

Não deita dos olhos água,que não quer que a dor se abrande Amor, porque em mágoa grande seca as lágrimas a mágoa. Que despois de seu amor soube novas perguntando, d’ emproviso1 a vi chorando. Olhai que extremos de dor!

Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te algũa cousa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou. Luís de Camões, op cit, p. 156.

Alma minha gentil, que te partiste

INDX

A fermosura desta fresca serra

A fermosura desta fresca serra, e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra; o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do sol pelos outeiros, o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta variedade nos of'rece, me está, senão te vejo, magoando. Sem ti, tudo me enoja e me avorrece; Sem ti, perpetuamente estou passando, nas mores alegrias, mór tristeza. Luís de Camões

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má Fortuna, Amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a Fortuna sobejaram, Que para mim bastava Amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o decurso de meus anos; Dei causa (a) que a Fortuna castigasse As minhas mal fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! Que tanto pudesse que fartasse Este meu duro Gênio de vinganças! Luís de Camões Luís de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e, em mim, converte em choro o doce canto. E, afora1 este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto2, que não se muda já como soía3. Luís de Camões Luís de Camões

Ao desconcerto do mundo esparsa sua ao desconcerto do mundo Os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos; e, para mais m’ espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim o bem tão mal ordenado, fui mau, mas fui castigado: Assim que, só para mim, anda o mundo concertado. Luís de Camões

Ao desconcerto do Mundo

Índice

a Estrutura da obra

Episódios

As Reflexões do Poeta

As Temáticas/ críticas

Análise de Passagens Textuais

Propostas de Atividades

Camões épico

Início

A Viagem de Vasco da Gama

Anelepse

Estrutura da obra

Estrutura interna

Estrutura externa

Acontecimentos/ Planos narrativos/narradores

Linhas de ação

Proposição

Plano narrativo do Poeta

Invocação

Dedicatória

Acontecimentos/ Planos narrativos/narradores

Linhas de ação

Canto I - estrofes .........

Narração

Episódio Consílio dos Deuses do Olimpo

Canto I - estrofes .......

Canto III

Melinde

  • Mudança de narrador Vasco da Gama
  • Plano História de Portugal
  • ANALEPSE

Acontecimentos/ Planos narrativos/narradores

Linhas de ação

Canto III- estrofes....

Episódio de Inês de Castro

Episódio Despedidas em Belém

Canto ....- estrofes 87-93

Canto .... - estrofes ....

Episódio Gigante Adamastor

Acontecimentos/ Planos narrativos/narradores

Linhas de ação

Canto VI- estrofes 77-99

Episódio A Tempestade

Chegada à Índia

Canto VII/ VIII

Narrador Camões Plano da Viagem

Episódio da Ilha dos amores

Canto IX

Regresso à Pátria

Canto X

Narrador Camões

Episódios

  • O Consílio dos Deuses do Olimpo
  • Despedidas em Belém
  • O Adamastor
  • A Ilha dos Amores
  • Inês de Castro
  • Tempestade

Reflexões do Poeta

  • Canto I - Fragilidade da Vida humana
  • Canto V - Desprezo pelas artes
  • Canto VI- Lamentações de caráter autobiográfico
  • Canto VIII- O poder corruptível do dinheiro
  • Canto IX- O valor da fama e da Glória
  • Canto X- Lamentações do poeta por cantar a gente surda e endurecida
Recursos expressivos

Críticas Do Poeta

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Outras Propostas de atividades
  • Faz uma entrevista ao Luís de Camões, imaginando-o a visitar o séc. XXI
  • Seleciona um Cartoon que critique um aspeto social evidenciado nas Reflexões do Poeta
  • Faz uma leitura Expressiva do episódio do Gigante Adamastor

Análise de passagens Textuais

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