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Douglas Gordon
Catarina Ribeiro 11 K
Created on February 11, 2023
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Transcript
Douglas Gordon
Catarina Ribeiro 2023
Índice
Introdução
Percurso artístico
Considerações finais
Biografia
Bibliografia
Processo criativo
Introdução
Identificação do artista
Descrição do trabalho
Motivo da escolha
Identificação do artista
Douglas Gordon nascido a 20 de setembro de 1966, é um artista contemporaneo escocês. Ganhou o Turner Prize em 1996, o Premio 2000 na 47ª Bienal de Veneza em 1997 e o Hugo Boss Prize em 1998. Vive e trabalha em Berlim, Alemanha.
Motivo da escolha
Douglas Gordon é um artista bastante complexo, as suas obras são de carater incomum e até bizarro, passam uma sensação perturbadora e desconfortável, acabando por fazer o observador ter vontade de saber mais, como se houvesse um mistério por desvendar. À primeira vista, as suas obras podem parecer simples e fáceis de executar, mas após investigação mais profunda, percebemos que existe um extenso processo de criação que requer um vasto conhecimento nas áreas trabalhadas. Todo esse mistério, invulgaridade e curiosidade, despertaram em mim interesse sobre o artista, daí a minha escolha.
Descrição do trabalho
Com este trabalho pretendo dar a conhecer um pouco sobre a jornada deste artista, o seu processo e método de trabalho, assim como o seu papel e importância na arte contemporânea, e do mesmo modo compreender a relevancia da arte na nossa sociedade atual. Intenciono também analisar algumas de suas obras, esclarecer o seu significado e aprender um pouco sobre pensamento deste artista, vendo o mundo pelos seus olhos.
Biografia
Aproximação a outros artistas
Aspetos relevantes
Movimentos artísticos
Aspetos relevantes
Aspectos biográficos relevantes: estudou escultura e arte ambiental na Glasgow school of art entre 1984 e 88. Após se graduar, frequentou a Slade School of fine art em Londres (1988-90) onde começou a explorar mais profundamente o seu interesse em cinema e vídeo. Viveu e trabalhou em Berlin, Glasgow e Paris.
Movimentos artisticos
O trabalho de Douglas Gordon pode ser enquadrado em diversas vertentes da arte contemporanea, tais como:
- Arte concepetual
- Artes da Efemeridade
- Instalação
- Videoarte
Movimentos artisticos
O trabalho de Douglas Gordon pode ser enquadrado em diversas vertentes da arte contemporanea, tais como:
Nesta corrente considera-se que o mais importante é o "conceito" que fundamenta e determina a obra de arte e não a técnica de execução ou o processo de realização do artefacto. Os conceitos têm raízes variadas, derivando do conhecimento filosófico, da psicanálise ou da reflexão sobre a própria civilização contemporânea. Estas ideias ou conceitos podem ser comunicados através de uma grande variedade de meios, suportes, técnicas e materiais, cruzando muitas vezes formas díspares de expressão, como textos, mapas, filmes, vídeos, fotografias, instalações e performances. Sem limites de escala ou de tema
- Arte concepetual
- Artes da Efemeridade
- Instalação
- Videoarte
Movimentos artisticos
O trabalho de Douglas Gordon pode ser enquadrado em diversas vertentes da arte contemporanea, tais como:
O conceito da arte efêmera remete a um estilo de arte que não tem como principal objetivo apresentar obras que durem longos períodos. Na verdade, é exatamente o contrário, já que essa corrente prioriza exposições de curta duração. Nesse contexto, muitas vezes, elas ocorrem somente uma única vez. Por isso, essa manifestação também é conhecida como “arte do momento”. Além disso, esse estilo valoriza a experiência e a atuação do público em relação à proposta artística. Em outras palavras, muitas vezes, a arte efêmera depende de interação e da resposta de seus espectadores para existir.
- Arte concepetual
- Artes da Efemeridade
- Instalação
- Videoarte
Movimentos artisticos
O trabalho de Douglas Gordon pode ser enquadrado em diversas vertentes da arte contemporanea, tais como:
A Instalação é uma forma de arte que utiliza a ampliação de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. Pintura, escultura e outros materiais são usados conjuntamente para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa ativamente da obra e, portanto, não se comporta somente como apreciador. Ela pode ter um caráter efêmero ou pode ser desmontada e recriada em outro local. Diferentemente do que ocorre tradicionalmente com as esculturas ou pinturas, a mão do artista não está presente na obra como um item notável.A Instalação, enquanto poética artística, permite uma grande possibilidade de suportes, a gama variada de possibilidades, em sua realização pode integrar recursos de multimeios, por exemplo, videoarte, caracterizando-se em uma videoinstalação.
- Arte concepetual
- Artes da Efemeridade
- Instalação
- Videoarte
Movimentos artisticos
A videoarte surgiu por volta dos anos 60 e desenvolveu-se a partir dos meios audiovisuais. Performances passam a ser registradas, instalações incorporam grandes monitores e o próprio vídeo se torna uma linguagem elementar na produção artística moderna e contemporânea. Hoje em dia, a videoarte está a evoluir para instalações interativas. Os vídeos, que antes eram editados em modo linear, são agora realizados com a ajuda de software e outros programas digitais. Alguns artistas aderiram a proporções cinematográficas para exibições de seus vídeos, utilizando-se da ambientação que esses proporcionam. Outros preferem instalações em museus, que ainda se mantêm lugares consagrados para os artistas, e que agora contam com uma maior adaptação aos projetos de Videoarte. Outros artistas também fazem vídeos para serem exibidos em raves e outros eventos musicais, criadores de websites, webdocumentários, além daqueles que são residentes em emissoras de televisão, realizando vinhetas, etc. Atualmente, essa linguagem transita entre as Artes Visuais e a Arte Digital, dialogando com Cinema, Dramaturgia, Escultura, Música e afins.
Videoarte
Aproximação a outros artistas
Apesar das suas obras possuirem um carácter único e incomum, existem alguns artistas que exploram os mesmos recursos que Gordon, tais como:
Processo criativo
Conceito
Áreas artísticas
Métodos, técnicas e materiais
Conceito
Gordon é conhecido por criar obras que comunicam com o cinema e tratam de questões existenciais tais como sexualidade, fetichismo, fama, dominação ou a própria inabilidade do ser humano de se comunicar.
Conceito
O artista é fascinando pela tendência do ser humano de dividir conceitos em opostos, tais como a tentação e o medo, a vida e a morte, o bem e o mal, a culpa e a inocência, etc. O seu trabalho incorpora regularmente esses elementos de oposição.
Gordon explora também questões éticas e morais, para além de estados fisicos e mentais tais como a memória e repetição, presente em diversos dos seus trabalhos.
Conceito
A dupla identidade é também um tema constante, a representação de imagens espelhadas, projeções duplas e assim todas as confusões psicológicas que vêm com estes jogos. A obra de Gordon pede um envolvimento ativo por parte do espectador, de modo a transmitir uma perceção da natureza humana que seja mutável e contraditória.
Áreas artísticas que o artista explora
Douglas Gordon explora diversas areas artísticas, tais como Fotografia, filme, vídeo,performance, escultura, texto e neons.
Métodos, técnicas, materiais explorados
Nas suas obras, Gordon utiliza produções já existentes de literatura, folklore, filmes de hollywood e fotografia, em conjunto com as suas proprias filmagens, desenhos e textos. Ele explora essas produções em busca de novos significados dentro delas.
Percurso artístico
Obras
Exposições
Cronologia das obras escolhidas
"Feature film" 1999
Never Never 200
24 Hour Psycho ,1993
"Pretty much every film and video work from about 1992 until now."
Left Is Right and Right Is Wrong and Left Is Wrong and Right Is Right (1999)
Tattoo (for reflection) 1997
Obras
Gordon teve a sua primeira exibição a solo em 1993 na Tramway, uma galeria contemporanea em Glasgow. O artista passou dois anos a desenvolver um dos seus trabalhos mais significantes, 24 Hour Psycho 1993 . Nesta obra, Gordon desacelarou o filme "Psycho" 1960 de Alfred Hitchcock, estendendo o original de 110 minutos para 24 horas. O filme foi exibido numa tela grande, suspenso no meio de um espaço escuro. Os observadores podiam andar em volta da tela que passava o filme no sentido normal num dos lados e ao contrario no outro.
Em 2002, Gordon exibiu 24 Hour Psycho na Hayward Gallery London e incluiu uma vasta parede espelhada num lado da galeria. O espelho permitia que o espectador visse a obra do outro lado da tela, ao mesmo tempo em que permitia observar outros visitantes a admirá-la. Ao adicionar um espelho físico à instalação, o artista duplicou o voyeurismo do próprio filme.
Obras
Douglas utiliza também o próprio corpo humano como objeto da sua arte. Tattoo (for reflection) 1997, mostra as costas do escritor Oscar van den Boogaard com a palavra ‘GUILTY’ tatuada perto do seu ombro esquerdo. Ficando de costas para um espelho, o seu corpo e tatuagem são refletidos. Olhando para a reflexão no espelho, podemos reparar que a palavra está soletrada corretamente, o que significa que a palavra foi escrita ao contrário no corpo do homem.
Obras
"Feature film" 1999, foi a primeira longa metragem feita por Gordon. Embora use a banda sonora original de ‘Vertigo’ de Alfred Hitchcock, de 1958, é uma das primeiras obras para as quais o artista concebeu seus próprios materiais visuais e vídeo, em vez de se apropriar de um filme existente.
'I wanted to strike a line between pure documentary and pure narrative...since you never see the orchestra, and Conlon is not dressed formally and has no baton, there is the possibility that there is no orchestra and no conductor. Anyone who knows the music world will recognise Conlon, but most people won’t get it. They’ll just see a great screen presence’ (Gordon, quoted in Hartley 2006, p.78).
Obras
Em Left Is Right and Right Is Wrong and Left Is Wrong and Right Is Right (1999), ele se apropria de Whirlpool, um filme pouco conhecido de Otto Preminger de 1949. Gordon projeta duas versões de Whirlpool lado a lado: uma na direção certa, a outra invertida da esquerda para a direita. Uma projeção contém todos os quadros ímpares (com a câmera preta tomando o lugar das imagens que faltam); o outro, todos os quadros pares. A trilha sonora é tratada da mesma forma. Cada versão, na verdade, conta apenas metade da história.
Left Is Right and Right Is Wrong and Left Is Wrong and Right Is Right foi encomendado pelo New York’s Day Center para o show Double Vision 1999.
Obras
Never Never 2000 é uma série de quatro fotografias do braço do artista que apresenta uma tatuagem onde se lê 'forever' (para sempre). O interior do seu antebraço é tatuado com a palavra em preto, enquanto o outro antebraço tem a mesma palavra tatuada em branco. As imagens são apresentadas ao lado de seu contraponto oposto; 'Forever' em branco aparece ao contrário exibido ao lado da imagem de 'Forever' em preto que se lê corretamente. O segundo par de imagens mostra o mesmo, mas ao contrário. Este trabalho parece bastante simples visualmente, mas na verdade é bastante complexo. Qual é a verdadeira versão das tatuagens? Quais imagens estão certas e quais estão erradas?
Obras
Funcionando em estilo enciclopédico, 101 monitores, empilhados em simples caixotes de cerveja e dispostos em uma instalação de grande escala, apresentam todos os trabalhos em vídeo produzidos por Douglas Gordon desde 1992. "Pretty much every film and video work from about 1992 until now." cresceu para abranger 82 peças individuais, com novos trabalhos sendo constantemente adicionados. A instalação reúne a obra fílmica de Gordon numa forma escultórica, que oferece espaço para uma visão não hierárquica das suas obras individuais.
Exposições
Gordon teve grandes exposições individuais internacionais, incluindo:
- National Gallery of Scotland,
- Hirshhorn Museum and Sculpture Garden Washington D.C.,
- Tate Liverpool,
- Tate Britain,
- Hayward Gallery,
- Londres, MOCA Los Angeles,
- MoMA, Nova York e ACCA,
- Melbourne, entre muitos outros.
Considerações finais
Reflexão crítica
Previsões
Considerações finais
Reflexão crítica
A Arte contemporânea mais do que nunca estimula a criatividade do artista, dando mais importância ao processo de pensamento e execução da obra e ao seu significado do que propriamente ao aspeto físico da mesma. A meu ver, esta Arte transmite um tipo de beleza psicológico, que não se pode ver, apenas sentir, e embora muitas pessoas não a compreendam ou apreciem, é de extrema importância e não deveria ser subestimada.
Douglas Gordon enquadra-se perfeitamente nesta definição de Arte mais subjetiva. As suas obras não são para ser entendidas ao primeiro relance, requerem atenção e investigação. Ao pesquisar sobre o artista, reconheci a sua visão do mundo e a maneira que o mesmo a transmite através das suas obras, com significados impressionantes, fiquei até mesmo espantada com a mentalidade e conhecimento que algumas carregam.
Considerações finais
Previsões
O futuro da arte contemporanea é quase imprevisivel, já que a arte está em constante mudança e o que aparenta ser agora pode mudar a qualquer momento. Ainda assim, algo que me preocupa, é a influencia que a evolução da tecnologia pode ter nas artes. A capacidade de uma máquina de produzir uma obra de arte está muito mais próxima da nossa realidade do que pensamos. A arte da atualidade ainda valoriza subretudo o artista, e deveria continuar dessa maneira, mas com a nova tecnologia de inteligencia artificial, o ser humano pode passar a ter cada vez menos relevancia na criação de objetos artisticos. Se esta mudança realmente se der, todo o avanço até agora será de certo modo em vão. A arte voltará a ser valorizada pelo seu aspeto material e não simbólico, que apesar de ser mais facil para o publico compreender e apreciar, retrocede na criatividade e emoção que os artistas vêm depositando na sua arte. Para além disso, se esta mudança realmete se der, o trabalho do artista será extremamente sub-valorizado, e estes empregos serão entregues a maquinas, deixando vários artistas desempregados.
Bibliografia
- Autor não identificado, Art Fund, Pretty Much Every film and video work from 1992 until now, disponível em https://www.artfund.org/supporting-museums/art-weve-helped-buy/artwork/12855/pretty-much-every-film-and-video-work-from-1992-until-now, acedido a 20/03/2023
- Autor não identificado, Artsy.net, Nam June Paik Bio, disponivel em https://www.artsy.net/artist/nam-june-paik acedido a 05/02/2023
- Autor não identificado, Deichtorhallen.de, Review Bill Viola instalations (2017), disponível em https://www.deichtorhallen.de/en/ausstellung/bill-viola-installationen
- Autor não identificado, Gagosian.com, about Douglas Gordon, disponível em https://gagosian.com/artists/douglas-gordon/, acedido a 24/02/2023
- Autor não identificado, Galeria Luisa Stina (on-line), Marcellvs L. Biografia, disponível em https://www.galerialuisastrina.com.br/artists/66-marcellvs-l./biography/, acedido a 20/02/2023
- Autor não identificado (2012), Institute of modern art, Douglas Gordon Left is Right and right is wrong..., disponível em https://www.ima.org.au/exhibitions/douglas-gordon-left-is-right-and-right-is-wrong/, acedido a 24/02/2023
- Autor não identificado, makingarthappen.com-Douglas Gordon (2011) disponivel em: hhttps://makingarthappen.com/2011/12/05/douglas-gordon-2/ acedido a 06/02/2023
- Autor não ideentificado, National galleries Scotland (on-line), disponível em https://www.nationalgalleries.org/art-and-artists/features/douglas-gordon-0, acedido a 20/03/2023
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- Autor não identificado, SP-Arte, Editorial-Videoarte 11 artistas que trabalham essa expressão! (2018) disponivel em: https://www.sp-arte.com/editorial/videoarte-11-artistas-que-trabalham-essa-expressao/, acedido a 04/02/2023
- Júlia (2018), Artequeacontece.com.br, Douglas Gordon, disponível em https://www.artequeacontece.com.br/douglas-gordon/, acedido a 20/02/2023
Bibliografia
- Autor não identificado, Porto editora - Arte Conceptual na Infopédia disponivel em: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$arte-conceptual acedido a 04/03/2023
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- Autor não identificado, SP-Arte, Editorial-Videoarte 11 artistas que trabalham essa expressão! (2018) disponivel em: https://www.sp-arte.com/editorial/videoarte-11-artistas-que-trabalham-essa-expressao/, acedido a 04/02/2023
- Autores vários (edição colaborativa), ultima edição em 2023, wikipédia.com-Douglas Gordon, disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/Douglas_Gordon, acedido a 04/02/2023.
- DEITZ, Paula (2019), NY Time, My Bill Viola Video Marathon, disponível em https://www.nytimes.com/2019/08/15/arts/design/bill-viola-barnes-video.html, acedido a 24/02/2023
- DIAS, Fabiana (2019), Educamaibrasil.com, Arte contemporânea, disponível em https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/arte-contemporanea, acedido a 20/02/2023
- DOSSIN, Francielly Rocha (2010), Blog Bienando 15, Douglas Gordon, disponível em http://bienando15.blogspot.com/2010/06/douglas-gordon.html, acedido a 24/02/2023
-IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Instalação. História das Artes, 2023. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/instalacao/ acedido a 04/03/2023
- Júlia (2018), Artequeacontece.com.br, Douglas Gordon, disponível em https://www.artequeacontece.com.br/douglas-gordon/, acedido a 20/02/2023