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O Rapaz ao Fundo da Sala
Francisca Conceição
Created on January 25, 2023
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Transcript
"Tudo foi como tinha de ser"
Introdução
Título original: Tudo foi como tinha de ser Autor: Raúl Minh'alma Ilustrações: Ilustrações do autor Dedicatórias: "A ti, para que continues a brilhar,apesar da escuridão
Motivo da escolha
Eu escolhi o livro "Tudo Foi Como Tinha de Ser", de Raul Minh’alma, por vários motivos, sendo o principal o facto de a obra abordar temas profundos e universais, como a identidade, o destino e as escolhas pessoais. A sinopse despertou o meu interesse, pois o livro fala sobre as relações interpessoais e as lutas internas que todos enfrentamos ao tentar equilibrar o que queremos com as circunstâncias que nos rodeiam. A escrita simbólica e intensa do autor parece proporcionar uma reflexão sobre a vida e como as nossas decisões são frequentemente moldadas por fatores fora do nosso controlo. Senti que esta obra poderia ser uma boa oportunidade para explorar temas que vão além do nosso quotidiano e nos ajudam a compreender melhor a condição humana
Autora
Onjali Q. Raúf Onjali Qatara Raúf nasceu em fevereiro de 1981 no Reino Unido. Especializou-se em Estudos sobre a Mulher e trabalhou em diversas instituições de caridade. Em 2011 fundou a ONG Making Herstory, uma organização sem fins lucrativos que defende os direitos das mulheres que combatem o abuso e o tráfico de mulheres no Reino Unido. Nos tempos livres Onjali Q. Raúf, ajuda famílias de refugiados e apoia projetos destinados à promoção do diálogo inter-religioso.
Resumo
O livro fala sobre um menino refugiado chamado Ahmet que saiu da Síria para fugir à guerra e que foi para uma escola na Inglaterra onde conheceu 4 amigos: Alexa, Josie, Tom e Michael. Ao contrário dos outros alunos, Ahmed mantém-se distante e isolado, sentando-se sempre no fundo da sala e evitando falar com os colegas. A narradora, Alexa, começa a ficar curiosa sobre ele e a tentar entender o seu comportamento. Ahmet partilhou a sua história com os colegas, contando-lhes que teve de fugir da guerra e que ficou separado dos pais e da irmã, mostrando então o um grande sofrimento e trauma devido às experiências terríveis que viveu na guerra. Embora ele esteja em segurança, ainda sente uma enorme saudade da sua casa e da sua família.Os 4 amigos ficaram comovidos com a situação e ao descobrirem que não podiam entrar mais refugiados no país, decidiram fazer alguma coisa para ajudar Ahmet. Começaram a elaborar um plano que até envolvia a rainha de Inglaterra, para impedir as restrições nas fronteiras e para conseguirem juntar Ahmet com a sua família.
Mensagem do livro
A mensagem central que o livro destaca é a importância da empatia, da inclusão e do respeito pela diversidade humana. A narrativa faz-nos reconhecer que, independentemente das diferenças culturais, sociais ou das experiências vividas, todos merecem ser tratados com dignidade e compaixão. O livro também sublinha o poder transformador dos pequenos gestos de bondade e como o preconceito é frequentemente fruto da ignorância ou da falta de contacto com o outro. Além disso, traz à luz as consequências devastadoras dos conflitos armados e das crises humanitárias, incentivando uma reflexão crítica sobre a nossa responsabilidade enquanto sociedade global em acolher e apoiar quem se encontra em situações de vulnerabilidade A obra apela à construção de um mundo mais solidário e consciente, recordando-nos que a amizade e o diálogo têm o poder de superar qualquer barreira
Frases Marcantes
"Não, não, ele agora já dorme numa casa (...) E está feliz, porque nessa casa há casa de banho, água quente e comida." - pág.110
"O Pai dizia sempre que as palavras podem doer mais do que uma bofetada, porque as nódoas negras e os galos com que se fica desaparecem ao fim de um tempo e podem ficar esquecidos para sempre. Mas as palavras podem não desaparecer durante muito tempo, e as mais cruéis são as que mais tempo ficam." - pág.237
Parte mais interessante
Para mim a parte mais interessante foi quando os quatro amigos, a Alexa, a Josie, o Tom e o Michael, estavam a tentar arranjar um plano para que as fronteiras não fechassem e o Ahmet conseguisse encontrar a sua família.
"A caminho da escola, analisámos todos os planos. O do Tom foi o primeiro. Ele disse que devíamos escrever à Primeira-Ministra a dizer-lhe que mantivesse os portões abertos até que o Ahmet encontrasse a família. (...) Depois a Josie falou do seu plano, a que deu o nome Apelo Especial. Disse que devíamos ligar para um jornal a contar tudo (...) Depois o Michael contou-nos o seu plano. - Devíamos escrever para o Tribunal de Primeira Instância, (...) e pedir-lhe para mandar os guardas de segurança abrir os portões quando virem os pais do Ahmet." -pp. 144-146
Parte menos interessante
Na minha opinião, a parte menos interessante foi quando o Brendan Maldoso, o bully da turma, fez uma canção a gozar com o Ahmet, o menino refugiado.
"(...) o Brendan Maldoso começou a fazer uma coisa que me fez odiá-lo mais do que qualquer coisa que eu já tivesse odiado na vida. (...) não consegui evitar quando ouvi o Brendan Maldoso, o Liam e o Chris cantar a canção que tinham inventado. Era assim: O refugiado Ahmet cheira a porcaria! Por isso, vamos metê-lo num saco E despejá-lo pela pia!" - pág. 238
Onjali Q. Raúf Obras
The Great (Food) Bank Heist em 2021
The Day We Met the Queen em 2020
O Rapaz ao Fundo da Sala em 2019
A Estrela que Vejo da Minha Janela em 2019
The Night Bus Hero em 2020
The Lion Above the Door em 2021
Onjali Q. Raúf Prémios
- Blue Peter Book Award, Melhor História: O Rapaz ao Fundo da Sala em 2019.
- Waterstones Children's Book Prize, Melhor Livro Infantil: O Rapaz ao Fundo da Sala em 2019.
- Foi nomeada Membro da Ordem do Império Britânico nas Honras do Aniversário da Rainha de 2022.
Opinião
Na minha opinião, "O Rapaz ao Fundo da Sala" é um livro tocante e cheio de lições importantes. Aborda temas como empatia, inclusão e a amizade de uma maneira que cativa e faz refletir. A forma como a autora constrói a narrativa, através dos olhos de uma criança, é especialmente poderosa, pois mostra como os jovens têm uma capacidade natural de superar barreiras e acolher o outro com genuinidade. A história de Ahmed, um menino refugiado, não é apenas comovente, mas também um convite para pensarmos sobre questões muito atuais, como o impacto das guerras e o sofrimento das pessoas que precisam deixar tudo para trás em busca de segurança. O contraste entre a simplicidade do ambiente escolar e a complexidade dos problemas enfrentados por Ahmed torna a leitura ainda mais marcante. É um livro que nos desafia a ser mais humanos, a olhar além das diferenças e a estender a mão a quem precisa. Para mim, essa obra é um lembrete de como pequenos gestos podem ter um impacto imenso na vida de alguém. É inspirador e, sem dúvida, uma leitura que recomendo a todos
Trabalho realizado por Francisca Conceição Nº4 10ºCE1